Cinema, cultura & afins

Opinião|Aruanda 2024: 'Baby', linda e áspera história de amor


Por Luiz Zanin Oricchio

 

Diário crítico (1)

JOÃO PESSOA - O Fest Aruanda, em sua 19ª edição, teve ontem uma noite de gala com a exibição de Baby, de Marcelo Caetano. O filme está na mostra competitiva e tem feito sucesso por onde passa. Com bons motivos para isso. 

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O primeiro motivo é, digamos, estético, mesmo. A elegância com que a câmera passeia pelo centro de São Paulo, é uma espécie de declaração de amor a essa cidade áspera porém dotada de encantos justamente onde não se espera encontrá-los. Em geral, entre as gentes simples, os desvalidos. 

Isso se estende aos dois protagonistas, Baby (João Pedro Mariano) e Ronaldo (Ricardo Teodoro). O primeiro é um jovem recém-saído da prisão. O segundo, uma espécie de gigolô e traficante, que opera no centro da cidade. Os dois se conhecem num decadente cinema pornô do centro, uma daquelas salas de pegação. Acabam iniciando um relacionamento e Ronaldo, agenciando o jovem Baby. 

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Notável é a maneira como o filme, tão bonito, tão bem dirigido, evita os clichês inerentes a esse tipo de situação. Não que baixezas não estejam lá. São mostradas, às vezes com profusão de detalhes. Mas como são personagens humanos, não lhes falta o outro lado - o das fraquezas, da carência de amor, do carinho que também pode conviver com a violência e o sexo de aluguel. Quem tem preconceitos em relação a esses tipos de pessoas, cuidado: ao ver o filme podem ser levados a repensar suas posições. 

No fundo, no fundo mesmo, Baby, como tem dito seu diretor Marcelo Caetano, não passa de uma história de amor. Muito bonita e comovente, aliás. O desfecho, ao som orquestral de Valse, de Paulo Jobim, é de arrepiar. 

Nota: Minha cobertura do Fest Aruanda será diferente este ano. Como colidiu com o Festival de Brasília, cheguei atrasado e perdi dois dias. Estou tendo de correr em busca dos filmes perdidos. Mas, em compensação, como na programação deste ano há muita repetição de filmes, já vistos em outros eventos, essa corrida não será do tipo maratona. Vou atualizando tudo à medida que o festival for se encaminhando para o fim. 

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No aguardo, coloco abaixo a listagem completa dos filmes do Aruanda:

MOSTRA COMPETITIVA SOB O CÉU NORDESTINO DE CURTAS PARAIBANOS (10 Curtas) 1- "Suspiro", de Nill Marcondes (Ficção). João Pessoa/PB (2024) 2- "Rita Não Anda Só", de Ary Régis Lima (Ficção). Guarabira/PB (2024) 3- "O Sonho de Anu", de Vanessa Kypá (Ficção). Itaporanga/PB (2024) 4- "Marilak", de Carlos Mosca (Ficção). Campina Grande/PB (2024) 5- "Breu", de Joilson Custódio  (Ficção). Bananeiras/PB (2024) 6- "A Menina da Serra", de Cleyson Gomes (Animação). Paulista/PB (2024) 7- "Nua", de Fabi Melo (Ficção). Campina Grande/PB (2024) 8- "Concha", de Pattícia de Aquino (Ficção). Campina Grande/PB (2024) 9- "Salvatério", de Dani L. (Ficção). João Pessoa/PB (2022) 10- "Areia, Memória e Cinema", de Letícia Damasceno (Documentário). Areia/PB (2023). MOSTRA COMPETITIVA  DE CURTAS NACIONAL  (12 curtas) 1- "Movimentos Migratórios", de Rogério Cathalá (Ficção). Salvador/BA (2024). 2- "A Última Valsa", de Fábio Rogério e Jean-Claude Bernardet (Documentário). São Carlos/SP e São Paulo/SP (2024). 3- "Pássaro Memória", de Leonardo Martinelli (Ficção). Rio de Janeiro/RJ (2023). 4- "Umbilina e Sua Grande Rival", de Marlom Meirelles (Ficção). Cabaceiras/PB (2024). 5- "Helena de Guaratiba", de Karen Black (Ficção). Rio de Janeiro/RJ (2023). 6- "Almadia", de Mariana Medina (Animação). Fortaleza/CE (2024). 7- "Jupiter", de Carlos Segundo (Ficção). Bordeaux/França e Belo Horizonte/MG/Brasil (2024). 8- "Eu Fui Assistente de Eduardo Coutinho", de Allan Ribeiro (Documentário). Rio de Janeiro/RJ (2023). 9- "Serão", de Caio Bernardo (Documentário). Coxixola/PB (2024). 10- "A Voz de Guadakan", de Joel Pizzini (Documentário). Campo Grande/MS (2024). 11- "Navio", de Alice Carvalho , Larinha R. Dantas e Vitória Real (Ficção). Natal/RN (2023) e 12- "Ladeira Abaixo", de Ismael Moura (Ficção). Cuité/PB (2024). Duração: 15:51. MOSTRA COMPETITIVA DE LONGAS NACIONAL (6 Longas) 1- "Os Afro-Sambas, o Brasil de Baden e Vinicius", de Emílio Domingos (Documentário). Rio de Janeiro/RJ (2024). 2- "Kasa Branca", de Luciano Vidigal (Ficção). Rio de Janeiro/RJ (2024). 3- "Baby", de Marcelo Caetano (Ficção). São Paulo/SP (2024). 4- "Lispectorante", de Renata Pinheiro (Ficção). Recife/PE (2024). 5- "Manas", de Marianna Brennand (Ficção). Recife/PE (2024). 6- "A Queda do Céu", de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha (Documentário). Boa Vista/RR e São Paulo/SP (2024). MOSTRA COMPETITIVA SOB O CÉU NORDESTINO DE LONGAS DO NORDESTE (4 Longas) 1- "Lampião, Governador do Sertão", de Wolney Oliveira (Documentário). Fortaleza/CE (2024). 2- "Ainda Não é Amanhã", de Milena Times (Ficção). Recife/PE (2024). 3- "Quem é Essa Mulher?", de Mariana Jaspe (Documentário). Salvador/BA (2024). 4- "Centro Ilusão", de Pedro Diógenes (Ficção). Fortaleza/CE (2024). Enviado do meu iPhone

 

Diário crítico (1)

JOÃO PESSOA - O Fest Aruanda, em sua 19ª edição, teve ontem uma noite de gala com a exibição de Baby, de Marcelo Caetano. O filme está na mostra competitiva e tem feito sucesso por onde passa. Com bons motivos para isso. 

 

O primeiro motivo é, digamos, estético, mesmo. A elegância com que a câmera passeia pelo centro de São Paulo, é uma espécie de declaração de amor a essa cidade áspera porém dotada de encantos justamente onde não se espera encontrá-los. Em geral, entre as gentes simples, os desvalidos. 

Isso se estende aos dois protagonistas, Baby (João Pedro Mariano) e Ronaldo (Ricardo Teodoro). O primeiro é um jovem recém-saído da prisão. O segundo, uma espécie de gigolô e traficante, que opera no centro da cidade. Os dois se conhecem num decadente cinema pornô do centro, uma daquelas salas de pegação. Acabam iniciando um relacionamento e Ronaldo, agenciando o jovem Baby. 

Notável é a maneira como o filme, tão bonito, tão bem dirigido, evita os clichês inerentes a esse tipo de situação. Não que baixezas não estejam lá. São mostradas, às vezes com profusão de detalhes. Mas como são personagens humanos, não lhes falta o outro lado - o das fraquezas, da carência de amor, do carinho que também pode conviver com a violência e o sexo de aluguel. Quem tem preconceitos em relação a esses tipos de pessoas, cuidado: ao ver o filme podem ser levados a repensar suas posições. 

No fundo, no fundo mesmo, Baby, como tem dito seu diretor Marcelo Caetano, não passa de uma história de amor. Muito bonita e comovente, aliás. O desfecho, ao som orquestral de Valse, de Paulo Jobim, é de arrepiar. 

Nota: Minha cobertura do Fest Aruanda será diferente este ano. Como colidiu com o Festival de Brasília, cheguei atrasado e perdi dois dias. Estou tendo de correr em busca dos filmes perdidos. Mas, em compensação, como na programação deste ano há muita repetição de filmes, já vistos em outros eventos, essa corrida não será do tipo maratona. Vou atualizando tudo à medida que o festival for se encaminhando para o fim. 

No aguardo, coloco abaixo a listagem completa dos filmes do Aruanda:

MOSTRA COMPETITIVA SOB O CÉU NORDESTINO DE CURTAS PARAIBANOS (10 Curtas) 1- "Suspiro", de Nill Marcondes (Ficção). João Pessoa/PB (2024) 2- "Rita Não Anda Só", de Ary Régis Lima (Ficção). Guarabira/PB (2024) 3- "O Sonho de Anu", de Vanessa Kypá (Ficção). Itaporanga/PB (2024) 4- "Marilak", de Carlos Mosca (Ficção). Campina Grande/PB (2024) 5- "Breu", de Joilson Custódio  (Ficção). Bananeiras/PB (2024) 6- "A Menina da Serra", de Cleyson Gomes (Animação). Paulista/PB (2024) 7- "Nua", de Fabi Melo (Ficção). Campina Grande/PB (2024) 8- "Concha", de Pattícia de Aquino (Ficção). Campina Grande/PB (2024) 9- "Salvatério", de Dani L. (Ficção). João Pessoa/PB (2022) 10- "Areia, Memória e Cinema", de Letícia Damasceno (Documentário). Areia/PB (2023). MOSTRA COMPETITIVA  DE CURTAS NACIONAL  (12 curtas) 1- "Movimentos Migratórios", de Rogério Cathalá (Ficção). Salvador/BA (2024). 2- "A Última Valsa", de Fábio Rogério e Jean-Claude Bernardet (Documentário). São Carlos/SP e São Paulo/SP (2024). 3- "Pássaro Memória", de Leonardo Martinelli (Ficção). Rio de Janeiro/RJ (2023). 4- "Umbilina e Sua Grande Rival", de Marlom Meirelles (Ficção). Cabaceiras/PB (2024). 5- "Helena de Guaratiba", de Karen Black (Ficção). Rio de Janeiro/RJ (2023). 6- "Almadia", de Mariana Medina (Animação). Fortaleza/CE (2024). 7- "Jupiter", de Carlos Segundo (Ficção). Bordeaux/França e Belo Horizonte/MG/Brasil (2024). 8- "Eu Fui Assistente de Eduardo Coutinho", de Allan Ribeiro (Documentário). Rio de Janeiro/RJ (2023). 9- "Serão", de Caio Bernardo (Documentário). Coxixola/PB (2024). 10- "A Voz de Guadakan", de Joel Pizzini (Documentário). Campo Grande/MS (2024). 11- "Navio", de Alice Carvalho , Larinha R. Dantas e Vitória Real (Ficção). Natal/RN (2023) e 12- "Ladeira Abaixo", de Ismael Moura (Ficção). Cuité/PB (2024). Duração: 15:51. MOSTRA COMPETITIVA DE LONGAS NACIONAL (6 Longas) 1- "Os Afro-Sambas, o Brasil de Baden e Vinicius", de Emílio Domingos (Documentário). Rio de Janeiro/RJ (2024). 2- "Kasa Branca", de Luciano Vidigal (Ficção). Rio de Janeiro/RJ (2024). 3- "Baby", de Marcelo Caetano (Ficção). São Paulo/SP (2024). 4- "Lispectorante", de Renata Pinheiro (Ficção). Recife/PE (2024). 5- "Manas", de Marianna Brennand (Ficção). Recife/PE (2024). 6- "A Queda do Céu", de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha (Documentário). Boa Vista/RR e São Paulo/SP (2024). MOSTRA COMPETITIVA SOB O CÉU NORDESTINO DE LONGAS DO NORDESTE (4 Longas) 1- "Lampião, Governador do Sertão", de Wolney Oliveira (Documentário). Fortaleza/CE (2024). 2- "Ainda Não é Amanhã", de Milena Times (Ficção). Recife/PE (2024). 3- "Quem é Essa Mulher?", de Mariana Jaspe (Documentário). Salvador/BA (2024). 4- "Centro Ilusão", de Pedro Diógenes (Ficção). Fortaleza/CE (2024). Enviado do meu iPhone

 

Diário crítico (1)

JOÃO PESSOA - O Fest Aruanda, em sua 19ª edição, teve ontem uma noite de gala com a exibição de Baby, de Marcelo Caetano. O filme está na mostra competitiva e tem feito sucesso por onde passa. Com bons motivos para isso. 

 

O primeiro motivo é, digamos, estético, mesmo. A elegância com que a câmera passeia pelo centro de São Paulo, é uma espécie de declaração de amor a essa cidade áspera porém dotada de encantos justamente onde não se espera encontrá-los. Em geral, entre as gentes simples, os desvalidos. 

Isso se estende aos dois protagonistas, Baby (João Pedro Mariano) e Ronaldo (Ricardo Teodoro). O primeiro é um jovem recém-saído da prisão. O segundo, uma espécie de gigolô e traficante, que opera no centro da cidade. Os dois se conhecem num decadente cinema pornô do centro, uma daquelas salas de pegação. Acabam iniciando um relacionamento e Ronaldo, agenciando o jovem Baby. 

Notável é a maneira como o filme, tão bonito, tão bem dirigido, evita os clichês inerentes a esse tipo de situação. Não que baixezas não estejam lá. São mostradas, às vezes com profusão de detalhes. Mas como são personagens humanos, não lhes falta o outro lado - o das fraquezas, da carência de amor, do carinho que também pode conviver com a violência e o sexo de aluguel. Quem tem preconceitos em relação a esses tipos de pessoas, cuidado: ao ver o filme podem ser levados a repensar suas posições. 

No fundo, no fundo mesmo, Baby, como tem dito seu diretor Marcelo Caetano, não passa de uma história de amor. Muito bonita e comovente, aliás. O desfecho, ao som orquestral de Valse, de Paulo Jobim, é de arrepiar. 

Nota: Minha cobertura do Fest Aruanda será diferente este ano. Como colidiu com o Festival de Brasília, cheguei atrasado e perdi dois dias. Estou tendo de correr em busca dos filmes perdidos. Mas, em compensação, como na programação deste ano há muita repetição de filmes, já vistos em outros eventos, essa corrida não será do tipo maratona. Vou atualizando tudo à medida que o festival for se encaminhando para o fim. 

No aguardo, coloco abaixo a listagem completa dos filmes do Aruanda:

MOSTRA COMPETITIVA SOB O CÉU NORDESTINO DE CURTAS PARAIBANOS (10 Curtas) 1- "Suspiro", de Nill Marcondes (Ficção). João Pessoa/PB (2024) 2- "Rita Não Anda Só", de Ary Régis Lima (Ficção). Guarabira/PB (2024) 3- "O Sonho de Anu", de Vanessa Kypá (Ficção). Itaporanga/PB (2024) 4- "Marilak", de Carlos Mosca (Ficção). Campina Grande/PB (2024) 5- "Breu", de Joilson Custódio  (Ficção). Bananeiras/PB (2024) 6- "A Menina da Serra", de Cleyson Gomes (Animação). Paulista/PB (2024) 7- "Nua", de Fabi Melo (Ficção). Campina Grande/PB (2024) 8- "Concha", de Pattícia de Aquino (Ficção). Campina Grande/PB (2024) 9- "Salvatério", de Dani L. (Ficção). João Pessoa/PB (2022) 10- "Areia, Memória e Cinema", de Letícia Damasceno (Documentário). Areia/PB (2023). MOSTRA COMPETITIVA  DE CURTAS NACIONAL  (12 curtas) 1- "Movimentos Migratórios", de Rogério Cathalá (Ficção). Salvador/BA (2024). 2- "A Última Valsa", de Fábio Rogério e Jean-Claude Bernardet (Documentário). São Carlos/SP e São Paulo/SP (2024). 3- "Pássaro Memória", de Leonardo Martinelli (Ficção). Rio de Janeiro/RJ (2023). 4- "Umbilina e Sua Grande Rival", de Marlom Meirelles (Ficção). Cabaceiras/PB (2024). 5- "Helena de Guaratiba", de Karen Black (Ficção). Rio de Janeiro/RJ (2023). 6- "Almadia", de Mariana Medina (Animação). Fortaleza/CE (2024). 7- "Jupiter", de Carlos Segundo (Ficção). Bordeaux/França e Belo Horizonte/MG/Brasil (2024). 8- "Eu Fui Assistente de Eduardo Coutinho", de Allan Ribeiro (Documentário). Rio de Janeiro/RJ (2023). 9- "Serão", de Caio Bernardo (Documentário). Coxixola/PB (2024). 10- "A Voz de Guadakan", de Joel Pizzini (Documentário). Campo Grande/MS (2024). 11- "Navio", de Alice Carvalho , Larinha R. Dantas e Vitória Real (Ficção). Natal/RN (2023) e 12- "Ladeira Abaixo", de Ismael Moura (Ficção). Cuité/PB (2024). Duração: 15:51. MOSTRA COMPETITIVA DE LONGAS NACIONAL (6 Longas) 1- "Os Afro-Sambas, o Brasil de Baden e Vinicius", de Emílio Domingos (Documentário). Rio de Janeiro/RJ (2024). 2- "Kasa Branca", de Luciano Vidigal (Ficção). Rio de Janeiro/RJ (2024). 3- "Baby", de Marcelo Caetano (Ficção). São Paulo/SP (2024). 4- "Lispectorante", de Renata Pinheiro (Ficção). Recife/PE (2024). 5- "Manas", de Marianna Brennand (Ficção). Recife/PE (2024). 6- "A Queda do Céu", de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha (Documentário). Boa Vista/RR e São Paulo/SP (2024). MOSTRA COMPETITIVA SOB O CÉU NORDESTINO DE LONGAS DO NORDESTE (4 Longas) 1- "Lampião, Governador do Sertão", de Wolney Oliveira (Documentário). Fortaleza/CE (2024). 2- "Ainda Não é Amanhã", de Milena Times (Ficção). Recife/PE (2024). 3- "Quem é Essa Mulher?", de Mariana Jaspe (Documentário). Salvador/BA (2024). 4- "Centro Ilusão", de Pedro Diógenes (Ficção). Fortaleza/CE (2024). Enviado do meu iPhone

Opinião por Luiz Zanin Oricchio

É jornalista, psicanalista e crítico de cinema

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