Pesquisas revelam o perfil dos visitantes da Bienal do Livro de SP e o impacto econômico do evento


Bienal do Livro 2022 movimentou cerca de R$ 350 milhões e levou mais mulheres, jovens e leitores vorazes aos Expo Center Norte; veja os dados

Por Maria Fernanda Rodrigues

A Bienal Internacional do Livro de São Paulo durou um dia menos em 2022, foi realizada num período atípico - o início das férias escolares - e mudou de endereço depois de anos sendo feita no mesmo local. Mas nada disso impediu que ela se tornasse a melhor edição de sua história, de acordo com os organizadores. Foi a primeira Bienal depois do início da pandemia de covid-19 e o movimento de redescoberta da leitura, naquele período de isolamento social, e o fim do isolamento em si ajudaram a fazer uma festa bonita e alegre, repleta de jovens leitores, de encontros entre pessoas e descoberta de livros.

Duas pesquisas divulgadas agora dão uma ideia, em números, do tamanho e do perfil desta Bienal, que foi realizada entre 2 e 10 de julho e levou 660 mil visitantes ao Expo Center Norte. Lembrando que a venda de ingressos foi interrompida no início da noite da sexta-feira, 8, na véspera do segundo fim de semana do evento, porque os ingressos vendidos antecipadamente já eram suficientes para lotar os pavilhões.

A Bienal do Livro recebeu 660 mil visitantes em sua primeira edição presencial desde o início da pandemia Foto: Alex Silva/Estadão
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Segundo o Observatório de Turismo Eventos da SPturis, a Bienal do Livro 2022 movimentou R$ 347,8 milhões em 2022. Esse valor é calculado pelo Centro de Inteligência da Economia do Turismo (CIET), da Secretaria de Turismo e Viagens do Estado. Além disso, ela gerou 3.400 postos de trabalho.

Ainda segundo essa pesquisa, feita durante a feira, 39,4% dos entrevistados afirmaram ter ensino superior completo, com média de renda familiar mensal entre R$ 2.425 e R$ 4.848. Cada visitante comprou aproximadamente 7 títulos e gastou cerca de R$ 203,34 (em livros). Um detalhe: a média de leitura do brasileiro, segundo a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, é de 4,95 livros por ano (2,55 completos). O público, com faixa etária média entre 18 e 24 anos, era composto em sua maioria por mulheres (78,4%). 

Esse perfil jovem da Bienal do Livro é comprovado também pela lista dos livros mais vendidos no evento, apurada pelo Estadão. O fenômeno deste ano foi Collen Hoover - sem nem ter vindo à feira.

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Romance para jovens adultos de Colleen Hoover é o livro mais vendido na Grande Livraria Foto: Maria Fernanda Rodrigues/Estadão

Perfil do público da Bienal do Livro e outros eventos literários

Também realizada durante a feira, pela IPEC – Inteligência em Pesquisa e Consultoria para o Instituto Pró Livro e Itaú Cultural, a pesquisa Retratos da Leitura em Eventos do Livro e Literatura apresentou o perfil do público que participou da Bienal do Livro de São Paulo em 2022. 

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Ela foi feita com mil visitantes com idade superior a 10 anos e não integrantes de excursões escolares e usa como base para comparação pesquisas similares feitas em 2019 - na Bienal do Livro do Rio de Janeiro e na Festa Literária das Periferias (FLUP), também no Rio - e traça um paralelo com a Retratos da Leitura.

Entre os destaques: maior presença de mulheres e de jovens e a influência das redes sociais no interesse pela leitura.

Os números: A Bienal de São Paulo recebeu 8% mais mulheres, em comparação à Bienal do Rio. Entre os visitantes, 59% tinham nível superior - contra 61% na do Rio e 76% na FLUP. Na Retratos da Leitura, esse percentual fica em apenas 16%. E a maioria se autodeclarou branca - apenas 13% se autodeclararam pretos e 24% pardos (na FLUP, foram 46% pretos e 21% pardos e na Retratos da Leitura, 17% pretos e 45% pardos).

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Dos visitantes da feira paulista, 18% eram da classe A; 58% da B e 24% das classes C e D.

A presença dos jovens entre 18 e 24 anos foi marcante. Na Bienal de São Paulo, 36% dos entrevistados estavam nessa faixa etária. Outro dado relevante foi que 28% disseram que o interesse pelos livros foi influenciado pelo TikTok, Youtube e Instagram. E 87% dos visitantes confirmaram que leram mais durante o isolamento da pandemia (leia mais sobre isso abaixo).

Bienal do Livro se consolida como um evento para jovens, que foram de mala ao Expo Center Norte em busca de livros Foto: Alex Silva/Estadão
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A pesquisa considera “leitor” a pessoa que leu um livro, inteiro ou em parte, nos últimos três meses anteriores à pesquisa. Na Bienal de São Paulo, 98% se apresentaram como leitores. E a média de livros lidos foi bastante superior aos 2,6 livros que aparecem na Retratos da Leitura: 7 livros inteiros ou em partes aqui, 7,9 na FLUP e 6,6 na Bienal do Rio. Um detalhe, o índice de leitura é mais alto na faixa dos 10 aos 17 anos (8 livros) e 18 e 24 (7,5 livros).

Obras de literatura estão no topo da preferência dos frequentadores dos três eventos (76%, em SP; R$ 77% na Flup e 65% na Bienal do Rio). E, em São Paulo, 85% das mulheres disseram que gostam muito de se dedicar à leitura - entre os homens, o índice fica em 68%. 72% das pessoas foram à Bienal para comprar livros com desconto. 

Leitura no isolamento

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A pesquisa também perguntou sobre o hábito de leitura na pandemia e 87% dos entrevistados revelaram que leram mais nesse período e 79% disseram que ler melhorou a qualidade de vida. Para 66%, a leitura reduziu o estresse e a ansiedade gerados pelo distanciamento social e para 55%, ler livros diminui a sensação de solidão ou tristeza.

A Bienal Internacional do Livro de São Paulo durou um dia menos em 2022, foi realizada num período atípico - o início das férias escolares - e mudou de endereço depois de anos sendo feita no mesmo local. Mas nada disso impediu que ela se tornasse a melhor edição de sua história, de acordo com os organizadores. Foi a primeira Bienal depois do início da pandemia de covid-19 e o movimento de redescoberta da leitura, naquele período de isolamento social, e o fim do isolamento em si ajudaram a fazer uma festa bonita e alegre, repleta de jovens leitores, de encontros entre pessoas e descoberta de livros.

Duas pesquisas divulgadas agora dão uma ideia, em números, do tamanho e do perfil desta Bienal, que foi realizada entre 2 e 10 de julho e levou 660 mil visitantes ao Expo Center Norte. Lembrando que a venda de ingressos foi interrompida no início da noite da sexta-feira, 8, na véspera do segundo fim de semana do evento, porque os ingressos vendidos antecipadamente já eram suficientes para lotar os pavilhões.

A Bienal do Livro recebeu 660 mil visitantes em sua primeira edição presencial desde o início da pandemia Foto: Alex Silva/Estadão

Segundo o Observatório de Turismo Eventos da SPturis, a Bienal do Livro 2022 movimentou R$ 347,8 milhões em 2022. Esse valor é calculado pelo Centro de Inteligência da Economia do Turismo (CIET), da Secretaria de Turismo e Viagens do Estado. Além disso, ela gerou 3.400 postos de trabalho.

Ainda segundo essa pesquisa, feita durante a feira, 39,4% dos entrevistados afirmaram ter ensino superior completo, com média de renda familiar mensal entre R$ 2.425 e R$ 4.848. Cada visitante comprou aproximadamente 7 títulos e gastou cerca de R$ 203,34 (em livros). Um detalhe: a média de leitura do brasileiro, segundo a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, é de 4,95 livros por ano (2,55 completos). O público, com faixa etária média entre 18 e 24 anos, era composto em sua maioria por mulheres (78,4%). 

Esse perfil jovem da Bienal do Livro é comprovado também pela lista dos livros mais vendidos no evento, apurada pelo Estadão. O fenômeno deste ano foi Collen Hoover - sem nem ter vindo à feira.

Romance para jovens adultos de Colleen Hoover é o livro mais vendido na Grande Livraria Foto: Maria Fernanda Rodrigues/Estadão

Perfil do público da Bienal do Livro e outros eventos literários

Também realizada durante a feira, pela IPEC – Inteligência em Pesquisa e Consultoria para o Instituto Pró Livro e Itaú Cultural, a pesquisa Retratos da Leitura em Eventos do Livro e Literatura apresentou o perfil do público que participou da Bienal do Livro de São Paulo em 2022. 

Ela foi feita com mil visitantes com idade superior a 10 anos e não integrantes de excursões escolares e usa como base para comparação pesquisas similares feitas em 2019 - na Bienal do Livro do Rio de Janeiro e na Festa Literária das Periferias (FLUP), também no Rio - e traça um paralelo com a Retratos da Leitura.

Entre os destaques: maior presença de mulheres e de jovens e a influência das redes sociais no interesse pela leitura.

Os números: A Bienal de São Paulo recebeu 8% mais mulheres, em comparação à Bienal do Rio. Entre os visitantes, 59% tinham nível superior - contra 61% na do Rio e 76% na FLUP. Na Retratos da Leitura, esse percentual fica em apenas 16%. E a maioria se autodeclarou branca - apenas 13% se autodeclararam pretos e 24% pardos (na FLUP, foram 46% pretos e 21% pardos e na Retratos da Leitura, 17% pretos e 45% pardos).

Dos visitantes da feira paulista, 18% eram da classe A; 58% da B e 24% das classes C e D.

A presença dos jovens entre 18 e 24 anos foi marcante. Na Bienal de São Paulo, 36% dos entrevistados estavam nessa faixa etária. Outro dado relevante foi que 28% disseram que o interesse pelos livros foi influenciado pelo TikTok, Youtube e Instagram. E 87% dos visitantes confirmaram que leram mais durante o isolamento da pandemia (leia mais sobre isso abaixo).

Bienal do Livro se consolida como um evento para jovens, que foram de mala ao Expo Center Norte em busca de livros Foto: Alex Silva/Estadão

A pesquisa considera “leitor” a pessoa que leu um livro, inteiro ou em parte, nos últimos três meses anteriores à pesquisa. Na Bienal de São Paulo, 98% se apresentaram como leitores. E a média de livros lidos foi bastante superior aos 2,6 livros que aparecem na Retratos da Leitura: 7 livros inteiros ou em partes aqui, 7,9 na FLUP e 6,6 na Bienal do Rio. Um detalhe, o índice de leitura é mais alto na faixa dos 10 aos 17 anos (8 livros) e 18 e 24 (7,5 livros).

Obras de literatura estão no topo da preferência dos frequentadores dos três eventos (76%, em SP; R$ 77% na Flup e 65% na Bienal do Rio). E, em São Paulo, 85% das mulheres disseram que gostam muito de se dedicar à leitura - entre os homens, o índice fica em 68%. 72% das pessoas foram à Bienal para comprar livros com desconto. 

Leitura no isolamento

A pesquisa também perguntou sobre o hábito de leitura na pandemia e 87% dos entrevistados revelaram que leram mais nesse período e 79% disseram que ler melhorou a qualidade de vida. Para 66%, a leitura reduziu o estresse e a ansiedade gerados pelo distanciamento social e para 55%, ler livros diminui a sensação de solidão ou tristeza.

A Bienal Internacional do Livro de São Paulo durou um dia menos em 2022, foi realizada num período atípico - o início das férias escolares - e mudou de endereço depois de anos sendo feita no mesmo local. Mas nada disso impediu que ela se tornasse a melhor edição de sua história, de acordo com os organizadores. Foi a primeira Bienal depois do início da pandemia de covid-19 e o movimento de redescoberta da leitura, naquele período de isolamento social, e o fim do isolamento em si ajudaram a fazer uma festa bonita e alegre, repleta de jovens leitores, de encontros entre pessoas e descoberta de livros.

Duas pesquisas divulgadas agora dão uma ideia, em números, do tamanho e do perfil desta Bienal, que foi realizada entre 2 e 10 de julho e levou 660 mil visitantes ao Expo Center Norte. Lembrando que a venda de ingressos foi interrompida no início da noite da sexta-feira, 8, na véspera do segundo fim de semana do evento, porque os ingressos vendidos antecipadamente já eram suficientes para lotar os pavilhões.

A Bienal do Livro recebeu 660 mil visitantes em sua primeira edição presencial desde o início da pandemia Foto: Alex Silva/Estadão

Segundo o Observatório de Turismo Eventos da SPturis, a Bienal do Livro 2022 movimentou R$ 347,8 milhões em 2022. Esse valor é calculado pelo Centro de Inteligência da Economia do Turismo (CIET), da Secretaria de Turismo e Viagens do Estado. Além disso, ela gerou 3.400 postos de trabalho.

Ainda segundo essa pesquisa, feita durante a feira, 39,4% dos entrevistados afirmaram ter ensino superior completo, com média de renda familiar mensal entre R$ 2.425 e R$ 4.848. Cada visitante comprou aproximadamente 7 títulos e gastou cerca de R$ 203,34 (em livros). Um detalhe: a média de leitura do brasileiro, segundo a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, é de 4,95 livros por ano (2,55 completos). O público, com faixa etária média entre 18 e 24 anos, era composto em sua maioria por mulheres (78,4%). 

Esse perfil jovem da Bienal do Livro é comprovado também pela lista dos livros mais vendidos no evento, apurada pelo Estadão. O fenômeno deste ano foi Collen Hoover - sem nem ter vindo à feira.

Romance para jovens adultos de Colleen Hoover é o livro mais vendido na Grande Livraria Foto: Maria Fernanda Rodrigues/Estadão

Perfil do público da Bienal do Livro e outros eventos literários

Também realizada durante a feira, pela IPEC – Inteligência em Pesquisa e Consultoria para o Instituto Pró Livro e Itaú Cultural, a pesquisa Retratos da Leitura em Eventos do Livro e Literatura apresentou o perfil do público que participou da Bienal do Livro de São Paulo em 2022. 

Ela foi feita com mil visitantes com idade superior a 10 anos e não integrantes de excursões escolares e usa como base para comparação pesquisas similares feitas em 2019 - na Bienal do Livro do Rio de Janeiro e na Festa Literária das Periferias (FLUP), também no Rio - e traça um paralelo com a Retratos da Leitura.

Entre os destaques: maior presença de mulheres e de jovens e a influência das redes sociais no interesse pela leitura.

Os números: A Bienal de São Paulo recebeu 8% mais mulheres, em comparação à Bienal do Rio. Entre os visitantes, 59% tinham nível superior - contra 61% na do Rio e 76% na FLUP. Na Retratos da Leitura, esse percentual fica em apenas 16%. E a maioria se autodeclarou branca - apenas 13% se autodeclararam pretos e 24% pardos (na FLUP, foram 46% pretos e 21% pardos e na Retratos da Leitura, 17% pretos e 45% pardos).

Dos visitantes da feira paulista, 18% eram da classe A; 58% da B e 24% das classes C e D.

A presença dos jovens entre 18 e 24 anos foi marcante. Na Bienal de São Paulo, 36% dos entrevistados estavam nessa faixa etária. Outro dado relevante foi que 28% disseram que o interesse pelos livros foi influenciado pelo TikTok, Youtube e Instagram. E 87% dos visitantes confirmaram que leram mais durante o isolamento da pandemia (leia mais sobre isso abaixo).

Bienal do Livro se consolida como um evento para jovens, que foram de mala ao Expo Center Norte em busca de livros Foto: Alex Silva/Estadão

A pesquisa considera “leitor” a pessoa que leu um livro, inteiro ou em parte, nos últimos três meses anteriores à pesquisa. Na Bienal de São Paulo, 98% se apresentaram como leitores. E a média de livros lidos foi bastante superior aos 2,6 livros que aparecem na Retratos da Leitura: 7 livros inteiros ou em partes aqui, 7,9 na FLUP e 6,6 na Bienal do Rio. Um detalhe, o índice de leitura é mais alto na faixa dos 10 aos 17 anos (8 livros) e 18 e 24 (7,5 livros).

Obras de literatura estão no topo da preferência dos frequentadores dos três eventos (76%, em SP; R$ 77% na Flup e 65% na Bienal do Rio). E, em São Paulo, 85% das mulheres disseram que gostam muito de se dedicar à leitura - entre os homens, o índice fica em 68%. 72% das pessoas foram à Bienal para comprar livros com desconto. 

Leitura no isolamento

A pesquisa também perguntou sobre o hábito de leitura na pandemia e 87% dos entrevistados revelaram que leram mais nesse período e 79% disseram que ler melhorou a qualidade de vida. Para 66%, a leitura reduziu o estresse e a ansiedade gerados pelo distanciamento social e para 55%, ler livros diminui a sensação de solidão ou tristeza.

A Bienal Internacional do Livro de São Paulo durou um dia menos em 2022, foi realizada num período atípico - o início das férias escolares - e mudou de endereço depois de anos sendo feita no mesmo local. Mas nada disso impediu que ela se tornasse a melhor edição de sua história, de acordo com os organizadores. Foi a primeira Bienal depois do início da pandemia de covid-19 e o movimento de redescoberta da leitura, naquele período de isolamento social, e o fim do isolamento em si ajudaram a fazer uma festa bonita e alegre, repleta de jovens leitores, de encontros entre pessoas e descoberta de livros.

Duas pesquisas divulgadas agora dão uma ideia, em números, do tamanho e do perfil desta Bienal, que foi realizada entre 2 e 10 de julho e levou 660 mil visitantes ao Expo Center Norte. Lembrando que a venda de ingressos foi interrompida no início da noite da sexta-feira, 8, na véspera do segundo fim de semana do evento, porque os ingressos vendidos antecipadamente já eram suficientes para lotar os pavilhões.

A Bienal do Livro recebeu 660 mil visitantes em sua primeira edição presencial desde o início da pandemia Foto: Alex Silva/Estadão

Segundo o Observatório de Turismo Eventos da SPturis, a Bienal do Livro 2022 movimentou R$ 347,8 milhões em 2022. Esse valor é calculado pelo Centro de Inteligência da Economia do Turismo (CIET), da Secretaria de Turismo e Viagens do Estado. Além disso, ela gerou 3.400 postos de trabalho.

Ainda segundo essa pesquisa, feita durante a feira, 39,4% dos entrevistados afirmaram ter ensino superior completo, com média de renda familiar mensal entre R$ 2.425 e R$ 4.848. Cada visitante comprou aproximadamente 7 títulos e gastou cerca de R$ 203,34 (em livros). Um detalhe: a média de leitura do brasileiro, segundo a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, é de 4,95 livros por ano (2,55 completos). O público, com faixa etária média entre 18 e 24 anos, era composto em sua maioria por mulheres (78,4%). 

Esse perfil jovem da Bienal do Livro é comprovado também pela lista dos livros mais vendidos no evento, apurada pelo Estadão. O fenômeno deste ano foi Collen Hoover - sem nem ter vindo à feira.

Romance para jovens adultos de Colleen Hoover é o livro mais vendido na Grande Livraria Foto: Maria Fernanda Rodrigues/Estadão

Perfil do público da Bienal do Livro e outros eventos literários

Também realizada durante a feira, pela IPEC – Inteligência em Pesquisa e Consultoria para o Instituto Pró Livro e Itaú Cultural, a pesquisa Retratos da Leitura em Eventos do Livro e Literatura apresentou o perfil do público que participou da Bienal do Livro de São Paulo em 2022. 

Ela foi feita com mil visitantes com idade superior a 10 anos e não integrantes de excursões escolares e usa como base para comparação pesquisas similares feitas em 2019 - na Bienal do Livro do Rio de Janeiro e na Festa Literária das Periferias (FLUP), também no Rio - e traça um paralelo com a Retratos da Leitura.

Entre os destaques: maior presença de mulheres e de jovens e a influência das redes sociais no interesse pela leitura.

Os números: A Bienal de São Paulo recebeu 8% mais mulheres, em comparação à Bienal do Rio. Entre os visitantes, 59% tinham nível superior - contra 61% na do Rio e 76% na FLUP. Na Retratos da Leitura, esse percentual fica em apenas 16%. E a maioria se autodeclarou branca - apenas 13% se autodeclararam pretos e 24% pardos (na FLUP, foram 46% pretos e 21% pardos e na Retratos da Leitura, 17% pretos e 45% pardos).

Dos visitantes da feira paulista, 18% eram da classe A; 58% da B e 24% das classes C e D.

A presença dos jovens entre 18 e 24 anos foi marcante. Na Bienal de São Paulo, 36% dos entrevistados estavam nessa faixa etária. Outro dado relevante foi que 28% disseram que o interesse pelos livros foi influenciado pelo TikTok, Youtube e Instagram. E 87% dos visitantes confirmaram que leram mais durante o isolamento da pandemia (leia mais sobre isso abaixo).

Bienal do Livro se consolida como um evento para jovens, que foram de mala ao Expo Center Norte em busca de livros Foto: Alex Silva/Estadão

A pesquisa considera “leitor” a pessoa que leu um livro, inteiro ou em parte, nos últimos três meses anteriores à pesquisa. Na Bienal de São Paulo, 98% se apresentaram como leitores. E a média de livros lidos foi bastante superior aos 2,6 livros que aparecem na Retratos da Leitura: 7 livros inteiros ou em partes aqui, 7,9 na FLUP e 6,6 na Bienal do Rio. Um detalhe, o índice de leitura é mais alto na faixa dos 10 aos 17 anos (8 livros) e 18 e 24 (7,5 livros).

Obras de literatura estão no topo da preferência dos frequentadores dos três eventos (76%, em SP; R$ 77% na Flup e 65% na Bienal do Rio). E, em São Paulo, 85% das mulheres disseram que gostam muito de se dedicar à leitura - entre os homens, o índice fica em 68%. 72% das pessoas foram à Bienal para comprar livros com desconto. 

Leitura no isolamento

A pesquisa também perguntou sobre o hábito de leitura na pandemia e 87% dos entrevistados revelaram que leram mais nesse período e 79% disseram que ler melhorou a qualidade de vida. Para 66%, a leitura reduziu o estresse e a ansiedade gerados pelo distanciamento social e para 55%, ler livros diminui a sensação de solidão ou tristeza.

A Bienal Internacional do Livro de São Paulo durou um dia menos em 2022, foi realizada num período atípico - o início das férias escolares - e mudou de endereço depois de anos sendo feita no mesmo local. Mas nada disso impediu que ela se tornasse a melhor edição de sua história, de acordo com os organizadores. Foi a primeira Bienal depois do início da pandemia de covid-19 e o movimento de redescoberta da leitura, naquele período de isolamento social, e o fim do isolamento em si ajudaram a fazer uma festa bonita e alegre, repleta de jovens leitores, de encontros entre pessoas e descoberta de livros.

Duas pesquisas divulgadas agora dão uma ideia, em números, do tamanho e do perfil desta Bienal, que foi realizada entre 2 e 10 de julho e levou 660 mil visitantes ao Expo Center Norte. Lembrando que a venda de ingressos foi interrompida no início da noite da sexta-feira, 8, na véspera do segundo fim de semana do evento, porque os ingressos vendidos antecipadamente já eram suficientes para lotar os pavilhões.

A Bienal do Livro recebeu 660 mil visitantes em sua primeira edição presencial desde o início da pandemia Foto: Alex Silva/Estadão

Segundo o Observatório de Turismo Eventos da SPturis, a Bienal do Livro 2022 movimentou R$ 347,8 milhões em 2022. Esse valor é calculado pelo Centro de Inteligência da Economia do Turismo (CIET), da Secretaria de Turismo e Viagens do Estado. Além disso, ela gerou 3.400 postos de trabalho.

Ainda segundo essa pesquisa, feita durante a feira, 39,4% dos entrevistados afirmaram ter ensino superior completo, com média de renda familiar mensal entre R$ 2.425 e R$ 4.848. Cada visitante comprou aproximadamente 7 títulos e gastou cerca de R$ 203,34 (em livros). Um detalhe: a média de leitura do brasileiro, segundo a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, é de 4,95 livros por ano (2,55 completos). O público, com faixa etária média entre 18 e 24 anos, era composto em sua maioria por mulheres (78,4%). 

Esse perfil jovem da Bienal do Livro é comprovado também pela lista dos livros mais vendidos no evento, apurada pelo Estadão. O fenômeno deste ano foi Collen Hoover - sem nem ter vindo à feira.

Romance para jovens adultos de Colleen Hoover é o livro mais vendido na Grande Livraria Foto: Maria Fernanda Rodrigues/Estadão

Perfil do público da Bienal do Livro e outros eventos literários

Também realizada durante a feira, pela IPEC – Inteligência em Pesquisa e Consultoria para o Instituto Pró Livro e Itaú Cultural, a pesquisa Retratos da Leitura em Eventos do Livro e Literatura apresentou o perfil do público que participou da Bienal do Livro de São Paulo em 2022. 

Ela foi feita com mil visitantes com idade superior a 10 anos e não integrantes de excursões escolares e usa como base para comparação pesquisas similares feitas em 2019 - na Bienal do Livro do Rio de Janeiro e na Festa Literária das Periferias (FLUP), também no Rio - e traça um paralelo com a Retratos da Leitura.

Entre os destaques: maior presença de mulheres e de jovens e a influência das redes sociais no interesse pela leitura.

Os números: A Bienal de São Paulo recebeu 8% mais mulheres, em comparação à Bienal do Rio. Entre os visitantes, 59% tinham nível superior - contra 61% na do Rio e 76% na FLUP. Na Retratos da Leitura, esse percentual fica em apenas 16%. E a maioria se autodeclarou branca - apenas 13% se autodeclararam pretos e 24% pardos (na FLUP, foram 46% pretos e 21% pardos e na Retratos da Leitura, 17% pretos e 45% pardos).

Dos visitantes da feira paulista, 18% eram da classe A; 58% da B e 24% das classes C e D.

A presença dos jovens entre 18 e 24 anos foi marcante. Na Bienal de São Paulo, 36% dos entrevistados estavam nessa faixa etária. Outro dado relevante foi que 28% disseram que o interesse pelos livros foi influenciado pelo TikTok, Youtube e Instagram. E 87% dos visitantes confirmaram que leram mais durante o isolamento da pandemia (leia mais sobre isso abaixo).

Bienal do Livro se consolida como um evento para jovens, que foram de mala ao Expo Center Norte em busca de livros Foto: Alex Silva/Estadão

A pesquisa considera “leitor” a pessoa que leu um livro, inteiro ou em parte, nos últimos três meses anteriores à pesquisa. Na Bienal de São Paulo, 98% se apresentaram como leitores. E a média de livros lidos foi bastante superior aos 2,6 livros que aparecem na Retratos da Leitura: 7 livros inteiros ou em partes aqui, 7,9 na FLUP e 6,6 na Bienal do Rio. Um detalhe, o índice de leitura é mais alto na faixa dos 10 aos 17 anos (8 livros) e 18 e 24 (7,5 livros).

Obras de literatura estão no topo da preferência dos frequentadores dos três eventos (76%, em SP; R$ 77% na Flup e 65% na Bienal do Rio). E, em São Paulo, 85% das mulheres disseram que gostam muito de se dedicar à leitura - entre os homens, o índice fica em 68%. 72% das pessoas foram à Bienal para comprar livros com desconto. 

Leitura no isolamento

A pesquisa também perguntou sobre o hábito de leitura na pandemia e 87% dos entrevistados revelaram que leram mais nesse período e 79% disseram que ler melhorou a qualidade de vida. Para 66%, a leitura reduziu o estresse e a ansiedade gerados pelo distanciamento social e para 55%, ler livros diminui a sensação de solidão ou tristeza.

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