CANNES - Falei num post anterior sobre Cahiers du Cinema e, honestamente, embora colecione há mais de 20 anos a revista, não tenho muito apreço por ela. Às vezes só folheio, e basta. Mas sei que Cahiers continua sendo uma Bíblia do cinema de autor e, para muita gente, é mais que um farol. Chegam a copiar! Folheando a edição deste mês da revista, vi que Cahiers cobre de elogios Los Hongos, que, no ano passado, no Festival do Rio ou na mostra de filmes colombianos do Cine Olido - teria de conferir para confirmar em qual foro -, me convenceu de que o melhor cinema latino de hoje se faz na Colômbia. Há uma cultura da rua que o diretor Oscar Ruiz Navia põe na tela com rigor e criatividade. Sorry, mas a tal Cahiers está só me repetindo, como me repete, no mesmo número, ao dizer que Casa Grande, de Fellipe Barbosa, é um grande filme. Enquanto isso, naquele jornal de m..., um cretino disse que era sociologia barata. Já são mais de 2 da manhã aqui e eu tenho de dormir. Daqui a pouco, tenho de estar em forma para ver um dos meus filmes mais aguardados de Cannes neste ano. Youth, ou Gioninezza, de Paolo Sorrentino, com Jane Fona.