Coluna quinzenal da jornalista Luciana Garbin que traz foco para as questões femininas na sociedade atual

Opinião|Twitter desrespeita fórum antiextremismo que ajudou a criar ao dar abrigo a criminosos


Plataforma que nesta semana se recusou no Brasil a retirar conteúdos relacionadas a ataques em escolas cofundou em 2017 grupo contra terrorismo online

Por Luciana Garbin
Atualização:

Jornais noticiaram esta semana a resistência do Twitter em retirar do ar conteúdos relacionados a ataques contra escolas. Uma representante da empresa chegou a dizer em reunião no Ministério da Justiça que perfil com foto de assassinos de crianças não viola termos de uso da rede nem representa apologia ao crime. É uma postura vergonhosa. E criminosa. Não só porque a plataforma mente –qualquer um que digite a hashtag #tcctwt, por exemplo, encontra facilmente conteúdos violentos e de ódio da True Crime Community – como desrespeita frontalmente as premissas do Global Internet Forum to Counter Terrorism (GIFCT), que o Twitter ajudou a fundar em 2017 com Microsoft, Facebook e YouTube.

Volta às aulas na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo, onde um aluno de 13 anos matou uma professora e feriu outras quatro pessoas.  Foto: Werther Santana/Estadão

O objetivo do fórum, pasmem, é justamente impedir que terroristas e extremistas violentos explorem as plataformas digitais. Além de promover a colaboração técnica entre empresas associadas, fazer pesquisas e compartilhar conhecimentos com plataformas menores.

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Entre os requisitos para ser parte do GIFCT estão manter padrões de conteúdo que proíbam a promoção do terrorismo em seus termos de serviço e agir em caso de denúncias de atividade que os viole. Além de explorar soluções técnicas, apoiar a sociedade civil no combate ao extremismo violento e ter o compromisso público de respeitar os direitos humanos ao implementar políticas de remoção de conteúdo. Critérios que as representantes do Twitter na reunião no Ministério da Justiça provavelmente ignoram.

A postura da plataforma aponta para duas necessidades urgentes. A primeira é a regulação das redes sociais no Brasil, sobretudo em relação a conteúdos que possam estimular ódio e disseminação de terrorismo. A segunda é a entrada do País em fóruns internacionais de combate ao extremismo violento online. Como o próprio GIFCT e o Christchurch Call, criado em 2019 na Nova Zelândia depois que um terrorista matou 51 pessoas e feriu 50 na cidade de Christchurch.

Hoje o grupo reúne 120 governos, além de plataformas, universidades, ONGs. Mais do que monitorar pegadas digitais de propagadores de massacre e derrubar mais rapidamente seus conteúdos, esses fóruns internacionais possibilitam aos países atuar – e pressionar – de maneira conjunta. Trazendo para o caso desta semana, será que as representantes do Twitter continuariam resistindo de forma arrogante a retirar conteúdos perigosos se estivessem numa reunião com 120 países?

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Aos veículos de imprensa que mandam qualquer questionamento, o Twitter responde automaticamente com um emoji de cocô. Não é de estranhar. A premissa de que só se pode dar o que se tem vale não só para pessoas como para empresas.

Jornais noticiaram esta semana a resistência do Twitter em retirar do ar conteúdos relacionados a ataques contra escolas. Uma representante da empresa chegou a dizer em reunião no Ministério da Justiça que perfil com foto de assassinos de crianças não viola termos de uso da rede nem representa apologia ao crime. É uma postura vergonhosa. E criminosa. Não só porque a plataforma mente –qualquer um que digite a hashtag #tcctwt, por exemplo, encontra facilmente conteúdos violentos e de ódio da True Crime Community – como desrespeita frontalmente as premissas do Global Internet Forum to Counter Terrorism (GIFCT), que o Twitter ajudou a fundar em 2017 com Microsoft, Facebook e YouTube.

Volta às aulas na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo, onde um aluno de 13 anos matou uma professora e feriu outras quatro pessoas.  Foto: Werther Santana/Estadão

O objetivo do fórum, pasmem, é justamente impedir que terroristas e extremistas violentos explorem as plataformas digitais. Além de promover a colaboração técnica entre empresas associadas, fazer pesquisas e compartilhar conhecimentos com plataformas menores.

Entre os requisitos para ser parte do GIFCT estão manter padrões de conteúdo que proíbam a promoção do terrorismo em seus termos de serviço e agir em caso de denúncias de atividade que os viole. Além de explorar soluções técnicas, apoiar a sociedade civil no combate ao extremismo violento e ter o compromisso público de respeitar os direitos humanos ao implementar políticas de remoção de conteúdo. Critérios que as representantes do Twitter na reunião no Ministério da Justiça provavelmente ignoram.

A postura da plataforma aponta para duas necessidades urgentes. A primeira é a regulação das redes sociais no Brasil, sobretudo em relação a conteúdos que possam estimular ódio e disseminação de terrorismo. A segunda é a entrada do País em fóruns internacionais de combate ao extremismo violento online. Como o próprio GIFCT e o Christchurch Call, criado em 2019 na Nova Zelândia depois que um terrorista matou 51 pessoas e feriu 50 na cidade de Christchurch.

Hoje o grupo reúne 120 governos, além de plataformas, universidades, ONGs. Mais do que monitorar pegadas digitais de propagadores de massacre e derrubar mais rapidamente seus conteúdos, esses fóruns internacionais possibilitam aos países atuar – e pressionar – de maneira conjunta. Trazendo para o caso desta semana, será que as representantes do Twitter continuariam resistindo de forma arrogante a retirar conteúdos perigosos se estivessem numa reunião com 120 países?

Aos veículos de imprensa que mandam qualquer questionamento, o Twitter responde automaticamente com um emoji de cocô. Não é de estranhar. A premissa de que só se pode dar o que se tem vale não só para pessoas como para empresas.

Jornais noticiaram esta semana a resistência do Twitter em retirar do ar conteúdos relacionados a ataques contra escolas. Uma representante da empresa chegou a dizer em reunião no Ministério da Justiça que perfil com foto de assassinos de crianças não viola termos de uso da rede nem representa apologia ao crime. É uma postura vergonhosa. E criminosa. Não só porque a plataforma mente –qualquer um que digite a hashtag #tcctwt, por exemplo, encontra facilmente conteúdos violentos e de ódio da True Crime Community – como desrespeita frontalmente as premissas do Global Internet Forum to Counter Terrorism (GIFCT), que o Twitter ajudou a fundar em 2017 com Microsoft, Facebook e YouTube.

Volta às aulas na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo, onde um aluno de 13 anos matou uma professora e feriu outras quatro pessoas.  Foto: Werther Santana/Estadão

O objetivo do fórum, pasmem, é justamente impedir que terroristas e extremistas violentos explorem as plataformas digitais. Além de promover a colaboração técnica entre empresas associadas, fazer pesquisas e compartilhar conhecimentos com plataformas menores.

Entre os requisitos para ser parte do GIFCT estão manter padrões de conteúdo que proíbam a promoção do terrorismo em seus termos de serviço e agir em caso de denúncias de atividade que os viole. Além de explorar soluções técnicas, apoiar a sociedade civil no combate ao extremismo violento e ter o compromisso público de respeitar os direitos humanos ao implementar políticas de remoção de conteúdo. Critérios que as representantes do Twitter na reunião no Ministério da Justiça provavelmente ignoram.

A postura da plataforma aponta para duas necessidades urgentes. A primeira é a regulação das redes sociais no Brasil, sobretudo em relação a conteúdos que possam estimular ódio e disseminação de terrorismo. A segunda é a entrada do País em fóruns internacionais de combate ao extremismo violento online. Como o próprio GIFCT e o Christchurch Call, criado em 2019 na Nova Zelândia depois que um terrorista matou 51 pessoas e feriu 50 na cidade de Christchurch.

Hoje o grupo reúne 120 governos, além de plataformas, universidades, ONGs. Mais do que monitorar pegadas digitais de propagadores de massacre e derrubar mais rapidamente seus conteúdos, esses fóruns internacionais possibilitam aos países atuar – e pressionar – de maneira conjunta. Trazendo para o caso desta semana, será que as representantes do Twitter continuariam resistindo de forma arrogante a retirar conteúdos perigosos se estivessem numa reunião com 120 países?

Aos veículos de imprensa que mandam qualquer questionamento, o Twitter responde automaticamente com um emoji de cocô. Não é de estranhar. A premissa de que só se pode dar o que se tem vale não só para pessoas como para empresas.

Jornais noticiaram esta semana a resistência do Twitter em retirar do ar conteúdos relacionados a ataques contra escolas. Uma representante da empresa chegou a dizer em reunião no Ministério da Justiça que perfil com foto de assassinos de crianças não viola termos de uso da rede nem representa apologia ao crime. É uma postura vergonhosa. E criminosa. Não só porque a plataforma mente –qualquer um que digite a hashtag #tcctwt, por exemplo, encontra facilmente conteúdos violentos e de ódio da True Crime Community – como desrespeita frontalmente as premissas do Global Internet Forum to Counter Terrorism (GIFCT), que o Twitter ajudou a fundar em 2017 com Microsoft, Facebook e YouTube.

Volta às aulas na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo, onde um aluno de 13 anos matou uma professora e feriu outras quatro pessoas.  Foto: Werther Santana/Estadão

O objetivo do fórum, pasmem, é justamente impedir que terroristas e extremistas violentos explorem as plataformas digitais. Além de promover a colaboração técnica entre empresas associadas, fazer pesquisas e compartilhar conhecimentos com plataformas menores.

Entre os requisitos para ser parte do GIFCT estão manter padrões de conteúdo que proíbam a promoção do terrorismo em seus termos de serviço e agir em caso de denúncias de atividade que os viole. Além de explorar soluções técnicas, apoiar a sociedade civil no combate ao extremismo violento e ter o compromisso público de respeitar os direitos humanos ao implementar políticas de remoção de conteúdo. Critérios que as representantes do Twitter na reunião no Ministério da Justiça provavelmente ignoram.

A postura da plataforma aponta para duas necessidades urgentes. A primeira é a regulação das redes sociais no Brasil, sobretudo em relação a conteúdos que possam estimular ódio e disseminação de terrorismo. A segunda é a entrada do País em fóruns internacionais de combate ao extremismo violento online. Como o próprio GIFCT e o Christchurch Call, criado em 2019 na Nova Zelândia depois que um terrorista matou 51 pessoas e feriu 50 na cidade de Christchurch.

Hoje o grupo reúne 120 governos, além de plataformas, universidades, ONGs. Mais do que monitorar pegadas digitais de propagadores de massacre e derrubar mais rapidamente seus conteúdos, esses fóruns internacionais possibilitam aos países atuar – e pressionar – de maneira conjunta. Trazendo para o caso desta semana, será que as representantes do Twitter continuariam resistindo de forma arrogante a retirar conteúdos perigosos se estivessem numa reunião com 120 países?

Aos veículos de imprensa que mandam qualquer questionamento, o Twitter responde automaticamente com um emoji de cocô. Não é de estranhar. A premissa de que só se pode dar o que se tem vale não só para pessoas como para empresas.

Jornais noticiaram esta semana a resistência do Twitter em retirar do ar conteúdos relacionados a ataques contra escolas. Uma representante da empresa chegou a dizer em reunião no Ministério da Justiça que perfil com foto de assassinos de crianças não viola termos de uso da rede nem representa apologia ao crime. É uma postura vergonhosa. E criminosa. Não só porque a plataforma mente –qualquer um que digite a hashtag #tcctwt, por exemplo, encontra facilmente conteúdos violentos e de ódio da True Crime Community – como desrespeita frontalmente as premissas do Global Internet Forum to Counter Terrorism (GIFCT), que o Twitter ajudou a fundar em 2017 com Microsoft, Facebook e YouTube.

Volta às aulas na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo, onde um aluno de 13 anos matou uma professora e feriu outras quatro pessoas.  Foto: Werther Santana/Estadão

O objetivo do fórum, pasmem, é justamente impedir que terroristas e extremistas violentos explorem as plataformas digitais. Além de promover a colaboração técnica entre empresas associadas, fazer pesquisas e compartilhar conhecimentos com plataformas menores.

Entre os requisitos para ser parte do GIFCT estão manter padrões de conteúdo que proíbam a promoção do terrorismo em seus termos de serviço e agir em caso de denúncias de atividade que os viole. Além de explorar soluções técnicas, apoiar a sociedade civil no combate ao extremismo violento e ter o compromisso público de respeitar os direitos humanos ao implementar políticas de remoção de conteúdo. Critérios que as representantes do Twitter na reunião no Ministério da Justiça provavelmente ignoram.

A postura da plataforma aponta para duas necessidades urgentes. A primeira é a regulação das redes sociais no Brasil, sobretudo em relação a conteúdos que possam estimular ódio e disseminação de terrorismo. A segunda é a entrada do País em fóruns internacionais de combate ao extremismo violento online. Como o próprio GIFCT e o Christchurch Call, criado em 2019 na Nova Zelândia depois que um terrorista matou 51 pessoas e feriu 50 na cidade de Christchurch.

Hoje o grupo reúne 120 governos, além de plataformas, universidades, ONGs. Mais do que monitorar pegadas digitais de propagadores de massacre e derrubar mais rapidamente seus conteúdos, esses fóruns internacionais possibilitam aos países atuar – e pressionar – de maneira conjunta. Trazendo para o caso desta semana, será que as representantes do Twitter continuariam resistindo de forma arrogante a retirar conteúdos perigosos se estivessem numa reunião com 120 países?

Aos veículos de imprensa que mandam qualquer questionamento, o Twitter responde automaticamente com um emoji de cocô. Não é de estranhar. A premissa de que só se pode dar o que se tem vale não só para pessoas como para empresas.

Opinião por Luciana Garbin

Editora executiva no ‘Estadão’, professora na FAAP e mãe de gêmeos

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