Uma geléia geral a partir do cinema

Abu-Assad e a montanha 'entre' nós


Por Luiz Carlos Merten

É tão improvável que só poderia ser verdadeiro. Depois Daquela Montanha começa com um acidente aéreo. Qual é a chance de ocorrer aquilo com o piloto? No cinema, não é tão remota assim, lembrem-se de Aeroporto, o primeiro da série. O filme de Hany Abu-Assad começa com o acidente,prossegue como uma fábula de sobrevivência. Um homem, uma mulher, um cachorro. Ben, Alex e Dog. Neve sem fim. O casal é de estranhos. Precisam vencer as diferenças e se unir. Abu-Assad é palestino. Vive numa das regiões mais conflagradas da Terra. Talvez esteja querendo dizer alguma coisa sobre o mundo em que vive. Ocorrem todos os incidentes que você pode imaginar. O gelo cede, tem uma armadilha - literalmente - no meio do caminho. Voltam à civilização, separam-se. Ela é fotógrafa - como Clint Eastwood em As Pontes de Madison. São as fotos que os reaproximam. O movimento final, na cidade, tem tudo a ver com As Pontes de Madison, e as pontes que as pessoas precisam lançar para o entendimento. Confesso que fui ver o filme de Hany Abu-Assad pré-disposto a gostar porque admiro muito o diretor de Paradise Now e O Ídolo. A questão é que posso estar sozinho contra o mundo, mas gostei demais, demais. Um negro, uma branca. Idris Elba, que bem poderia vencer o preconceito da indústria (do público?) e ser o próximo James Bond. Kate Winslet, que talvez já seja a melhor atriz do ano, senão por esse filme, pelo Woody Allen - A Roda Gigante (mas não sei nem se ela será indicada). Pelo menos um terço do filme não tem música. E aí, na solidão da montanha gelada, Alex pede a Ben que diga alguma coisa, que se abra, que a surpreenda e ele põe música no celular cuja bateria está acabando. A música vem, e fica. O cachorro, Dog - homenagem ao gato, Cat, de Bonequinha de Luxo, de Blake Edwards -, integra-se. E ah, sim, aquela montanha... O título. O original é A Mountain Between Us. Uma montanha entre nós. É ela, a montanha interior, que nos afasta do outro, que é preciso transpor. Lindo, lindo.

É tão improvável que só poderia ser verdadeiro. Depois Daquela Montanha começa com um acidente aéreo. Qual é a chance de ocorrer aquilo com o piloto? No cinema, não é tão remota assim, lembrem-se de Aeroporto, o primeiro da série. O filme de Hany Abu-Assad começa com o acidente,prossegue como uma fábula de sobrevivência. Um homem, uma mulher, um cachorro. Ben, Alex e Dog. Neve sem fim. O casal é de estranhos. Precisam vencer as diferenças e se unir. Abu-Assad é palestino. Vive numa das regiões mais conflagradas da Terra. Talvez esteja querendo dizer alguma coisa sobre o mundo em que vive. Ocorrem todos os incidentes que você pode imaginar. O gelo cede, tem uma armadilha - literalmente - no meio do caminho. Voltam à civilização, separam-se. Ela é fotógrafa - como Clint Eastwood em As Pontes de Madison. São as fotos que os reaproximam. O movimento final, na cidade, tem tudo a ver com As Pontes de Madison, e as pontes que as pessoas precisam lançar para o entendimento. Confesso que fui ver o filme de Hany Abu-Assad pré-disposto a gostar porque admiro muito o diretor de Paradise Now e O Ídolo. A questão é que posso estar sozinho contra o mundo, mas gostei demais, demais. Um negro, uma branca. Idris Elba, que bem poderia vencer o preconceito da indústria (do público?) e ser o próximo James Bond. Kate Winslet, que talvez já seja a melhor atriz do ano, senão por esse filme, pelo Woody Allen - A Roda Gigante (mas não sei nem se ela será indicada). Pelo menos um terço do filme não tem música. E aí, na solidão da montanha gelada, Alex pede a Ben que diga alguma coisa, que se abra, que a surpreenda e ele põe música no celular cuja bateria está acabando. A música vem, e fica. O cachorro, Dog - homenagem ao gato, Cat, de Bonequinha de Luxo, de Blake Edwards -, integra-se. E ah, sim, aquela montanha... O título. O original é A Mountain Between Us. Uma montanha entre nós. É ela, a montanha interior, que nos afasta do outro, que é preciso transpor. Lindo, lindo.

É tão improvável que só poderia ser verdadeiro. Depois Daquela Montanha começa com um acidente aéreo. Qual é a chance de ocorrer aquilo com o piloto? No cinema, não é tão remota assim, lembrem-se de Aeroporto, o primeiro da série. O filme de Hany Abu-Assad começa com o acidente,prossegue como uma fábula de sobrevivência. Um homem, uma mulher, um cachorro. Ben, Alex e Dog. Neve sem fim. O casal é de estranhos. Precisam vencer as diferenças e se unir. Abu-Assad é palestino. Vive numa das regiões mais conflagradas da Terra. Talvez esteja querendo dizer alguma coisa sobre o mundo em que vive. Ocorrem todos os incidentes que você pode imaginar. O gelo cede, tem uma armadilha - literalmente - no meio do caminho. Voltam à civilização, separam-se. Ela é fotógrafa - como Clint Eastwood em As Pontes de Madison. São as fotos que os reaproximam. O movimento final, na cidade, tem tudo a ver com As Pontes de Madison, e as pontes que as pessoas precisam lançar para o entendimento. Confesso que fui ver o filme de Hany Abu-Assad pré-disposto a gostar porque admiro muito o diretor de Paradise Now e O Ídolo. A questão é que posso estar sozinho contra o mundo, mas gostei demais, demais. Um negro, uma branca. Idris Elba, que bem poderia vencer o preconceito da indústria (do público?) e ser o próximo James Bond. Kate Winslet, que talvez já seja a melhor atriz do ano, senão por esse filme, pelo Woody Allen - A Roda Gigante (mas não sei nem se ela será indicada). Pelo menos um terço do filme não tem música. E aí, na solidão da montanha gelada, Alex pede a Ben que diga alguma coisa, que se abra, que a surpreenda e ele põe música no celular cuja bateria está acabando. A música vem, e fica. O cachorro, Dog - homenagem ao gato, Cat, de Bonequinha de Luxo, de Blake Edwards -, integra-se. E ah, sim, aquela montanha... O título. O original é A Mountain Between Us. Uma montanha entre nós. É ela, a montanha interior, que nos afasta do outro, que é preciso transpor. Lindo, lindo.

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