O colombiano Gabriel García Márquez, autor de Cem Anos de Solidão, é o escritor em língua espanhola mais traduzido no século 21, informou o Instituto Cervantes.
Depois do vencedor do Nobel de Literatura de 1982 aparecem a chilena Isabel Allende, autora de A Casa dos Espíritos, o argentino Jorge Luis Borges (O Aleph), o também vencedor do Nobel Mario Vargas Llosa (A Guerra do Fim do Mundo) e, em quinto lugar, o autor de Dom Quixote, Miguel de Cervantes.
Estes são os principais resultados do relatório Mapa da Tradução Mundial que o Instituto Cervantes apresentará na quarta-feira, 29, durante o Congresso Internacional da Língua Espanhola, que acontece na cidade de Cádiz (Andaluzia).
Depois dos cinco autores mencionados, a lista dos 10 autores mais traduzidos é completada pelos espanhóis Carlos Ruiz Zafón e Arturo Pérez-Reverte, os chilenos Luis Sepúlveda e Roberto Bolaño, e o espanhol Javier Marías.
A classificação foi elaborada com a soma das traduções para 10 línguas: inglês, francês, alemão, árabe, português, japonês, italiano, russo, sueco e chinês.
Várias diferenças são observadas nas preferências dos leitores, de acordo com o idioma, e alguns dos autores mais traduzidos em um idioma não aparecem na lista final global.
Como exemplo, o autor em língua espanhola mais traduzido para o francês é o chileno Alejandro Jodorowsky.
A lista de traduções para o japonês chama a atenção e inclui o revolucionário cubano-argentino Che Guevara em oitavo lugar, assim como o teólogo espanhol do século 16 Luis de Granada em sexto.