Coluna quinzenal da jornalista Luciana Garbin que traz foco para as questões femininas na sociedade atual

Opinião|Olimpíadas 2024: Lutar contra si mesma para se manter positiva e focada: lições do ouro de Bia Souza


Judoca que desbancou as duas primeiras colocadas do ranking mundial categoria + 78 kg quer inspirar outras mulheres: ‘Negra, linda, com cachos maravilhosos. E posso conquistar o mundo se quiser’, disse há um mês, durante a preparação olímpica

Por Luciana Garbin
Atualização:

O Brasil tem uma nova estrela. Até ontem praticamente desconhecida do grande público, a judoca Beatriz Souza acaba de entrar para a lista das atletas mais queridas do País por uma medalha de ouro que reflete detalhes inspiradores de sua trajetória: gratidão a quem a apoiou, respeito por quem sabe, compreensão de que só se vence com foco e esforço, bom humor.

Quem por exemplo não se emocionou ao ver a medalhista de ouro falando com os pais pelo celular logo após o ouro e dedicando sua conquista à avó falecida há dois meses? “Deu certo, mãe. Pai, eu consegui. Foi pela avó. É pra avó, mãe. Eu amo vocês mais que tudo.”

Bia chegou a Paris sem nenhum favoritismo, sem ninguém da família e com essa perda recente. Levava consigo, contudo, a segurança de estar bem preparada tecnicamente e a certeza de que, se se mantivesse focada na estratégia traçada com sua técnica e seu clube, o único desafio seria superar a si mesma.

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Beatriz Souza comemora após vencer a final com a israelense Raz Hershko na categoria feminina do judô +78 kg Foto: Jack Guez/JACK GUEZ

Quem disse isso foi ela mesma, em entrevista ao SporTV logo após ouvir o hino brasileiro no pódio. Questionada sobre a conquista, afirmou ser resultado do trabalho feito dia após dia nos treinos e destacou que na Olimpíada a luta é contra si própria, para o tempo todo se manter positiva e não perder o foco em meio a um monte de gente falando. “É mágico sair grandiosa em cima de tantas adversárias grandiosas”, resumiu, rindo.

E põe grandiosas nisso - Bia derrotou simplesmente a francesa número 1 do ranking na semifinal, diante de uma plateia lotada de franceses e com o presidente Emmanuel Macron na primeira fila. Na final, bateu a número 2 do mundo.

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A relação de Bia com sua técnica, Maria Suelen Altheman, também merece destaque. Foi justamente ela quem tirou Bia da corrida pela vaga olímpica da Olimpíada de Tóquio, há quatro anos. Mas no Japão Suelen saiu carregada do tatame após lesionar o joelho e teve de se aposentar das competições. Muita gente poderia querer distância da antiga rival, mas Bia viu aí a chance de aprender com quem conhece bem a categoria mais pesada do judô feminino e passou a treinar com ela. Sem mimimi, e num esporte em que disciplina, respeito ao outro e respeito às regras são chaves não só para competir como para lidar com a vida.

É sem mimimi também, mas com muita gratidão a quem veio antes que ela conta num post publicado há um mês em seu Instagram que quer inspirar outras mulheres a também superarem a si mesmas para crescer.

“Fui inspirada por outras mulheres e, da mesma forma que eu fui inspirada, eu quero inspirar. Quero mostrar para todo mundo que eu sou mulher sim. Negra, linda, com cachos maravilhosos (...) E posso conquistar o mundo se eu quiser, estou em busca disso.”

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Bia tinha então alguns milhares de seguidores. Duas horas depois da conquista do ouro, já tinha passado de 1,2 milhão. Que seu exemplo e sua mensagem cheguem a cada vez mais gente.

O Brasil tem uma nova estrela. Até ontem praticamente desconhecida do grande público, a judoca Beatriz Souza acaba de entrar para a lista das atletas mais queridas do País por uma medalha de ouro que reflete detalhes inspiradores de sua trajetória: gratidão a quem a apoiou, respeito por quem sabe, compreensão de que só se vence com foco e esforço, bom humor.

Quem por exemplo não se emocionou ao ver a medalhista de ouro falando com os pais pelo celular logo após o ouro e dedicando sua conquista à avó falecida há dois meses? “Deu certo, mãe. Pai, eu consegui. Foi pela avó. É pra avó, mãe. Eu amo vocês mais que tudo.”

Bia chegou a Paris sem nenhum favoritismo, sem ninguém da família e com essa perda recente. Levava consigo, contudo, a segurança de estar bem preparada tecnicamente e a certeza de que, se se mantivesse focada na estratégia traçada com sua técnica e seu clube, o único desafio seria superar a si mesma.

Beatriz Souza comemora após vencer a final com a israelense Raz Hershko na categoria feminina do judô +78 kg Foto: Jack Guez/JACK GUEZ

Quem disse isso foi ela mesma, em entrevista ao SporTV logo após ouvir o hino brasileiro no pódio. Questionada sobre a conquista, afirmou ser resultado do trabalho feito dia após dia nos treinos e destacou que na Olimpíada a luta é contra si própria, para o tempo todo se manter positiva e não perder o foco em meio a um monte de gente falando. “É mágico sair grandiosa em cima de tantas adversárias grandiosas”, resumiu, rindo.

E põe grandiosas nisso - Bia derrotou simplesmente a francesa número 1 do ranking na semifinal, diante de uma plateia lotada de franceses e com o presidente Emmanuel Macron na primeira fila. Na final, bateu a número 2 do mundo.

A relação de Bia com sua técnica, Maria Suelen Altheman, também merece destaque. Foi justamente ela quem tirou Bia da corrida pela vaga olímpica da Olimpíada de Tóquio, há quatro anos. Mas no Japão Suelen saiu carregada do tatame após lesionar o joelho e teve de se aposentar das competições. Muita gente poderia querer distância da antiga rival, mas Bia viu aí a chance de aprender com quem conhece bem a categoria mais pesada do judô feminino e passou a treinar com ela. Sem mimimi, e num esporte em que disciplina, respeito ao outro e respeito às regras são chaves não só para competir como para lidar com a vida.

É sem mimimi também, mas com muita gratidão a quem veio antes que ela conta num post publicado há um mês em seu Instagram que quer inspirar outras mulheres a também superarem a si mesmas para crescer.

“Fui inspirada por outras mulheres e, da mesma forma que eu fui inspirada, eu quero inspirar. Quero mostrar para todo mundo que eu sou mulher sim. Negra, linda, com cachos maravilhosos (...) E posso conquistar o mundo se eu quiser, estou em busca disso.”

Bia tinha então alguns milhares de seguidores. Duas horas depois da conquista do ouro, já tinha passado de 1,2 milhão. Que seu exemplo e sua mensagem cheguem a cada vez mais gente.

O Brasil tem uma nova estrela. Até ontem praticamente desconhecida do grande público, a judoca Beatriz Souza acaba de entrar para a lista das atletas mais queridas do País por uma medalha de ouro que reflete detalhes inspiradores de sua trajetória: gratidão a quem a apoiou, respeito por quem sabe, compreensão de que só se vence com foco e esforço, bom humor.

Quem por exemplo não se emocionou ao ver a medalhista de ouro falando com os pais pelo celular logo após o ouro e dedicando sua conquista à avó falecida há dois meses? “Deu certo, mãe. Pai, eu consegui. Foi pela avó. É pra avó, mãe. Eu amo vocês mais que tudo.”

Bia chegou a Paris sem nenhum favoritismo, sem ninguém da família e com essa perda recente. Levava consigo, contudo, a segurança de estar bem preparada tecnicamente e a certeza de que, se se mantivesse focada na estratégia traçada com sua técnica e seu clube, o único desafio seria superar a si mesma.

Beatriz Souza comemora após vencer a final com a israelense Raz Hershko na categoria feminina do judô +78 kg Foto: Jack Guez/JACK GUEZ

Quem disse isso foi ela mesma, em entrevista ao SporTV logo após ouvir o hino brasileiro no pódio. Questionada sobre a conquista, afirmou ser resultado do trabalho feito dia após dia nos treinos e destacou que na Olimpíada a luta é contra si própria, para o tempo todo se manter positiva e não perder o foco em meio a um monte de gente falando. “É mágico sair grandiosa em cima de tantas adversárias grandiosas”, resumiu, rindo.

E põe grandiosas nisso - Bia derrotou simplesmente a francesa número 1 do ranking na semifinal, diante de uma plateia lotada de franceses e com o presidente Emmanuel Macron na primeira fila. Na final, bateu a número 2 do mundo.

A relação de Bia com sua técnica, Maria Suelen Altheman, também merece destaque. Foi justamente ela quem tirou Bia da corrida pela vaga olímpica da Olimpíada de Tóquio, há quatro anos. Mas no Japão Suelen saiu carregada do tatame após lesionar o joelho e teve de se aposentar das competições. Muita gente poderia querer distância da antiga rival, mas Bia viu aí a chance de aprender com quem conhece bem a categoria mais pesada do judô feminino e passou a treinar com ela. Sem mimimi, e num esporte em que disciplina, respeito ao outro e respeito às regras são chaves não só para competir como para lidar com a vida.

É sem mimimi também, mas com muita gratidão a quem veio antes que ela conta num post publicado há um mês em seu Instagram que quer inspirar outras mulheres a também superarem a si mesmas para crescer.

“Fui inspirada por outras mulheres e, da mesma forma que eu fui inspirada, eu quero inspirar. Quero mostrar para todo mundo que eu sou mulher sim. Negra, linda, com cachos maravilhosos (...) E posso conquistar o mundo se eu quiser, estou em busca disso.”

Bia tinha então alguns milhares de seguidores. Duas horas depois da conquista do ouro, já tinha passado de 1,2 milhão. Que seu exemplo e sua mensagem cheguem a cada vez mais gente.

O Brasil tem uma nova estrela. Até ontem praticamente desconhecida do grande público, a judoca Beatriz Souza acaba de entrar para a lista das atletas mais queridas do País por uma medalha de ouro que reflete detalhes inspiradores de sua trajetória: gratidão a quem a apoiou, respeito por quem sabe, compreensão de que só se vence com foco e esforço, bom humor.

Quem por exemplo não se emocionou ao ver a medalhista de ouro falando com os pais pelo celular logo após o ouro e dedicando sua conquista à avó falecida há dois meses? “Deu certo, mãe. Pai, eu consegui. Foi pela avó. É pra avó, mãe. Eu amo vocês mais que tudo.”

Bia chegou a Paris sem nenhum favoritismo, sem ninguém da família e com essa perda recente. Levava consigo, contudo, a segurança de estar bem preparada tecnicamente e a certeza de que, se se mantivesse focada na estratégia traçada com sua técnica e seu clube, o único desafio seria superar a si mesma.

Beatriz Souza comemora após vencer a final com a israelense Raz Hershko na categoria feminina do judô +78 kg Foto: Jack Guez/JACK GUEZ

Quem disse isso foi ela mesma, em entrevista ao SporTV logo após ouvir o hino brasileiro no pódio. Questionada sobre a conquista, afirmou ser resultado do trabalho feito dia após dia nos treinos e destacou que na Olimpíada a luta é contra si própria, para o tempo todo se manter positiva e não perder o foco em meio a um monte de gente falando. “É mágico sair grandiosa em cima de tantas adversárias grandiosas”, resumiu, rindo.

E põe grandiosas nisso - Bia derrotou simplesmente a francesa número 1 do ranking na semifinal, diante de uma plateia lotada de franceses e com o presidente Emmanuel Macron na primeira fila. Na final, bateu a número 2 do mundo.

A relação de Bia com sua técnica, Maria Suelen Altheman, também merece destaque. Foi justamente ela quem tirou Bia da corrida pela vaga olímpica da Olimpíada de Tóquio, há quatro anos. Mas no Japão Suelen saiu carregada do tatame após lesionar o joelho e teve de se aposentar das competições. Muita gente poderia querer distância da antiga rival, mas Bia viu aí a chance de aprender com quem conhece bem a categoria mais pesada do judô feminino e passou a treinar com ela. Sem mimimi, e num esporte em que disciplina, respeito ao outro e respeito às regras são chaves não só para competir como para lidar com a vida.

É sem mimimi também, mas com muita gratidão a quem veio antes que ela conta num post publicado há um mês em seu Instagram que quer inspirar outras mulheres a também superarem a si mesmas para crescer.

“Fui inspirada por outras mulheres e, da mesma forma que eu fui inspirada, eu quero inspirar. Quero mostrar para todo mundo que eu sou mulher sim. Negra, linda, com cachos maravilhosos (...) E posso conquistar o mundo se eu quiser, estou em busca disso.”

Bia tinha então alguns milhares de seguidores. Duas horas depois da conquista do ouro, já tinha passado de 1,2 milhão. Que seu exemplo e sua mensagem cheguem a cada vez mais gente.

O Brasil tem uma nova estrela. Até ontem praticamente desconhecida do grande público, a judoca Beatriz Souza acaba de entrar para a lista das atletas mais queridas do País por uma medalha de ouro que reflete detalhes inspiradores de sua trajetória: gratidão a quem a apoiou, respeito por quem sabe, compreensão de que só se vence com foco e esforço, bom humor.

Quem por exemplo não se emocionou ao ver a medalhista de ouro falando com os pais pelo celular logo após o ouro e dedicando sua conquista à avó falecida há dois meses? “Deu certo, mãe. Pai, eu consegui. Foi pela avó. É pra avó, mãe. Eu amo vocês mais que tudo.”

Bia chegou a Paris sem nenhum favoritismo, sem ninguém da família e com essa perda recente. Levava consigo, contudo, a segurança de estar bem preparada tecnicamente e a certeza de que, se se mantivesse focada na estratégia traçada com sua técnica e seu clube, o único desafio seria superar a si mesma.

Beatriz Souza comemora após vencer a final com a israelense Raz Hershko na categoria feminina do judô +78 kg Foto: Jack Guez/JACK GUEZ

Quem disse isso foi ela mesma, em entrevista ao SporTV logo após ouvir o hino brasileiro no pódio. Questionada sobre a conquista, afirmou ser resultado do trabalho feito dia após dia nos treinos e destacou que na Olimpíada a luta é contra si própria, para o tempo todo se manter positiva e não perder o foco em meio a um monte de gente falando. “É mágico sair grandiosa em cima de tantas adversárias grandiosas”, resumiu, rindo.

E põe grandiosas nisso - Bia derrotou simplesmente a francesa número 1 do ranking na semifinal, diante de uma plateia lotada de franceses e com o presidente Emmanuel Macron na primeira fila. Na final, bateu a número 2 do mundo.

A relação de Bia com sua técnica, Maria Suelen Altheman, também merece destaque. Foi justamente ela quem tirou Bia da corrida pela vaga olímpica da Olimpíada de Tóquio, há quatro anos. Mas no Japão Suelen saiu carregada do tatame após lesionar o joelho e teve de se aposentar das competições. Muita gente poderia querer distância da antiga rival, mas Bia viu aí a chance de aprender com quem conhece bem a categoria mais pesada do judô feminino e passou a treinar com ela. Sem mimimi, e num esporte em que disciplina, respeito ao outro e respeito às regras são chaves não só para competir como para lidar com a vida.

É sem mimimi também, mas com muita gratidão a quem veio antes que ela conta num post publicado há um mês em seu Instagram que quer inspirar outras mulheres a também superarem a si mesmas para crescer.

“Fui inspirada por outras mulheres e, da mesma forma que eu fui inspirada, eu quero inspirar. Quero mostrar para todo mundo que eu sou mulher sim. Negra, linda, com cachos maravilhosos (...) E posso conquistar o mundo se eu quiser, estou em busca disso.”

Bia tinha então alguns milhares de seguidores. Duas horas depois da conquista do ouro, já tinha passado de 1,2 milhão. Que seu exemplo e sua mensagem cheguem a cada vez mais gente.

Opinião por Luciana Garbin

Editora executiva no ‘Estadão’, professora na FAAP e mãe de gêmeos

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