Cinema, cultura & afins

Opinião|'Baby', uma áspera e linda história de amor


Por Luiz Zanin Oricchio
 

 

Baby, de Marcelo Caetano, estreia hoje e chega com ótimo retrospecto no exterior - tem feito sucesso por onde passa. Com bons motivos para isso. 

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O primeiro motivo é estético mesmo. A elegância com que a câmera passeia pelo centro de São Paulo, é uma espécie de declaração de amor a essa cidade áspera, porém dotada de encantos justamente onde não se espera encontrá-los. Em geral, entre a gente simples, os desvalidos. 

Isso se estende aos dois protagonistas, Baby (João Pedro Mariano) e Ronaldo (Ricardo Teodoro). O primeiro é um jovem recém-saído da prisão. O segundo, uma espécie de gigolô e traficante, que opera no centro da cidade. Os dois se conhecem num decadente cinema pornô do centro, uma daquelas salas de pegação. Acabam iniciando um relacionamento e Ronaldo passa a agenciar o jovem Baby. 

Notável é a maneira como o filme tão bonito, tão bem dirigido, evita os clichês inerentes a esse tipo de situação. Não que baixezas não estejam lá. São mostradas, às vezes com profusão de detalhes. Mas como são personagens humanos, não lhes falta o outro lado - o das fraquezas, da carência de amor, do carinho que também pode conviver com a violência e o sexo de aluguel. Quem tem preconceitos em relação a esse tipo de pessoa, cuidado: ao ver o filme, pode ser levado a repensar suas posições. 

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No fundo, mas no fundo mesmo, Baby, como tem dito seu diretor Marcelo Caetano, não passa de uma história de amor. Muito bonita e comovente, aliás, ao destacar que qualquer forma de amor vale a pena. O que não vale é o ódio. O desfecho, ao som orquestral de Valse, de Paulo Jobim, é de arrepiar. Lindo filme.  

 

 

Baby, de Marcelo Caetano, estreia hoje e chega com ótimo retrospecto no exterior - tem feito sucesso por onde passa. Com bons motivos para isso. 

O primeiro motivo é estético mesmo. A elegância com que a câmera passeia pelo centro de São Paulo, é uma espécie de declaração de amor a essa cidade áspera, porém dotada de encantos justamente onde não se espera encontrá-los. Em geral, entre a gente simples, os desvalidos. 

Isso se estende aos dois protagonistas, Baby (João Pedro Mariano) e Ronaldo (Ricardo Teodoro). O primeiro é um jovem recém-saído da prisão. O segundo, uma espécie de gigolô e traficante, que opera no centro da cidade. Os dois se conhecem num decadente cinema pornô do centro, uma daquelas salas de pegação. Acabam iniciando um relacionamento e Ronaldo passa a agenciar o jovem Baby. 

Notável é a maneira como o filme tão bonito, tão bem dirigido, evita os clichês inerentes a esse tipo de situação. Não que baixezas não estejam lá. São mostradas, às vezes com profusão de detalhes. Mas como são personagens humanos, não lhes falta o outro lado - o das fraquezas, da carência de amor, do carinho que também pode conviver com a violência e o sexo de aluguel. Quem tem preconceitos em relação a esse tipo de pessoa, cuidado: ao ver o filme, pode ser levado a repensar suas posições. 

No fundo, mas no fundo mesmo, Baby, como tem dito seu diretor Marcelo Caetano, não passa de uma história de amor. Muito bonita e comovente, aliás, ao destacar que qualquer forma de amor vale a pena. O que não vale é o ódio. O desfecho, ao som orquestral de Valse, de Paulo Jobim, é de arrepiar. Lindo filme.  

 

 

Baby, de Marcelo Caetano, estreia hoje e chega com ótimo retrospecto no exterior - tem feito sucesso por onde passa. Com bons motivos para isso. 

O primeiro motivo é estético mesmo. A elegância com que a câmera passeia pelo centro de São Paulo, é uma espécie de declaração de amor a essa cidade áspera, porém dotada de encantos justamente onde não se espera encontrá-los. Em geral, entre a gente simples, os desvalidos. 

Isso se estende aos dois protagonistas, Baby (João Pedro Mariano) e Ronaldo (Ricardo Teodoro). O primeiro é um jovem recém-saído da prisão. O segundo, uma espécie de gigolô e traficante, que opera no centro da cidade. Os dois se conhecem num decadente cinema pornô do centro, uma daquelas salas de pegação. Acabam iniciando um relacionamento e Ronaldo passa a agenciar o jovem Baby. 

Notável é a maneira como o filme tão bonito, tão bem dirigido, evita os clichês inerentes a esse tipo de situação. Não que baixezas não estejam lá. São mostradas, às vezes com profusão de detalhes. Mas como são personagens humanos, não lhes falta o outro lado - o das fraquezas, da carência de amor, do carinho que também pode conviver com a violência e o sexo de aluguel. Quem tem preconceitos em relação a esse tipo de pessoa, cuidado: ao ver o filme, pode ser levado a repensar suas posições. 

No fundo, mas no fundo mesmo, Baby, como tem dito seu diretor Marcelo Caetano, não passa de uma história de amor. Muito bonita e comovente, aliás, ao destacar que qualquer forma de amor vale a pena. O que não vale é o ódio. O desfecho, ao som orquestral de Valse, de Paulo Jobim, é de arrepiar. Lindo filme.  

Opinião por Luiz Zanin Oricchio

É jornalista, psicanalista e crítico de cinema

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