Cinema, cultura & afins

Opinião|Brasília 2023: o carioca 'Mais um Dia, Zona Norte' é o grande vencedor do festival


Por Luiz Zanin Oricchio
 

 

 

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BRASÍLIA - Mais um Dia, Zona Norte, uma ode às pessoas comuns que sabem reinventar suas vidas em arte e beleza, foi o vencedor do 56º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. 

Dirigido por Allan Ribeiro, o longa-metragem carioca arrematou sete prêmios no total - além de melhor filme, ator e atriz coadjuvante (para Victor Veiga e Valéria Silva), trilha sonora e crítica e menções especiais. 

Era mesmo um dos possíveis vencedores, já que outro candidato forte, o mineiro O Dia que te Conheci, tinha contra si a falta de ineditismo, já tendo sido apresentado em vários outros festivais. No entanto, mesmo assim, foi muito bem premiado - roteiro, ator (Renato Novais), atriz (Grace Passô) e Prêmio Zózimo Bubul. Só não conseguiu o candango principal. 

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O soturno longa brasiliense Cartório das Almas, que discute a finitude humana em registro de ficção científica, ganhou o prêmio do Júri Popular. Além dele, conquistou os candangos de edição de som e direção de arte. Ficou de bom tamanho, isso sendo condescendente. 

Já A Transformação de Canuto, concorrente mais original deste ano, levou o candango de fotografia (Camila Freitas) e direção (Ariel Kuaray e Ernesto de Carvalho). É um filme a ser revisto e discutido, com seu trabalho em tempo indígena e camadas múltiplas de significado, incluindo a metalinguagem do filme dentro do filme. 

O empolgante documentário de Sandra Kogut, No Céu da Pátria Nesse Instante levou o Prêmio Especial do Júri e o de montagem (Renata Baldi e Sandra Kogut). Além do seu pique frenético, inova, entre as recentes "meditações" cinematográficas acerca da turbulenta história política do país, ao  tentar compreender, embora sem grande sucesso, o outro lado. O lado daqueles que apoiaram o ex-presidente em qualquer circunstância e, inconformados com o resultado da eleição, acamparam diante dos quartéis para tentar um golpe dia 8 de janeiro. 

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Entre os curtas-metragens se destacaram Pastrana (melhor pelo júri oficial), Vão das Almas (júri popular) e Remendo (direção para GG Fákòlàdé, júri da crítica e ator (Elidio Netto).

A Mostra Brasília consagrou Rodas de Gigante, de Catarina Accioly, cujo personagem é o diretor de teatro Hugo Rodas, já falecido, uma referência cultural da cidade. Além de melhor longa, levou os troféus de direção e montagem. 

O belo Ecos do Silêncio, de André Luiz Oliveira, levou os troféus de de fotografia e ator (Thalles Cabral). Foi subavaliado, em minha opinião. 

Ainda na Mostra Brasília, o documentário Não Existe Almoço Grátis, sobre as cozinheiras do MTST (movimento dos sem-teto), ganhou o júri popular. A sessão em que foi apresentado no Cine Brasília foi emocionante. 

Para finalizar, alguns comentários de fim de festa. Realizado de afogadilho, na última hora, o festival foi bom, com filmes interessantes em suas mostras competitivas e, pelo menos em algumas sessões, um agito de público como o de tempos melhores. 

Salvo um ou outro senão de curadoria, a seleção foi certeira. A premiação acabou sendo justa, com algumas ressalvas, em especial na Mostra Brasília.

 Como tem feito nos últimos anos, Brasília se destacou mais uma vez pelo recorte inclusivo e a favor da diversidade. Isso tem implicações políticas e mesmo estéticas. Também influi no andamento dos debates e na circulação de ideias. 

A discussão estética, antes dominante nos principais festivais de cinema, recuou e quase desapareceu, surgindo em seu lugar a defesa apaixonada de causas e uma certa intolerância em relação a discursos divergentes ou simplesmente menos apologéticos. Veremos como essa nova tendência vai impactar, no futuro, a reflexão cinematográfica que, em tempos idos, era feita,  exercitada e debatida também nos festivais de cinema. Hoje, as paixões são outras. 

Brasília ainda teve de enfrentar um contratempo de última hora. O filme programado para o encerramento, Raoni, uma Amizade Improvável, do belga Jean-Pierre Dutilleux, foi cancelado diante de notícias de uma briga entre o líder caiapó e o cineasta. Raoni teria acusado o diretor de explorar uma parceria de 50 anos para lucro próprio. O caso ainda precisa ser apurado. Mas, talvez temerosa de manifestações, a organização do festival resolveu cancelar a sessão. 

LISTA DE PRÊMIOS DO 56º FESTIVAL DE BRASÍLIA

MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL | Troféu Candango

Longas-metragens

Melhor LONGA-METRAGEM Júri Oficial

MAIS UM DIA, ZONA NORTE, de Allan Ribeiro

 

Melhor LONGA-METRAGEM Júri Popular

CARTÓRIO DAS ALMAS, de Leo Bello

Melhor DIREÇÃO

ARIEL KUARAY ORTEGA E ERNESTO DE CARVALHO, por A Transformação de Canuto 

Melhor ATOR 

RENATO NOVAIS, por O Dia Que Te Conheci

Melhor ATRIZ

GRACE PASSÔ, por O Dia Que Te Conheci

 

Melhor ATOR COADJUVANTE 

VICTOR VEIGA, por Mais Um Dia, Zona Norte

Melhor ATRIZ COADJUVANTE 

VALERIA SILVA, por Mais Um Dia, Zona Norte

 

Melhor ROTEIRO 

ANDRÉ NOVAIS OLIVEIRA, por O Dia Que Te Conheci

Melhor FOTOGRAFIA

CAMILA FREITAS, por A Transformação de Canuto

Melhor DIREÇÃO DE ARTE

MAÍRA CARVALHO, por Cartório das Almas

 

Melhor TRILHA SONORA 

ALLAN RIBEIRO E TIBOR FITTEL, por Mais Um Dia, Zona Norte

Melhor EDIÇÃO DE SOM

OLIVIA HERNANDEZ, por Cartório das Almas

 

Melhor MONTAGEM

RENATA BALDI E SANDRA KOGUT, por No Céu da Pátria Nesse Instante

 

Melhor ROTEIRO DE TEMÁTICA AFIRMATIVA

ARIEL KUARAY E ERNESTO DE CARVALHO, por A Transformação de Canuto 

PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI

NO CÉU DA PÁTRIA NESSE INSTANTE, de Sandra Kogut

MENÇÃO HONROSA

SILVIO FERNANDES Mais Um Dia, Zona Norte

Curtas-metragens

 

Melhor CURTA-METRAGEM Júri Oficial

PASTRANA, de Gabriel Motta e Melissa Brogni

Melhor CURTA-METRAGEM Júri Popular

VÃO DE ALMAS, de Edileusa Penha e Santiago Dellape

Melhor DIREÇÃO

GG FÁKÒLÀDÉ, por Remendo

Melhor ATOR

ELÍDIO NETTO, por Remendo

Melhor ATRIZ

JHONNÃ BAO, por Erguida

Melhor ROTEIRO

CATAPRETA, por Dona Beatriz Ñsîmba Vita

Melhor FOTOGRAFIA

PEDRO RODRIGUES, por Helena de Guaratiba

Melhor DIREÇÃO DE ARTE

CARMEN SAN THIAGO, por Cáustico

Melhor TRILHA SONORA

DJ MACHINTAL, por Helena de Guaratiba

Melhor EDIÇÃO DE SOM

DAVID NEVES, por Axé Meu Amor

Melhor MONTAGEM

BRUNO CARBONI, por Pastrana

Melhor ROTEIRO DE TEMÁTICA AFIRMATIVA

JHONNÃ BAO, por Erguida

MENÇÃO HONROSA

CIDADE BY MOTOBOY, de Mariana Vita

VÃO DAS ALMAS, de Edileuza Penha de Souza e Santiago Dellape

MOSTRA BRASÍLIA | 25º Troféu Câmara Legislativa

Melhor LONGA-METRAGEM Júri Oficial 

RODAS DE GIGANTE, de Catarina Accioly

 

Melhor CURTA-METRAGEM Júri Oficial

INSTANTE, de Paola Veiga

Melhor LONGA-METRAGEM Júri Popular

NÃO EXISTE ALMOÇO GRÁTIS, de Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel

 

Melhor CURTA-METRAGEM Júri Popular 

NADA SE PERDE, de Renan Montenegro

Melhor DIREÇÃO

CATARINA ACCIOLY, por Rodas de Gigante

Melhor ATOR

THALLES CABRAL, por Ecos do Silêncio

Melhor ATRIZ

ROBERTA RANGEL, por Instante

 

Melhor ROTEIRO

ROBERTA RANGEL, PAOLA VEIGA e EMANUEL LAVOR, por Instante

 

Melhor FOTOGRAFIA 

KRISHNA SCHMIDT E ANDRÉ CARVALHEIRA, por Ecos do Silêncio

Melhor DIREÇÃO DE ARTE

JOÃO CAPOULADE, JULIET JONES E SARAH GUEDES, por O Sonho de Clarice

 

Melhor TRILHA SONORA

CESAR LIGNELLI, por O Sonho de Clarice

 

Melhor EDIÇÃO DE SOM

FERNANDO VIEIRA E FRANCISCO VASCONCELOS, por O Sonho de Clarice

 

Melhor MONTAGEM

SÉRGIO AZEVEDO, por Rodas de Gigante

 

Menção Honrosa do Júri

ESTRELA DA TARDE, de Francisco Rio

NADA SE PERDE, de Renan Montenegro

NÃO EXISTE ALMOÇO GRÁTIS, de Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel

 

PRÊMIOS ESPECIAIS

Prêmio Zózimo Bulbul

entregue pela Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro (Apan) e pelo Centro Afrocarioca de Cinema para os filmes que têm o corpo negro na frente e por trás das câmaras e pela inovação estética e narrativa na abordagem de subjetividades negras

Melhor curta-metragem: ERGUIDA, de Jhonnã Bao

Melhor longa-metragem: O DIA QUE TE CONHECI,de André Novais

Menção Honrosa: A CHUVA DO CAJU, de Alan Scharvsberg

Prêmio Abraccine 

entregue pelo Júri da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine)

Melhor longa-metragem: MAIS UM DIA, ZONA NORTE, de Allan Ribeiro

Melhor curta-metragem: REMENDO, de GG Fák??làdé

Troféu Saruê 

entregue pela equipe do Correio Braziliense para o melhor momento, filme ou personalidade no Festival de Brasília

RODAS DE GIGANTE, de Catarina Accioly

Prêmio Canal Brasil

prêmio em dinheiro entregue pela emissora para o melhor curta-metragem, que passará a integrar a grade de programação do canal

PASTRANA, de Gabriel Motta e Melissa Brogni

Prêmio Like

prêmio em dinheiro, com apoio de mídia e publicidade em veiculação entregue pela emissora ao filme reconhecido como melhor longa-metragem pelo Júri Oficial 

MAIS UM DIA, ZONA NORTE, de Allan Ribeiro

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

BRASÍLIA - Mais um Dia, Zona Norte, uma ode às pessoas comuns que sabem reinventar suas vidas em arte e beleza, foi o vencedor do 56º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. 

Dirigido por Allan Ribeiro, o longa-metragem carioca arrematou sete prêmios no total - além de melhor filme, ator e atriz coadjuvante (para Victor Veiga e Valéria Silva), trilha sonora e crítica e menções especiais. 

Era mesmo um dos possíveis vencedores, já que outro candidato forte, o mineiro O Dia que te Conheci, tinha contra si a falta de ineditismo, já tendo sido apresentado em vários outros festivais. No entanto, mesmo assim, foi muito bem premiado - roteiro, ator (Renato Novais), atriz (Grace Passô) e Prêmio Zózimo Bubul. Só não conseguiu o candango principal. 

O soturno longa brasiliense Cartório das Almas, que discute a finitude humana em registro de ficção científica, ganhou o prêmio do Júri Popular. Além dele, conquistou os candangos de edição de som e direção de arte. Ficou de bom tamanho, isso sendo condescendente. 

Já A Transformação de Canuto, concorrente mais original deste ano, levou o candango de fotografia (Camila Freitas) e direção (Ariel Kuaray e Ernesto de Carvalho). É um filme a ser revisto e discutido, com seu trabalho em tempo indígena e camadas múltiplas de significado, incluindo a metalinguagem do filme dentro do filme. 

O empolgante documentário de Sandra Kogut, No Céu da Pátria Nesse Instante levou o Prêmio Especial do Júri e o de montagem (Renata Baldi e Sandra Kogut). Além do seu pique frenético, inova, entre as recentes "meditações" cinematográficas acerca da turbulenta história política do país, ao  tentar compreender, embora sem grande sucesso, o outro lado. O lado daqueles que apoiaram o ex-presidente em qualquer circunstância e, inconformados com o resultado da eleição, acamparam diante dos quartéis para tentar um golpe dia 8 de janeiro. 

Entre os curtas-metragens se destacaram Pastrana (melhor pelo júri oficial), Vão das Almas (júri popular) e Remendo (direção para GG Fákòlàdé, júri da crítica e ator (Elidio Netto).

A Mostra Brasília consagrou Rodas de Gigante, de Catarina Accioly, cujo personagem é o diretor de teatro Hugo Rodas, já falecido, uma referência cultural da cidade. Além de melhor longa, levou os troféus de direção e montagem. 

O belo Ecos do Silêncio, de André Luiz Oliveira, levou os troféus de de fotografia e ator (Thalles Cabral). Foi subavaliado, em minha opinião. 

Ainda na Mostra Brasília, o documentário Não Existe Almoço Grátis, sobre as cozinheiras do MTST (movimento dos sem-teto), ganhou o júri popular. A sessão em que foi apresentado no Cine Brasília foi emocionante. 

Para finalizar, alguns comentários de fim de festa. Realizado de afogadilho, na última hora, o festival foi bom, com filmes interessantes em suas mostras competitivas e, pelo menos em algumas sessões, um agito de público como o de tempos melhores. 

Salvo um ou outro senão de curadoria, a seleção foi certeira. A premiação acabou sendo justa, com algumas ressalvas, em especial na Mostra Brasília.

 Como tem feito nos últimos anos, Brasília se destacou mais uma vez pelo recorte inclusivo e a favor da diversidade. Isso tem implicações políticas e mesmo estéticas. Também influi no andamento dos debates e na circulação de ideias. 

A discussão estética, antes dominante nos principais festivais de cinema, recuou e quase desapareceu, surgindo em seu lugar a defesa apaixonada de causas e uma certa intolerância em relação a discursos divergentes ou simplesmente menos apologéticos. Veremos como essa nova tendência vai impactar, no futuro, a reflexão cinematográfica que, em tempos idos, era feita,  exercitada e debatida também nos festivais de cinema. Hoje, as paixões são outras. 

Brasília ainda teve de enfrentar um contratempo de última hora. O filme programado para o encerramento, Raoni, uma Amizade Improvável, do belga Jean-Pierre Dutilleux, foi cancelado diante de notícias de uma briga entre o líder caiapó e o cineasta. Raoni teria acusado o diretor de explorar uma parceria de 50 anos para lucro próprio. O caso ainda precisa ser apurado. Mas, talvez temerosa de manifestações, a organização do festival resolveu cancelar a sessão. 

LISTA DE PRÊMIOS DO 56º FESTIVAL DE BRASÍLIA

MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL | Troféu Candango

Longas-metragens

Melhor LONGA-METRAGEM Júri Oficial

MAIS UM DIA, ZONA NORTE, de Allan Ribeiro

 

Melhor LONGA-METRAGEM Júri Popular

CARTÓRIO DAS ALMAS, de Leo Bello

Melhor DIREÇÃO

ARIEL KUARAY ORTEGA E ERNESTO DE CARVALHO, por A Transformação de Canuto 

Melhor ATOR 

RENATO NOVAIS, por O Dia Que Te Conheci

Melhor ATRIZ

GRACE PASSÔ, por O Dia Que Te Conheci

 

Melhor ATOR COADJUVANTE 

VICTOR VEIGA, por Mais Um Dia, Zona Norte

Melhor ATRIZ COADJUVANTE 

VALERIA SILVA, por Mais Um Dia, Zona Norte

 

Melhor ROTEIRO 

ANDRÉ NOVAIS OLIVEIRA, por O Dia Que Te Conheci

Melhor FOTOGRAFIA

CAMILA FREITAS, por A Transformação de Canuto

Melhor DIREÇÃO DE ARTE

MAÍRA CARVALHO, por Cartório das Almas

 

Melhor TRILHA SONORA 

ALLAN RIBEIRO E TIBOR FITTEL, por Mais Um Dia, Zona Norte

Melhor EDIÇÃO DE SOM

OLIVIA HERNANDEZ, por Cartório das Almas

 

Melhor MONTAGEM

RENATA BALDI E SANDRA KOGUT, por No Céu da Pátria Nesse Instante

 

Melhor ROTEIRO DE TEMÁTICA AFIRMATIVA

ARIEL KUARAY E ERNESTO DE CARVALHO, por A Transformação de Canuto 

PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI

NO CÉU DA PÁTRIA NESSE INSTANTE, de Sandra Kogut

MENÇÃO HONROSA

SILVIO FERNANDES Mais Um Dia, Zona Norte

Curtas-metragens

 

Melhor CURTA-METRAGEM Júri Oficial

PASTRANA, de Gabriel Motta e Melissa Brogni

Melhor CURTA-METRAGEM Júri Popular

VÃO DE ALMAS, de Edileusa Penha e Santiago Dellape

Melhor DIREÇÃO

GG FÁKÒLÀDÉ, por Remendo

Melhor ATOR

ELÍDIO NETTO, por Remendo

Melhor ATRIZ

JHONNÃ BAO, por Erguida

Melhor ROTEIRO

CATAPRETA, por Dona Beatriz Ñsîmba Vita

Melhor FOTOGRAFIA

PEDRO RODRIGUES, por Helena de Guaratiba

Melhor DIREÇÃO DE ARTE

CARMEN SAN THIAGO, por Cáustico

Melhor TRILHA SONORA

DJ MACHINTAL, por Helena de Guaratiba

Melhor EDIÇÃO DE SOM

DAVID NEVES, por Axé Meu Amor

Melhor MONTAGEM

BRUNO CARBONI, por Pastrana

Melhor ROTEIRO DE TEMÁTICA AFIRMATIVA

JHONNÃ BAO, por Erguida

MENÇÃO HONROSA

CIDADE BY MOTOBOY, de Mariana Vita

VÃO DAS ALMAS, de Edileuza Penha de Souza e Santiago Dellape

MOSTRA BRASÍLIA | 25º Troféu Câmara Legislativa

Melhor LONGA-METRAGEM Júri Oficial 

RODAS DE GIGANTE, de Catarina Accioly

 

Melhor CURTA-METRAGEM Júri Oficial

INSTANTE, de Paola Veiga

Melhor LONGA-METRAGEM Júri Popular

NÃO EXISTE ALMOÇO GRÁTIS, de Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel

 

Melhor CURTA-METRAGEM Júri Popular 

NADA SE PERDE, de Renan Montenegro

Melhor DIREÇÃO

CATARINA ACCIOLY, por Rodas de Gigante

Melhor ATOR

THALLES CABRAL, por Ecos do Silêncio

Melhor ATRIZ

ROBERTA RANGEL, por Instante

 

Melhor ROTEIRO

ROBERTA RANGEL, PAOLA VEIGA e EMANUEL LAVOR, por Instante

 

Melhor FOTOGRAFIA 

KRISHNA SCHMIDT E ANDRÉ CARVALHEIRA, por Ecos do Silêncio

Melhor DIREÇÃO DE ARTE

JOÃO CAPOULADE, JULIET JONES E SARAH GUEDES, por O Sonho de Clarice

 

Melhor TRILHA SONORA

CESAR LIGNELLI, por O Sonho de Clarice

 

Melhor EDIÇÃO DE SOM

FERNANDO VIEIRA E FRANCISCO VASCONCELOS, por O Sonho de Clarice

 

Melhor MONTAGEM

SÉRGIO AZEVEDO, por Rodas de Gigante

 

Menção Honrosa do Júri

ESTRELA DA TARDE, de Francisco Rio

NADA SE PERDE, de Renan Montenegro

NÃO EXISTE ALMOÇO GRÁTIS, de Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel

 

PRÊMIOS ESPECIAIS

Prêmio Zózimo Bulbul

entregue pela Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro (Apan) e pelo Centro Afrocarioca de Cinema para os filmes que têm o corpo negro na frente e por trás das câmaras e pela inovação estética e narrativa na abordagem de subjetividades negras

Melhor curta-metragem: ERGUIDA, de Jhonnã Bao

Melhor longa-metragem: O DIA QUE TE CONHECI,de André Novais

Menção Honrosa: A CHUVA DO CAJU, de Alan Scharvsberg

Prêmio Abraccine 

entregue pelo Júri da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine)

Melhor longa-metragem: MAIS UM DIA, ZONA NORTE, de Allan Ribeiro

Melhor curta-metragem: REMENDO, de GG Fák??làdé

Troféu Saruê 

entregue pela equipe do Correio Braziliense para o melhor momento, filme ou personalidade no Festival de Brasília

RODAS DE GIGANTE, de Catarina Accioly

Prêmio Canal Brasil

prêmio em dinheiro entregue pela emissora para o melhor curta-metragem, que passará a integrar a grade de programação do canal

PASTRANA, de Gabriel Motta e Melissa Brogni

Prêmio Like

prêmio em dinheiro, com apoio de mídia e publicidade em veiculação entregue pela emissora ao filme reconhecido como melhor longa-metragem pelo Júri Oficial 

MAIS UM DIA, ZONA NORTE, de Allan Ribeiro

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

BRASÍLIA - Mais um Dia, Zona Norte, uma ode às pessoas comuns que sabem reinventar suas vidas em arte e beleza, foi o vencedor do 56º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. 

Dirigido por Allan Ribeiro, o longa-metragem carioca arrematou sete prêmios no total - além de melhor filme, ator e atriz coadjuvante (para Victor Veiga e Valéria Silva), trilha sonora e crítica e menções especiais. 

Era mesmo um dos possíveis vencedores, já que outro candidato forte, o mineiro O Dia que te Conheci, tinha contra si a falta de ineditismo, já tendo sido apresentado em vários outros festivais. No entanto, mesmo assim, foi muito bem premiado - roteiro, ator (Renato Novais), atriz (Grace Passô) e Prêmio Zózimo Bubul. Só não conseguiu o candango principal. 

O soturno longa brasiliense Cartório das Almas, que discute a finitude humana em registro de ficção científica, ganhou o prêmio do Júri Popular. Além dele, conquistou os candangos de edição de som e direção de arte. Ficou de bom tamanho, isso sendo condescendente. 

Já A Transformação de Canuto, concorrente mais original deste ano, levou o candango de fotografia (Camila Freitas) e direção (Ariel Kuaray e Ernesto de Carvalho). É um filme a ser revisto e discutido, com seu trabalho em tempo indígena e camadas múltiplas de significado, incluindo a metalinguagem do filme dentro do filme. 

O empolgante documentário de Sandra Kogut, No Céu da Pátria Nesse Instante levou o Prêmio Especial do Júri e o de montagem (Renata Baldi e Sandra Kogut). Além do seu pique frenético, inova, entre as recentes "meditações" cinematográficas acerca da turbulenta história política do país, ao  tentar compreender, embora sem grande sucesso, o outro lado. O lado daqueles que apoiaram o ex-presidente em qualquer circunstância e, inconformados com o resultado da eleição, acamparam diante dos quartéis para tentar um golpe dia 8 de janeiro. 

Entre os curtas-metragens se destacaram Pastrana (melhor pelo júri oficial), Vão das Almas (júri popular) e Remendo (direção para GG Fákòlàdé, júri da crítica e ator (Elidio Netto).

A Mostra Brasília consagrou Rodas de Gigante, de Catarina Accioly, cujo personagem é o diretor de teatro Hugo Rodas, já falecido, uma referência cultural da cidade. Além de melhor longa, levou os troféus de direção e montagem. 

O belo Ecos do Silêncio, de André Luiz Oliveira, levou os troféus de de fotografia e ator (Thalles Cabral). Foi subavaliado, em minha opinião. 

Ainda na Mostra Brasília, o documentário Não Existe Almoço Grátis, sobre as cozinheiras do MTST (movimento dos sem-teto), ganhou o júri popular. A sessão em que foi apresentado no Cine Brasília foi emocionante. 

Para finalizar, alguns comentários de fim de festa. Realizado de afogadilho, na última hora, o festival foi bom, com filmes interessantes em suas mostras competitivas e, pelo menos em algumas sessões, um agito de público como o de tempos melhores. 

Salvo um ou outro senão de curadoria, a seleção foi certeira. A premiação acabou sendo justa, com algumas ressalvas, em especial na Mostra Brasília.

 Como tem feito nos últimos anos, Brasília se destacou mais uma vez pelo recorte inclusivo e a favor da diversidade. Isso tem implicações políticas e mesmo estéticas. Também influi no andamento dos debates e na circulação de ideias. 

A discussão estética, antes dominante nos principais festivais de cinema, recuou e quase desapareceu, surgindo em seu lugar a defesa apaixonada de causas e uma certa intolerância em relação a discursos divergentes ou simplesmente menos apologéticos. Veremos como essa nova tendência vai impactar, no futuro, a reflexão cinematográfica que, em tempos idos, era feita,  exercitada e debatida também nos festivais de cinema. Hoje, as paixões são outras. 

Brasília ainda teve de enfrentar um contratempo de última hora. O filme programado para o encerramento, Raoni, uma Amizade Improvável, do belga Jean-Pierre Dutilleux, foi cancelado diante de notícias de uma briga entre o líder caiapó e o cineasta. Raoni teria acusado o diretor de explorar uma parceria de 50 anos para lucro próprio. O caso ainda precisa ser apurado. Mas, talvez temerosa de manifestações, a organização do festival resolveu cancelar a sessão. 

LISTA DE PRÊMIOS DO 56º FESTIVAL DE BRASÍLIA

MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL | Troféu Candango

Longas-metragens

Melhor LONGA-METRAGEM Júri Oficial

MAIS UM DIA, ZONA NORTE, de Allan Ribeiro

 

Melhor LONGA-METRAGEM Júri Popular

CARTÓRIO DAS ALMAS, de Leo Bello

Melhor DIREÇÃO

ARIEL KUARAY ORTEGA E ERNESTO DE CARVALHO, por A Transformação de Canuto 

Melhor ATOR 

RENATO NOVAIS, por O Dia Que Te Conheci

Melhor ATRIZ

GRACE PASSÔ, por O Dia Que Te Conheci

 

Melhor ATOR COADJUVANTE 

VICTOR VEIGA, por Mais Um Dia, Zona Norte

Melhor ATRIZ COADJUVANTE 

VALERIA SILVA, por Mais Um Dia, Zona Norte

 

Melhor ROTEIRO 

ANDRÉ NOVAIS OLIVEIRA, por O Dia Que Te Conheci

Melhor FOTOGRAFIA

CAMILA FREITAS, por A Transformação de Canuto

Melhor DIREÇÃO DE ARTE

MAÍRA CARVALHO, por Cartório das Almas

 

Melhor TRILHA SONORA 

ALLAN RIBEIRO E TIBOR FITTEL, por Mais Um Dia, Zona Norte

Melhor EDIÇÃO DE SOM

OLIVIA HERNANDEZ, por Cartório das Almas

 

Melhor MONTAGEM

RENATA BALDI E SANDRA KOGUT, por No Céu da Pátria Nesse Instante

 

Melhor ROTEIRO DE TEMÁTICA AFIRMATIVA

ARIEL KUARAY E ERNESTO DE CARVALHO, por A Transformação de Canuto 

PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI

NO CÉU DA PÁTRIA NESSE INSTANTE, de Sandra Kogut

MENÇÃO HONROSA

SILVIO FERNANDES Mais Um Dia, Zona Norte

Curtas-metragens

 

Melhor CURTA-METRAGEM Júri Oficial

PASTRANA, de Gabriel Motta e Melissa Brogni

Melhor CURTA-METRAGEM Júri Popular

VÃO DE ALMAS, de Edileusa Penha e Santiago Dellape

Melhor DIREÇÃO

GG FÁKÒLÀDÉ, por Remendo

Melhor ATOR

ELÍDIO NETTO, por Remendo

Melhor ATRIZ

JHONNÃ BAO, por Erguida

Melhor ROTEIRO

CATAPRETA, por Dona Beatriz Ñsîmba Vita

Melhor FOTOGRAFIA

PEDRO RODRIGUES, por Helena de Guaratiba

Melhor DIREÇÃO DE ARTE

CARMEN SAN THIAGO, por Cáustico

Melhor TRILHA SONORA

DJ MACHINTAL, por Helena de Guaratiba

Melhor EDIÇÃO DE SOM

DAVID NEVES, por Axé Meu Amor

Melhor MONTAGEM

BRUNO CARBONI, por Pastrana

Melhor ROTEIRO DE TEMÁTICA AFIRMATIVA

JHONNÃ BAO, por Erguida

MENÇÃO HONROSA

CIDADE BY MOTOBOY, de Mariana Vita

VÃO DAS ALMAS, de Edileuza Penha de Souza e Santiago Dellape

MOSTRA BRASÍLIA | 25º Troféu Câmara Legislativa

Melhor LONGA-METRAGEM Júri Oficial 

RODAS DE GIGANTE, de Catarina Accioly

 

Melhor CURTA-METRAGEM Júri Oficial

INSTANTE, de Paola Veiga

Melhor LONGA-METRAGEM Júri Popular

NÃO EXISTE ALMOÇO GRÁTIS, de Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel

 

Melhor CURTA-METRAGEM Júri Popular 

NADA SE PERDE, de Renan Montenegro

Melhor DIREÇÃO

CATARINA ACCIOLY, por Rodas de Gigante

Melhor ATOR

THALLES CABRAL, por Ecos do Silêncio

Melhor ATRIZ

ROBERTA RANGEL, por Instante

 

Melhor ROTEIRO

ROBERTA RANGEL, PAOLA VEIGA e EMANUEL LAVOR, por Instante

 

Melhor FOTOGRAFIA 

KRISHNA SCHMIDT E ANDRÉ CARVALHEIRA, por Ecos do Silêncio

Melhor DIREÇÃO DE ARTE

JOÃO CAPOULADE, JULIET JONES E SARAH GUEDES, por O Sonho de Clarice

 

Melhor TRILHA SONORA

CESAR LIGNELLI, por O Sonho de Clarice

 

Melhor EDIÇÃO DE SOM

FERNANDO VIEIRA E FRANCISCO VASCONCELOS, por O Sonho de Clarice

 

Melhor MONTAGEM

SÉRGIO AZEVEDO, por Rodas de Gigante

 

Menção Honrosa do Júri

ESTRELA DA TARDE, de Francisco Rio

NADA SE PERDE, de Renan Montenegro

NÃO EXISTE ALMOÇO GRÁTIS, de Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel

 

PRÊMIOS ESPECIAIS

Prêmio Zózimo Bulbul

entregue pela Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro (Apan) e pelo Centro Afrocarioca de Cinema para os filmes que têm o corpo negro na frente e por trás das câmaras e pela inovação estética e narrativa na abordagem de subjetividades negras

Melhor curta-metragem: ERGUIDA, de Jhonnã Bao

Melhor longa-metragem: O DIA QUE TE CONHECI,de André Novais

Menção Honrosa: A CHUVA DO CAJU, de Alan Scharvsberg

Prêmio Abraccine 

entregue pelo Júri da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine)

Melhor longa-metragem: MAIS UM DIA, ZONA NORTE, de Allan Ribeiro

Melhor curta-metragem: REMENDO, de GG Fák??làdé

Troféu Saruê 

entregue pela equipe do Correio Braziliense para o melhor momento, filme ou personalidade no Festival de Brasília

RODAS DE GIGANTE, de Catarina Accioly

Prêmio Canal Brasil

prêmio em dinheiro entregue pela emissora para o melhor curta-metragem, que passará a integrar a grade de programação do canal

PASTRANA, de Gabriel Motta e Melissa Brogni

Prêmio Like

prêmio em dinheiro, com apoio de mídia e publicidade em veiculação entregue pela emissora ao filme reconhecido como melhor longa-metragem pelo Júri Oficial 

MAIS UM DIA, ZONA NORTE, de Allan Ribeiro

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

BRASÍLIA - Mais um Dia, Zona Norte, uma ode às pessoas comuns que sabem reinventar suas vidas em arte e beleza, foi o vencedor do 56º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. 

Dirigido por Allan Ribeiro, o longa-metragem carioca arrematou sete prêmios no total - além de melhor filme, ator e atriz coadjuvante (para Victor Veiga e Valéria Silva), trilha sonora e crítica e menções especiais. 

Era mesmo um dos possíveis vencedores, já que outro candidato forte, o mineiro O Dia que te Conheci, tinha contra si a falta de ineditismo, já tendo sido apresentado em vários outros festivais. No entanto, mesmo assim, foi muito bem premiado - roteiro, ator (Renato Novais), atriz (Grace Passô) e Prêmio Zózimo Bubul. Só não conseguiu o candango principal. 

O soturno longa brasiliense Cartório das Almas, que discute a finitude humana em registro de ficção científica, ganhou o prêmio do Júri Popular. Além dele, conquistou os candangos de edição de som e direção de arte. Ficou de bom tamanho, isso sendo condescendente. 

Já A Transformação de Canuto, concorrente mais original deste ano, levou o candango de fotografia (Camila Freitas) e direção (Ariel Kuaray e Ernesto de Carvalho). É um filme a ser revisto e discutido, com seu trabalho em tempo indígena e camadas múltiplas de significado, incluindo a metalinguagem do filme dentro do filme. 

O empolgante documentário de Sandra Kogut, No Céu da Pátria Nesse Instante levou o Prêmio Especial do Júri e o de montagem (Renata Baldi e Sandra Kogut). Além do seu pique frenético, inova, entre as recentes "meditações" cinematográficas acerca da turbulenta história política do país, ao  tentar compreender, embora sem grande sucesso, o outro lado. O lado daqueles que apoiaram o ex-presidente em qualquer circunstância e, inconformados com o resultado da eleição, acamparam diante dos quartéis para tentar um golpe dia 8 de janeiro. 

Entre os curtas-metragens se destacaram Pastrana (melhor pelo júri oficial), Vão das Almas (júri popular) e Remendo (direção para GG Fákòlàdé, júri da crítica e ator (Elidio Netto).

A Mostra Brasília consagrou Rodas de Gigante, de Catarina Accioly, cujo personagem é o diretor de teatro Hugo Rodas, já falecido, uma referência cultural da cidade. Além de melhor longa, levou os troféus de direção e montagem. 

O belo Ecos do Silêncio, de André Luiz Oliveira, levou os troféus de de fotografia e ator (Thalles Cabral). Foi subavaliado, em minha opinião. 

Ainda na Mostra Brasília, o documentário Não Existe Almoço Grátis, sobre as cozinheiras do MTST (movimento dos sem-teto), ganhou o júri popular. A sessão em que foi apresentado no Cine Brasília foi emocionante. 

Para finalizar, alguns comentários de fim de festa. Realizado de afogadilho, na última hora, o festival foi bom, com filmes interessantes em suas mostras competitivas e, pelo menos em algumas sessões, um agito de público como o de tempos melhores. 

Salvo um ou outro senão de curadoria, a seleção foi certeira. A premiação acabou sendo justa, com algumas ressalvas, em especial na Mostra Brasília.

 Como tem feito nos últimos anos, Brasília se destacou mais uma vez pelo recorte inclusivo e a favor da diversidade. Isso tem implicações políticas e mesmo estéticas. Também influi no andamento dos debates e na circulação de ideias. 

A discussão estética, antes dominante nos principais festivais de cinema, recuou e quase desapareceu, surgindo em seu lugar a defesa apaixonada de causas e uma certa intolerância em relação a discursos divergentes ou simplesmente menos apologéticos. Veremos como essa nova tendência vai impactar, no futuro, a reflexão cinematográfica que, em tempos idos, era feita,  exercitada e debatida também nos festivais de cinema. Hoje, as paixões são outras. 

Brasília ainda teve de enfrentar um contratempo de última hora. O filme programado para o encerramento, Raoni, uma Amizade Improvável, do belga Jean-Pierre Dutilleux, foi cancelado diante de notícias de uma briga entre o líder caiapó e o cineasta. Raoni teria acusado o diretor de explorar uma parceria de 50 anos para lucro próprio. O caso ainda precisa ser apurado. Mas, talvez temerosa de manifestações, a organização do festival resolveu cancelar a sessão. 

LISTA DE PRÊMIOS DO 56º FESTIVAL DE BRASÍLIA

MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL | Troféu Candango

Longas-metragens

Melhor LONGA-METRAGEM Júri Oficial

MAIS UM DIA, ZONA NORTE, de Allan Ribeiro

 

Melhor LONGA-METRAGEM Júri Popular

CARTÓRIO DAS ALMAS, de Leo Bello

Melhor DIREÇÃO

ARIEL KUARAY ORTEGA E ERNESTO DE CARVALHO, por A Transformação de Canuto 

Melhor ATOR 

RENATO NOVAIS, por O Dia Que Te Conheci

Melhor ATRIZ

GRACE PASSÔ, por O Dia Que Te Conheci

 

Melhor ATOR COADJUVANTE 

VICTOR VEIGA, por Mais Um Dia, Zona Norte

Melhor ATRIZ COADJUVANTE 

VALERIA SILVA, por Mais Um Dia, Zona Norte

 

Melhor ROTEIRO 

ANDRÉ NOVAIS OLIVEIRA, por O Dia Que Te Conheci

Melhor FOTOGRAFIA

CAMILA FREITAS, por A Transformação de Canuto

Melhor DIREÇÃO DE ARTE

MAÍRA CARVALHO, por Cartório das Almas

 

Melhor TRILHA SONORA 

ALLAN RIBEIRO E TIBOR FITTEL, por Mais Um Dia, Zona Norte

Melhor EDIÇÃO DE SOM

OLIVIA HERNANDEZ, por Cartório das Almas

 

Melhor MONTAGEM

RENATA BALDI E SANDRA KOGUT, por No Céu da Pátria Nesse Instante

 

Melhor ROTEIRO DE TEMÁTICA AFIRMATIVA

ARIEL KUARAY E ERNESTO DE CARVALHO, por A Transformação de Canuto 

PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI

NO CÉU DA PÁTRIA NESSE INSTANTE, de Sandra Kogut

MENÇÃO HONROSA

SILVIO FERNANDES Mais Um Dia, Zona Norte

Curtas-metragens

 

Melhor CURTA-METRAGEM Júri Oficial

PASTRANA, de Gabriel Motta e Melissa Brogni

Melhor CURTA-METRAGEM Júri Popular

VÃO DE ALMAS, de Edileusa Penha e Santiago Dellape

Melhor DIREÇÃO

GG FÁKÒLÀDÉ, por Remendo

Melhor ATOR

ELÍDIO NETTO, por Remendo

Melhor ATRIZ

JHONNÃ BAO, por Erguida

Melhor ROTEIRO

CATAPRETA, por Dona Beatriz Ñsîmba Vita

Melhor FOTOGRAFIA

PEDRO RODRIGUES, por Helena de Guaratiba

Melhor DIREÇÃO DE ARTE

CARMEN SAN THIAGO, por Cáustico

Melhor TRILHA SONORA

DJ MACHINTAL, por Helena de Guaratiba

Melhor EDIÇÃO DE SOM

DAVID NEVES, por Axé Meu Amor

Melhor MONTAGEM

BRUNO CARBONI, por Pastrana

Melhor ROTEIRO DE TEMÁTICA AFIRMATIVA

JHONNÃ BAO, por Erguida

MENÇÃO HONROSA

CIDADE BY MOTOBOY, de Mariana Vita

VÃO DAS ALMAS, de Edileuza Penha de Souza e Santiago Dellape

MOSTRA BRASÍLIA | 25º Troféu Câmara Legislativa

Melhor LONGA-METRAGEM Júri Oficial 

RODAS DE GIGANTE, de Catarina Accioly

 

Melhor CURTA-METRAGEM Júri Oficial

INSTANTE, de Paola Veiga

Melhor LONGA-METRAGEM Júri Popular

NÃO EXISTE ALMOÇO GRÁTIS, de Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel

 

Melhor CURTA-METRAGEM Júri Popular 

NADA SE PERDE, de Renan Montenegro

Melhor DIREÇÃO

CATARINA ACCIOLY, por Rodas de Gigante

Melhor ATOR

THALLES CABRAL, por Ecos do Silêncio

Melhor ATRIZ

ROBERTA RANGEL, por Instante

 

Melhor ROTEIRO

ROBERTA RANGEL, PAOLA VEIGA e EMANUEL LAVOR, por Instante

 

Melhor FOTOGRAFIA 

KRISHNA SCHMIDT E ANDRÉ CARVALHEIRA, por Ecos do Silêncio

Melhor DIREÇÃO DE ARTE

JOÃO CAPOULADE, JULIET JONES E SARAH GUEDES, por O Sonho de Clarice

 

Melhor TRILHA SONORA

CESAR LIGNELLI, por O Sonho de Clarice

 

Melhor EDIÇÃO DE SOM

FERNANDO VIEIRA E FRANCISCO VASCONCELOS, por O Sonho de Clarice

 

Melhor MONTAGEM

SÉRGIO AZEVEDO, por Rodas de Gigante

 

Menção Honrosa do Júri

ESTRELA DA TARDE, de Francisco Rio

NADA SE PERDE, de Renan Montenegro

NÃO EXISTE ALMOÇO GRÁTIS, de Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel

 

PRÊMIOS ESPECIAIS

Prêmio Zózimo Bulbul

entregue pela Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro (Apan) e pelo Centro Afrocarioca de Cinema para os filmes que têm o corpo negro na frente e por trás das câmaras e pela inovação estética e narrativa na abordagem de subjetividades negras

Melhor curta-metragem: ERGUIDA, de Jhonnã Bao

Melhor longa-metragem: O DIA QUE TE CONHECI,de André Novais

Menção Honrosa: A CHUVA DO CAJU, de Alan Scharvsberg

Prêmio Abraccine 

entregue pelo Júri da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine)

Melhor longa-metragem: MAIS UM DIA, ZONA NORTE, de Allan Ribeiro

Melhor curta-metragem: REMENDO, de GG Fák??làdé

Troféu Saruê 

entregue pela equipe do Correio Braziliense para o melhor momento, filme ou personalidade no Festival de Brasília

RODAS DE GIGANTE, de Catarina Accioly

Prêmio Canal Brasil

prêmio em dinheiro entregue pela emissora para o melhor curta-metragem, que passará a integrar a grade de programação do canal

PASTRANA, de Gabriel Motta e Melissa Brogni

Prêmio Like

prêmio em dinheiro, com apoio de mídia e publicidade em veiculação entregue pela emissora ao filme reconhecido como melhor longa-metragem pelo Júri Oficial 

MAIS UM DIA, ZONA NORTE, de Allan Ribeiro

 

Opinião por Luiz Zanin Oricchio

É jornalista, psicanalista e crítico de cinema

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