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Opinião|Freud, a Gestapo e Léo Pinheiro


Para conseguir se exilar, Freud foi obrigado a escrever uma carta dizendo que fora bem tratado pelas autoridades nazistas

Por Luiz Zanin Oricchio
 Foto: Estadão

Ao ler a carta de Léo Pinheiro, na qual afirma não ter sido coagido a nada na Lava-Jato, lembrei de um episódio antigo. 

Nas vésperas da 2ª Guerra Mundial, ao ser obrigado a se exilar na Inglaterra, Sigmund Freud precisou se submeter a várias exigências do governo nazista para sair de Viena, onde morava e exercia a profissão em seu célebre consultório psicanalítico. Entre as exigências, deveria escrever e assinar uma carta afirmando que não fora maltratado pelas autoridades. 

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Velho e doente, Freud escreveu a tal carta, mas encontrou energia suficiente para nela inserir uma frase irônica, na qual "recomendava a todos o tratamento dispensado pela Gestapo". A frase, claro, inviabilizou  a carta para efeitos propagandísticos de um governo autoritário, prestes a lançar o mundo num banho de sangue, mas que, àquela altura, ainda procurava manter as aparências. 

Não sei o que aconteceu com Léo Pinheiro, nem sei quais são as condições exigidas para que sua delação seja aceita. Não sei também se é dotado do dom da ironia, arte, aliás, bastante desvalorizada hoje em dia. Também nada sei sobre dignidade humana, virtude antiga, hoje igualmente desprezada. 

 Foto: Estadão

Ao ler a carta de Léo Pinheiro, na qual afirma não ter sido coagido a nada na Lava-Jato, lembrei de um episódio antigo. 

Nas vésperas da 2ª Guerra Mundial, ao ser obrigado a se exilar na Inglaterra, Sigmund Freud precisou se submeter a várias exigências do governo nazista para sair de Viena, onde morava e exercia a profissão em seu célebre consultório psicanalítico. Entre as exigências, deveria escrever e assinar uma carta afirmando que não fora maltratado pelas autoridades. 

Velho e doente, Freud escreveu a tal carta, mas encontrou energia suficiente para nela inserir uma frase irônica, na qual "recomendava a todos o tratamento dispensado pela Gestapo". A frase, claro, inviabilizou  a carta para efeitos propagandísticos de um governo autoritário, prestes a lançar o mundo num banho de sangue, mas que, àquela altura, ainda procurava manter as aparências. 

Não sei o que aconteceu com Léo Pinheiro, nem sei quais são as condições exigidas para que sua delação seja aceita. Não sei também se é dotado do dom da ironia, arte, aliás, bastante desvalorizada hoje em dia. Também nada sei sobre dignidade humana, virtude antiga, hoje igualmente desprezada. 

 Foto: Estadão

Ao ler a carta de Léo Pinheiro, na qual afirma não ter sido coagido a nada na Lava-Jato, lembrei de um episódio antigo. 

Nas vésperas da 2ª Guerra Mundial, ao ser obrigado a se exilar na Inglaterra, Sigmund Freud precisou se submeter a várias exigências do governo nazista para sair de Viena, onde morava e exercia a profissão em seu célebre consultório psicanalítico. Entre as exigências, deveria escrever e assinar uma carta afirmando que não fora maltratado pelas autoridades. 

Velho e doente, Freud escreveu a tal carta, mas encontrou energia suficiente para nela inserir uma frase irônica, na qual "recomendava a todos o tratamento dispensado pela Gestapo". A frase, claro, inviabilizou  a carta para efeitos propagandísticos de um governo autoritário, prestes a lançar o mundo num banho de sangue, mas que, àquela altura, ainda procurava manter as aparências. 

Não sei o que aconteceu com Léo Pinheiro, nem sei quais são as condições exigidas para que sua delação seja aceita. Não sei também se é dotado do dom da ironia, arte, aliás, bastante desvalorizada hoje em dia. Também nada sei sobre dignidade humana, virtude antiga, hoje igualmente desprezada. 

 Foto: Estadão

Ao ler a carta de Léo Pinheiro, na qual afirma não ter sido coagido a nada na Lava-Jato, lembrei de um episódio antigo. 

Nas vésperas da 2ª Guerra Mundial, ao ser obrigado a se exilar na Inglaterra, Sigmund Freud precisou se submeter a várias exigências do governo nazista para sair de Viena, onde morava e exercia a profissão em seu célebre consultório psicanalítico. Entre as exigências, deveria escrever e assinar uma carta afirmando que não fora maltratado pelas autoridades. 

Velho e doente, Freud escreveu a tal carta, mas encontrou energia suficiente para nela inserir uma frase irônica, na qual "recomendava a todos o tratamento dispensado pela Gestapo". A frase, claro, inviabilizou  a carta para efeitos propagandísticos de um governo autoritário, prestes a lançar o mundo num banho de sangue, mas que, àquela altura, ainda procurava manter as aparências. 

Não sei o que aconteceu com Léo Pinheiro, nem sei quais são as condições exigidas para que sua delação seja aceita. Não sei também se é dotado do dom da ironia, arte, aliás, bastante desvalorizada hoje em dia. Também nada sei sobre dignidade humana, virtude antiga, hoje igualmente desprezada. 

 Foto: Estadão

Ao ler a carta de Léo Pinheiro, na qual afirma não ter sido coagido a nada na Lava-Jato, lembrei de um episódio antigo. 

Nas vésperas da 2ª Guerra Mundial, ao ser obrigado a se exilar na Inglaterra, Sigmund Freud precisou se submeter a várias exigências do governo nazista para sair de Viena, onde morava e exercia a profissão em seu célebre consultório psicanalítico. Entre as exigências, deveria escrever e assinar uma carta afirmando que não fora maltratado pelas autoridades. 

Velho e doente, Freud escreveu a tal carta, mas encontrou energia suficiente para nela inserir uma frase irônica, na qual "recomendava a todos o tratamento dispensado pela Gestapo". A frase, claro, inviabilizou  a carta para efeitos propagandísticos de um governo autoritário, prestes a lançar o mundo num banho de sangue, mas que, àquela altura, ainda procurava manter as aparências. 

Não sei o que aconteceu com Léo Pinheiro, nem sei quais são as condições exigidas para que sua delação seja aceita. Não sei também se é dotado do dom da ironia, arte, aliás, bastante desvalorizada hoje em dia. Também nada sei sobre dignidade humana, virtude antiga, hoje igualmente desprezada. 

Opinião por Luiz Zanin Oricchio

É jornalista, psicanalista e crítico de cinema

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