Livraria Cultura fecha no Conjunto Nacional e diz que já procura outro lugar


Em fevereiro, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um recurso da livraria e autorizou uma ordem de despejo que havia sido declarada em agosto de 2023; unidade já fechou outras vezes, mas, segundo nota, esta é definitiva

Por Maria Fernanda Rodrigues e Julia Queiroz
Atualização:

A loja da Livraria Cultura no Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, em São Paulo, fechou definitivamente nesta segunda-feira, 1º. Um aviso na frente da unidade informa aos clientes que a livraria segue funcionando exclusivamente pelo site.

A Cultura teve a falência decretada em 2023. Em agosto, enfrentou uma ordem de despejo, mais tarde revertida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Já em fevereiro de 2024, no entanto, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um recurso da livraria e autorizou a continuidade da ordem de despejo.

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A Livraria Cultura, na avenida Paulista, fechou definitivamente nesta segunda-feira, 1º de abril Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Em nota enviada ao Estadão, Sérgio Herz, CEO e herdeiro da empresa, disse que a livraria agora procura um novo local para retomar as atividades.

“Durante os últimos três anos, estivemos em discussões construtivas com o proprietário sobre o valor do aluguel, buscando um acordo que nos permitisse continuar operando nesse local icônico. Infelizmente, apesar de nossos esforços mútuos, não conseguimos chegar a uma solução viável para ambas as partes”, diz o comunicado. Leia abaixo na íntegra.

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O fechamento da loja acontece menos de duas semanas após a morte de Pedro Herz, no dia 19 de março, aos 83 anos. O livreiro, empresário e então dono da Livraria Cultura foi o responsável por transformar a empresa, fundada pela mãe, Eva Herz, em uma das maiores potências do mercado literário brasileiro.

Recuperação judicial e fechamentos anteriores

A Cultura, que já chegou a ter 17 lojas e 1,5 mil funcionários, pediu recuperação judicial em 2018, com uma dívida de R$ 285,4 milhões com fornecedores e bancos. Na mesma época, a Saraiva, então a maior rede de livrarias do País, foi pelo mesmo caminho. As duas empresas sofreram os reflexos da recessão em que o mercado editorial entrava e os efeitos da crise macroeconômica que abalou o país entre 2014 e 2017.

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Mas, o que levou ao triste fim das empresas (a Saraiva teve a falência decretada e a Cultura ainda tenta uma sobrevida), segundo avaliação do próprio mercado editorial, foi a ambição e problemas de gestão.

Pedro Herz, dono da Livraria Cultura e um dos maiores livreiros do País, morreu aos 83 anos. Foto: Sergio Castro/Estadão

A Cultura já enfrentava dificuldades quando resolveu adquirir as operações da rede francesa Fnac, que estava deixando o País, e comprar a Estante Virtual. Os atrasos de pagamento a editoras e as dívidas aumentaram. Todas as unidades da livraria da família Herz foram sendo fechadas gradativamente desde então, restando apenas a unidade do Conjunto Nacional.

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Em 2023, foi decretada a falência da Cultura duas vezes, ambas revertidas: primeiro em fevereiro, sendo suspensa alguns dias depois, e depois em maio. A empresa não teria cumprido os compromissos do plano de recuperação firmado nos anos anteriores, havendo ainda indícios de fraude em movimentações financeiras dos sócios.

As prateleiras já vazias da Livraria Cultura Foto: Daniel Teixeira/Estadão

A unidade do Conjunto Nacional foi fechada em 26 de junho do ano passado, o que gerou grande repercussão e comoção no mundo livreiro, mas foi reaberta em 6 de julho. Em agosto, a livraria ainda enfrentou uma ordem de despejo, revertida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Em fevereiro de 2024, no entanto, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um recurso da livraria e autorizou a continuidade da ordem de despejo. A loja seguia funcionando até amanhecer fechada nesta segunda, 1º.

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Comunicado da Livraria Cultura

“Durante os últimos três anos, estivemos em discussões construtivas com o proprietário sobre o valor do aluguel, buscando um acordo que nos permitisse continuar operando nesse local icônico.

Infelizmente, apesar de nossos esforços mútuos, não conseguimos chegar a uma solução viável para ambas as partes. O cenário atual do mercado, especialmente acentuado pelas mudanças no comportamento do consumidor, consolidadas durante a pandemia, tornou a manutenção de uma livraria de grande porte como a nossa neste local desafiadora.

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Como resultado, e com vistas à sustentabilidade de nossas operações, foi inevitável tomar a difícil decisão de procurar um novo espaço que se adapte melhor às demandas e realidades atuais do mercado editorial e varejista.

É importante ressaltar que a Livraria Cultura está comprometida em continuar servindo à comunidade de leitores de São Paulo e do Brasil como um todo. Estamos trabalhando em novas estratégias e oportunidades que em breve anunciaremos, visando continuar nossa missão de promover a cultura e o acesso ao conhecimento.”

Colaboração de Gabriela Caputo

A loja da Livraria Cultura no Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, em São Paulo, fechou definitivamente nesta segunda-feira, 1º. Um aviso na frente da unidade informa aos clientes que a livraria segue funcionando exclusivamente pelo site.

A Cultura teve a falência decretada em 2023. Em agosto, enfrentou uma ordem de despejo, mais tarde revertida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Já em fevereiro de 2024, no entanto, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um recurso da livraria e autorizou a continuidade da ordem de despejo.

A Livraria Cultura, na avenida Paulista, fechou definitivamente nesta segunda-feira, 1º de abril Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Em nota enviada ao Estadão, Sérgio Herz, CEO e herdeiro da empresa, disse que a livraria agora procura um novo local para retomar as atividades.

“Durante os últimos três anos, estivemos em discussões construtivas com o proprietário sobre o valor do aluguel, buscando um acordo que nos permitisse continuar operando nesse local icônico. Infelizmente, apesar de nossos esforços mútuos, não conseguimos chegar a uma solução viável para ambas as partes”, diz o comunicado. Leia abaixo na íntegra.

O fechamento da loja acontece menos de duas semanas após a morte de Pedro Herz, no dia 19 de março, aos 83 anos. O livreiro, empresário e então dono da Livraria Cultura foi o responsável por transformar a empresa, fundada pela mãe, Eva Herz, em uma das maiores potências do mercado literário brasileiro.

Recuperação judicial e fechamentos anteriores

A Cultura, que já chegou a ter 17 lojas e 1,5 mil funcionários, pediu recuperação judicial em 2018, com uma dívida de R$ 285,4 milhões com fornecedores e bancos. Na mesma época, a Saraiva, então a maior rede de livrarias do País, foi pelo mesmo caminho. As duas empresas sofreram os reflexos da recessão em que o mercado editorial entrava e os efeitos da crise macroeconômica que abalou o país entre 2014 e 2017.

Mas, o que levou ao triste fim das empresas (a Saraiva teve a falência decretada e a Cultura ainda tenta uma sobrevida), segundo avaliação do próprio mercado editorial, foi a ambição e problemas de gestão.

Pedro Herz, dono da Livraria Cultura e um dos maiores livreiros do País, morreu aos 83 anos. Foto: Sergio Castro/Estadão

A Cultura já enfrentava dificuldades quando resolveu adquirir as operações da rede francesa Fnac, que estava deixando o País, e comprar a Estante Virtual. Os atrasos de pagamento a editoras e as dívidas aumentaram. Todas as unidades da livraria da família Herz foram sendo fechadas gradativamente desde então, restando apenas a unidade do Conjunto Nacional.

Em 2023, foi decretada a falência da Cultura duas vezes, ambas revertidas: primeiro em fevereiro, sendo suspensa alguns dias depois, e depois em maio. A empresa não teria cumprido os compromissos do plano de recuperação firmado nos anos anteriores, havendo ainda indícios de fraude em movimentações financeiras dos sócios.

As prateleiras já vazias da Livraria Cultura Foto: Daniel Teixeira/Estadão

A unidade do Conjunto Nacional foi fechada em 26 de junho do ano passado, o que gerou grande repercussão e comoção no mundo livreiro, mas foi reaberta em 6 de julho. Em agosto, a livraria ainda enfrentou uma ordem de despejo, revertida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Em fevereiro de 2024, no entanto, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um recurso da livraria e autorizou a continuidade da ordem de despejo. A loja seguia funcionando até amanhecer fechada nesta segunda, 1º.

Comunicado da Livraria Cultura

“Durante os últimos três anos, estivemos em discussões construtivas com o proprietário sobre o valor do aluguel, buscando um acordo que nos permitisse continuar operando nesse local icônico.

Infelizmente, apesar de nossos esforços mútuos, não conseguimos chegar a uma solução viável para ambas as partes. O cenário atual do mercado, especialmente acentuado pelas mudanças no comportamento do consumidor, consolidadas durante a pandemia, tornou a manutenção de uma livraria de grande porte como a nossa neste local desafiadora.

Como resultado, e com vistas à sustentabilidade de nossas operações, foi inevitável tomar a difícil decisão de procurar um novo espaço que se adapte melhor às demandas e realidades atuais do mercado editorial e varejista.

É importante ressaltar que a Livraria Cultura está comprometida em continuar servindo à comunidade de leitores de São Paulo e do Brasil como um todo. Estamos trabalhando em novas estratégias e oportunidades que em breve anunciaremos, visando continuar nossa missão de promover a cultura e o acesso ao conhecimento.”

Colaboração de Gabriela Caputo

A loja da Livraria Cultura no Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, em São Paulo, fechou definitivamente nesta segunda-feira, 1º. Um aviso na frente da unidade informa aos clientes que a livraria segue funcionando exclusivamente pelo site.

A Cultura teve a falência decretada em 2023. Em agosto, enfrentou uma ordem de despejo, mais tarde revertida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Já em fevereiro de 2024, no entanto, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um recurso da livraria e autorizou a continuidade da ordem de despejo.

A Livraria Cultura, na avenida Paulista, fechou definitivamente nesta segunda-feira, 1º de abril Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Em nota enviada ao Estadão, Sérgio Herz, CEO e herdeiro da empresa, disse que a livraria agora procura um novo local para retomar as atividades.

“Durante os últimos três anos, estivemos em discussões construtivas com o proprietário sobre o valor do aluguel, buscando um acordo que nos permitisse continuar operando nesse local icônico. Infelizmente, apesar de nossos esforços mútuos, não conseguimos chegar a uma solução viável para ambas as partes”, diz o comunicado. Leia abaixo na íntegra.

O fechamento da loja acontece menos de duas semanas após a morte de Pedro Herz, no dia 19 de março, aos 83 anos. O livreiro, empresário e então dono da Livraria Cultura foi o responsável por transformar a empresa, fundada pela mãe, Eva Herz, em uma das maiores potências do mercado literário brasileiro.

Recuperação judicial e fechamentos anteriores

A Cultura, que já chegou a ter 17 lojas e 1,5 mil funcionários, pediu recuperação judicial em 2018, com uma dívida de R$ 285,4 milhões com fornecedores e bancos. Na mesma época, a Saraiva, então a maior rede de livrarias do País, foi pelo mesmo caminho. As duas empresas sofreram os reflexos da recessão em que o mercado editorial entrava e os efeitos da crise macroeconômica que abalou o país entre 2014 e 2017.

Mas, o que levou ao triste fim das empresas (a Saraiva teve a falência decretada e a Cultura ainda tenta uma sobrevida), segundo avaliação do próprio mercado editorial, foi a ambição e problemas de gestão.

Pedro Herz, dono da Livraria Cultura e um dos maiores livreiros do País, morreu aos 83 anos. Foto: Sergio Castro/Estadão

A Cultura já enfrentava dificuldades quando resolveu adquirir as operações da rede francesa Fnac, que estava deixando o País, e comprar a Estante Virtual. Os atrasos de pagamento a editoras e as dívidas aumentaram. Todas as unidades da livraria da família Herz foram sendo fechadas gradativamente desde então, restando apenas a unidade do Conjunto Nacional.

Em 2023, foi decretada a falência da Cultura duas vezes, ambas revertidas: primeiro em fevereiro, sendo suspensa alguns dias depois, e depois em maio. A empresa não teria cumprido os compromissos do plano de recuperação firmado nos anos anteriores, havendo ainda indícios de fraude em movimentações financeiras dos sócios.

As prateleiras já vazias da Livraria Cultura Foto: Daniel Teixeira/Estadão

A unidade do Conjunto Nacional foi fechada em 26 de junho do ano passado, o que gerou grande repercussão e comoção no mundo livreiro, mas foi reaberta em 6 de julho. Em agosto, a livraria ainda enfrentou uma ordem de despejo, revertida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Em fevereiro de 2024, no entanto, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um recurso da livraria e autorizou a continuidade da ordem de despejo. A loja seguia funcionando até amanhecer fechada nesta segunda, 1º.

Comunicado da Livraria Cultura

“Durante os últimos três anos, estivemos em discussões construtivas com o proprietário sobre o valor do aluguel, buscando um acordo que nos permitisse continuar operando nesse local icônico.

Infelizmente, apesar de nossos esforços mútuos, não conseguimos chegar a uma solução viável para ambas as partes. O cenário atual do mercado, especialmente acentuado pelas mudanças no comportamento do consumidor, consolidadas durante a pandemia, tornou a manutenção de uma livraria de grande porte como a nossa neste local desafiadora.

Como resultado, e com vistas à sustentabilidade de nossas operações, foi inevitável tomar a difícil decisão de procurar um novo espaço que se adapte melhor às demandas e realidades atuais do mercado editorial e varejista.

É importante ressaltar que a Livraria Cultura está comprometida em continuar servindo à comunidade de leitores de São Paulo e do Brasil como um todo. Estamos trabalhando em novas estratégias e oportunidades que em breve anunciaremos, visando continuar nossa missão de promover a cultura e o acesso ao conhecimento.”

Colaboração de Gabriela Caputo

A loja da Livraria Cultura no Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, em São Paulo, fechou definitivamente nesta segunda-feira, 1º. Um aviso na frente da unidade informa aos clientes que a livraria segue funcionando exclusivamente pelo site.

A Cultura teve a falência decretada em 2023. Em agosto, enfrentou uma ordem de despejo, mais tarde revertida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Já em fevereiro de 2024, no entanto, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um recurso da livraria e autorizou a continuidade da ordem de despejo.

A Livraria Cultura, na avenida Paulista, fechou definitivamente nesta segunda-feira, 1º de abril Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Em nota enviada ao Estadão, Sérgio Herz, CEO e herdeiro da empresa, disse que a livraria agora procura um novo local para retomar as atividades.

“Durante os últimos três anos, estivemos em discussões construtivas com o proprietário sobre o valor do aluguel, buscando um acordo que nos permitisse continuar operando nesse local icônico. Infelizmente, apesar de nossos esforços mútuos, não conseguimos chegar a uma solução viável para ambas as partes”, diz o comunicado. Leia abaixo na íntegra.

O fechamento da loja acontece menos de duas semanas após a morte de Pedro Herz, no dia 19 de março, aos 83 anos. O livreiro, empresário e então dono da Livraria Cultura foi o responsável por transformar a empresa, fundada pela mãe, Eva Herz, em uma das maiores potências do mercado literário brasileiro.

Recuperação judicial e fechamentos anteriores

A Cultura, que já chegou a ter 17 lojas e 1,5 mil funcionários, pediu recuperação judicial em 2018, com uma dívida de R$ 285,4 milhões com fornecedores e bancos. Na mesma época, a Saraiva, então a maior rede de livrarias do País, foi pelo mesmo caminho. As duas empresas sofreram os reflexos da recessão em que o mercado editorial entrava e os efeitos da crise macroeconômica que abalou o país entre 2014 e 2017.

Mas, o que levou ao triste fim das empresas (a Saraiva teve a falência decretada e a Cultura ainda tenta uma sobrevida), segundo avaliação do próprio mercado editorial, foi a ambição e problemas de gestão.

Pedro Herz, dono da Livraria Cultura e um dos maiores livreiros do País, morreu aos 83 anos. Foto: Sergio Castro/Estadão

A Cultura já enfrentava dificuldades quando resolveu adquirir as operações da rede francesa Fnac, que estava deixando o País, e comprar a Estante Virtual. Os atrasos de pagamento a editoras e as dívidas aumentaram. Todas as unidades da livraria da família Herz foram sendo fechadas gradativamente desde então, restando apenas a unidade do Conjunto Nacional.

Em 2023, foi decretada a falência da Cultura duas vezes, ambas revertidas: primeiro em fevereiro, sendo suspensa alguns dias depois, e depois em maio. A empresa não teria cumprido os compromissos do plano de recuperação firmado nos anos anteriores, havendo ainda indícios de fraude em movimentações financeiras dos sócios.

As prateleiras já vazias da Livraria Cultura Foto: Daniel Teixeira/Estadão

A unidade do Conjunto Nacional foi fechada em 26 de junho do ano passado, o que gerou grande repercussão e comoção no mundo livreiro, mas foi reaberta em 6 de julho. Em agosto, a livraria ainda enfrentou uma ordem de despejo, revertida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Em fevereiro de 2024, no entanto, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um recurso da livraria e autorizou a continuidade da ordem de despejo. A loja seguia funcionando até amanhecer fechada nesta segunda, 1º.

Comunicado da Livraria Cultura

“Durante os últimos três anos, estivemos em discussões construtivas com o proprietário sobre o valor do aluguel, buscando um acordo que nos permitisse continuar operando nesse local icônico.

Infelizmente, apesar de nossos esforços mútuos, não conseguimos chegar a uma solução viável para ambas as partes. O cenário atual do mercado, especialmente acentuado pelas mudanças no comportamento do consumidor, consolidadas durante a pandemia, tornou a manutenção de uma livraria de grande porte como a nossa neste local desafiadora.

Como resultado, e com vistas à sustentabilidade de nossas operações, foi inevitável tomar a difícil decisão de procurar um novo espaço que se adapte melhor às demandas e realidades atuais do mercado editorial e varejista.

É importante ressaltar que a Livraria Cultura está comprometida em continuar servindo à comunidade de leitores de São Paulo e do Brasil como um todo. Estamos trabalhando em novas estratégias e oportunidades que em breve anunciaremos, visando continuar nossa missão de promover a cultura e o acesso ao conhecimento.”

Colaboração de Gabriela Caputo

A loja da Livraria Cultura no Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, em São Paulo, fechou definitivamente nesta segunda-feira, 1º. Um aviso na frente da unidade informa aos clientes que a livraria segue funcionando exclusivamente pelo site.

A Cultura teve a falência decretada em 2023. Em agosto, enfrentou uma ordem de despejo, mais tarde revertida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Já em fevereiro de 2024, no entanto, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um recurso da livraria e autorizou a continuidade da ordem de despejo.

A Livraria Cultura, na avenida Paulista, fechou definitivamente nesta segunda-feira, 1º de abril Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Em nota enviada ao Estadão, Sérgio Herz, CEO e herdeiro da empresa, disse que a livraria agora procura um novo local para retomar as atividades.

“Durante os últimos três anos, estivemos em discussões construtivas com o proprietário sobre o valor do aluguel, buscando um acordo que nos permitisse continuar operando nesse local icônico. Infelizmente, apesar de nossos esforços mútuos, não conseguimos chegar a uma solução viável para ambas as partes”, diz o comunicado. Leia abaixo na íntegra.

O fechamento da loja acontece menos de duas semanas após a morte de Pedro Herz, no dia 19 de março, aos 83 anos. O livreiro, empresário e então dono da Livraria Cultura foi o responsável por transformar a empresa, fundada pela mãe, Eva Herz, em uma das maiores potências do mercado literário brasileiro.

Recuperação judicial e fechamentos anteriores

A Cultura, que já chegou a ter 17 lojas e 1,5 mil funcionários, pediu recuperação judicial em 2018, com uma dívida de R$ 285,4 milhões com fornecedores e bancos. Na mesma época, a Saraiva, então a maior rede de livrarias do País, foi pelo mesmo caminho. As duas empresas sofreram os reflexos da recessão em que o mercado editorial entrava e os efeitos da crise macroeconômica que abalou o país entre 2014 e 2017.

Mas, o que levou ao triste fim das empresas (a Saraiva teve a falência decretada e a Cultura ainda tenta uma sobrevida), segundo avaliação do próprio mercado editorial, foi a ambição e problemas de gestão.

Pedro Herz, dono da Livraria Cultura e um dos maiores livreiros do País, morreu aos 83 anos. Foto: Sergio Castro/Estadão

A Cultura já enfrentava dificuldades quando resolveu adquirir as operações da rede francesa Fnac, que estava deixando o País, e comprar a Estante Virtual. Os atrasos de pagamento a editoras e as dívidas aumentaram. Todas as unidades da livraria da família Herz foram sendo fechadas gradativamente desde então, restando apenas a unidade do Conjunto Nacional.

Em 2023, foi decretada a falência da Cultura duas vezes, ambas revertidas: primeiro em fevereiro, sendo suspensa alguns dias depois, e depois em maio. A empresa não teria cumprido os compromissos do plano de recuperação firmado nos anos anteriores, havendo ainda indícios de fraude em movimentações financeiras dos sócios.

As prateleiras já vazias da Livraria Cultura Foto: Daniel Teixeira/Estadão

A unidade do Conjunto Nacional foi fechada em 26 de junho do ano passado, o que gerou grande repercussão e comoção no mundo livreiro, mas foi reaberta em 6 de julho. Em agosto, a livraria ainda enfrentou uma ordem de despejo, revertida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Em fevereiro de 2024, no entanto, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um recurso da livraria e autorizou a continuidade da ordem de despejo. A loja seguia funcionando até amanhecer fechada nesta segunda, 1º.

Comunicado da Livraria Cultura

“Durante os últimos três anos, estivemos em discussões construtivas com o proprietário sobre o valor do aluguel, buscando um acordo que nos permitisse continuar operando nesse local icônico.

Infelizmente, apesar de nossos esforços mútuos, não conseguimos chegar a uma solução viável para ambas as partes. O cenário atual do mercado, especialmente acentuado pelas mudanças no comportamento do consumidor, consolidadas durante a pandemia, tornou a manutenção de uma livraria de grande porte como a nossa neste local desafiadora.

Como resultado, e com vistas à sustentabilidade de nossas operações, foi inevitável tomar a difícil decisão de procurar um novo espaço que se adapte melhor às demandas e realidades atuais do mercado editorial e varejista.

É importante ressaltar que a Livraria Cultura está comprometida em continuar servindo à comunidade de leitores de São Paulo e do Brasil como um todo. Estamos trabalhando em novas estratégias e oportunidades que em breve anunciaremos, visando continuar nossa missão de promover a cultura e o acesso ao conhecimento.”

Colaboração de Gabriela Caputo

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