Cinema, cultura & afins

Opinião|Morre o grande cineasta argentino Fernando Solanas 


Por Luiz Zanin Oricchio

Morreu ontem, aos 84 anos, o diretor argentino Fernando Solanas, um dos mais importantes do cinema latino-americano e mundial. Solanas estava internado em Paris, com Covid-19. Era casado com a atriz brasileira Angela Correa. 

Ao longo de sua carreira, Solanas sempre fez um cinema político, comprometido com a emancipação da América Latina. Ficou famoso com o extenso documentário La Hora de los Hornos (1968), que dirigiu em parceria com Octavio Getino. 

O filme, em três partes, termina com a imagem congelada sobre o rosto morto e de olhos abertos do guerrilheiro Che Guevara, que havia sido assassinado na Bolívia no ano anterior. O filme é todo um estudo sobre o neocolonialismo pelo ponto de vista do peronismo de esquerda dos diretores. 

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Solanas dirigiria muitos outros filmes ao longo de sua carreira, sempre com o viés de cineasta engajado politicamente. Muitos deles chegaram ao Brasil e competiram em festivais como o de Gramado. São os casos de Sur (1988) e El Viaje (1992). Os mais recentes são La Memoria del Saqueo (2004) e La dignidad de los nadies (2005). Mas talvez sua obra mais famosa seua El exilio de Gardel (Tangos), de 1985, que concorreu no Festival de Veneza. Com Sur, recebeu a Palma de melhor diretor em Cannes. 

Solanas é de uma geração que procurava não apenas o comprometimento político no conteúdo de seus filmes, mas buscava inovar na forma. Também com Getino lançou o manifesto por um "Tercer Cine". Buscavam essa terceira "margem" do cinema, diferente das vertentes dominantes, norte-americana e europeia. Esse movimento foi decisivo na criação do novo cinema argentina, que entrava em ressonância com iniciativas parecidas no mundo todo. Ou seja, com o Cinema Novo brasileiro, a nouvelle vague francesa, os novos cinemas alemão e inglês e assim por diante. Foi toda uma corrente de renovação que deu novos rumos ao cinema de invenção. 

Solanas estava em Paris servindo como embaixador da Argentina na Unesco quando contraiu o coronavírus. Cineasta engajado, Solanas também atuou na política. Foi eleito senador em 1992 e chegou a ser candidato à presidência em 2007. Apoiou a chapa do atual presidente argentino, Alberto Fernández, com Cristina Kirchner como vice.

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Morreu ontem, aos 84 anos, o diretor argentino Fernando Solanas, um dos mais importantes do cinema latino-americano e mundial. Solanas estava internado em Paris, com Covid-19. Era casado com a atriz brasileira Angela Correa. 

Ao longo de sua carreira, Solanas sempre fez um cinema político, comprometido com a emancipação da América Latina. Ficou famoso com o extenso documentário La Hora de los Hornos (1968), que dirigiu em parceria com Octavio Getino. 

O filme, em três partes, termina com a imagem congelada sobre o rosto morto e de olhos abertos do guerrilheiro Che Guevara, que havia sido assassinado na Bolívia no ano anterior. O filme é todo um estudo sobre o neocolonialismo pelo ponto de vista do peronismo de esquerda dos diretores. 

Solanas dirigiria muitos outros filmes ao longo de sua carreira, sempre com o viés de cineasta engajado politicamente. Muitos deles chegaram ao Brasil e competiram em festivais como o de Gramado. São os casos de Sur (1988) e El Viaje (1992). Os mais recentes são La Memoria del Saqueo (2004) e La dignidad de los nadies (2005). Mas talvez sua obra mais famosa seua El exilio de Gardel (Tangos), de 1985, que concorreu no Festival de Veneza. Com Sur, recebeu a Palma de melhor diretor em Cannes. 

Solanas é de uma geração que procurava não apenas o comprometimento político no conteúdo de seus filmes, mas buscava inovar na forma. Também com Getino lançou o manifesto por um "Tercer Cine". Buscavam essa terceira "margem" do cinema, diferente das vertentes dominantes, norte-americana e europeia. Esse movimento foi decisivo na criação do novo cinema argentina, que entrava em ressonância com iniciativas parecidas no mundo todo. Ou seja, com o Cinema Novo brasileiro, a nouvelle vague francesa, os novos cinemas alemão e inglês e assim por diante. Foi toda uma corrente de renovação que deu novos rumos ao cinema de invenção. 

Solanas estava em Paris servindo como embaixador da Argentina na Unesco quando contraiu o coronavírus. Cineasta engajado, Solanas também atuou na política. Foi eleito senador em 1992 e chegou a ser candidato à presidência em 2007. Apoiou a chapa do atual presidente argentino, Alberto Fernández, com Cristina Kirchner como vice.

 

Morreu ontem, aos 84 anos, o diretor argentino Fernando Solanas, um dos mais importantes do cinema latino-americano e mundial. Solanas estava internado em Paris, com Covid-19. Era casado com a atriz brasileira Angela Correa. 

Ao longo de sua carreira, Solanas sempre fez um cinema político, comprometido com a emancipação da América Latina. Ficou famoso com o extenso documentário La Hora de los Hornos (1968), que dirigiu em parceria com Octavio Getino. 

O filme, em três partes, termina com a imagem congelada sobre o rosto morto e de olhos abertos do guerrilheiro Che Guevara, que havia sido assassinado na Bolívia no ano anterior. O filme é todo um estudo sobre o neocolonialismo pelo ponto de vista do peronismo de esquerda dos diretores. 

Solanas dirigiria muitos outros filmes ao longo de sua carreira, sempre com o viés de cineasta engajado politicamente. Muitos deles chegaram ao Brasil e competiram em festivais como o de Gramado. São os casos de Sur (1988) e El Viaje (1992). Os mais recentes são La Memoria del Saqueo (2004) e La dignidad de los nadies (2005). Mas talvez sua obra mais famosa seua El exilio de Gardel (Tangos), de 1985, que concorreu no Festival de Veneza. Com Sur, recebeu a Palma de melhor diretor em Cannes. 

Solanas é de uma geração que procurava não apenas o comprometimento político no conteúdo de seus filmes, mas buscava inovar na forma. Também com Getino lançou o manifesto por um "Tercer Cine". Buscavam essa terceira "margem" do cinema, diferente das vertentes dominantes, norte-americana e europeia. Esse movimento foi decisivo na criação do novo cinema argentina, que entrava em ressonância com iniciativas parecidas no mundo todo. Ou seja, com o Cinema Novo brasileiro, a nouvelle vague francesa, os novos cinemas alemão e inglês e assim por diante. Foi toda uma corrente de renovação que deu novos rumos ao cinema de invenção. 

Solanas estava em Paris servindo como embaixador da Argentina na Unesco quando contraiu o coronavírus. Cineasta engajado, Solanas também atuou na política. Foi eleito senador em 1992 e chegou a ser candidato à presidência em 2007. Apoiou a chapa do atual presidente argentino, Alberto Fernández, com Cristina Kirchner como vice.

 

Morreu ontem, aos 84 anos, o diretor argentino Fernando Solanas, um dos mais importantes do cinema latino-americano e mundial. Solanas estava internado em Paris, com Covid-19. Era casado com a atriz brasileira Angela Correa. 

Ao longo de sua carreira, Solanas sempre fez um cinema político, comprometido com a emancipação da América Latina. Ficou famoso com o extenso documentário La Hora de los Hornos (1968), que dirigiu em parceria com Octavio Getino. 

O filme, em três partes, termina com a imagem congelada sobre o rosto morto e de olhos abertos do guerrilheiro Che Guevara, que havia sido assassinado na Bolívia no ano anterior. O filme é todo um estudo sobre o neocolonialismo pelo ponto de vista do peronismo de esquerda dos diretores. 

Solanas dirigiria muitos outros filmes ao longo de sua carreira, sempre com o viés de cineasta engajado politicamente. Muitos deles chegaram ao Brasil e competiram em festivais como o de Gramado. São os casos de Sur (1988) e El Viaje (1992). Os mais recentes são La Memoria del Saqueo (2004) e La dignidad de los nadies (2005). Mas talvez sua obra mais famosa seua El exilio de Gardel (Tangos), de 1985, que concorreu no Festival de Veneza. Com Sur, recebeu a Palma de melhor diretor em Cannes. 

Solanas é de uma geração que procurava não apenas o comprometimento político no conteúdo de seus filmes, mas buscava inovar na forma. Também com Getino lançou o manifesto por um "Tercer Cine". Buscavam essa terceira "margem" do cinema, diferente das vertentes dominantes, norte-americana e europeia. Esse movimento foi decisivo na criação do novo cinema argentina, que entrava em ressonância com iniciativas parecidas no mundo todo. Ou seja, com o Cinema Novo brasileiro, a nouvelle vague francesa, os novos cinemas alemão e inglês e assim por diante. Foi toda uma corrente de renovação que deu novos rumos ao cinema de invenção. 

Solanas estava em Paris servindo como embaixador da Argentina na Unesco quando contraiu o coronavírus. Cineasta engajado, Solanas também atuou na política. Foi eleito senador em 1992 e chegou a ser candidato à presidência em 2007. Apoiou a chapa do atual presidente argentino, Alberto Fernández, com Cristina Kirchner como vice.

 

Opinião por Luiz Zanin Oricchio

É jornalista, psicanalista e crítico de cinema

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