O Prêmio Oceanos 2021 divulgou seus vencedores nesta quarta-feira, 8. O primeiro lugar ficou com o romance O Plantador de Abóboras, do escritor timorense Luís Cardoso, que é publicado em Portugal pela editora Abysmo. O segundo lugar foi para o livro O Ausente, do brasileiro Edimilson de Almeida Pereira, publicado no Brasil pela Relicário. E a obra O Osso do Meio, do português Gonçalo M. Tavares e publicada em Portugal pela editora Relógio D'Água, conquistou o terceiro lugar.
O Oceanos encerra a temporada de premiações literárias do ano, e os vencedores foram anunciados em uma cerimônia virtual nesta quarta-feira, 8. O evento é realizado em três etapas de votação até chegar aos vencedores. Ao todo, foram 5.953 leituras realizadas pelos três júris que se sucederam na seleção de semifinalistas, finalistas e vencedores.
Integraram o júri a angolana Ana Paula Tavares, os brasileiros Itamar Vieira Junior, Julián Fuks, Maria Esther Maciel e Veronica Stigger e os portugueses António Guerreiro e Golgona Anghel. Neste ano, estavam na disputa 1.835 obras, publicadas em dez países, o que tornou a edição 2021 a de maior diversidade em relação à origem dos autores.
O valor total da premiação é de R$ 250 mil, sendo R$ 120 mil para o primeiro colocado, R$ 80 mil para o segundo e R$ 50 mil para o terceiro.
“Mais uma vez, o resultado do prêmio Oceanos nos surpreende positivamente e reafirma a potência da literatura em língua portuguesa. A conquista da premiação por um livro cujo autor é do Timor Leste é um grande exemplo e muito honra o significado e os objetivos do Oceanos”, diz Eduardo Saron, diretor do Itaú Cultural, em comunicado oficial. “Entre os países que falam e escrevem em português, pouco conhecemos da produção de livros naquele país”, afirma Saron. Segundo ele avalia, “ao se jogar merecida luz nessa obra e em seu autor, iluminamos mais um pouco o caminho que procuramos, o de gerar intercâmbio entre todas essas literaturas que acabam se tornando uma única voz”.
Sobre vencedor, o escritor e jurado Itamar Vieira Junior declara, também no informe para a imprensa, ser “um romance que nos faz refletir também que a história de uma personagem nunca é solitária - é uma história que carrega consigo a história de sua comunidade, de seu povo e, neste caso, a história de um país, o Timor Leste”.