Quer ler um romance policial? Raphael Montes indica livros do gênero e mostra sua coleção; veja


Entramos na biblioteca pessoal do autor, que já teve obras adaptadas para TV e cinema, como ‘Bom Dia, Verônica’ e ‘Uma Família Feliz’; conheça seu acervo

Por João Abel
Atualização:

Experimente pesquisar por ‘autores de romance policial’ no Google. O resultado entrega uma série de escritores consagrados, mas quase todos estrangeiros. Agatha Christie, Conan Doyle, Harlan Coben… Um brasileiro, no entanto, se destaca na lista: Raphael Montes. Desde que publicou seu primeiro livro, Suicidas, em 2012, o carioca tem desbravado um gênero pouco explorado no País.

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O currículo literário de Montes é extenso, mesmo com apenas 33 anos. Suas obras, como Dias Perfeitos, Jantar Secreto e Bom Dia, Verônica, que ganhou uma série adaptada na Netflix, foram traduzidas para diversos países: dos Estados Unidos ao mundo árabe. “Da edição chinesa, eu só reconheço a minha foto na orelha”, brinca o autor, mostrando um exemplar em mandarim que fica em uma área de sua estante de livros etiquetada como ‘Rapha no Mundo’.

Montes abriu o escritório de seu apartamento, na zona sul do Rio de Janeiro, ao Estadão. Na conversa, mostrou alguns de seus livros preferidos e contou quais são suas referências na literatura.

Agatha Christie no topo

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A biblioteca de Raphael Montes já começa com um pedaço generoso de suas prateleiras dedicadas à romancista britânica. “Lá em cima, é a minha coleção completa de Agatha Christie. Agora estão relançando as obras nessas versões coloridas aqui e eu também estou colecionando”, mostra o escritor, apontando para os exemplares da HarperCollins Brasil, que entregaram uma cara mais ‘moderninha’ às obras da autora.

Do catálogo de Agatha, Montes revela que O caso dos dez negrinhos, atualmente publicado como E não sobrou nenhum, é sua obra favorita. O livro foi lançado originalmente em 1938. “Tenho praticamente todas as edições. Sempre que encontro alguma diferente, eu compro.”

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A ‘Rainha do Crime’ também está presente dentro de um móvel de época, que pertenceu aos avós de Montes, onde o escritor guarda uma de suas maiores relíquias: exemplares originais da Coleção Vampiro. “É a maior coleção de romance policial e de ficção científica lançada em língua portuguesa. No português de Portugal, não do Brasil”, ele explica. Cai o Pano - O Último Caso de Poirot, de Agatha, é um dos destaques da coletânea que Montes garimpou no sebo Baratos da Ribeiro, no bairro de Botafogo.

Romances policiais: o que ler?

Ao longo do passeio por sua estante recheada de suspenses, Montes pinçou cinco títulos que considera leituras interessantes para quem está buscando uma ficção policial. Eis a lista:

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  • O silêncio da chuva, de Luiz Alfredo Garcia-Roza (1996): Garcia-Roza é considerado o grande autor brasileiro do gênero e criador do personagem Espinosa, um inspetor de polícia. “Gosto muito dos livros dele. Os últimos não são tão bons, mas os primeiros são realmente incríveis”, avalia Montes. O Silêncio da Chuva levou o Prêmio Jabuti de melhor romance em 1997 e ganhou uma adaptação em longa-metragem, dirigida por Daniel Filho, e lançada em 2021.
  • O talentoso Ripley, de Patricia Highsmith (1955): Montes salienta Highsmith como uma de suas maiores influências. “Li a biografia dela, que mostra como foi complexo uma mulher começar a escrever literatura policial”, ele conta. Ripley é sua mais reconhecida criação e foi adaptado para o audiovisual com uma série na Netflix. Da norte-americana, o autor também destaca O perdão está suspenso, Este doce mal [em coautoria com Carlos Ramires] e Carol, romance lésbico que também virou filme.
  • As diabólicas, de Pierre Boileau-Narcejac (1955): “Um dos meus romances favoritos”, diz Montes sobre a obra de 168 páginas do escritor parisiense. Na estante do autor brasileiro, uma edição do ano de 1987 lançada pela editora Globo.
  • A dama fantasma, de Cornell Woolrich (1942): Woolrich é contemporâneo de grandes nomes como Raymond Chandler e do Dashiell Hammett, mas “é melhor que os dois”, na avaliação de Raphael Montes. Ele também escreveu Casei-me com um morto, A noiva estava de preto e outros romances clássicos.
  • O homem dos círculos azuis, de Fred Vargas (1991): Não se engane. Fred é uma mulher: a francesa Frédérique Audoin-Rouzeau, de 67 anos. Tal qual outros autores do segmento, tem um personagem característico em suas principais histórias: o comissário Adansberg.
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Das páginas às telas

O escritório de Raphael Montes, onde fica sua biblioteca, é também o local onde ele realiza salas de roteiro. São reuniões para discutir ideias e potenciais projetos audiovisuais. O carioca foi colaborador em A Regra do Jogo, novela da Globo exibida em 2015, e com Bom Dia, Verônica, produção da Netflix que estreou em 2020, consolidou o status de roteirista. Ele guarda os scripts da série encadernados com carinho.

Rapha é um aficionado por cinema. Parte considerável da biblioteca é uma ode aos grandes mestres da sétima arte. Ao lado da mesa de trabalho, uma miniatura de Alfred Hitchcock. À mão, estão roteiros de filmes como Corra, de Jordan Peele, Fargo, dos Irmãos Coen, Pequena Miss Sunshine e Doze Homens e Uma Sentença. “Gosto de entender como os diretores pensam. Dirigir um filme é uma coisa que tenho muita vontade de fazer.”

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“Confesso que gosto de estudar estrutura de roteiro e de entender as técnicas de Hollywood. Nem que seja para rompê-las. Mas eu acho importante conhecer”

Raphael Montes

Escritor Raphael Montes em sua biblioteca Foto: Gabriel Sayão/Estadão

O corredor que dá acesso à biblioteca de Montes dá o tom do fanatismo pelas telonas: uma série de pôsteres, em tamanho grande, estão espalhados pelas paredes. Dentro do cômodo, no entanto, apenas um se destaca: o cartaz de O Bebê de Rosemary, clássico de Roman Polanski, de 1968. Na prateleira, meio escondidinho, um xodó do acervo: a edição original do livro de Ira Levin, que inspirou o longa. “Eu achei numa livraria em Nova York”, diz o escritor, mostrando o exemplar de 1967.

Montes acredita que o sucesso do filme, ganhador do Oscar de roteiro adaptado, foi transpor às lentes cinematográficas exatamente o que o livro descreve. “A grande esperteza do Polanski foi filmar exatamente como está escrito. Você abre o livro e vê o filme, cena a cena é o que acontece no livro. E ele mesmo já deu entrevista e falou que era uma obra pronta para filmar.”

Outra adaptação venerada é Clube da Luta. Criada no papel por Chuck Palahniuk, alçada à tela grande pelas mãos de David Fincher. “O Chuck é um cara que faz histórias com premissas muito doidas. E um dos livros que eu mais gosto dele é Snuff.” Na obra, uma atriz pornô conhecida mundialmente está prestes a se aposentar e quer fazer seu último grande filme. Para isso, precisa transar com o máximo de homens possíveis. “É bem maluco, mas o livro se realiza muito bem. A escrita é maravilhosa.”

Para o cinema, o trabalho de roteiro mais recente de Raphael Montes é Uma Família Feliz, com Reynaldo Gianecchini e Grazi Massafera no elenco. É uma adaptação do livro do autor de mesmo título, que também é sua obra bibliográfica mais atual. Antes, ele fez uma parceria com Ilana Casoy, parceira de longa data, na trinca de filmes sobre o caso Suzane von Richthofen lançados pelo Prime Video: A Menina que Matou os Pais, O Menino que Matou Meus Pais e A Menina que Matou os Pais: A Confissão.

Experimente pesquisar por ‘autores de romance policial’ no Google. O resultado entrega uma série de escritores consagrados, mas quase todos estrangeiros. Agatha Christie, Conan Doyle, Harlan Coben… Um brasileiro, no entanto, se destaca na lista: Raphael Montes. Desde que publicou seu primeiro livro, Suicidas, em 2012, o carioca tem desbravado um gênero pouco explorado no País.

O currículo literário de Montes é extenso, mesmo com apenas 33 anos. Suas obras, como Dias Perfeitos, Jantar Secreto e Bom Dia, Verônica, que ganhou uma série adaptada na Netflix, foram traduzidas para diversos países: dos Estados Unidos ao mundo árabe. “Da edição chinesa, eu só reconheço a minha foto na orelha”, brinca o autor, mostrando um exemplar em mandarim que fica em uma área de sua estante de livros etiquetada como ‘Rapha no Mundo’.

Montes abriu o escritório de seu apartamento, na zona sul do Rio de Janeiro, ao Estadão. Na conversa, mostrou alguns de seus livros preferidos e contou quais são suas referências na literatura.

Agatha Christie no topo

A biblioteca de Raphael Montes já começa com um pedaço generoso de suas prateleiras dedicadas à romancista britânica. “Lá em cima, é a minha coleção completa de Agatha Christie. Agora estão relançando as obras nessas versões coloridas aqui e eu também estou colecionando”, mostra o escritor, apontando para os exemplares da HarperCollins Brasil, que entregaram uma cara mais ‘moderninha’ às obras da autora.

Do catálogo de Agatha, Montes revela que O caso dos dez negrinhos, atualmente publicado como E não sobrou nenhum, é sua obra favorita. O livro foi lançado originalmente em 1938. “Tenho praticamente todas as edições. Sempre que encontro alguma diferente, eu compro.”

A ‘Rainha do Crime’ também está presente dentro de um móvel de época, que pertenceu aos avós de Montes, onde o escritor guarda uma de suas maiores relíquias: exemplares originais da Coleção Vampiro. “É a maior coleção de romance policial e de ficção científica lançada em língua portuguesa. No português de Portugal, não do Brasil”, ele explica. Cai o Pano - O Último Caso de Poirot, de Agatha, é um dos destaques da coletânea que Montes garimpou no sebo Baratos da Ribeiro, no bairro de Botafogo.

Romances policiais: o que ler?

Ao longo do passeio por sua estante recheada de suspenses, Montes pinçou cinco títulos que considera leituras interessantes para quem está buscando uma ficção policial. Eis a lista:

  • O silêncio da chuva, de Luiz Alfredo Garcia-Roza (1996): Garcia-Roza é considerado o grande autor brasileiro do gênero e criador do personagem Espinosa, um inspetor de polícia. “Gosto muito dos livros dele. Os últimos não são tão bons, mas os primeiros são realmente incríveis”, avalia Montes. O Silêncio da Chuva levou o Prêmio Jabuti de melhor romance em 1997 e ganhou uma adaptação em longa-metragem, dirigida por Daniel Filho, e lançada em 2021.
  • O talentoso Ripley, de Patricia Highsmith (1955): Montes salienta Highsmith como uma de suas maiores influências. “Li a biografia dela, que mostra como foi complexo uma mulher começar a escrever literatura policial”, ele conta. Ripley é sua mais reconhecida criação e foi adaptado para o audiovisual com uma série na Netflix. Da norte-americana, o autor também destaca O perdão está suspenso, Este doce mal [em coautoria com Carlos Ramires] e Carol, romance lésbico que também virou filme.
  • As diabólicas, de Pierre Boileau-Narcejac (1955): “Um dos meus romances favoritos”, diz Montes sobre a obra de 168 páginas do escritor parisiense. Na estante do autor brasileiro, uma edição do ano de 1987 lançada pela editora Globo.
  • A dama fantasma, de Cornell Woolrich (1942): Woolrich é contemporâneo de grandes nomes como Raymond Chandler e do Dashiell Hammett, mas “é melhor que os dois”, na avaliação de Raphael Montes. Ele também escreveu Casei-me com um morto, A noiva estava de preto e outros romances clássicos.
  • O homem dos círculos azuis, de Fred Vargas (1991): Não se engane. Fred é uma mulher: a francesa Frédérique Audoin-Rouzeau, de 67 anos. Tal qual outros autores do segmento, tem um personagem característico em suas principais histórias: o comissário Adansberg.

Das páginas às telas

O escritório de Raphael Montes, onde fica sua biblioteca, é também o local onde ele realiza salas de roteiro. São reuniões para discutir ideias e potenciais projetos audiovisuais. O carioca foi colaborador em A Regra do Jogo, novela da Globo exibida em 2015, e com Bom Dia, Verônica, produção da Netflix que estreou em 2020, consolidou o status de roteirista. Ele guarda os scripts da série encadernados com carinho.

Rapha é um aficionado por cinema. Parte considerável da biblioteca é uma ode aos grandes mestres da sétima arte. Ao lado da mesa de trabalho, uma miniatura de Alfred Hitchcock. À mão, estão roteiros de filmes como Corra, de Jordan Peele, Fargo, dos Irmãos Coen, Pequena Miss Sunshine e Doze Homens e Uma Sentença. “Gosto de entender como os diretores pensam. Dirigir um filme é uma coisa que tenho muita vontade de fazer.”

“Confesso que gosto de estudar estrutura de roteiro e de entender as técnicas de Hollywood. Nem que seja para rompê-las. Mas eu acho importante conhecer”

Raphael Montes

Escritor Raphael Montes em sua biblioteca Foto: Gabriel Sayão/Estadão

O corredor que dá acesso à biblioteca de Montes dá o tom do fanatismo pelas telonas: uma série de pôsteres, em tamanho grande, estão espalhados pelas paredes. Dentro do cômodo, no entanto, apenas um se destaca: o cartaz de O Bebê de Rosemary, clássico de Roman Polanski, de 1968. Na prateleira, meio escondidinho, um xodó do acervo: a edição original do livro de Ira Levin, que inspirou o longa. “Eu achei numa livraria em Nova York”, diz o escritor, mostrando o exemplar de 1967.

Montes acredita que o sucesso do filme, ganhador do Oscar de roteiro adaptado, foi transpor às lentes cinematográficas exatamente o que o livro descreve. “A grande esperteza do Polanski foi filmar exatamente como está escrito. Você abre o livro e vê o filme, cena a cena é o que acontece no livro. E ele mesmo já deu entrevista e falou que era uma obra pronta para filmar.”

Outra adaptação venerada é Clube da Luta. Criada no papel por Chuck Palahniuk, alçada à tela grande pelas mãos de David Fincher. “O Chuck é um cara que faz histórias com premissas muito doidas. E um dos livros que eu mais gosto dele é Snuff.” Na obra, uma atriz pornô conhecida mundialmente está prestes a se aposentar e quer fazer seu último grande filme. Para isso, precisa transar com o máximo de homens possíveis. “É bem maluco, mas o livro se realiza muito bem. A escrita é maravilhosa.”

Para o cinema, o trabalho de roteiro mais recente de Raphael Montes é Uma Família Feliz, com Reynaldo Gianecchini e Grazi Massafera no elenco. É uma adaptação do livro do autor de mesmo título, que também é sua obra bibliográfica mais atual. Antes, ele fez uma parceria com Ilana Casoy, parceira de longa data, na trinca de filmes sobre o caso Suzane von Richthofen lançados pelo Prime Video: A Menina que Matou os Pais, O Menino que Matou Meus Pais e A Menina que Matou os Pais: A Confissão.

Experimente pesquisar por ‘autores de romance policial’ no Google. O resultado entrega uma série de escritores consagrados, mas quase todos estrangeiros. Agatha Christie, Conan Doyle, Harlan Coben… Um brasileiro, no entanto, se destaca na lista: Raphael Montes. Desde que publicou seu primeiro livro, Suicidas, em 2012, o carioca tem desbravado um gênero pouco explorado no País.

O currículo literário de Montes é extenso, mesmo com apenas 33 anos. Suas obras, como Dias Perfeitos, Jantar Secreto e Bom Dia, Verônica, que ganhou uma série adaptada na Netflix, foram traduzidas para diversos países: dos Estados Unidos ao mundo árabe. “Da edição chinesa, eu só reconheço a minha foto na orelha”, brinca o autor, mostrando um exemplar em mandarim que fica em uma área de sua estante de livros etiquetada como ‘Rapha no Mundo’.

Montes abriu o escritório de seu apartamento, na zona sul do Rio de Janeiro, ao Estadão. Na conversa, mostrou alguns de seus livros preferidos e contou quais são suas referências na literatura.

Agatha Christie no topo

A biblioteca de Raphael Montes já começa com um pedaço generoso de suas prateleiras dedicadas à romancista britânica. “Lá em cima, é a minha coleção completa de Agatha Christie. Agora estão relançando as obras nessas versões coloridas aqui e eu também estou colecionando”, mostra o escritor, apontando para os exemplares da HarperCollins Brasil, que entregaram uma cara mais ‘moderninha’ às obras da autora.

Do catálogo de Agatha, Montes revela que O caso dos dez negrinhos, atualmente publicado como E não sobrou nenhum, é sua obra favorita. O livro foi lançado originalmente em 1938. “Tenho praticamente todas as edições. Sempre que encontro alguma diferente, eu compro.”

A ‘Rainha do Crime’ também está presente dentro de um móvel de época, que pertenceu aos avós de Montes, onde o escritor guarda uma de suas maiores relíquias: exemplares originais da Coleção Vampiro. “É a maior coleção de romance policial e de ficção científica lançada em língua portuguesa. No português de Portugal, não do Brasil”, ele explica. Cai o Pano - O Último Caso de Poirot, de Agatha, é um dos destaques da coletânea que Montes garimpou no sebo Baratos da Ribeiro, no bairro de Botafogo.

Romances policiais: o que ler?

Ao longo do passeio por sua estante recheada de suspenses, Montes pinçou cinco títulos que considera leituras interessantes para quem está buscando uma ficção policial. Eis a lista:

  • O silêncio da chuva, de Luiz Alfredo Garcia-Roza (1996): Garcia-Roza é considerado o grande autor brasileiro do gênero e criador do personagem Espinosa, um inspetor de polícia. “Gosto muito dos livros dele. Os últimos não são tão bons, mas os primeiros são realmente incríveis”, avalia Montes. O Silêncio da Chuva levou o Prêmio Jabuti de melhor romance em 1997 e ganhou uma adaptação em longa-metragem, dirigida por Daniel Filho, e lançada em 2021.
  • O talentoso Ripley, de Patricia Highsmith (1955): Montes salienta Highsmith como uma de suas maiores influências. “Li a biografia dela, que mostra como foi complexo uma mulher começar a escrever literatura policial”, ele conta. Ripley é sua mais reconhecida criação e foi adaptado para o audiovisual com uma série na Netflix. Da norte-americana, o autor também destaca O perdão está suspenso, Este doce mal [em coautoria com Carlos Ramires] e Carol, romance lésbico que também virou filme.
  • As diabólicas, de Pierre Boileau-Narcejac (1955): “Um dos meus romances favoritos”, diz Montes sobre a obra de 168 páginas do escritor parisiense. Na estante do autor brasileiro, uma edição do ano de 1987 lançada pela editora Globo.
  • A dama fantasma, de Cornell Woolrich (1942): Woolrich é contemporâneo de grandes nomes como Raymond Chandler e do Dashiell Hammett, mas “é melhor que os dois”, na avaliação de Raphael Montes. Ele também escreveu Casei-me com um morto, A noiva estava de preto e outros romances clássicos.
  • O homem dos círculos azuis, de Fred Vargas (1991): Não se engane. Fred é uma mulher: a francesa Frédérique Audoin-Rouzeau, de 67 anos. Tal qual outros autores do segmento, tem um personagem característico em suas principais histórias: o comissário Adansberg.

Das páginas às telas

O escritório de Raphael Montes, onde fica sua biblioteca, é também o local onde ele realiza salas de roteiro. São reuniões para discutir ideias e potenciais projetos audiovisuais. O carioca foi colaborador em A Regra do Jogo, novela da Globo exibida em 2015, e com Bom Dia, Verônica, produção da Netflix que estreou em 2020, consolidou o status de roteirista. Ele guarda os scripts da série encadernados com carinho.

Rapha é um aficionado por cinema. Parte considerável da biblioteca é uma ode aos grandes mestres da sétima arte. Ao lado da mesa de trabalho, uma miniatura de Alfred Hitchcock. À mão, estão roteiros de filmes como Corra, de Jordan Peele, Fargo, dos Irmãos Coen, Pequena Miss Sunshine e Doze Homens e Uma Sentença. “Gosto de entender como os diretores pensam. Dirigir um filme é uma coisa que tenho muita vontade de fazer.”

“Confesso que gosto de estudar estrutura de roteiro e de entender as técnicas de Hollywood. Nem que seja para rompê-las. Mas eu acho importante conhecer”

Raphael Montes

Escritor Raphael Montes em sua biblioteca Foto: Gabriel Sayão/Estadão

O corredor que dá acesso à biblioteca de Montes dá o tom do fanatismo pelas telonas: uma série de pôsteres, em tamanho grande, estão espalhados pelas paredes. Dentro do cômodo, no entanto, apenas um se destaca: o cartaz de O Bebê de Rosemary, clássico de Roman Polanski, de 1968. Na prateleira, meio escondidinho, um xodó do acervo: a edição original do livro de Ira Levin, que inspirou o longa. “Eu achei numa livraria em Nova York”, diz o escritor, mostrando o exemplar de 1967.

Montes acredita que o sucesso do filme, ganhador do Oscar de roteiro adaptado, foi transpor às lentes cinematográficas exatamente o que o livro descreve. “A grande esperteza do Polanski foi filmar exatamente como está escrito. Você abre o livro e vê o filme, cena a cena é o que acontece no livro. E ele mesmo já deu entrevista e falou que era uma obra pronta para filmar.”

Outra adaptação venerada é Clube da Luta. Criada no papel por Chuck Palahniuk, alçada à tela grande pelas mãos de David Fincher. “O Chuck é um cara que faz histórias com premissas muito doidas. E um dos livros que eu mais gosto dele é Snuff.” Na obra, uma atriz pornô conhecida mundialmente está prestes a se aposentar e quer fazer seu último grande filme. Para isso, precisa transar com o máximo de homens possíveis. “É bem maluco, mas o livro se realiza muito bem. A escrita é maravilhosa.”

Para o cinema, o trabalho de roteiro mais recente de Raphael Montes é Uma Família Feliz, com Reynaldo Gianecchini e Grazi Massafera no elenco. É uma adaptação do livro do autor de mesmo título, que também é sua obra bibliográfica mais atual. Antes, ele fez uma parceria com Ilana Casoy, parceira de longa data, na trinca de filmes sobre o caso Suzane von Richthofen lançados pelo Prime Video: A Menina que Matou os Pais, O Menino que Matou Meus Pais e A Menina que Matou os Pais: A Confissão.

Experimente pesquisar por ‘autores de romance policial’ no Google. O resultado entrega uma série de escritores consagrados, mas quase todos estrangeiros. Agatha Christie, Conan Doyle, Harlan Coben… Um brasileiro, no entanto, se destaca na lista: Raphael Montes. Desde que publicou seu primeiro livro, Suicidas, em 2012, o carioca tem desbravado um gênero pouco explorado no País.

O currículo literário de Montes é extenso, mesmo com apenas 33 anos. Suas obras, como Dias Perfeitos, Jantar Secreto e Bom Dia, Verônica, que ganhou uma série adaptada na Netflix, foram traduzidas para diversos países: dos Estados Unidos ao mundo árabe. “Da edição chinesa, eu só reconheço a minha foto na orelha”, brinca o autor, mostrando um exemplar em mandarim que fica em uma área de sua estante de livros etiquetada como ‘Rapha no Mundo’.

Montes abriu o escritório de seu apartamento, na zona sul do Rio de Janeiro, ao Estadão. Na conversa, mostrou alguns de seus livros preferidos e contou quais são suas referências na literatura.

Agatha Christie no topo

A biblioteca de Raphael Montes já começa com um pedaço generoso de suas prateleiras dedicadas à romancista britânica. “Lá em cima, é a minha coleção completa de Agatha Christie. Agora estão relançando as obras nessas versões coloridas aqui e eu também estou colecionando”, mostra o escritor, apontando para os exemplares da HarperCollins Brasil, que entregaram uma cara mais ‘moderninha’ às obras da autora.

Do catálogo de Agatha, Montes revela que O caso dos dez negrinhos, atualmente publicado como E não sobrou nenhum, é sua obra favorita. O livro foi lançado originalmente em 1938. “Tenho praticamente todas as edições. Sempre que encontro alguma diferente, eu compro.”

A ‘Rainha do Crime’ também está presente dentro de um móvel de época, que pertenceu aos avós de Montes, onde o escritor guarda uma de suas maiores relíquias: exemplares originais da Coleção Vampiro. “É a maior coleção de romance policial e de ficção científica lançada em língua portuguesa. No português de Portugal, não do Brasil”, ele explica. Cai o Pano - O Último Caso de Poirot, de Agatha, é um dos destaques da coletânea que Montes garimpou no sebo Baratos da Ribeiro, no bairro de Botafogo.

Romances policiais: o que ler?

Ao longo do passeio por sua estante recheada de suspenses, Montes pinçou cinco títulos que considera leituras interessantes para quem está buscando uma ficção policial. Eis a lista:

  • O silêncio da chuva, de Luiz Alfredo Garcia-Roza (1996): Garcia-Roza é considerado o grande autor brasileiro do gênero e criador do personagem Espinosa, um inspetor de polícia. “Gosto muito dos livros dele. Os últimos não são tão bons, mas os primeiros são realmente incríveis”, avalia Montes. O Silêncio da Chuva levou o Prêmio Jabuti de melhor romance em 1997 e ganhou uma adaptação em longa-metragem, dirigida por Daniel Filho, e lançada em 2021.
  • O talentoso Ripley, de Patricia Highsmith (1955): Montes salienta Highsmith como uma de suas maiores influências. “Li a biografia dela, que mostra como foi complexo uma mulher começar a escrever literatura policial”, ele conta. Ripley é sua mais reconhecida criação e foi adaptado para o audiovisual com uma série na Netflix. Da norte-americana, o autor também destaca O perdão está suspenso, Este doce mal [em coautoria com Carlos Ramires] e Carol, romance lésbico que também virou filme.
  • As diabólicas, de Pierre Boileau-Narcejac (1955): “Um dos meus romances favoritos”, diz Montes sobre a obra de 168 páginas do escritor parisiense. Na estante do autor brasileiro, uma edição do ano de 1987 lançada pela editora Globo.
  • A dama fantasma, de Cornell Woolrich (1942): Woolrich é contemporâneo de grandes nomes como Raymond Chandler e do Dashiell Hammett, mas “é melhor que os dois”, na avaliação de Raphael Montes. Ele também escreveu Casei-me com um morto, A noiva estava de preto e outros romances clássicos.
  • O homem dos círculos azuis, de Fred Vargas (1991): Não se engane. Fred é uma mulher: a francesa Frédérique Audoin-Rouzeau, de 67 anos. Tal qual outros autores do segmento, tem um personagem característico em suas principais histórias: o comissário Adansberg.

Das páginas às telas

O escritório de Raphael Montes, onde fica sua biblioteca, é também o local onde ele realiza salas de roteiro. São reuniões para discutir ideias e potenciais projetos audiovisuais. O carioca foi colaborador em A Regra do Jogo, novela da Globo exibida em 2015, e com Bom Dia, Verônica, produção da Netflix que estreou em 2020, consolidou o status de roteirista. Ele guarda os scripts da série encadernados com carinho.

Rapha é um aficionado por cinema. Parte considerável da biblioteca é uma ode aos grandes mestres da sétima arte. Ao lado da mesa de trabalho, uma miniatura de Alfred Hitchcock. À mão, estão roteiros de filmes como Corra, de Jordan Peele, Fargo, dos Irmãos Coen, Pequena Miss Sunshine e Doze Homens e Uma Sentença. “Gosto de entender como os diretores pensam. Dirigir um filme é uma coisa que tenho muita vontade de fazer.”

“Confesso que gosto de estudar estrutura de roteiro e de entender as técnicas de Hollywood. Nem que seja para rompê-las. Mas eu acho importante conhecer”

Raphael Montes

Escritor Raphael Montes em sua biblioteca Foto: Gabriel Sayão/Estadão

O corredor que dá acesso à biblioteca de Montes dá o tom do fanatismo pelas telonas: uma série de pôsteres, em tamanho grande, estão espalhados pelas paredes. Dentro do cômodo, no entanto, apenas um se destaca: o cartaz de O Bebê de Rosemary, clássico de Roman Polanski, de 1968. Na prateleira, meio escondidinho, um xodó do acervo: a edição original do livro de Ira Levin, que inspirou o longa. “Eu achei numa livraria em Nova York”, diz o escritor, mostrando o exemplar de 1967.

Montes acredita que o sucesso do filme, ganhador do Oscar de roteiro adaptado, foi transpor às lentes cinematográficas exatamente o que o livro descreve. “A grande esperteza do Polanski foi filmar exatamente como está escrito. Você abre o livro e vê o filme, cena a cena é o que acontece no livro. E ele mesmo já deu entrevista e falou que era uma obra pronta para filmar.”

Outra adaptação venerada é Clube da Luta. Criada no papel por Chuck Palahniuk, alçada à tela grande pelas mãos de David Fincher. “O Chuck é um cara que faz histórias com premissas muito doidas. E um dos livros que eu mais gosto dele é Snuff.” Na obra, uma atriz pornô conhecida mundialmente está prestes a se aposentar e quer fazer seu último grande filme. Para isso, precisa transar com o máximo de homens possíveis. “É bem maluco, mas o livro se realiza muito bem. A escrita é maravilhosa.”

Para o cinema, o trabalho de roteiro mais recente de Raphael Montes é Uma Família Feliz, com Reynaldo Gianecchini e Grazi Massafera no elenco. É uma adaptação do livro do autor de mesmo título, que também é sua obra bibliográfica mais atual. Antes, ele fez uma parceria com Ilana Casoy, parceira de longa data, na trinca de filmes sobre o caso Suzane von Richthofen lançados pelo Prime Video: A Menina que Matou os Pais, O Menino que Matou Meus Pais e A Menina que Matou os Pais: A Confissão.

Experimente pesquisar por ‘autores de romance policial’ no Google. O resultado entrega uma série de escritores consagrados, mas quase todos estrangeiros. Agatha Christie, Conan Doyle, Harlan Coben… Um brasileiro, no entanto, se destaca na lista: Raphael Montes. Desde que publicou seu primeiro livro, Suicidas, em 2012, o carioca tem desbravado um gênero pouco explorado no País.

O currículo literário de Montes é extenso, mesmo com apenas 33 anos. Suas obras, como Dias Perfeitos, Jantar Secreto e Bom Dia, Verônica, que ganhou uma série adaptada na Netflix, foram traduzidas para diversos países: dos Estados Unidos ao mundo árabe. “Da edição chinesa, eu só reconheço a minha foto na orelha”, brinca o autor, mostrando um exemplar em mandarim que fica em uma área de sua estante de livros etiquetada como ‘Rapha no Mundo’.

Montes abriu o escritório de seu apartamento, na zona sul do Rio de Janeiro, ao Estadão. Na conversa, mostrou alguns de seus livros preferidos e contou quais são suas referências na literatura.

Agatha Christie no topo

A biblioteca de Raphael Montes já começa com um pedaço generoso de suas prateleiras dedicadas à romancista britânica. “Lá em cima, é a minha coleção completa de Agatha Christie. Agora estão relançando as obras nessas versões coloridas aqui e eu também estou colecionando”, mostra o escritor, apontando para os exemplares da HarperCollins Brasil, que entregaram uma cara mais ‘moderninha’ às obras da autora.

Do catálogo de Agatha, Montes revela que O caso dos dez negrinhos, atualmente publicado como E não sobrou nenhum, é sua obra favorita. O livro foi lançado originalmente em 1938. “Tenho praticamente todas as edições. Sempre que encontro alguma diferente, eu compro.”

A ‘Rainha do Crime’ também está presente dentro de um móvel de época, que pertenceu aos avós de Montes, onde o escritor guarda uma de suas maiores relíquias: exemplares originais da Coleção Vampiro. “É a maior coleção de romance policial e de ficção científica lançada em língua portuguesa. No português de Portugal, não do Brasil”, ele explica. Cai o Pano - O Último Caso de Poirot, de Agatha, é um dos destaques da coletânea que Montes garimpou no sebo Baratos da Ribeiro, no bairro de Botafogo.

Romances policiais: o que ler?

Ao longo do passeio por sua estante recheada de suspenses, Montes pinçou cinco títulos que considera leituras interessantes para quem está buscando uma ficção policial. Eis a lista:

  • O silêncio da chuva, de Luiz Alfredo Garcia-Roza (1996): Garcia-Roza é considerado o grande autor brasileiro do gênero e criador do personagem Espinosa, um inspetor de polícia. “Gosto muito dos livros dele. Os últimos não são tão bons, mas os primeiros são realmente incríveis”, avalia Montes. O Silêncio da Chuva levou o Prêmio Jabuti de melhor romance em 1997 e ganhou uma adaptação em longa-metragem, dirigida por Daniel Filho, e lançada em 2021.
  • O talentoso Ripley, de Patricia Highsmith (1955): Montes salienta Highsmith como uma de suas maiores influências. “Li a biografia dela, que mostra como foi complexo uma mulher começar a escrever literatura policial”, ele conta. Ripley é sua mais reconhecida criação e foi adaptado para o audiovisual com uma série na Netflix. Da norte-americana, o autor também destaca O perdão está suspenso, Este doce mal [em coautoria com Carlos Ramires] e Carol, romance lésbico que também virou filme.
  • As diabólicas, de Pierre Boileau-Narcejac (1955): “Um dos meus romances favoritos”, diz Montes sobre a obra de 168 páginas do escritor parisiense. Na estante do autor brasileiro, uma edição do ano de 1987 lançada pela editora Globo.
  • A dama fantasma, de Cornell Woolrich (1942): Woolrich é contemporâneo de grandes nomes como Raymond Chandler e do Dashiell Hammett, mas “é melhor que os dois”, na avaliação de Raphael Montes. Ele também escreveu Casei-me com um morto, A noiva estava de preto e outros romances clássicos.
  • O homem dos círculos azuis, de Fred Vargas (1991): Não se engane. Fred é uma mulher: a francesa Frédérique Audoin-Rouzeau, de 67 anos. Tal qual outros autores do segmento, tem um personagem característico em suas principais histórias: o comissário Adansberg.

Das páginas às telas

O escritório de Raphael Montes, onde fica sua biblioteca, é também o local onde ele realiza salas de roteiro. São reuniões para discutir ideias e potenciais projetos audiovisuais. O carioca foi colaborador em A Regra do Jogo, novela da Globo exibida em 2015, e com Bom Dia, Verônica, produção da Netflix que estreou em 2020, consolidou o status de roteirista. Ele guarda os scripts da série encadernados com carinho.

Rapha é um aficionado por cinema. Parte considerável da biblioteca é uma ode aos grandes mestres da sétima arte. Ao lado da mesa de trabalho, uma miniatura de Alfred Hitchcock. À mão, estão roteiros de filmes como Corra, de Jordan Peele, Fargo, dos Irmãos Coen, Pequena Miss Sunshine e Doze Homens e Uma Sentença. “Gosto de entender como os diretores pensam. Dirigir um filme é uma coisa que tenho muita vontade de fazer.”

“Confesso que gosto de estudar estrutura de roteiro e de entender as técnicas de Hollywood. Nem que seja para rompê-las. Mas eu acho importante conhecer”

Raphael Montes

Escritor Raphael Montes em sua biblioteca Foto: Gabriel Sayão/Estadão

O corredor que dá acesso à biblioteca de Montes dá o tom do fanatismo pelas telonas: uma série de pôsteres, em tamanho grande, estão espalhados pelas paredes. Dentro do cômodo, no entanto, apenas um se destaca: o cartaz de O Bebê de Rosemary, clássico de Roman Polanski, de 1968. Na prateleira, meio escondidinho, um xodó do acervo: a edição original do livro de Ira Levin, que inspirou o longa. “Eu achei numa livraria em Nova York”, diz o escritor, mostrando o exemplar de 1967.

Montes acredita que o sucesso do filme, ganhador do Oscar de roteiro adaptado, foi transpor às lentes cinematográficas exatamente o que o livro descreve. “A grande esperteza do Polanski foi filmar exatamente como está escrito. Você abre o livro e vê o filme, cena a cena é o que acontece no livro. E ele mesmo já deu entrevista e falou que era uma obra pronta para filmar.”

Outra adaptação venerada é Clube da Luta. Criada no papel por Chuck Palahniuk, alçada à tela grande pelas mãos de David Fincher. “O Chuck é um cara que faz histórias com premissas muito doidas. E um dos livros que eu mais gosto dele é Snuff.” Na obra, uma atriz pornô conhecida mundialmente está prestes a se aposentar e quer fazer seu último grande filme. Para isso, precisa transar com o máximo de homens possíveis. “É bem maluco, mas o livro se realiza muito bem. A escrita é maravilhosa.”

Para o cinema, o trabalho de roteiro mais recente de Raphael Montes é Uma Família Feliz, com Reynaldo Gianecchini e Grazi Massafera no elenco. É uma adaptação do livro do autor de mesmo título, que também é sua obra bibliográfica mais atual. Antes, ele fez uma parceria com Ilana Casoy, parceira de longa data, na trinca de filmes sobre o caso Suzane von Richthofen lançados pelo Prime Video: A Menina que Matou os Pais, O Menino que Matou Meus Pais e A Menina que Matou os Pais: A Confissão.

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