HQ revela a atualidade de novela de 1886 escrita por Liev Tolstoi


Artista gráfico soube captar tom direto e irônico

Por Redação

 Escrita em 1886, depois de um longo silêncio que, em sua vida coincidiu com a que ele mesmo definiu como sua “redenção moral”, A Morte de Ivan Ilitch, a novela considerada uma das melhores obras de Liev Tolstoi (1828-1910), continua tão poderosa e atual que suporta qualquer tipo de “suporte” - como os quadrinhos, por exemplo, no caso dessa publicação da Editora Peirópolis, dentro da coleção Clássicos em HQ, com a ressalva obrigatória que a tradução não “adaptada” seja boa e que os quadrinhos sejam bons. Felizmente, ambos o são. 

Caeto, o artista gráfico, soube escolher inteligentemente quais os trechos da tradução a serem conservados e quais a serem “interpretados”, com seu traço forte e, muitas vezes, dramático. Quanto à tradução, ela não poderia ser melhor. Boris Schnaiderman conseguiu manter o tom do original: direto e rigoroso, irônico e vergastante, mas também íntimo e matizado, como diz Paulo Rónai, no apêndice à edição de 2006 (Editora 34), da novela, que ele analisa rente à vida do autor.

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Resta o fato, obviamente, que com os quadrinhos, a imagem mental que o texto escrito permite - aquele mundo imaginário diferente para cada leitor - se transforma em visual e fica como que homogeneizada, limitada, fenômeno este que, mutatis mutandis, também se dá, por exemplo, quando uma obra literária é transposta para o cinema.

A força da novela (em que o enredo se identifica com o assunto, sem planos múltiplos e elementos heterogêneos) está ligada à arte com que Tolstoi soube conduzir, em retrospecto, os momentos da vida do magistrado Ivan Ilitch Golovin, até sua morte custosa, precedida por estranha doença. Já desde o começo, se nota a percuciência do autor. Por exemplo, na caracterização do pai de Ivan Ilitch, funcionário público acomodado: “Era filho de um funcionário que fizera em Petersburgo, em diferentes ministérios e departamentos, aquele tipo de carreira que leva as pessoas a uma situação da qual elas, por mais evidente que seja a sua incapacidade para qualquer função de efetiva importância, não podem ser expulsas, em virtude dos muitos anos de serviço e dos postos alcançados... tal era Iliá Iefímovitch Golovin, funcionário inútil de diversas repartições desnecessárias”. E por ali vai: os colegas oportunistas, a mulher rabugenta que, mal enviuvada, passa logo aos “assuntos práticos”, a filha preocupada apenas em arranjar um marido e... a própria vida de Ivan Ilitch, cujo vazio ele tenta expiar com a “ verdade” dessa evocação à espera da morte, que tarda a chegar. Mas aí acontecem duas coisas: “Para quem pensa na morte, que verdade pode existir?”, perguntará Tolstoi a Gorki. De fato, movido pelo afeto instintivo do humilde mujique Guerássim, que cuida de Ivan Ilitch, este passa a ver que existem outras verdades: também há aspectos positivos na mulher, nos filhos, nos que lhe são próximos e sente pena deles, sente amor. “Busquem em si mesmos só uma coisa: a propagação do amor, por meio da aniquilação dos erros, dos pecados, das paixões, que impedem a sua manifestação...”, escreve Tolstoi a um dos que o procuram (Liev Tolstoi - Os Últimos Dias, org. Jay Parini); e em seu diário (1903): “Embora não saiba qual, sei que existe um sentido, e sei o que devo fazer para viver de acordo com esse sentido: é necessário fazer aquilo que une”. Ivan Ilitch sente-se unido aos seus e, finalmente, “procura o seu habitual medo da morte e não o encontra... em lugar da morte, havia luz”.

* AURORA BERNARDINI É PROFESSORA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LITERATURA RUSSA DA USP A MORTE DE IVAN ILITCH EM QUADRINHOSAutor: Liev Tolstoi Tradução:Boris Schnaiderman Adaptação: Caeto Editora: Peirópolis (80 págs.,R$ 39)

 Escrita em 1886, depois de um longo silêncio que, em sua vida coincidiu com a que ele mesmo definiu como sua “redenção moral”, A Morte de Ivan Ilitch, a novela considerada uma das melhores obras de Liev Tolstoi (1828-1910), continua tão poderosa e atual que suporta qualquer tipo de “suporte” - como os quadrinhos, por exemplo, no caso dessa publicação da Editora Peirópolis, dentro da coleção Clássicos em HQ, com a ressalva obrigatória que a tradução não “adaptada” seja boa e que os quadrinhos sejam bons. Felizmente, ambos o são. 

Caeto, o artista gráfico, soube escolher inteligentemente quais os trechos da tradução a serem conservados e quais a serem “interpretados”, com seu traço forte e, muitas vezes, dramático. Quanto à tradução, ela não poderia ser melhor. Boris Schnaiderman conseguiu manter o tom do original: direto e rigoroso, irônico e vergastante, mas também íntimo e matizado, como diz Paulo Rónai, no apêndice à edição de 2006 (Editora 34), da novela, que ele analisa rente à vida do autor.

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Resta o fato, obviamente, que com os quadrinhos, a imagem mental que o texto escrito permite - aquele mundo imaginário diferente para cada leitor - se transforma em visual e fica como que homogeneizada, limitada, fenômeno este que, mutatis mutandis, também se dá, por exemplo, quando uma obra literária é transposta para o cinema.

A força da novela (em que o enredo se identifica com o assunto, sem planos múltiplos e elementos heterogêneos) está ligada à arte com que Tolstoi soube conduzir, em retrospecto, os momentos da vida do magistrado Ivan Ilitch Golovin, até sua morte custosa, precedida por estranha doença. Já desde o começo, se nota a percuciência do autor. Por exemplo, na caracterização do pai de Ivan Ilitch, funcionário público acomodado: “Era filho de um funcionário que fizera em Petersburgo, em diferentes ministérios e departamentos, aquele tipo de carreira que leva as pessoas a uma situação da qual elas, por mais evidente que seja a sua incapacidade para qualquer função de efetiva importância, não podem ser expulsas, em virtude dos muitos anos de serviço e dos postos alcançados... tal era Iliá Iefímovitch Golovin, funcionário inútil de diversas repartições desnecessárias”. E por ali vai: os colegas oportunistas, a mulher rabugenta que, mal enviuvada, passa logo aos “assuntos práticos”, a filha preocupada apenas em arranjar um marido e... a própria vida de Ivan Ilitch, cujo vazio ele tenta expiar com a “ verdade” dessa evocação à espera da morte, que tarda a chegar. Mas aí acontecem duas coisas: “Para quem pensa na morte, que verdade pode existir?”, perguntará Tolstoi a Gorki. De fato, movido pelo afeto instintivo do humilde mujique Guerássim, que cuida de Ivan Ilitch, este passa a ver que existem outras verdades: também há aspectos positivos na mulher, nos filhos, nos que lhe são próximos e sente pena deles, sente amor. “Busquem em si mesmos só uma coisa: a propagação do amor, por meio da aniquilação dos erros, dos pecados, das paixões, que impedem a sua manifestação...”, escreve Tolstoi a um dos que o procuram (Liev Tolstoi - Os Últimos Dias, org. Jay Parini); e em seu diário (1903): “Embora não saiba qual, sei que existe um sentido, e sei o que devo fazer para viver de acordo com esse sentido: é necessário fazer aquilo que une”. Ivan Ilitch sente-se unido aos seus e, finalmente, “procura o seu habitual medo da morte e não o encontra... em lugar da morte, havia luz”.

* AURORA BERNARDINI É PROFESSORA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LITERATURA RUSSA DA USP A MORTE DE IVAN ILITCH EM QUADRINHOSAutor: Liev Tolstoi Tradução:Boris Schnaiderman Adaptação: Caeto Editora: Peirópolis (80 págs.,R$ 39)

 Escrita em 1886, depois de um longo silêncio que, em sua vida coincidiu com a que ele mesmo definiu como sua “redenção moral”, A Morte de Ivan Ilitch, a novela considerada uma das melhores obras de Liev Tolstoi (1828-1910), continua tão poderosa e atual que suporta qualquer tipo de “suporte” - como os quadrinhos, por exemplo, no caso dessa publicação da Editora Peirópolis, dentro da coleção Clássicos em HQ, com a ressalva obrigatória que a tradução não “adaptada” seja boa e que os quadrinhos sejam bons. Felizmente, ambos o são. 

Caeto, o artista gráfico, soube escolher inteligentemente quais os trechos da tradução a serem conservados e quais a serem “interpretados”, com seu traço forte e, muitas vezes, dramático. Quanto à tradução, ela não poderia ser melhor. Boris Schnaiderman conseguiu manter o tom do original: direto e rigoroso, irônico e vergastante, mas também íntimo e matizado, como diz Paulo Rónai, no apêndice à edição de 2006 (Editora 34), da novela, que ele analisa rente à vida do autor.

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Resta o fato, obviamente, que com os quadrinhos, a imagem mental que o texto escrito permite - aquele mundo imaginário diferente para cada leitor - se transforma em visual e fica como que homogeneizada, limitada, fenômeno este que, mutatis mutandis, também se dá, por exemplo, quando uma obra literária é transposta para o cinema.

A força da novela (em que o enredo se identifica com o assunto, sem planos múltiplos e elementos heterogêneos) está ligada à arte com que Tolstoi soube conduzir, em retrospecto, os momentos da vida do magistrado Ivan Ilitch Golovin, até sua morte custosa, precedida por estranha doença. Já desde o começo, se nota a percuciência do autor. Por exemplo, na caracterização do pai de Ivan Ilitch, funcionário público acomodado: “Era filho de um funcionário que fizera em Petersburgo, em diferentes ministérios e departamentos, aquele tipo de carreira que leva as pessoas a uma situação da qual elas, por mais evidente que seja a sua incapacidade para qualquer função de efetiva importância, não podem ser expulsas, em virtude dos muitos anos de serviço e dos postos alcançados... tal era Iliá Iefímovitch Golovin, funcionário inútil de diversas repartições desnecessárias”. E por ali vai: os colegas oportunistas, a mulher rabugenta que, mal enviuvada, passa logo aos “assuntos práticos”, a filha preocupada apenas em arranjar um marido e... a própria vida de Ivan Ilitch, cujo vazio ele tenta expiar com a “ verdade” dessa evocação à espera da morte, que tarda a chegar. Mas aí acontecem duas coisas: “Para quem pensa na morte, que verdade pode existir?”, perguntará Tolstoi a Gorki. De fato, movido pelo afeto instintivo do humilde mujique Guerássim, que cuida de Ivan Ilitch, este passa a ver que existem outras verdades: também há aspectos positivos na mulher, nos filhos, nos que lhe são próximos e sente pena deles, sente amor. “Busquem em si mesmos só uma coisa: a propagação do amor, por meio da aniquilação dos erros, dos pecados, das paixões, que impedem a sua manifestação...”, escreve Tolstoi a um dos que o procuram (Liev Tolstoi - Os Últimos Dias, org. Jay Parini); e em seu diário (1903): “Embora não saiba qual, sei que existe um sentido, e sei o que devo fazer para viver de acordo com esse sentido: é necessário fazer aquilo que une”. Ivan Ilitch sente-se unido aos seus e, finalmente, “procura o seu habitual medo da morte e não o encontra... em lugar da morte, havia luz”.

* AURORA BERNARDINI É PROFESSORA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LITERATURA RUSSA DA USP A MORTE DE IVAN ILITCH EM QUADRINHOSAutor: Liev Tolstoi Tradução:Boris Schnaiderman Adaptação: Caeto Editora: Peirópolis (80 págs.,R$ 39)

 Escrita em 1886, depois de um longo silêncio que, em sua vida coincidiu com a que ele mesmo definiu como sua “redenção moral”, A Morte de Ivan Ilitch, a novela considerada uma das melhores obras de Liev Tolstoi (1828-1910), continua tão poderosa e atual que suporta qualquer tipo de “suporte” - como os quadrinhos, por exemplo, no caso dessa publicação da Editora Peirópolis, dentro da coleção Clássicos em HQ, com a ressalva obrigatória que a tradução não “adaptada” seja boa e que os quadrinhos sejam bons. Felizmente, ambos o são. 

Caeto, o artista gráfico, soube escolher inteligentemente quais os trechos da tradução a serem conservados e quais a serem “interpretados”, com seu traço forte e, muitas vezes, dramático. Quanto à tradução, ela não poderia ser melhor. Boris Schnaiderman conseguiu manter o tom do original: direto e rigoroso, irônico e vergastante, mas também íntimo e matizado, como diz Paulo Rónai, no apêndice à edição de 2006 (Editora 34), da novela, que ele analisa rente à vida do autor.

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Resta o fato, obviamente, que com os quadrinhos, a imagem mental que o texto escrito permite - aquele mundo imaginário diferente para cada leitor - se transforma em visual e fica como que homogeneizada, limitada, fenômeno este que, mutatis mutandis, também se dá, por exemplo, quando uma obra literária é transposta para o cinema.

A força da novela (em que o enredo se identifica com o assunto, sem planos múltiplos e elementos heterogêneos) está ligada à arte com que Tolstoi soube conduzir, em retrospecto, os momentos da vida do magistrado Ivan Ilitch Golovin, até sua morte custosa, precedida por estranha doença. Já desde o começo, se nota a percuciência do autor. Por exemplo, na caracterização do pai de Ivan Ilitch, funcionário público acomodado: “Era filho de um funcionário que fizera em Petersburgo, em diferentes ministérios e departamentos, aquele tipo de carreira que leva as pessoas a uma situação da qual elas, por mais evidente que seja a sua incapacidade para qualquer função de efetiva importância, não podem ser expulsas, em virtude dos muitos anos de serviço e dos postos alcançados... tal era Iliá Iefímovitch Golovin, funcionário inútil de diversas repartições desnecessárias”. E por ali vai: os colegas oportunistas, a mulher rabugenta que, mal enviuvada, passa logo aos “assuntos práticos”, a filha preocupada apenas em arranjar um marido e... a própria vida de Ivan Ilitch, cujo vazio ele tenta expiar com a “ verdade” dessa evocação à espera da morte, que tarda a chegar. Mas aí acontecem duas coisas: “Para quem pensa na morte, que verdade pode existir?”, perguntará Tolstoi a Gorki. De fato, movido pelo afeto instintivo do humilde mujique Guerássim, que cuida de Ivan Ilitch, este passa a ver que existem outras verdades: também há aspectos positivos na mulher, nos filhos, nos que lhe são próximos e sente pena deles, sente amor. “Busquem em si mesmos só uma coisa: a propagação do amor, por meio da aniquilação dos erros, dos pecados, das paixões, que impedem a sua manifestação...”, escreve Tolstoi a um dos que o procuram (Liev Tolstoi - Os Últimos Dias, org. Jay Parini); e em seu diário (1903): “Embora não saiba qual, sei que existe um sentido, e sei o que devo fazer para viver de acordo com esse sentido: é necessário fazer aquilo que une”. Ivan Ilitch sente-se unido aos seus e, finalmente, “procura o seu habitual medo da morte e não o encontra... em lugar da morte, havia luz”.

* AURORA BERNARDINI É PROFESSORA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LITERATURA RUSSA DA USP A MORTE DE IVAN ILITCH EM QUADRINHOSAutor: Liev Tolstoi Tradução:Boris Schnaiderman Adaptação: Caeto Editora: Peirópolis (80 págs.,R$ 39)

 Escrita em 1886, depois de um longo silêncio que, em sua vida coincidiu com a que ele mesmo definiu como sua “redenção moral”, A Morte de Ivan Ilitch, a novela considerada uma das melhores obras de Liev Tolstoi (1828-1910), continua tão poderosa e atual que suporta qualquer tipo de “suporte” - como os quadrinhos, por exemplo, no caso dessa publicação da Editora Peirópolis, dentro da coleção Clássicos em HQ, com a ressalva obrigatória que a tradução não “adaptada” seja boa e que os quadrinhos sejam bons. Felizmente, ambos o são. 

Caeto, o artista gráfico, soube escolher inteligentemente quais os trechos da tradução a serem conservados e quais a serem “interpretados”, com seu traço forte e, muitas vezes, dramático. Quanto à tradução, ela não poderia ser melhor. Boris Schnaiderman conseguiu manter o tom do original: direto e rigoroso, irônico e vergastante, mas também íntimo e matizado, como diz Paulo Rónai, no apêndice à edição de 2006 (Editora 34), da novela, que ele analisa rente à vida do autor.

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Resta o fato, obviamente, que com os quadrinhos, a imagem mental que o texto escrito permite - aquele mundo imaginário diferente para cada leitor - se transforma em visual e fica como que homogeneizada, limitada, fenômeno este que, mutatis mutandis, também se dá, por exemplo, quando uma obra literária é transposta para o cinema.

A força da novela (em que o enredo se identifica com o assunto, sem planos múltiplos e elementos heterogêneos) está ligada à arte com que Tolstoi soube conduzir, em retrospecto, os momentos da vida do magistrado Ivan Ilitch Golovin, até sua morte custosa, precedida por estranha doença. Já desde o começo, se nota a percuciência do autor. Por exemplo, na caracterização do pai de Ivan Ilitch, funcionário público acomodado: “Era filho de um funcionário que fizera em Petersburgo, em diferentes ministérios e departamentos, aquele tipo de carreira que leva as pessoas a uma situação da qual elas, por mais evidente que seja a sua incapacidade para qualquer função de efetiva importância, não podem ser expulsas, em virtude dos muitos anos de serviço e dos postos alcançados... tal era Iliá Iefímovitch Golovin, funcionário inútil de diversas repartições desnecessárias”. E por ali vai: os colegas oportunistas, a mulher rabugenta que, mal enviuvada, passa logo aos “assuntos práticos”, a filha preocupada apenas em arranjar um marido e... a própria vida de Ivan Ilitch, cujo vazio ele tenta expiar com a “ verdade” dessa evocação à espera da morte, que tarda a chegar. Mas aí acontecem duas coisas: “Para quem pensa na morte, que verdade pode existir?”, perguntará Tolstoi a Gorki. De fato, movido pelo afeto instintivo do humilde mujique Guerássim, que cuida de Ivan Ilitch, este passa a ver que existem outras verdades: também há aspectos positivos na mulher, nos filhos, nos que lhe são próximos e sente pena deles, sente amor. “Busquem em si mesmos só uma coisa: a propagação do amor, por meio da aniquilação dos erros, dos pecados, das paixões, que impedem a sua manifestação...”, escreve Tolstoi a um dos que o procuram (Liev Tolstoi - Os Últimos Dias, org. Jay Parini); e em seu diário (1903): “Embora não saiba qual, sei que existe um sentido, e sei o que devo fazer para viver de acordo com esse sentido: é necessário fazer aquilo que une”. Ivan Ilitch sente-se unido aos seus e, finalmente, “procura o seu habitual medo da morte e não o encontra... em lugar da morte, havia luz”.

* AURORA BERNARDINI É PROFESSORA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LITERATURA RUSSA DA USP A MORTE DE IVAN ILITCH EM QUADRINHOSAutor: Liev Tolstoi Tradução:Boris Schnaiderman Adaptação: Caeto Editora: Peirópolis (80 págs.,R$ 39)

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