Coluna quinzenal da jornalista Luciana Garbin que traz foco para as questões femininas na sociedade atual

Opinião|Agradecer pode te fazer mais feliz: veja por quê


Estudos mostram que exercitar visão do copo mais cheio do que vazio pode aumentar sensação de otimismo e bem-estar

Por Luciana Garbin

Nunca fui da turma do gratiluz nem digo gratidão em vez de obrigada. Mas me chama a atenção ver no Instagram que a hashtag gratidão já foi usada em mais de 45 milhões de publicações. E gratidao – sem acento –, em 33 milhões. Um feito e tanto quando se observa que #amizade tem pouco mais de 11 milhões e #beleza, 34 milhões de marcações. Mas o que significa essa palavra que tanto aparece nesta época do ano?

Gratidão tem relação com as palavras latinas gratus – agradecido – e gratia, de graça e graciosidade. No hebraico, relaciona-se a termos ligados a ação de graças e reconhecer o bem. A ideia de valorizar vida, saúde, prosperidade e outras dádivas de Deus também está presente na Bíblia. Mas o que a ciência tem a dizer sobre o assunto?

Pessoas gratas relatam níveis mais altos de emoções positivas, satisfação e vitalidade – e mais baixos de depressão e estresse. Foto: Kristopher Roller/ Unsplash Foto: Kristopher Roller/ Unsplash
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Ao pesquisar sobre gratidão, dois nomes costumam aparecer: Robert Emmons, da Universidade da Califórnia, e Michael McCullough, da Universidade de Miami. Num dos estudos, esses dois psicólogos americanos dividiram os participantes em três grupos. Ao primeiro pediram que as pessoas escrevessem sobre acontecimentos pelos quais eram gratas. No segundo, sobre irritações e fatos desagradáveis. No terceiro, sobre fatos neutros. Após algumas semanas, as que escreveram sobre gratidão se sentiam mais otimistas e de bem com a vida. Também tinham se exercitado mais e tido menos consultas médicas.

No site Gratitude Works, Emmons diz que pessoas gratas relatam níveis mais altos de emoções positivas, satisfação e vitalidade – e mais baixos de depressão e estresse. Elas não negam aspectos negativos da vida, mas potencializam os positivos. Tendem a focar o que têm, em vez de apenas buscar o que não têm. Lembra do copo meio cheio ou meio vazio?

Estudos relacionam gratidão a empatia e a menor propensão à inveja e a julgar o sucesso – próprio e dos outros – em termos de bens materiais. Ela também ajudaria na conexão com algo maior, como a natureza ou um poder superior.

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O surpreendente nisso tudo é que, segundo especialistas, gratidão se intensifica com o uso. Não acredita? Que tal testar as seguintes dicas tiradas de um artigo da Harvard Medical School?

Escreva uma mensagem de agradecimento a alguém falando de sua alegria em tê-lo em sua vida. Está sem tempo? Vale agradecer até mentalmente. Mantenha um diário de gratidão. Conte suas bênçãos. Escolha um horário na semana para refletir sobre o que deu certo e pelo que você é grato. Pense no que sentiu quando algo bom aconteceu. Medite. Reze.

E bom Natal!

Nunca fui da turma do gratiluz nem digo gratidão em vez de obrigada. Mas me chama a atenção ver no Instagram que a hashtag gratidão já foi usada em mais de 45 milhões de publicações. E gratidao – sem acento –, em 33 milhões. Um feito e tanto quando se observa que #amizade tem pouco mais de 11 milhões e #beleza, 34 milhões de marcações. Mas o que significa essa palavra que tanto aparece nesta época do ano?

Gratidão tem relação com as palavras latinas gratus – agradecido – e gratia, de graça e graciosidade. No hebraico, relaciona-se a termos ligados a ação de graças e reconhecer o bem. A ideia de valorizar vida, saúde, prosperidade e outras dádivas de Deus também está presente na Bíblia. Mas o que a ciência tem a dizer sobre o assunto?

Pessoas gratas relatam níveis mais altos de emoções positivas, satisfação e vitalidade – e mais baixos de depressão e estresse. Foto: Kristopher Roller/ Unsplash Foto: Kristopher Roller/ Unsplash

Ao pesquisar sobre gratidão, dois nomes costumam aparecer: Robert Emmons, da Universidade da Califórnia, e Michael McCullough, da Universidade de Miami. Num dos estudos, esses dois psicólogos americanos dividiram os participantes em três grupos. Ao primeiro pediram que as pessoas escrevessem sobre acontecimentos pelos quais eram gratas. No segundo, sobre irritações e fatos desagradáveis. No terceiro, sobre fatos neutros. Após algumas semanas, as que escreveram sobre gratidão se sentiam mais otimistas e de bem com a vida. Também tinham se exercitado mais e tido menos consultas médicas.

No site Gratitude Works, Emmons diz que pessoas gratas relatam níveis mais altos de emoções positivas, satisfação e vitalidade – e mais baixos de depressão e estresse. Elas não negam aspectos negativos da vida, mas potencializam os positivos. Tendem a focar o que têm, em vez de apenas buscar o que não têm. Lembra do copo meio cheio ou meio vazio?

Estudos relacionam gratidão a empatia e a menor propensão à inveja e a julgar o sucesso – próprio e dos outros – em termos de bens materiais. Ela também ajudaria na conexão com algo maior, como a natureza ou um poder superior.

O surpreendente nisso tudo é que, segundo especialistas, gratidão se intensifica com o uso. Não acredita? Que tal testar as seguintes dicas tiradas de um artigo da Harvard Medical School?

Escreva uma mensagem de agradecimento a alguém falando de sua alegria em tê-lo em sua vida. Está sem tempo? Vale agradecer até mentalmente. Mantenha um diário de gratidão. Conte suas bênçãos. Escolha um horário na semana para refletir sobre o que deu certo e pelo que você é grato. Pense no que sentiu quando algo bom aconteceu. Medite. Reze.

E bom Natal!

Nunca fui da turma do gratiluz nem digo gratidão em vez de obrigada. Mas me chama a atenção ver no Instagram que a hashtag gratidão já foi usada em mais de 45 milhões de publicações. E gratidao – sem acento –, em 33 milhões. Um feito e tanto quando se observa que #amizade tem pouco mais de 11 milhões e #beleza, 34 milhões de marcações. Mas o que significa essa palavra que tanto aparece nesta época do ano?

Gratidão tem relação com as palavras latinas gratus – agradecido – e gratia, de graça e graciosidade. No hebraico, relaciona-se a termos ligados a ação de graças e reconhecer o bem. A ideia de valorizar vida, saúde, prosperidade e outras dádivas de Deus também está presente na Bíblia. Mas o que a ciência tem a dizer sobre o assunto?

Pessoas gratas relatam níveis mais altos de emoções positivas, satisfação e vitalidade – e mais baixos de depressão e estresse. Foto: Kristopher Roller/ Unsplash Foto: Kristopher Roller/ Unsplash

Ao pesquisar sobre gratidão, dois nomes costumam aparecer: Robert Emmons, da Universidade da Califórnia, e Michael McCullough, da Universidade de Miami. Num dos estudos, esses dois psicólogos americanos dividiram os participantes em três grupos. Ao primeiro pediram que as pessoas escrevessem sobre acontecimentos pelos quais eram gratas. No segundo, sobre irritações e fatos desagradáveis. No terceiro, sobre fatos neutros. Após algumas semanas, as que escreveram sobre gratidão se sentiam mais otimistas e de bem com a vida. Também tinham se exercitado mais e tido menos consultas médicas.

No site Gratitude Works, Emmons diz que pessoas gratas relatam níveis mais altos de emoções positivas, satisfação e vitalidade – e mais baixos de depressão e estresse. Elas não negam aspectos negativos da vida, mas potencializam os positivos. Tendem a focar o que têm, em vez de apenas buscar o que não têm. Lembra do copo meio cheio ou meio vazio?

Estudos relacionam gratidão a empatia e a menor propensão à inveja e a julgar o sucesso – próprio e dos outros – em termos de bens materiais. Ela também ajudaria na conexão com algo maior, como a natureza ou um poder superior.

O surpreendente nisso tudo é que, segundo especialistas, gratidão se intensifica com o uso. Não acredita? Que tal testar as seguintes dicas tiradas de um artigo da Harvard Medical School?

Escreva uma mensagem de agradecimento a alguém falando de sua alegria em tê-lo em sua vida. Está sem tempo? Vale agradecer até mentalmente. Mantenha um diário de gratidão. Conte suas bênçãos. Escolha um horário na semana para refletir sobre o que deu certo e pelo que você é grato. Pense no que sentiu quando algo bom aconteceu. Medite. Reze.

E bom Natal!

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Opinião por Luciana Garbin

Editora executiva no ‘Estadão’, professora na FAAP e mãe de gêmeos

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