Stephen King defende novos escritores contra fusão de editoras: 'Difícil encontrar dinheiro'


Com uma fortuna avaliada em US$ 17 milhões, autor é contra a fusão entre as editoras Simon & Schuster e Penguin Random House

Por Redação
Atualização:

É a vez do mestre do terror ficar "preocupado": Stephen King, autor de best-sellers aterrorizantes, explicou, nesta terça-feira, 2, seus temores em um tribunal dos Estados Unidos sobre a crescente concentração no setor editorial. O autor de livros como O Iluminado ou It: a Coisa testemunhou em Washington contra a proposta de fusão entre as editoras Simon & Schuster, com a qual tem contrato, e a gigante Penguin Random House, um acordo avaliado em quase US$ 2,2 bilhões.

Stephen King chega à corte para testemunhar a favor do governo dos EUA contraa fusão das editoras Simon & Schuster e Penguin Random House. Foto: Michael Reynolds/EFE/EPA

O governo americano se opõe à criação de um gigante com "influência grande demais sobre os autores e as obras que são publicadas e a quantidade de dinheiro que é paga aos autores", e pediu a Stephen King que seja sua testemunha principal no julgamento.

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Vestido com terno e gravata cinzas que refletem a gravidade da situação, o escritor de 75 anos descreveu por quase uma hora a evolução do setor ao longo de sua longa carreira. "Estou aqui porque acho que a consolidação é ruim para a competição", explicou.

"Estou no ramo de livros há cerca de 50 anos. Quando comecei, havia literalmente centenas de editoras. Uma a uma, elas foram compradas ou faliram", lembrou King. Consequentemente, "está cada vez mais difícil para os escritores encontrar dinheiro suficiente para viver".

No centro da questão estão os pagamentos antecipados que as editoras oferecem aos seus autores antes de escreverem suas obras. Os recém-chegados geralmente não têm direito a tal pagamento, mas, para escritores de sucesso, as editoras competem pelo direito de publicar seus livros.

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Stephen King revelou que seu primeiro cheque em 1974 foi de US$ 2.500 por Carrie, a estranha, cujas vendas dispararam após sua adaptação cinematográfica. 

Após vários outros sucessos de vendas, entre eles O Iluminado, King ofereceu a seu editor reservar seus três livros seguintes por US$ 2 milhões. O editor rejeitou a proposta "com uma risada". Com isso, Stephen King abriu sua obra para o mercado e teve uma série de sucessos na década de 1980 com editoras conhecidas, enquanto continuou publicando alguns de seus livros em casas menores e menos lucrativas.

"Tive a sorte de poder fazer isso, de parar de seguir minha conta bancária e poder seguir meu coração", disse Stephen King, que em 2012 defendeu uma maior tributação para os mais ricos nos Estados Unidos, incluindo sua própria fortuna, avaliada em US$ 17 milhões. Consciente de que é um privilegiado, King lamentou que seus colegas trabalhem "em um mundo difícil". Ao deixar a audiência, o autor acrescentou que estava "muito preocupado", enquanto assinava autógrafos para os fãs.

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O julgamento tem previsão de durar duas semanas.

É a vez do mestre do terror ficar "preocupado": Stephen King, autor de best-sellers aterrorizantes, explicou, nesta terça-feira, 2, seus temores em um tribunal dos Estados Unidos sobre a crescente concentração no setor editorial. O autor de livros como O Iluminado ou It: a Coisa testemunhou em Washington contra a proposta de fusão entre as editoras Simon & Schuster, com a qual tem contrato, e a gigante Penguin Random House, um acordo avaliado em quase US$ 2,2 bilhões.

Stephen King chega à corte para testemunhar a favor do governo dos EUA contraa fusão das editoras Simon & Schuster e Penguin Random House. Foto: Michael Reynolds/EFE/EPA

O governo americano se opõe à criação de um gigante com "influência grande demais sobre os autores e as obras que são publicadas e a quantidade de dinheiro que é paga aos autores", e pediu a Stephen King que seja sua testemunha principal no julgamento.

Vestido com terno e gravata cinzas que refletem a gravidade da situação, o escritor de 75 anos descreveu por quase uma hora a evolução do setor ao longo de sua longa carreira. "Estou aqui porque acho que a consolidação é ruim para a competição", explicou.

"Estou no ramo de livros há cerca de 50 anos. Quando comecei, havia literalmente centenas de editoras. Uma a uma, elas foram compradas ou faliram", lembrou King. Consequentemente, "está cada vez mais difícil para os escritores encontrar dinheiro suficiente para viver".

No centro da questão estão os pagamentos antecipados que as editoras oferecem aos seus autores antes de escreverem suas obras. Os recém-chegados geralmente não têm direito a tal pagamento, mas, para escritores de sucesso, as editoras competem pelo direito de publicar seus livros.

Stephen King revelou que seu primeiro cheque em 1974 foi de US$ 2.500 por Carrie, a estranha, cujas vendas dispararam após sua adaptação cinematográfica. 

Após vários outros sucessos de vendas, entre eles O Iluminado, King ofereceu a seu editor reservar seus três livros seguintes por US$ 2 milhões. O editor rejeitou a proposta "com uma risada". Com isso, Stephen King abriu sua obra para o mercado e teve uma série de sucessos na década de 1980 com editoras conhecidas, enquanto continuou publicando alguns de seus livros em casas menores e menos lucrativas.

"Tive a sorte de poder fazer isso, de parar de seguir minha conta bancária e poder seguir meu coração", disse Stephen King, que em 2012 defendeu uma maior tributação para os mais ricos nos Estados Unidos, incluindo sua própria fortuna, avaliada em US$ 17 milhões. Consciente de que é um privilegiado, King lamentou que seus colegas trabalhem "em um mundo difícil". Ao deixar a audiência, o autor acrescentou que estava "muito preocupado", enquanto assinava autógrafos para os fãs.

O julgamento tem previsão de durar duas semanas.

É a vez do mestre do terror ficar "preocupado": Stephen King, autor de best-sellers aterrorizantes, explicou, nesta terça-feira, 2, seus temores em um tribunal dos Estados Unidos sobre a crescente concentração no setor editorial. O autor de livros como O Iluminado ou It: a Coisa testemunhou em Washington contra a proposta de fusão entre as editoras Simon & Schuster, com a qual tem contrato, e a gigante Penguin Random House, um acordo avaliado em quase US$ 2,2 bilhões.

Stephen King chega à corte para testemunhar a favor do governo dos EUA contraa fusão das editoras Simon & Schuster e Penguin Random House. Foto: Michael Reynolds/EFE/EPA

O governo americano se opõe à criação de um gigante com "influência grande demais sobre os autores e as obras que são publicadas e a quantidade de dinheiro que é paga aos autores", e pediu a Stephen King que seja sua testemunha principal no julgamento.

Vestido com terno e gravata cinzas que refletem a gravidade da situação, o escritor de 75 anos descreveu por quase uma hora a evolução do setor ao longo de sua longa carreira. "Estou aqui porque acho que a consolidação é ruim para a competição", explicou.

"Estou no ramo de livros há cerca de 50 anos. Quando comecei, havia literalmente centenas de editoras. Uma a uma, elas foram compradas ou faliram", lembrou King. Consequentemente, "está cada vez mais difícil para os escritores encontrar dinheiro suficiente para viver".

No centro da questão estão os pagamentos antecipados que as editoras oferecem aos seus autores antes de escreverem suas obras. Os recém-chegados geralmente não têm direito a tal pagamento, mas, para escritores de sucesso, as editoras competem pelo direito de publicar seus livros.

Stephen King revelou que seu primeiro cheque em 1974 foi de US$ 2.500 por Carrie, a estranha, cujas vendas dispararam após sua adaptação cinematográfica. 

Após vários outros sucessos de vendas, entre eles O Iluminado, King ofereceu a seu editor reservar seus três livros seguintes por US$ 2 milhões. O editor rejeitou a proposta "com uma risada". Com isso, Stephen King abriu sua obra para o mercado e teve uma série de sucessos na década de 1980 com editoras conhecidas, enquanto continuou publicando alguns de seus livros em casas menores e menos lucrativas.

"Tive a sorte de poder fazer isso, de parar de seguir minha conta bancária e poder seguir meu coração", disse Stephen King, que em 2012 defendeu uma maior tributação para os mais ricos nos Estados Unidos, incluindo sua própria fortuna, avaliada em US$ 17 milhões. Consciente de que é um privilegiado, King lamentou que seus colegas trabalhem "em um mundo difícil". Ao deixar a audiência, o autor acrescentou que estava "muito preocupado", enquanto assinava autógrafos para os fãs.

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