Literatura policial tem grandes nomes no Brasil, mas falta fixar


Rubem Fonseca e Luiz Alfredo Garcia-Roza lideram time de primeira, mas realidade nacional, de tão dura, não ajuda

Por Ubiratan Brasil

Ainda que apontado como iniciador da literatura policial no Brasil, Luiz Lopes Coelho não tem essa primazia – embora figure como um dos principais nomes em um gênero ainda escasso de nomes no País.

O primeiro romance policial brasileiro recebeu o título de O Mistério e foi escrito por três autores – Coelho Neto, Afrânio Peixoto e Medeiros e Albuquerque –, publicado em forma de folhetim, em 1920. Medeiros e Albuquerque, aliás, destacou-se como autor do gênero, graças aos contos O Assassinato do General (1926) e Se Eu Fosse Sherlock Holmes (1932).

Os anos 1950 e 60 foram dominados pelos contos de Lopes Coelho, cuja tiragem chegou a atingir fabulosos 50 mil exemplares. O advogado logo recebeu a alcunha de Agatha Christie brasileiro, embora preferisse ser comparado ao belga Georges Simenon.

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Fonseca. Em rara aparição: dono de fluência narrativa afiada Foto: GUILHERME GONÇALVES/DIVULGAÇÃO – 17/7/2015

A chegada de Rubem Fonseca, porém, introduziu o policial brasileiro na época contemporânea. Obras como Feliz Ano Novo (1975) e Bufo & Spallanzani (1985) revelam o estilo seco, direto, capaz de construir uma narrativa eficiente e afiada. A desconfiança sempre ronda os personagens de Fonseca: o advogado não confia nos clientes, o juiz não acredita em nenhum dos dois, as amantes desconfiam do advogado que, por sua vez, aceita as evidências contra elas. Não é de se estranhar, portanto, que o crime seja o resultado natural da impossibilidade de convivência entre eles.

Fonseca inspirou a obra de outros autores como Patrícia Melo, Joaquim Nogueira, Tony Bellotto e, principalmente, Luiz Alfredo Garcia-Roza, um dos grandes nomes da atualidade. Mesmo assim, o gênero busca cristalizar no Brasil. Para a estudiosa Sandra Reimão, o caráter não muito zeloso da polícia brasileira dificulta a verossimilhança de muitos enredos policiais em livros que têm o Brasil como cenário.

Ainda que apontado como iniciador da literatura policial no Brasil, Luiz Lopes Coelho não tem essa primazia – embora figure como um dos principais nomes em um gênero ainda escasso de nomes no País.

O primeiro romance policial brasileiro recebeu o título de O Mistério e foi escrito por três autores – Coelho Neto, Afrânio Peixoto e Medeiros e Albuquerque –, publicado em forma de folhetim, em 1920. Medeiros e Albuquerque, aliás, destacou-se como autor do gênero, graças aos contos O Assassinato do General (1926) e Se Eu Fosse Sherlock Holmes (1932).

Os anos 1950 e 60 foram dominados pelos contos de Lopes Coelho, cuja tiragem chegou a atingir fabulosos 50 mil exemplares. O advogado logo recebeu a alcunha de Agatha Christie brasileiro, embora preferisse ser comparado ao belga Georges Simenon.

Fonseca. Em rara aparição: dono de fluência narrativa afiada Foto: GUILHERME GONÇALVES/DIVULGAÇÃO – 17/7/2015

A chegada de Rubem Fonseca, porém, introduziu o policial brasileiro na época contemporânea. Obras como Feliz Ano Novo (1975) e Bufo & Spallanzani (1985) revelam o estilo seco, direto, capaz de construir uma narrativa eficiente e afiada. A desconfiança sempre ronda os personagens de Fonseca: o advogado não confia nos clientes, o juiz não acredita em nenhum dos dois, as amantes desconfiam do advogado que, por sua vez, aceita as evidências contra elas. Não é de se estranhar, portanto, que o crime seja o resultado natural da impossibilidade de convivência entre eles.

Fonseca inspirou a obra de outros autores como Patrícia Melo, Joaquim Nogueira, Tony Bellotto e, principalmente, Luiz Alfredo Garcia-Roza, um dos grandes nomes da atualidade. Mesmo assim, o gênero busca cristalizar no Brasil. Para a estudiosa Sandra Reimão, o caráter não muito zeloso da polícia brasileira dificulta a verossimilhança de muitos enredos policiais em livros que têm o Brasil como cenário.

Ainda que apontado como iniciador da literatura policial no Brasil, Luiz Lopes Coelho não tem essa primazia – embora figure como um dos principais nomes em um gênero ainda escasso de nomes no País.

O primeiro romance policial brasileiro recebeu o título de O Mistério e foi escrito por três autores – Coelho Neto, Afrânio Peixoto e Medeiros e Albuquerque –, publicado em forma de folhetim, em 1920. Medeiros e Albuquerque, aliás, destacou-se como autor do gênero, graças aos contos O Assassinato do General (1926) e Se Eu Fosse Sherlock Holmes (1932).

Os anos 1950 e 60 foram dominados pelos contos de Lopes Coelho, cuja tiragem chegou a atingir fabulosos 50 mil exemplares. O advogado logo recebeu a alcunha de Agatha Christie brasileiro, embora preferisse ser comparado ao belga Georges Simenon.

Fonseca. Em rara aparição: dono de fluência narrativa afiada Foto: GUILHERME GONÇALVES/DIVULGAÇÃO – 17/7/2015

A chegada de Rubem Fonseca, porém, introduziu o policial brasileiro na época contemporânea. Obras como Feliz Ano Novo (1975) e Bufo & Spallanzani (1985) revelam o estilo seco, direto, capaz de construir uma narrativa eficiente e afiada. A desconfiança sempre ronda os personagens de Fonseca: o advogado não confia nos clientes, o juiz não acredita em nenhum dos dois, as amantes desconfiam do advogado que, por sua vez, aceita as evidências contra elas. Não é de se estranhar, portanto, que o crime seja o resultado natural da impossibilidade de convivência entre eles.

Fonseca inspirou a obra de outros autores como Patrícia Melo, Joaquim Nogueira, Tony Bellotto e, principalmente, Luiz Alfredo Garcia-Roza, um dos grandes nomes da atualidade. Mesmo assim, o gênero busca cristalizar no Brasil. Para a estudiosa Sandra Reimão, o caráter não muito zeloso da polícia brasileira dificulta a verossimilhança de muitos enredos policiais em livros que têm o Brasil como cenário.

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