Série de TV mostra panorama dos quadrinhos brasileiros, de Mauricio de Sousa a Angeli e Laerte


Série ‘HQ – Edição Especial’, cuja estreia acontece na quinta, 14, documenta a história e a evolução das HQs

Por Pedro Antunes

Da inocência da Turma da Mônica aos questionamentos da criação das próprias tirinhas de Angeli na série Angeli em Crise. Do ‘made in brazil’ Menino Maluquinho aos traços brasileiros em heróis gringos como o Wolverine e Superman. Do início do século 20 até o fino que preenche páginas das HQs a partir dos anos 2010. HQs – Edição Especial, série documental criada pelo canal por assinatura HBO e produzida pela RT Features, se propõe a encontrar as intersecções e conexões entre tantas expressões artísticas criadas após horas diante das pranchetas e levadas aos quadrinhos e tirinhas em jornal, ao longo de dez episódios de uma hora de duração. O primeiro deles vai ao ar na quinta-feira, 14, às 23 h.

Com documentários focados em personagens que caracterizam períodos, movimentos e tendências, Edição Especial vai a fundo na trajetória das figuras emblemáticas das HQs nacionais, de forma quase linear e cronológica, a começar com o desenvolvimento da técnica no País, ainda no início do século passado, com Angelo Agostini, nessa estreia. No segundo episódio, um salto no tempo leva ao inigualável Mauricio de Sousa. Com o título de O Império, o capítulo expõe o crescimento gigantesco da marca Turma da Mônica, inspirada nos próprios filhos do quadrinista e que hoje é até um parque de diversões para crianças – isso sem falar nas séries de graphic novels, nome dado às HQs mais “adultas”, como Lições e Astronauta, lançadas recentemente.

  Foto:  
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A trajetória de Edição Especial segue as vidas e obras de nomes como Ziraldo (protagonista do terceiro episódio), Angeli (quarto), Laerte (quinto), Lourenço Mutarelli (sexto), Renato Guedes e Mike Deodato (sétimo), André Dahmer, Arnaldo Branco e Allan Sieber (oitavo), Fábio Moon e Gabriel Bá (nono) e, por fim, traça uma perspectiva sobre qual é o futuro dos quadrinhos nacionais, tão bem servido, embora nem sempre reconhecido.

O Velho Cartunista, episódio que narra o crescimento de Angeli, exibido para a imprensa como exemplo do restante dos outros nove, é linear e correto ao documentar a evolução de Angeli e sua criação. De personagens clássicos – e seu já bastante falado desamor pela Rê Bordosa – às aventuras recentes com as charges de cunho bastante político, algo tão enraizado na vida e obra do cartunista, embora seja exibida de forma singela e irônica.

Angeli forma, ao lado de Glauco e Laerte, o trio que fundamentou o que se conhece como HQ contemporânea no País. Juntos, criaram Los 3 Amigos, série que foi sucesso de crítica. O documentário não se furta em lidar com a relação entre os três – e o sentimento de Angeli com relação a Glauco, morto em 2010.

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É a angústia da criação que humaniza de vez o cartunista – figura, por vezes, misteriosa. É o vazio entre artista e a prancheta. O branco – seja no papel, seja na mente. Não é por acaso que, em dado momento, Angeli tenha colocado a própria crise para preencher suas tiras. A série Angeli em Crise, que pode ser vista na foto ao lado, é um retrato do artista em seu formato mais humano, afinal. Não há herói, vilões e super poderes. Só a folha em branco.

Da inocência da Turma da Mônica aos questionamentos da criação das próprias tirinhas de Angeli na série Angeli em Crise. Do ‘made in brazil’ Menino Maluquinho aos traços brasileiros em heróis gringos como o Wolverine e Superman. Do início do século 20 até o fino que preenche páginas das HQs a partir dos anos 2010. HQs – Edição Especial, série documental criada pelo canal por assinatura HBO e produzida pela RT Features, se propõe a encontrar as intersecções e conexões entre tantas expressões artísticas criadas após horas diante das pranchetas e levadas aos quadrinhos e tirinhas em jornal, ao longo de dez episódios de uma hora de duração. O primeiro deles vai ao ar na quinta-feira, 14, às 23 h.

Com documentários focados em personagens que caracterizam períodos, movimentos e tendências, Edição Especial vai a fundo na trajetória das figuras emblemáticas das HQs nacionais, de forma quase linear e cronológica, a começar com o desenvolvimento da técnica no País, ainda no início do século passado, com Angelo Agostini, nessa estreia. No segundo episódio, um salto no tempo leva ao inigualável Mauricio de Sousa. Com o título de O Império, o capítulo expõe o crescimento gigantesco da marca Turma da Mônica, inspirada nos próprios filhos do quadrinista e que hoje é até um parque de diversões para crianças – isso sem falar nas séries de graphic novels, nome dado às HQs mais “adultas”, como Lições e Astronauta, lançadas recentemente.

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A trajetória de Edição Especial segue as vidas e obras de nomes como Ziraldo (protagonista do terceiro episódio), Angeli (quarto), Laerte (quinto), Lourenço Mutarelli (sexto), Renato Guedes e Mike Deodato (sétimo), André Dahmer, Arnaldo Branco e Allan Sieber (oitavo), Fábio Moon e Gabriel Bá (nono) e, por fim, traça uma perspectiva sobre qual é o futuro dos quadrinhos nacionais, tão bem servido, embora nem sempre reconhecido.

O Velho Cartunista, episódio que narra o crescimento de Angeli, exibido para a imprensa como exemplo do restante dos outros nove, é linear e correto ao documentar a evolução de Angeli e sua criação. De personagens clássicos – e seu já bastante falado desamor pela Rê Bordosa – às aventuras recentes com as charges de cunho bastante político, algo tão enraizado na vida e obra do cartunista, embora seja exibida de forma singela e irônica.

Angeli forma, ao lado de Glauco e Laerte, o trio que fundamentou o que se conhece como HQ contemporânea no País. Juntos, criaram Los 3 Amigos, série que foi sucesso de crítica. O documentário não se furta em lidar com a relação entre os três – e o sentimento de Angeli com relação a Glauco, morto em 2010.

É a angústia da criação que humaniza de vez o cartunista – figura, por vezes, misteriosa. É o vazio entre artista e a prancheta. O branco – seja no papel, seja na mente. Não é por acaso que, em dado momento, Angeli tenha colocado a própria crise para preencher suas tiras. A série Angeli em Crise, que pode ser vista na foto ao lado, é um retrato do artista em seu formato mais humano, afinal. Não há herói, vilões e super poderes. Só a folha em branco.

Da inocência da Turma da Mônica aos questionamentos da criação das próprias tirinhas de Angeli na série Angeli em Crise. Do ‘made in brazil’ Menino Maluquinho aos traços brasileiros em heróis gringos como o Wolverine e Superman. Do início do século 20 até o fino que preenche páginas das HQs a partir dos anos 2010. HQs – Edição Especial, série documental criada pelo canal por assinatura HBO e produzida pela RT Features, se propõe a encontrar as intersecções e conexões entre tantas expressões artísticas criadas após horas diante das pranchetas e levadas aos quadrinhos e tirinhas em jornal, ao longo de dez episódios de uma hora de duração. O primeiro deles vai ao ar na quinta-feira, 14, às 23 h.

Com documentários focados em personagens que caracterizam períodos, movimentos e tendências, Edição Especial vai a fundo na trajetória das figuras emblemáticas das HQs nacionais, de forma quase linear e cronológica, a começar com o desenvolvimento da técnica no País, ainda no início do século passado, com Angelo Agostini, nessa estreia. No segundo episódio, um salto no tempo leva ao inigualável Mauricio de Sousa. Com o título de O Império, o capítulo expõe o crescimento gigantesco da marca Turma da Mônica, inspirada nos próprios filhos do quadrinista e que hoje é até um parque de diversões para crianças – isso sem falar nas séries de graphic novels, nome dado às HQs mais “adultas”, como Lições e Astronauta, lançadas recentemente.

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A trajetória de Edição Especial segue as vidas e obras de nomes como Ziraldo (protagonista do terceiro episódio), Angeli (quarto), Laerte (quinto), Lourenço Mutarelli (sexto), Renato Guedes e Mike Deodato (sétimo), André Dahmer, Arnaldo Branco e Allan Sieber (oitavo), Fábio Moon e Gabriel Bá (nono) e, por fim, traça uma perspectiva sobre qual é o futuro dos quadrinhos nacionais, tão bem servido, embora nem sempre reconhecido.

O Velho Cartunista, episódio que narra o crescimento de Angeli, exibido para a imprensa como exemplo do restante dos outros nove, é linear e correto ao documentar a evolução de Angeli e sua criação. De personagens clássicos – e seu já bastante falado desamor pela Rê Bordosa – às aventuras recentes com as charges de cunho bastante político, algo tão enraizado na vida e obra do cartunista, embora seja exibida de forma singela e irônica.

Angeli forma, ao lado de Glauco e Laerte, o trio que fundamentou o que se conhece como HQ contemporânea no País. Juntos, criaram Los 3 Amigos, série que foi sucesso de crítica. O documentário não se furta em lidar com a relação entre os três – e o sentimento de Angeli com relação a Glauco, morto em 2010.

É a angústia da criação que humaniza de vez o cartunista – figura, por vezes, misteriosa. É o vazio entre artista e a prancheta. O branco – seja no papel, seja na mente. Não é por acaso que, em dado momento, Angeli tenha colocado a própria crise para preencher suas tiras. A série Angeli em Crise, que pode ser vista na foto ao lado, é um retrato do artista em seu formato mais humano, afinal. Não há herói, vilões e super poderes. Só a folha em branco.

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