Nobel de Literatura 2023 vai para o norueguês Jon Fosse; conheça


Mais prestigioso prêmio literário do mundo, ele revelou nesta manhã seu novo vencedor: o escritor e dramaturgo norueguês de 64 anos, autor de ‘É a Ales’ e do inédito ‘Brancura’

Por Maria Fernanda Rodrigues
Atualização:

O norueguês Jon Fosse (1959) venceu o Prêmio Nobel de Literatura 2023 por “suas peças e prosas inovadoras que dão voz ao indizível”, segundo a Academia Sueca, que acaba de fazer o anúncio. Fosse é considerado um “Beckett do século 21″.

“Sua imensa obra escrita em Nynorsk norueguês e abrangendo uma variedade de gêneros consiste em uma riqueza de peças, romances, coleções de poesia, ensaios, livros infantis e traduções. É um dos dramaturgos mais representados no mundo, e tem se tornado cada vez mais reconhecido por sua prosa”, destacou Anders Olsson, presidente do comitê do Nobel de Literatura.

“Fosse combina o enraizamento na linguagem e na natureza de sua formação norueguesa com técnicas artísticas na esteira do modernismo”, disse ainda. O Nobel de Literatura é concedido a um autor pelo conjunto da obra.

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Tradicionalmente, os organizadores do prêmio ligam para o escolhido antes do anúncio oficial. Segundo o secretário permanente da Academia Sueca, Jon Fosse, de 64 anos, “estava dirigindo pelo campo, em direção ao fiorde ao norte de Bergen, na Noruega”.

O valor do prêmio é de cerca de R$ 5 milhões (11 mil coroas suecas).

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Dramaturgo reconhecido no mundo todo, Jon Fosse, mais recente Prêmio Nobel de Literatura, está chegando às livrarias brasileiras com dois livros: É a Ales e Brancura Foto: Ole Berg-Rusten/AFP

Vida e obra de Jon Fosse

Nascido em 29 de setembro de 1959, em Haugesund, na Noruega, Jon Fosse cresceu em Strandebarm. Aos 7 anos, ele sofreu um acidente e chegou a comentar que esta foi a experiência mais importante de sua infância e que o transformou em um artista. Antes de se tornar um escritor, ele cogitou ser guitarrista de uma banda de rock.

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Ele cresceu em uma família adepta do pietismo, um movimento espiritual protestante. Seu avô era quacre, pacifista e esquerdista ao mesmo tempo. O escritor se distanciou dessas crenças e preferiu se definir a princípio como ateu. Em 2013, se declarou católico.

Fosse é um escritor multifacetado, mas pouco acessível ao grande público. Apesar disso, é um dos autores de teatro com mais peças representadas na Europa e considerado um dos um dos grandes autores de sua geração.

O norueguês estreou na literatura em 1981, com o conto Han em um jornal estudantil. Dois anos depois, em 1983, ele lançou seu primeiro romance, Raudt, Svart. É autor, ainda, de Trilogien, vencedor do Nordic Council Literature Prize, em 2015.

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Nas décadas de 1990 e início dos anos 2000, ele dedicou mais ao teatro. Por volta de 2010, mergulha na literatura. Sua obra é composta por cerca de 40 peças, entre as quais Og aldri skal vi skiljast (E Nunca nos Separemos), a primeira encenada, em 1994, e Nokon kjem til å komme (Alguém vai chegar), a primeira que ele escreveu, e que lhe deu fama como dramaturgo, além de 16 livros de prosa, 8 de poesia e dois de ensaios. Seus livros já foram traduzidos para mais de 50 idiomas.

As obras de Fosse rompem com as regras clássicas, reduzem o enredo ao mínimo e utilizam uma linguagem simples e sem adornos, em que a chave da compreensão está no ritmo, na musicalidade e nas pausas.

Sua obra mais recente, Septologia, que distribui sete capítulos em três volumes que somam 1.250 páginas, narra o encontro de um homem com outra versão de si mesmo para levantar questões existenciais por meio de uma pontuação esparsa e imprevisível. Inédita no Brasil, ela deve ser publicada em 2025 (veja abaixo).

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Sobre ele, a Academia Sueca destacou que se trata de um romance escrito na forma de um monólogo em que um artista idoso fala consigo mesmo como outra pessoa. “A obra progride aparentemente interminavelmente e sem quebras de frases, mas é formalmente mantida unida por repetições, temas recorrentes e um período fixo de sete dias. Cada uma de suas partes abre com a mesma frase e termina com a mesma oração a Deus.”

Livros e peças de Jon Fosse no Brasil

Acaba de chegar às livrarias, pela Companhia das Letras, É a Ales, “um romance hipnótico” que oferece “uma reflexão assombrosa sobre o amor, a perda e o legado de nossos antepassados”. Neste sábado, 7, a Fósforo - editora também de Annie Ernaux pré-Nobel - publica a versão em e-book do romance Brancura. O livro impresso chega às livrarias em 26 de outubro.

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Trata-se, segundo a sinopse, de “um breve romance em que a atmosfera onírica se mescla à transcendência, um homem começa a dirigir sem rumo e, desconhecendo as próprias motivações, conduz seu carro até uma floresta. Logo escurece e começa a nevar. Obedecendo à lógica trágica e misteriosa que opera nos pesadelos — ou no encontro inescapável com o destino —, em vez de procurar ajuda, ele decide se aventurar pela mata escura, onde se depara com um ser de brancura reluzente”. Leia um trecho de Brancura.

Para 2024, a Fósforo prepara uma antologia de poemas e outra de peças do escritor norueguês, e a Companhia das Letras prevê a publicação de Trilogia, premiado volume com três novelas sobre a história de amor entre um jovem casal. Em 2025, a Fósforo volta a publicar Jon Fosse, e manda para as livrarias a Septologia, que é considerado sua grande obra literária.

Em 2013, o Satyros montou a peça Adormecidos. Outras peças do autor já tinham chegado aos palcos brasileiros, como Noturnos, por Mario Bortolotto, entre outras.

O trabalho de Jon Fosse é minimalista e baseado numa linguagem serena que transmite a sua mensagem por meio do ritmo, da melodia e do silêncio. E seu estilo é caracterizado por inúmeras projeções temporais e pontos de vista alternados, que se tornaram sua marca registrada.

Outros cotados para o Nobel de Literatura 2023

Entre os cotados este ano estavam Lyudmila Ulitskaya, Salman Rushdie, Can Xue, Mircea Cartarescu, Peter Nadas, Laszlo Krasznahorkai, Ismail Kadare, Ngugi wa Thiong’o e Margaret Atwood. Fosse era presença frequente nas listas de apostas nos últimos anos.

Em 2022, a Academia Sueca premiou a francesa Annie Ernaux pela “coragem e agudeza clínica com que ela descobre as raízes, os distanciamentos e restrições coletivas da memória pessoal”.

Annie Ernaux ganhou o Nobel pouco depois de ser anunciada como convidada da Flip 2022; e veio ao Brasil em novembro Foto: Walter Craveiro/Flip 2022

Nascida em 1940, ela é autora de obras como Os Anos e O Acontecimento - e foi apenas a 17ª mulher a ganhar o Nobel de Literatura, criado em 1901 e concedido a 119 homens desde então. / COM AFP

Conheça os mais recentes vencedores do Prêmio Nobel de Literatura

  • Annie Ernaux (2022)
  • Abulrazak Gurnah (2021)
  • Louise Glück (2020)
  • Peter Handke (2019)
  • Olga Tokarczuk (2018)
  • Kazuo Ishiguro (2017)
  • Bob Dylan (2016)
  • Svetlana Aleksiévitch (2015)
  • Patrick Modiano (2014)
  • Alice Munro (2013)
  • Mo Yan (2012)
  • Tomas Tranströmer (2011)
  • Mario Vargas Llosa (2010)
  • Herta Müller (2009)
  • Le Clézio (2008)
  • Doris Lessing (2007)
  • Orhan Pamuk (2006)
  • Harold Pinter (2005)
  • Elfriede Jelinek (2004)
  • J.M. Coetzee (2003)
  • Imre Kertész (2002)
  • V.S. Naipaul (2001)

O norueguês Jon Fosse (1959) venceu o Prêmio Nobel de Literatura 2023 por “suas peças e prosas inovadoras que dão voz ao indizível”, segundo a Academia Sueca, que acaba de fazer o anúncio. Fosse é considerado um “Beckett do século 21″.

“Sua imensa obra escrita em Nynorsk norueguês e abrangendo uma variedade de gêneros consiste em uma riqueza de peças, romances, coleções de poesia, ensaios, livros infantis e traduções. É um dos dramaturgos mais representados no mundo, e tem se tornado cada vez mais reconhecido por sua prosa”, destacou Anders Olsson, presidente do comitê do Nobel de Literatura.

“Fosse combina o enraizamento na linguagem e na natureza de sua formação norueguesa com técnicas artísticas na esteira do modernismo”, disse ainda. O Nobel de Literatura é concedido a um autor pelo conjunto da obra.

Tradicionalmente, os organizadores do prêmio ligam para o escolhido antes do anúncio oficial. Segundo o secretário permanente da Academia Sueca, Jon Fosse, de 64 anos, “estava dirigindo pelo campo, em direção ao fiorde ao norte de Bergen, na Noruega”.

O valor do prêmio é de cerca de R$ 5 milhões (11 mil coroas suecas).

Dramaturgo reconhecido no mundo todo, Jon Fosse, mais recente Prêmio Nobel de Literatura, está chegando às livrarias brasileiras com dois livros: É a Ales e Brancura Foto: Ole Berg-Rusten/AFP

Vida e obra de Jon Fosse

Nascido em 29 de setembro de 1959, em Haugesund, na Noruega, Jon Fosse cresceu em Strandebarm. Aos 7 anos, ele sofreu um acidente e chegou a comentar que esta foi a experiência mais importante de sua infância e que o transformou em um artista. Antes de se tornar um escritor, ele cogitou ser guitarrista de uma banda de rock.

Ele cresceu em uma família adepta do pietismo, um movimento espiritual protestante. Seu avô era quacre, pacifista e esquerdista ao mesmo tempo. O escritor se distanciou dessas crenças e preferiu se definir a princípio como ateu. Em 2013, se declarou católico.

Fosse é um escritor multifacetado, mas pouco acessível ao grande público. Apesar disso, é um dos autores de teatro com mais peças representadas na Europa e considerado um dos um dos grandes autores de sua geração.

O norueguês estreou na literatura em 1981, com o conto Han em um jornal estudantil. Dois anos depois, em 1983, ele lançou seu primeiro romance, Raudt, Svart. É autor, ainda, de Trilogien, vencedor do Nordic Council Literature Prize, em 2015.

Nas décadas de 1990 e início dos anos 2000, ele dedicou mais ao teatro. Por volta de 2010, mergulha na literatura. Sua obra é composta por cerca de 40 peças, entre as quais Og aldri skal vi skiljast (E Nunca nos Separemos), a primeira encenada, em 1994, e Nokon kjem til å komme (Alguém vai chegar), a primeira que ele escreveu, e que lhe deu fama como dramaturgo, além de 16 livros de prosa, 8 de poesia e dois de ensaios. Seus livros já foram traduzidos para mais de 50 idiomas.

As obras de Fosse rompem com as regras clássicas, reduzem o enredo ao mínimo e utilizam uma linguagem simples e sem adornos, em que a chave da compreensão está no ritmo, na musicalidade e nas pausas.

Sua obra mais recente, Septologia, que distribui sete capítulos em três volumes que somam 1.250 páginas, narra o encontro de um homem com outra versão de si mesmo para levantar questões existenciais por meio de uma pontuação esparsa e imprevisível. Inédita no Brasil, ela deve ser publicada em 2025 (veja abaixo).

Sobre ele, a Academia Sueca destacou que se trata de um romance escrito na forma de um monólogo em que um artista idoso fala consigo mesmo como outra pessoa. “A obra progride aparentemente interminavelmente e sem quebras de frases, mas é formalmente mantida unida por repetições, temas recorrentes e um período fixo de sete dias. Cada uma de suas partes abre com a mesma frase e termina com a mesma oração a Deus.”

Livros e peças de Jon Fosse no Brasil

Acaba de chegar às livrarias, pela Companhia das Letras, É a Ales, “um romance hipnótico” que oferece “uma reflexão assombrosa sobre o amor, a perda e o legado de nossos antepassados”. Neste sábado, 7, a Fósforo - editora também de Annie Ernaux pré-Nobel - publica a versão em e-book do romance Brancura. O livro impresso chega às livrarias em 26 de outubro.

Trata-se, segundo a sinopse, de “um breve romance em que a atmosfera onírica se mescla à transcendência, um homem começa a dirigir sem rumo e, desconhecendo as próprias motivações, conduz seu carro até uma floresta. Logo escurece e começa a nevar. Obedecendo à lógica trágica e misteriosa que opera nos pesadelos — ou no encontro inescapável com o destino —, em vez de procurar ajuda, ele decide se aventurar pela mata escura, onde se depara com um ser de brancura reluzente”. Leia um trecho de Brancura.

Para 2024, a Fósforo prepara uma antologia de poemas e outra de peças do escritor norueguês, e a Companhia das Letras prevê a publicação de Trilogia, premiado volume com três novelas sobre a história de amor entre um jovem casal. Em 2025, a Fósforo volta a publicar Jon Fosse, e manda para as livrarias a Septologia, que é considerado sua grande obra literária.

Em 2013, o Satyros montou a peça Adormecidos. Outras peças do autor já tinham chegado aos palcos brasileiros, como Noturnos, por Mario Bortolotto, entre outras.

O trabalho de Jon Fosse é minimalista e baseado numa linguagem serena que transmite a sua mensagem por meio do ritmo, da melodia e do silêncio. E seu estilo é caracterizado por inúmeras projeções temporais e pontos de vista alternados, que se tornaram sua marca registrada.

Outros cotados para o Nobel de Literatura 2023

Entre os cotados este ano estavam Lyudmila Ulitskaya, Salman Rushdie, Can Xue, Mircea Cartarescu, Peter Nadas, Laszlo Krasznahorkai, Ismail Kadare, Ngugi wa Thiong’o e Margaret Atwood. Fosse era presença frequente nas listas de apostas nos últimos anos.

Em 2022, a Academia Sueca premiou a francesa Annie Ernaux pela “coragem e agudeza clínica com que ela descobre as raízes, os distanciamentos e restrições coletivas da memória pessoal”.

Annie Ernaux ganhou o Nobel pouco depois de ser anunciada como convidada da Flip 2022; e veio ao Brasil em novembro Foto: Walter Craveiro/Flip 2022

Nascida em 1940, ela é autora de obras como Os Anos e O Acontecimento - e foi apenas a 17ª mulher a ganhar o Nobel de Literatura, criado em 1901 e concedido a 119 homens desde então. / COM AFP

Conheça os mais recentes vencedores do Prêmio Nobel de Literatura

  • Annie Ernaux (2022)
  • Abulrazak Gurnah (2021)
  • Louise Glück (2020)
  • Peter Handke (2019)
  • Olga Tokarczuk (2018)
  • Kazuo Ishiguro (2017)
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  • Svetlana Aleksiévitch (2015)
  • Patrick Modiano (2014)
  • Alice Munro (2013)
  • Mo Yan (2012)
  • Tomas Tranströmer (2011)
  • Mario Vargas Llosa (2010)
  • Herta Müller (2009)
  • Le Clézio (2008)
  • Doris Lessing (2007)
  • Orhan Pamuk (2006)
  • Harold Pinter (2005)
  • Elfriede Jelinek (2004)
  • J.M. Coetzee (2003)
  • Imre Kertész (2002)
  • V.S. Naipaul (2001)

O norueguês Jon Fosse (1959) venceu o Prêmio Nobel de Literatura 2023 por “suas peças e prosas inovadoras que dão voz ao indizível”, segundo a Academia Sueca, que acaba de fazer o anúncio. Fosse é considerado um “Beckett do século 21″.

“Sua imensa obra escrita em Nynorsk norueguês e abrangendo uma variedade de gêneros consiste em uma riqueza de peças, romances, coleções de poesia, ensaios, livros infantis e traduções. É um dos dramaturgos mais representados no mundo, e tem se tornado cada vez mais reconhecido por sua prosa”, destacou Anders Olsson, presidente do comitê do Nobel de Literatura.

“Fosse combina o enraizamento na linguagem e na natureza de sua formação norueguesa com técnicas artísticas na esteira do modernismo”, disse ainda. O Nobel de Literatura é concedido a um autor pelo conjunto da obra.

Tradicionalmente, os organizadores do prêmio ligam para o escolhido antes do anúncio oficial. Segundo o secretário permanente da Academia Sueca, Jon Fosse, de 64 anos, “estava dirigindo pelo campo, em direção ao fiorde ao norte de Bergen, na Noruega”.

O valor do prêmio é de cerca de R$ 5 milhões (11 mil coroas suecas).

Dramaturgo reconhecido no mundo todo, Jon Fosse, mais recente Prêmio Nobel de Literatura, está chegando às livrarias brasileiras com dois livros: É a Ales e Brancura Foto: Ole Berg-Rusten/AFP

Vida e obra de Jon Fosse

Nascido em 29 de setembro de 1959, em Haugesund, na Noruega, Jon Fosse cresceu em Strandebarm. Aos 7 anos, ele sofreu um acidente e chegou a comentar que esta foi a experiência mais importante de sua infância e que o transformou em um artista. Antes de se tornar um escritor, ele cogitou ser guitarrista de uma banda de rock.

Ele cresceu em uma família adepta do pietismo, um movimento espiritual protestante. Seu avô era quacre, pacifista e esquerdista ao mesmo tempo. O escritor se distanciou dessas crenças e preferiu se definir a princípio como ateu. Em 2013, se declarou católico.

Fosse é um escritor multifacetado, mas pouco acessível ao grande público. Apesar disso, é um dos autores de teatro com mais peças representadas na Europa e considerado um dos um dos grandes autores de sua geração.

O norueguês estreou na literatura em 1981, com o conto Han em um jornal estudantil. Dois anos depois, em 1983, ele lançou seu primeiro romance, Raudt, Svart. É autor, ainda, de Trilogien, vencedor do Nordic Council Literature Prize, em 2015.

Nas décadas de 1990 e início dos anos 2000, ele dedicou mais ao teatro. Por volta de 2010, mergulha na literatura. Sua obra é composta por cerca de 40 peças, entre as quais Og aldri skal vi skiljast (E Nunca nos Separemos), a primeira encenada, em 1994, e Nokon kjem til å komme (Alguém vai chegar), a primeira que ele escreveu, e que lhe deu fama como dramaturgo, além de 16 livros de prosa, 8 de poesia e dois de ensaios. Seus livros já foram traduzidos para mais de 50 idiomas.

As obras de Fosse rompem com as regras clássicas, reduzem o enredo ao mínimo e utilizam uma linguagem simples e sem adornos, em que a chave da compreensão está no ritmo, na musicalidade e nas pausas.

Sua obra mais recente, Septologia, que distribui sete capítulos em três volumes que somam 1.250 páginas, narra o encontro de um homem com outra versão de si mesmo para levantar questões existenciais por meio de uma pontuação esparsa e imprevisível. Inédita no Brasil, ela deve ser publicada em 2025 (veja abaixo).

Sobre ele, a Academia Sueca destacou que se trata de um romance escrito na forma de um monólogo em que um artista idoso fala consigo mesmo como outra pessoa. “A obra progride aparentemente interminavelmente e sem quebras de frases, mas é formalmente mantida unida por repetições, temas recorrentes e um período fixo de sete dias. Cada uma de suas partes abre com a mesma frase e termina com a mesma oração a Deus.”

Livros e peças de Jon Fosse no Brasil

Acaba de chegar às livrarias, pela Companhia das Letras, É a Ales, “um romance hipnótico” que oferece “uma reflexão assombrosa sobre o amor, a perda e o legado de nossos antepassados”. Neste sábado, 7, a Fósforo - editora também de Annie Ernaux pré-Nobel - publica a versão em e-book do romance Brancura. O livro impresso chega às livrarias em 26 de outubro.

Trata-se, segundo a sinopse, de “um breve romance em que a atmosfera onírica se mescla à transcendência, um homem começa a dirigir sem rumo e, desconhecendo as próprias motivações, conduz seu carro até uma floresta. Logo escurece e começa a nevar. Obedecendo à lógica trágica e misteriosa que opera nos pesadelos — ou no encontro inescapável com o destino —, em vez de procurar ajuda, ele decide se aventurar pela mata escura, onde se depara com um ser de brancura reluzente”. Leia um trecho de Brancura.

Para 2024, a Fósforo prepara uma antologia de poemas e outra de peças do escritor norueguês, e a Companhia das Letras prevê a publicação de Trilogia, premiado volume com três novelas sobre a história de amor entre um jovem casal. Em 2025, a Fósforo volta a publicar Jon Fosse, e manda para as livrarias a Septologia, que é considerado sua grande obra literária.

Em 2013, o Satyros montou a peça Adormecidos. Outras peças do autor já tinham chegado aos palcos brasileiros, como Noturnos, por Mario Bortolotto, entre outras.

O trabalho de Jon Fosse é minimalista e baseado numa linguagem serena que transmite a sua mensagem por meio do ritmo, da melodia e do silêncio. E seu estilo é caracterizado por inúmeras projeções temporais e pontos de vista alternados, que se tornaram sua marca registrada.

Outros cotados para o Nobel de Literatura 2023

Entre os cotados este ano estavam Lyudmila Ulitskaya, Salman Rushdie, Can Xue, Mircea Cartarescu, Peter Nadas, Laszlo Krasznahorkai, Ismail Kadare, Ngugi wa Thiong’o e Margaret Atwood. Fosse era presença frequente nas listas de apostas nos últimos anos.

Em 2022, a Academia Sueca premiou a francesa Annie Ernaux pela “coragem e agudeza clínica com que ela descobre as raízes, os distanciamentos e restrições coletivas da memória pessoal”.

Annie Ernaux ganhou o Nobel pouco depois de ser anunciada como convidada da Flip 2022; e veio ao Brasil em novembro Foto: Walter Craveiro/Flip 2022

Nascida em 1940, ela é autora de obras como Os Anos e O Acontecimento - e foi apenas a 17ª mulher a ganhar o Nobel de Literatura, criado em 1901 e concedido a 119 homens desde então. / COM AFP

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  • Annie Ernaux (2022)
  • Abulrazak Gurnah (2021)
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  • Kazuo Ishiguro (2017)
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  • Svetlana Aleksiévitch (2015)
  • Patrick Modiano (2014)
  • Alice Munro (2013)
  • Mo Yan (2012)
  • Tomas Tranströmer (2011)
  • Mario Vargas Llosa (2010)
  • Herta Müller (2009)
  • Le Clézio (2008)
  • Doris Lessing (2007)
  • Orhan Pamuk (2006)
  • Harold Pinter (2005)
  • Elfriede Jelinek (2004)
  • J.M. Coetzee (2003)
  • Imre Kertész (2002)
  • V.S. Naipaul (2001)

O norueguês Jon Fosse (1959) venceu o Prêmio Nobel de Literatura 2023 por “suas peças e prosas inovadoras que dão voz ao indizível”, segundo a Academia Sueca, que acaba de fazer o anúncio. Fosse é considerado um “Beckett do século 21″.

“Sua imensa obra escrita em Nynorsk norueguês e abrangendo uma variedade de gêneros consiste em uma riqueza de peças, romances, coleções de poesia, ensaios, livros infantis e traduções. É um dos dramaturgos mais representados no mundo, e tem se tornado cada vez mais reconhecido por sua prosa”, destacou Anders Olsson, presidente do comitê do Nobel de Literatura.

“Fosse combina o enraizamento na linguagem e na natureza de sua formação norueguesa com técnicas artísticas na esteira do modernismo”, disse ainda. O Nobel de Literatura é concedido a um autor pelo conjunto da obra.

Tradicionalmente, os organizadores do prêmio ligam para o escolhido antes do anúncio oficial. Segundo o secretário permanente da Academia Sueca, Jon Fosse, de 64 anos, “estava dirigindo pelo campo, em direção ao fiorde ao norte de Bergen, na Noruega”.

O valor do prêmio é de cerca de R$ 5 milhões (11 mil coroas suecas).

Dramaturgo reconhecido no mundo todo, Jon Fosse, mais recente Prêmio Nobel de Literatura, está chegando às livrarias brasileiras com dois livros: É a Ales e Brancura Foto: Ole Berg-Rusten/AFP

Vida e obra de Jon Fosse

Nascido em 29 de setembro de 1959, em Haugesund, na Noruega, Jon Fosse cresceu em Strandebarm. Aos 7 anos, ele sofreu um acidente e chegou a comentar que esta foi a experiência mais importante de sua infância e que o transformou em um artista. Antes de se tornar um escritor, ele cogitou ser guitarrista de uma banda de rock.

Ele cresceu em uma família adepta do pietismo, um movimento espiritual protestante. Seu avô era quacre, pacifista e esquerdista ao mesmo tempo. O escritor se distanciou dessas crenças e preferiu se definir a princípio como ateu. Em 2013, se declarou católico.

Fosse é um escritor multifacetado, mas pouco acessível ao grande público. Apesar disso, é um dos autores de teatro com mais peças representadas na Europa e considerado um dos um dos grandes autores de sua geração.

O norueguês estreou na literatura em 1981, com o conto Han em um jornal estudantil. Dois anos depois, em 1983, ele lançou seu primeiro romance, Raudt, Svart. É autor, ainda, de Trilogien, vencedor do Nordic Council Literature Prize, em 2015.

Nas décadas de 1990 e início dos anos 2000, ele dedicou mais ao teatro. Por volta de 2010, mergulha na literatura. Sua obra é composta por cerca de 40 peças, entre as quais Og aldri skal vi skiljast (E Nunca nos Separemos), a primeira encenada, em 1994, e Nokon kjem til å komme (Alguém vai chegar), a primeira que ele escreveu, e que lhe deu fama como dramaturgo, além de 16 livros de prosa, 8 de poesia e dois de ensaios. Seus livros já foram traduzidos para mais de 50 idiomas.

As obras de Fosse rompem com as regras clássicas, reduzem o enredo ao mínimo e utilizam uma linguagem simples e sem adornos, em que a chave da compreensão está no ritmo, na musicalidade e nas pausas.

Sua obra mais recente, Septologia, que distribui sete capítulos em três volumes que somam 1.250 páginas, narra o encontro de um homem com outra versão de si mesmo para levantar questões existenciais por meio de uma pontuação esparsa e imprevisível. Inédita no Brasil, ela deve ser publicada em 2025 (veja abaixo).

Sobre ele, a Academia Sueca destacou que se trata de um romance escrito na forma de um monólogo em que um artista idoso fala consigo mesmo como outra pessoa. “A obra progride aparentemente interminavelmente e sem quebras de frases, mas é formalmente mantida unida por repetições, temas recorrentes e um período fixo de sete dias. Cada uma de suas partes abre com a mesma frase e termina com a mesma oração a Deus.”

Livros e peças de Jon Fosse no Brasil

Acaba de chegar às livrarias, pela Companhia das Letras, É a Ales, “um romance hipnótico” que oferece “uma reflexão assombrosa sobre o amor, a perda e o legado de nossos antepassados”. Neste sábado, 7, a Fósforo - editora também de Annie Ernaux pré-Nobel - publica a versão em e-book do romance Brancura. O livro impresso chega às livrarias em 26 de outubro.

Trata-se, segundo a sinopse, de “um breve romance em que a atmosfera onírica se mescla à transcendência, um homem começa a dirigir sem rumo e, desconhecendo as próprias motivações, conduz seu carro até uma floresta. Logo escurece e começa a nevar. Obedecendo à lógica trágica e misteriosa que opera nos pesadelos — ou no encontro inescapável com o destino —, em vez de procurar ajuda, ele decide se aventurar pela mata escura, onde se depara com um ser de brancura reluzente”. Leia um trecho de Brancura.

Para 2024, a Fósforo prepara uma antologia de poemas e outra de peças do escritor norueguês, e a Companhia das Letras prevê a publicação de Trilogia, premiado volume com três novelas sobre a história de amor entre um jovem casal. Em 2025, a Fósforo volta a publicar Jon Fosse, e manda para as livrarias a Septologia, que é considerado sua grande obra literária.

Em 2013, o Satyros montou a peça Adormecidos. Outras peças do autor já tinham chegado aos palcos brasileiros, como Noturnos, por Mario Bortolotto, entre outras.

O trabalho de Jon Fosse é minimalista e baseado numa linguagem serena que transmite a sua mensagem por meio do ritmo, da melodia e do silêncio. E seu estilo é caracterizado por inúmeras projeções temporais e pontos de vista alternados, que se tornaram sua marca registrada.

Outros cotados para o Nobel de Literatura 2023

Entre os cotados este ano estavam Lyudmila Ulitskaya, Salman Rushdie, Can Xue, Mircea Cartarescu, Peter Nadas, Laszlo Krasznahorkai, Ismail Kadare, Ngugi wa Thiong’o e Margaret Atwood. Fosse era presença frequente nas listas de apostas nos últimos anos.

Em 2022, a Academia Sueca premiou a francesa Annie Ernaux pela “coragem e agudeza clínica com que ela descobre as raízes, os distanciamentos e restrições coletivas da memória pessoal”.

Annie Ernaux ganhou o Nobel pouco depois de ser anunciada como convidada da Flip 2022; e veio ao Brasil em novembro Foto: Walter Craveiro/Flip 2022

Nascida em 1940, ela é autora de obras como Os Anos e O Acontecimento - e foi apenas a 17ª mulher a ganhar o Nobel de Literatura, criado em 1901 e concedido a 119 homens desde então. / COM AFP

Conheça os mais recentes vencedores do Prêmio Nobel de Literatura

  • Annie Ernaux (2022)
  • Abulrazak Gurnah (2021)
  • Louise Glück (2020)
  • Peter Handke (2019)
  • Olga Tokarczuk (2018)
  • Kazuo Ishiguro (2017)
  • Bob Dylan (2016)
  • Svetlana Aleksiévitch (2015)
  • Patrick Modiano (2014)
  • Alice Munro (2013)
  • Mo Yan (2012)
  • Tomas Tranströmer (2011)
  • Mario Vargas Llosa (2010)
  • Herta Müller (2009)
  • Le Clézio (2008)
  • Doris Lessing (2007)
  • Orhan Pamuk (2006)
  • Harold Pinter (2005)
  • Elfriede Jelinek (2004)
  • J.M. Coetzee (2003)
  • Imre Kertész (2002)
  • V.S. Naipaul (2001)

O norueguês Jon Fosse (1959) venceu o Prêmio Nobel de Literatura 2023 por “suas peças e prosas inovadoras que dão voz ao indizível”, segundo a Academia Sueca, que acaba de fazer o anúncio. Fosse é considerado um “Beckett do século 21″.

“Sua imensa obra escrita em Nynorsk norueguês e abrangendo uma variedade de gêneros consiste em uma riqueza de peças, romances, coleções de poesia, ensaios, livros infantis e traduções. É um dos dramaturgos mais representados no mundo, e tem se tornado cada vez mais reconhecido por sua prosa”, destacou Anders Olsson, presidente do comitê do Nobel de Literatura.

“Fosse combina o enraizamento na linguagem e na natureza de sua formação norueguesa com técnicas artísticas na esteira do modernismo”, disse ainda. O Nobel de Literatura é concedido a um autor pelo conjunto da obra.

Tradicionalmente, os organizadores do prêmio ligam para o escolhido antes do anúncio oficial. Segundo o secretário permanente da Academia Sueca, Jon Fosse, de 64 anos, “estava dirigindo pelo campo, em direção ao fiorde ao norte de Bergen, na Noruega”.

O valor do prêmio é de cerca de R$ 5 milhões (11 mil coroas suecas).

Dramaturgo reconhecido no mundo todo, Jon Fosse, mais recente Prêmio Nobel de Literatura, está chegando às livrarias brasileiras com dois livros: É a Ales e Brancura Foto: Ole Berg-Rusten/AFP

Vida e obra de Jon Fosse

Nascido em 29 de setembro de 1959, em Haugesund, na Noruega, Jon Fosse cresceu em Strandebarm. Aos 7 anos, ele sofreu um acidente e chegou a comentar que esta foi a experiência mais importante de sua infância e que o transformou em um artista. Antes de se tornar um escritor, ele cogitou ser guitarrista de uma banda de rock.

Ele cresceu em uma família adepta do pietismo, um movimento espiritual protestante. Seu avô era quacre, pacifista e esquerdista ao mesmo tempo. O escritor se distanciou dessas crenças e preferiu se definir a princípio como ateu. Em 2013, se declarou católico.

Fosse é um escritor multifacetado, mas pouco acessível ao grande público. Apesar disso, é um dos autores de teatro com mais peças representadas na Europa e considerado um dos um dos grandes autores de sua geração.

O norueguês estreou na literatura em 1981, com o conto Han em um jornal estudantil. Dois anos depois, em 1983, ele lançou seu primeiro romance, Raudt, Svart. É autor, ainda, de Trilogien, vencedor do Nordic Council Literature Prize, em 2015.

Nas décadas de 1990 e início dos anos 2000, ele dedicou mais ao teatro. Por volta de 2010, mergulha na literatura. Sua obra é composta por cerca de 40 peças, entre as quais Og aldri skal vi skiljast (E Nunca nos Separemos), a primeira encenada, em 1994, e Nokon kjem til å komme (Alguém vai chegar), a primeira que ele escreveu, e que lhe deu fama como dramaturgo, além de 16 livros de prosa, 8 de poesia e dois de ensaios. Seus livros já foram traduzidos para mais de 50 idiomas.

As obras de Fosse rompem com as regras clássicas, reduzem o enredo ao mínimo e utilizam uma linguagem simples e sem adornos, em que a chave da compreensão está no ritmo, na musicalidade e nas pausas.

Sua obra mais recente, Septologia, que distribui sete capítulos em três volumes que somam 1.250 páginas, narra o encontro de um homem com outra versão de si mesmo para levantar questões existenciais por meio de uma pontuação esparsa e imprevisível. Inédita no Brasil, ela deve ser publicada em 2025 (veja abaixo).

Sobre ele, a Academia Sueca destacou que se trata de um romance escrito na forma de um monólogo em que um artista idoso fala consigo mesmo como outra pessoa. “A obra progride aparentemente interminavelmente e sem quebras de frases, mas é formalmente mantida unida por repetições, temas recorrentes e um período fixo de sete dias. Cada uma de suas partes abre com a mesma frase e termina com a mesma oração a Deus.”

Livros e peças de Jon Fosse no Brasil

Acaba de chegar às livrarias, pela Companhia das Letras, É a Ales, “um romance hipnótico” que oferece “uma reflexão assombrosa sobre o amor, a perda e o legado de nossos antepassados”. Neste sábado, 7, a Fósforo - editora também de Annie Ernaux pré-Nobel - publica a versão em e-book do romance Brancura. O livro impresso chega às livrarias em 26 de outubro.

Trata-se, segundo a sinopse, de “um breve romance em que a atmosfera onírica se mescla à transcendência, um homem começa a dirigir sem rumo e, desconhecendo as próprias motivações, conduz seu carro até uma floresta. Logo escurece e começa a nevar. Obedecendo à lógica trágica e misteriosa que opera nos pesadelos — ou no encontro inescapável com o destino —, em vez de procurar ajuda, ele decide se aventurar pela mata escura, onde se depara com um ser de brancura reluzente”. Leia um trecho de Brancura.

Para 2024, a Fósforo prepara uma antologia de poemas e outra de peças do escritor norueguês, e a Companhia das Letras prevê a publicação de Trilogia, premiado volume com três novelas sobre a história de amor entre um jovem casal. Em 2025, a Fósforo volta a publicar Jon Fosse, e manda para as livrarias a Septologia, que é considerado sua grande obra literária.

Em 2013, o Satyros montou a peça Adormecidos. Outras peças do autor já tinham chegado aos palcos brasileiros, como Noturnos, por Mario Bortolotto, entre outras.

O trabalho de Jon Fosse é minimalista e baseado numa linguagem serena que transmite a sua mensagem por meio do ritmo, da melodia e do silêncio. E seu estilo é caracterizado por inúmeras projeções temporais e pontos de vista alternados, que se tornaram sua marca registrada.

Outros cotados para o Nobel de Literatura 2023

Entre os cotados este ano estavam Lyudmila Ulitskaya, Salman Rushdie, Can Xue, Mircea Cartarescu, Peter Nadas, Laszlo Krasznahorkai, Ismail Kadare, Ngugi wa Thiong’o e Margaret Atwood. Fosse era presença frequente nas listas de apostas nos últimos anos.

Em 2022, a Academia Sueca premiou a francesa Annie Ernaux pela “coragem e agudeza clínica com que ela descobre as raízes, os distanciamentos e restrições coletivas da memória pessoal”.

Annie Ernaux ganhou o Nobel pouco depois de ser anunciada como convidada da Flip 2022; e veio ao Brasil em novembro Foto: Walter Craveiro/Flip 2022

Nascida em 1940, ela é autora de obras como Os Anos e O Acontecimento - e foi apenas a 17ª mulher a ganhar o Nobel de Literatura, criado em 1901 e concedido a 119 homens desde então. / COM AFP

Conheça os mais recentes vencedores do Prêmio Nobel de Literatura

  • Annie Ernaux (2022)
  • Abulrazak Gurnah (2021)
  • Louise Glück (2020)
  • Peter Handke (2019)
  • Olga Tokarczuk (2018)
  • Kazuo Ishiguro (2017)
  • Bob Dylan (2016)
  • Svetlana Aleksiévitch (2015)
  • Patrick Modiano (2014)
  • Alice Munro (2013)
  • Mo Yan (2012)
  • Tomas Tranströmer (2011)
  • Mario Vargas Llosa (2010)
  • Herta Müller (2009)
  • Le Clézio (2008)
  • Doris Lessing (2007)
  • Orhan Pamuk (2006)
  • Harold Pinter (2005)
  • Elfriede Jelinek (2004)
  • J.M. Coetzee (2003)
  • Imre Kertész (2002)
  • V.S. Naipaul (2001)

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