Uma geléia geral a partir do cinema

Claire quem?


Por Luiz Carlos Merten

RIO - Claire Simon está sendo homenageada no Festival do Rio. Claire quem? Havia visto um filme dela em Cannes, há alguns anos. Les Bureaux de Dieux, sobre um instituto especializado em contracepção e planejamento familiar. Várias histórias cruzadas de mulheres, num estilo meio Robert Altman, com uma câmera solta entre inúmeras personagens. Ontem conversei com Claire e ela percebeu que não conhecia muito sua obra. Me deu um monte de DVDs com outros filmes, incluindo Recréations, sobre o universo infantil, que é seu maior sucesso de público. Ela alterna documentário e ficção, está mostrando seu último longa (além da retrospectiva), Gare du Nord. É uma ficção sobre a estação de trens que, para Claire, sintetiza a França. Um lugar de passagem em Paris, onde brancos e mestiços (negros, árabes) convivem no mesmo espaço. Como preparativo para o longa de ficção, fez uma Gare du Nord documentária, que chamou de Geografia Humana. Seus longas de ficção, misturando atoresa e não profissionais, são completamente escritos. Nenhuma improvisação. O casting e a preparação de elenco são muito importantes justamente para que todos cheguem a dizer o texto, que não é uma invenção da autora, mas o que colhe em suas pesquisas, só que esse material 'bruto' tem de ser sistematizado e elaborado na interpretação. É muito interessante, e o olhar arguto de Claire me fascinou. Ficamos falando de pílula e da revolução comportamental que ela desencadeou, liberando as mulheres para o exercício sexual (e todo o resto), mesmo que uma legião de mulheres ainda continue oprimida. Perguntei-lhe de François Hollande e ela me disse que tem sido umas decepção, mesmo para quem já não esperava muito (e é o seu caso). Sugeri que com Ségolene Royale, a ex de Hollande, seria talvez melhor e ela cretruicou que não, seria pior. Brinquei com ela que era machista. "Mais non, Ségolene c'est folle.' Não sei se Maria do Rosário Caetano conhece Claire Simon, não digo pessoalmente, se conhece seu trabalho. Devem ser da mesma geração. Claire nasceu em Londres, em 1955, mas é uma autora francesa - múltipla. Escreve, dirige, fotografa, monta. Seria um encontro bem interessante. Iam sair chispas, e eu gostaria de estar quietinho, só ouvindo, para fazer a matéria.

RIO - Claire Simon está sendo homenageada no Festival do Rio. Claire quem? Havia visto um filme dela em Cannes, há alguns anos. Les Bureaux de Dieux, sobre um instituto especializado em contracepção e planejamento familiar. Várias histórias cruzadas de mulheres, num estilo meio Robert Altman, com uma câmera solta entre inúmeras personagens. Ontem conversei com Claire e ela percebeu que não conhecia muito sua obra. Me deu um monte de DVDs com outros filmes, incluindo Recréations, sobre o universo infantil, que é seu maior sucesso de público. Ela alterna documentário e ficção, está mostrando seu último longa (além da retrospectiva), Gare du Nord. É uma ficção sobre a estação de trens que, para Claire, sintetiza a França. Um lugar de passagem em Paris, onde brancos e mestiços (negros, árabes) convivem no mesmo espaço. Como preparativo para o longa de ficção, fez uma Gare du Nord documentária, que chamou de Geografia Humana. Seus longas de ficção, misturando atoresa e não profissionais, são completamente escritos. Nenhuma improvisação. O casting e a preparação de elenco são muito importantes justamente para que todos cheguem a dizer o texto, que não é uma invenção da autora, mas o que colhe em suas pesquisas, só que esse material 'bruto' tem de ser sistematizado e elaborado na interpretação. É muito interessante, e o olhar arguto de Claire me fascinou. Ficamos falando de pílula e da revolução comportamental que ela desencadeou, liberando as mulheres para o exercício sexual (e todo o resto), mesmo que uma legião de mulheres ainda continue oprimida. Perguntei-lhe de François Hollande e ela me disse que tem sido umas decepção, mesmo para quem já não esperava muito (e é o seu caso). Sugeri que com Ségolene Royale, a ex de Hollande, seria talvez melhor e ela cretruicou que não, seria pior. Brinquei com ela que era machista. "Mais non, Ségolene c'est folle.' Não sei se Maria do Rosário Caetano conhece Claire Simon, não digo pessoalmente, se conhece seu trabalho. Devem ser da mesma geração. Claire nasceu em Londres, em 1955, mas é uma autora francesa - múltipla. Escreve, dirige, fotografa, monta. Seria um encontro bem interessante. Iam sair chispas, e eu gostaria de estar quietinho, só ouvindo, para fazer a matéria.

RIO - Claire Simon está sendo homenageada no Festival do Rio. Claire quem? Havia visto um filme dela em Cannes, há alguns anos. Les Bureaux de Dieux, sobre um instituto especializado em contracepção e planejamento familiar. Várias histórias cruzadas de mulheres, num estilo meio Robert Altman, com uma câmera solta entre inúmeras personagens. Ontem conversei com Claire e ela percebeu que não conhecia muito sua obra. Me deu um monte de DVDs com outros filmes, incluindo Recréations, sobre o universo infantil, que é seu maior sucesso de público. Ela alterna documentário e ficção, está mostrando seu último longa (além da retrospectiva), Gare du Nord. É uma ficção sobre a estação de trens que, para Claire, sintetiza a França. Um lugar de passagem em Paris, onde brancos e mestiços (negros, árabes) convivem no mesmo espaço. Como preparativo para o longa de ficção, fez uma Gare du Nord documentária, que chamou de Geografia Humana. Seus longas de ficção, misturando atoresa e não profissionais, são completamente escritos. Nenhuma improvisação. O casting e a preparação de elenco são muito importantes justamente para que todos cheguem a dizer o texto, que não é uma invenção da autora, mas o que colhe em suas pesquisas, só que esse material 'bruto' tem de ser sistematizado e elaborado na interpretação. É muito interessante, e o olhar arguto de Claire me fascinou. Ficamos falando de pílula e da revolução comportamental que ela desencadeou, liberando as mulheres para o exercício sexual (e todo o resto), mesmo que uma legião de mulheres ainda continue oprimida. Perguntei-lhe de François Hollande e ela me disse que tem sido umas decepção, mesmo para quem já não esperava muito (e é o seu caso). Sugeri que com Ségolene Royale, a ex de Hollande, seria talvez melhor e ela cretruicou que não, seria pior. Brinquei com ela que era machista. "Mais non, Ségolene c'est folle.' Não sei se Maria do Rosário Caetano conhece Claire Simon, não digo pessoalmente, se conhece seu trabalho. Devem ser da mesma geração. Claire nasceu em Londres, em 1955, mas é uma autora francesa - múltipla. Escreve, dirige, fotografa, monta. Seria um encontro bem interessante. Iam sair chispas, e eu gostaria de estar quietinho, só ouvindo, para fazer a matéria.

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