Na Flip, um alerta sobre IA e uso de dados: ‘Regulamentação da ação dessas empresas é urgente’


O americano Danny Caine e o belga Mark Coeckelbergh debateram práticas das big techs e o limite entre pessoas e tecnologia. ‘Essas máquinas, se pudessem, se fundiriam totalmente com o ser humano’, disse o autor de ‘Ética na Inteligência Artificial’

Por Ubiratan Brasil
Atualização:

O americano Danny Caine e o belga Mark Coeckelbergh fizeram um alerta quase em uníssono: os jovens de hoje, que não conhecem uma sociedade sem redes sociais, não se importam com a preservação de seus dados pessoais. “Com isso, facilitam a ação de big techs que, a pretexto de vender produtos abaixo do custo, só estão interessadas nas informações das pessoas, essa sim sua principal fonte de lucro”, comentou Caine. “Uma regulamentação da ação dessas empresas é algo urgente, e depende dos governos de todos os países”, completou Coeckelbergh.

Eles participaram da penúltima mesa desta quinta-feira, 10, da 22ª Festa Literária Internacional de Paraty, a Flip. Sob o irônico título “Dormindo com o inimigo”, a dupla falou sobre Inteligência Artificial, política de uso de dados e escolhas de consumo. E as conclusões não foram animadoras.

continua após a publicidade

“Big techs como a Amazon se beneficiam da fadiga provocada nas pessoas pelo excesso de ofertas na internet. Como dispõe de praticamente todo tipo de produto, ela desponta como a melhor alternativa, mas o comprador não percebe que só está alimentando a própria ansiedade. Ou seja, a empresa cria a fadiga e se oferece para curá-la, mas só acaba aumentando”, disse Caine.

A mediadora Fabiana Moraes, o americano Danny Caine e o belga Mark Coeckelbergh na Flip 2024. Foto: Walter Craveiro/Flip 2024

Ele é dono de uma pequena livraria no interior dos Estados Unidos e há anos divulga os malefícios da concorrência desleal. Para isso, escreveu o livro Como Resistir à Amazon e Por Quê (Elefante). “Para a empresa de Jeff Bezos, que é um grande conglomerado, o lucro não vem da venda de livros, mas da possibilidade de utilizar os dados do comprador. É por isso que as obras são vendidas com até 50% de desconto em relação às livrarias tradicionais. Já tentei experimentar esse valor e, se continuasse, teria de fechar o meu negócio.”

continua após a publicidade

Autor de Ética na Inteligência Artificial (Ubu), Mark Coeckelbergh discute o limite entre humano e máquina e como o desenvolvimento tecnológico molda o futuro do trabalho. “As pessoas estão condicionadas a acreditar que a tecnologia vai resolver seus problemas, o que é falso. Há importantes questões sociais que só têm solução a partir da ação humana”, avalia.

Danny Caine e Mark Coeckelbergh discutiram inteligência artificia e política de uso de dados. Foto: Walter Craveiro/Flip 2024

A situação se agravou com a pandemia da covid, quando aumentou em 30% o número de pessoas no Brasil com problemas de depressão. Ele se lembrou de um caso verídico em que um homem se disse apaixonado pela Alexa, assistente virtual da Amazon que usa inteligência artificial (IA) para realizar tarefas, fornecer informações e controlar dispositivos domésticos.

continua após a publicidade

“Essas máquinas, se pudessem, se fundiriam totalmente com o ser humano.” O enfrentamento, portanto, é necessário, segundo a dupla. Como? Reuniões presenciais e não online, como é mais prático para a maioria, seria um importante primeiro passo. “Festas literárias como a Flip são um belo exemplo de resistência”, ponderou Caine.

O americano Danny Caine e o belga Mark Coeckelbergh fizeram um alerta quase em uníssono: os jovens de hoje, que não conhecem uma sociedade sem redes sociais, não se importam com a preservação de seus dados pessoais. “Com isso, facilitam a ação de big techs que, a pretexto de vender produtos abaixo do custo, só estão interessadas nas informações das pessoas, essa sim sua principal fonte de lucro”, comentou Caine. “Uma regulamentação da ação dessas empresas é algo urgente, e depende dos governos de todos os países”, completou Coeckelbergh.

Eles participaram da penúltima mesa desta quinta-feira, 10, da 22ª Festa Literária Internacional de Paraty, a Flip. Sob o irônico título “Dormindo com o inimigo”, a dupla falou sobre Inteligência Artificial, política de uso de dados e escolhas de consumo. E as conclusões não foram animadoras.

“Big techs como a Amazon se beneficiam da fadiga provocada nas pessoas pelo excesso de ofertas na internet. Como dispõe de praticamente todo tipo de produto, ela desponta como a melhor alternativa, mas o comprador não percebe que só está alimentando a própria ansiedade. Ou seja, a empresa cria a fadiga e se oferece para curá-la, mas só acaba aumentando”, disse Caine.

A mediadora Fabiana Moraes, o americano Danny Caine e o belga Mark Coeckelbergh na Flip 2024. Foto: Walter Craveiro/Flip 2024

Ele é dono de uma pequena livraria no interior dos Estados Unidos e há anos divulga os malefícios da concorrência desleal. Para isso, escreveu o livro Como Resistir à Amazon e Por Quê (Elefante). “Para a empresa de Jeff Bezos, que é um grande conglomerado, o lucro não vem da venda de livros, mas da possibilidade de utilizar os dados do comprador. É por isso que as obras são vendidas com até 50% de desconto em relação às livrarias tradicionais. Já tentei experimentar esse valor e, se continuasse, teria de fechar o meu negócio.”

Autor de Ética na Inteligência Artificial (Ubu), Mark Coeckelbergh discute o limite entre humano e máquina e como o desenvolvimento tecnológico molda o futuro do trabalho. “As pessoas estão condicionadas a acreditar que a tecnologia vai resolver seus problemas, o que é falso. Há importantes questões sociais que só têm solução a partir da ação humana”, avalia.

Danny Caine e Mark Coeckelbergh discutiram inteligência artificia e política de uso de dados. Foto: Walter Craveiro/Flip 2024

A situação se agravou com a pandemia da covid, quando aumentou em 30% o número de pessoas no Brasil com problemas de depressão. Ele se lembrou de um caso verídico em que um homem se disse apaixonado pela Alexa, assistente virtual da Amazon que usa inteligência artificial (IA) para realizar tarefas, fornecer informações e controlar dispositivos domésticos.

“Essas máquinas, se pudessem, se fundiriam totalmente com o ser humano.” O enfrentamento, portanto, é necessário, segundo a dupla. Como? Reuniões presenciais e não online, como é mais prático para a maioria, seria um importante primeiro passo. “Festas literárias como a Flip são um belo exemplo de resistência”, ponderou Caine.

O americano Danny Caine e o belga Mark Coeckelbergh fizeram um alerta quase em uníssono: os jovens de hoje, que não conhecem uma sociedade sem redes sociais, não se importam com a preservação de seus dados pessoais. “Com isso, facilitam a ação de big techs que, a pretexto de vender produtos abaixo do custo, só estão interessadas nas informações das pessoas, essa sim sua principal fonte de lucro”, comentou Caine. “Uma regulamentação da ação dessas empresas é algo urgente, e depende dos governos de todos os países”, completou Coeckelbergh.

Eles participaram da penúltima mesa desta quinta-feira, 10, da 22ª Festa Literária Internacional de Paraty, a Flip. Sob o irônico título “Dormindo com o inimigo”, a dupla falou sobre Inteligência Artificial, política de uso de dados e escolhas de consumo. E as conclusões não foram animadoras.

“Big techs como a Amazon se beneficiam da fadiga provocada nas pessoas pelo excesso de ofertas na internet. Como dispõe de praticamente todo tipo de produto, ela desponta como a melhor alternativa, mas o comprador não percebe que só está alimentando a própria ansiedade. Ou seja, a empresa cria a fadiga e se oferece para curá-la, mas só acaba aumentando”, disse Caine.

A mediadora Fabiana Moraes, o americano Danny Caine e o belga Mark Coeckelbergh na Flip 2024. Foto: Walter Craveiro/Flip 2024

Ele é dono de uma pequena livraria no interior dos Estados Unidos e há anos divulga os malefícios da concorrência desleal. Para isso, escreveu o livro Como Resistir à Amazon e Por Quê (Elefante). “Para a empresa de Jeff Bezos, que é um grande conglomerado, o lucro não vem da venda de livros, mas da possibilidade de utilizar os dados do comprador. É por isso que as obras são vendidas com até 50% de desconto em relação às livrarias tradicionais. Já tentei experimentar esse valor e, se continuasse, teria de fechar o meu negócio.”

Autor de Ética na Inteligência Artificial (Ubu), Mark Coeckelbergh discute o limite entre humano e máquina e como o desenvolvimento tecnológico molda o futuro do trabalho. “As pessoas estão condicionadas a acreditar que a tecnologia vai resolver seus problemas, o que é falso. Há importantes questões sociais que só têm solução a partir da ação humana”, avalia.

Danny Caine e Mark Coeckelbergh discutiram inteligência artificia e política de uso de dados. Foto: Walter Craveiro/Flip 2024

A situação se agravou com a pandemia da covid, quando aumentou em 30% o número de pessoas no Brasil com problemas de depressão. Ele se lembrou de um caso verídico em que um homem se disse apaixonado pela Alexa, assistente virtual da Amazon que usa inteligência artificial (IA) para realizar tarefas, fornecer informações e controlar dispositivos domésticos.

“Essas máquinas, se pudessem, se fundiriam totalmente com o ser humano.” O enfrentamento, portanto, é necessário, segundo a dupla. Como? Reuniões presenciais e não online, como é mais prático para a maioria, seria um importante primeiro passo. “Festas literárias como a Flip são um belo exemplo de resistência”, ponderou Caine.

O americano Danny Caine e o belga Mark Coeckelbergh fizeram um alerta quase em uníssono: os jovens de hoje, que não conhecem uma sociedade sem redes sociais, não se importam com a preservação de seus dados pessoais. “Com isso, facilitam a ação de big techs que, a pretexto de vender produtos abaixo do custo, só estão interessadas nas informações das pessoas, essa sim sua principal fonte de lucro”, comentou Caine. “Uma regulamentação da ação dessas empresas é algo urgente, e depende dos governos de todos os países”, completou Coeckelbergh.

Eles participaram da penúltima mesa desta quinta-feira, 10, da 22ª Festa Literária Internacional de Paraty, a Flip. Sob o irônico título “Dormindo com o inimigo”, a dupla falou sobre Inteligência Artificial, política de uso de dados e escolhas de consumo. E as conclusões não foram animadoras.

“Big techs como a Amazon se beneficiam da fadiga provocada nas pessoas pelo excesso de ofertas na internet. Como dispõe de praticamente todo tipo de produto, ela desponta como a melhor alternativa, mas o comprador não percebe que só está alimentando a própria ansiedade. Ou seja, a empresa cria a fadiga e se oferece para curá-la, mas só acaba aumentando”, disse Caine.

A mediadora Fabiana Moraes, o americano Danny Caine e o belga Mark Coeckelbergh na Flip 2024. Foto: Walter Craveiro/Flip 2024

Ele é dono de uma pequena livraria no interior dos Estados Unidos e há anos divulga os malefícios da concorrência desleal. Para isso, escreveu o livro Como Resistir à Amazon e Por Quê (Elefante). “Para a empresa de Jeff Bezos, que é um grande conglomerado, o lucro não vem da venda de livros, mas da possibilidade de utilizar os dados do comprador. É por isso que as obras são vendidas com até 50% de desconto em relação às livrarias tradicionais. Já tentei experimentar esse valor e, se continuasse, teria de fechar o meu negócio.”

Autor de Ética na Inteligência Artificial (Ubu), Mark Coeckelbergh discute o limite entre humano e máquina e como o desenvolvimento tecnológico molda o futuro do trabalho. “As pessoas estão condicionadas a acreditar que a tecnologia vai resolver seus problemas, o que é falso. Há importantes questões sociais que só têm solução a partir da ação humana”, avalia.

Danny Caine e Mark Coeckelbergh discutiram inteligência artificia e política de uso de dados. Foto: Walter Craveiro/Flip 2024

A situação se agravou com a pandemia da covid, quando aumentou em 30% o número de pessoas no Brasil com problemas de depressão. Ele se lembrou de um caso verídico em que um homem se disse apaixonado pela Alexa, assistente virtual da Amazon que usa inteligência artificial (IA) para realizar tarefas, fornecer informações e controlar dispositivos domésticos.

“Essas máquinas, se pudessem, se fundiriam totalmente com o ser humano.” O enfrentamento, portanto, é necessário, segundo a dupla. Como? Reuniões presenciais e não online, como é mais prático para a maioria, seria um importante primeiro passo. “Festas literárias como a Flip são um belo exemplo de resistência”, ponderou Caine.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.