Cinema, cultura & afins

Opinião|Mostra 2023 (1): O Caso Goldman, mais um eletrizante drama de tribunal francês


Por Luiz Zanin Oricchio
 

 

Depois da abertura, com o excepcional Anatomia de uma Queda, surge na Mostra mais um contundente drama de tribunal francês, O Caso Goldman, de Cédric Kahn, inspirado numa história real. 

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O filme acompanha o julgamento de Pierre Goldman (1944-1979), judeu e militante de esquerda, acusado de assaltos e do assassinato de duas mulheres durante uma tentativa de roubo em 1969. 

Desta vez, diferentemente de Anatomia de uma Queda, o drama se passa por inteiro dentro de um tribunal de justiça. Por curiosidade, um dos advogados de defesa é interpretado por Arthur Harari, corroteirista de Anatomia de uma Queda e companheiro da diretora vencedora da Palma de Ouro, Justine Triet. 

Enfim, O Caso Goldman é, em sua essência, um filme da palavra, em que valem não apenas os torneios verbais de defesa e acusação, mas as próprias (e ríspidas) intervenções do acusado, e de testemunhas do crime. 

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Exige muita atenção, pois as pessoas falam muito e rápido, um francês de metralhadora. O que dizem não é banal e, sem estarmos numa convenção de filósofos, no fundo o que se discute é a questão da verdade e como (e se) é possível alcançá-la. O que se disputa é a vida e a morte de um homem. Nada menos. 

Já havia ouvido falar muito bem desse filme, em especial em debates entre críticos franceses. A maior parte deles adora o filme e este é bem cotado no site Allociné, que agrega críticas de diversos veículos, desde a mais popular Première até a exigente Cahiers du Cinéma. 

O filme se debruça sobre o segundo processo contra Goldman. No primeiro ele havia sido condenado à prisão perpétua. Neste segundo, admite vários crimes cometidos, mas declara-se inocente dos dois assassinatos. Provocador e insolente, tenta, em certo momento,  partir para cima do promotor e agredi-lo. O papel é defendido com brio por Arieh Worthalter. Arthur Harari faz o jovem advogado Georges Kiejman, também judeu, que pena para defender cliente tão incontrolável.

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O julgamento é politizado e parte da esquerda francesa adota Goldman como ídolo. Por seus antecedentes políticos, é certo, mas também pela maneira corajosa como enfrenta seus acusadores e os tacha de racistas e antissemitas.  

O filme é tenso do começo ao fim. Você não desgruda os olhos da tela e nem os ouvidos das falas. Cédric Kahn, com requintado trabalho visual, consegue nos fazer esquecer da monotonia daquela austera sala de tribunal. Filmaço. 

Horários de exibição

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19/10

21:20

RESERVA CULTURAL - SALA 2

20/10

13:30

ESPAÇO ITAÚ DE CINEMA AUGUSTA SALA 1

22/10

14:00

KINOPLEX ITAIM SALA 2

26/10

17:00

ESPAÇO ITAÚ DE CINEMA - FREI CANECA 1

 

 

Depois da abertura, com o excepcional Anatomia de uma Queda, surge na Mostra mais um contundente drama de tribunal francês, O Caso Goldman, de Cédric Kahn, inspirado numa história real. 

O filme acompanha o julgamento de Pierre Goldman (1944-1979), judeu e militante de esquerda, acusado de assaltos e do assassinato de duas mulheres durante uma tentativa de roubo em 1969. 

Desta vez, diferentemente de Anatomia de uma Queda, o drama se passa por inteiro dentro de um tribunal de justiça. Por curiosidade, um dos advogados de defesa é interpretado por Arthur Harari, corroteirista de Anatomia de uma Queda e companheiro da diretora vencedora da Palma de Ouro, Justine Triet. 

Enfim, O Caso Goldman é, em sua essência, um filme da palavra, em que valem não apenas os torneios verbais de defesa e acusação, mas as próprias (e ríspidas) intervenções do acusado, e de testemunhas do crime. 

Exige muita atenção, pois as pessoas falam muito e rápido, um francês de metralhadora. O que dizem não é banal e, sem estarmos numa convenção de filósofos, no fundo o que se discute é a questão da verdade e como (e se) é possível alcançá-la. O que se disputa é a vida e a morte de um homem. Nada menos. 

Já havia ouvido falar muito bem desse filme, em especial em debates entre críticos franceses. A maior parte deles adora o filme e este é bem cotado no site Allociné, que agrega críticas de diversos veículos, desde a mais popular Première até a exigente Cahiers du Cinéma. 

O filme se debruça sobre o segundo processo contra Goldman. No primeiro ele havia sido condenado à prisão perpétua. Neste segundo, admite vários crimes cometidos, mas declara-se inocente dos dois assassinatos. Provocador e insolente, tenta, em certo momento,  partir para cima do promotor e agredi-lo. O papel é defendido com brio por Arieh Worthalter. Arthur Harari faz o jovem advogado Georges Kiejman, também judeu, que pena para defender cliente tão incontrolável.

O julgamento é politizado e parte da esquerda francesa adota Goldman como ídolo. Por seus antecedentes políticos, é certo, mas também pela maneira corajosa como enfrenta seus acusadores e os tacha de racistas e antissemitas.  

O filme é tenso do começo ao fim. Você não desgruda os olhos da tela e nem os ouvidos das falas. Cédric Kahn, com requintado trabalho visual, consegue nos fazer esquecer da monotonia daquela austera sala de tribunal. Filmaço. 

Horários de exibição

19/10

21:20

RESERVA CULTURAL - SALA 2

20/10

13:30

ESPAÇO ITAÚ DE CINEMA AUGUSTA SALA 1

22/10

14:00

KINOPLEX ITAIM SALA 2

26/10

17:00

ESPAÇO ITAÚ DE CINEMA - FREI CANECA 1

 

 

Depois da abertura, com o excepcional Anatomia de uma Queda, surge na Mostra mais um contundente drama de tribunal francês, O Caso Goldman, de Cédric Kahn, inspirado numa história real. 

O filme acompanha o julgamento de Pierre Goldman (1944-1979), judeu e militante de esquerda, acusado de assaltos e do assassinato de duas mulheres durante uma tentativa de roubo em 1969. 

Desta vez, diferentemente de Anatomia de uma Queda, o drama se passa por inteiro dentro de um tribunal de justiça. Por curiosidade, um dos advogados de defesa é interpretado por Arthur Harari, corroteirista de Anatomia de uma Queda e companheiro da diretora vencedora da Palma de Ouro, Justine Triet. 

Enfim, O Caso Goldman é, em sua essência, um filme da palavra, em que valem não apenas os torneios verbais de defesa e acusação, mas as próprias (e ríspidas) intervenções do acusado, e de testemunhas do crime. 

Exige muita atenção, pois as pessoas falam muito e rápido, um francês de metralhadora. O que dizem não é banal e, sem estarmos numa convenção de filósofos, no fundo o que se discute é a questão da verdade e como (e se) é possível alcançá-la. O que se disputa é a vida e a morte de um homem. Nada menos. 

Já havia ouvido falar muito bem desse filme, em especial em debates entre críticos franceses. A maior parte deles adora o filme e este é bem cotado no site Allociné, que agrega críticas de diversos veículos, desde a mais popular Première até a exigente Cahiers du Cinéma. 

O filme se debruça sobre o segundo processo contra Goldman. No primeiro ele havia sido condenado à prisão perpétua. Neste segundo, admite vários crimes cometidos, mas declara-se inocente dos dois assassinatos. Provocador e insolente, tenta, em certo momento,  partir para cima do promotor e agredi-lo. O papel é defendido com brio por Arieh Worthalter. Arthur Harari faz o jovem advogado Georges Kiejman, também judeu, que pena para defender cliente tão incontrolável.

O julgamento é politizado e parte da esquerda francesa adota Goldman como ídolo. Por seus antecedentes políticos, é certo, mas também pela maneira corajosa como enfrenta seus acusadores e os tacha de racistas e antissemitas.  

O filme é tenso do começo ao fim. Você não desgruda os olhos da tela e nem os ouvidos das falas. Cédric Kahn, com requintado trabalho visual, consegue nos fazer esquecer da monotonia daquela austera sala de tribunal. Filmaço. 

Horários de exibição

19/10

21:20

RESERVA CULTURAL - SALA 2

20/10

13:30

ESPAÇO ITAÚ DE CINEMA AUGUSTA SALA 1

22/10

14:00

KINOPLEX ITAIM SALA 2

26/10

17:00

ESPAÇO ITAÚ DE CINEMA - FREI CANECA 1

 

 

Depois da abertura, com o excepcional Anatomia de uma Queda, surge na Mostra mais um contundente drama de tribunal francês, O Caso Goldman, de Cédric Kahn, inspirado numa história real. 

O filme acompanha o julgamento de Pierre Goldman (1944-1979), judeu e militante de esquerda, acusado de assaltos e do assassinato de duas mulheres durante uma tentativa de roubo em 1969. 

Desta vez, diferentemente de Anatomia de uma Queda, o drama se passa por inteiro dentro de um tribunal de justiça. Por curiosidade, um dos advogados de defesa é interpretado por Arthur Harari, corroteirista de Anatomia de uma Queda e companheiro da diretora vencedora da Palma de Ouro, Justine Triet. 

Enfim, O Caso Goldman é, em sua essência, um filme da palavra, em que valem não apenas os torneios verbais de defesa e acusação, mas as próprias (e ríspidas) intervenções do acusado, e de testemunhas do crime. 

Exige muita atenção, pois as pessoas falam muito e rápido, um francês de metralhadora. O que dizem não é banal e, sem estarmos numa convenção de filósofos, no fundo o que se discute é a questão da verdade e como (e se) é possível alcançá-la. O que se disputa é a vida e a morte de um homem. Nada menos. 

Já havia ouvido falar muito bem desse filme, em especial em debates entre críticos franceses. A maior parte deles adora o filme e este é bem cotado no site Allociné, que agrega críticas de diversos veículos, desde a mais popular Première até a exigente Cahiers du Cinéma. 

O filme se debruça sobre o segundo processo contra Goldman. No primeiro ele havia sido condenado à prisão perpétua. Neste segundo, admite vários crimes cometidos, mas declara-se inocente dos dois assassinatos. Provocador e insolente, tenta, em certo momento,  partir para cima do promotor e agredi-lo. O papel é defendido com brio por Arieh Worthalter. Arthur Harari faz o jovem advogado Georges Kiejman, também judeu, que pena para defender cliente tão incontrolável.

O julgamento é politizado e parte da esquerda francesa adota Goldman como ídolo. Por seus antecedentes políticos, é certo, mas também pela maneira corajosa como enfrenta seus acusadores e os tacha de racistas e antissemitas.  

O filme é tenso do começo ao fim. Você não desgruda os olhos da tela e nem os ouvidos das falas. Cédric Kahn, com requintado trabalho visual, consegue nos fazer esquecer da monotonia daquela austera sala de tribunal. Filmaço. 

Horários de exibição

19/10

21:20

RESERVA CULTURAL - SALA 2

20/10

13:30

ESPAÇO ITAÚ DE CINEMA AUGUSTA SALA 1

22/10

14:00

KINOPLEX ITAIM SALA 2

26/10

17:00

ESPAÇO ITAÚ DE CINEMA - FREI CANECA 1

 

 

Depois da abertura, com o excepcional Anatomia de uma Queda, surge na Mostra mais um contundente drama de tribunal francês, O Caso Goldman, de Cédric Kahn, inspirado numa história real. 

O filme acompanha o julgamento de Pierre Goldman (1944-1979), judeu e militante de esquerda, acusado de assaltos e do assassinato de duas mulheres durante uma tentativa de roubo em 1969. 

Desta vez, diferentemente de Anatomia de uma Queda, o drama se passa por inteiro dentro de um tribunal de justiça. Por curiosidade, um dos advogados de defesa é interpretado por Arthur Harari, corroteirista de Anatomia de uma Queda e companheiro da diretora vencedora da Palma de Ouro, Justine Triet. 

Enfim, O Caso Goldman é, em sua essência, um filme da palavra, em que valem não apenas os torneios verbais de defesa e acusação, mas as próprias (e ríspidas) intervenções do acusado, e de testemunhas do crime. 

Exige muita atenção, pois as pessoas falam muito e rápido, um francês de metralhadora. O que dizem não é banal e, sem estarmos numa convenção de filósofos, no fundo o que se discute é a questão da verdade e como (e se) é possível alcançá-la. O que se disputa é a vida e a morte de um homem. Nada menos. 

Já havia ouvido falar muito bem desse filme, em especial em debates entre críticos franceses. A maior parte deles adora o filme e este é bem cotado no site Allociné, que agrega críticas de diversos veículos, desde a mais popular Première até a exigente Cahiers du Cinéma. 

O filme se debruça sobre o segundo processo contra Goldman. No primeiro ele havia sido condenado à prisão perpétua. Neste segundo, admite vários crimes cometidos, mas declara-se inocente dos dois assassinatos. Provocador e insolente, tenta, em certo momento,  partir para cima do promotor e agredi-lo. O papel é defendido com brio por Arieh Worthalter. Arthur Harari faz o jovem advogado Georges Kiejman, também judeu, que pena para defender cliente tão incontrolável.

O julgamento é politizado e parte da esquerda francesa adota Goldman como ídolo. Por seus antecedentes políticos, é certo, mas também pela maneira corajosa como enfrenta seus acusadores e os tacha de racistas e antissemitas.  

O filme é tenso do começo ao fim. Você não desgruda os olhos da tela e nem os ouvidos das falas. Cédric Kahn, com requintado trabalho visual, consegue nos fazer esquecer da monotonia daquela austera sala de tribunal. Filmaço. 

Horários de exibição

19/10

21:20

RESERVA CULTURAL - SALA 2

20/10

13:30

ESPAÇO ITAÚ DE CINEMA AUGUSTA SALA 1

22/10

14:00

KINOPLEX ITAIM SALA 2

26/10

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Opinião por Luiz Zanin Oricchio

É jornalista, psicanalista e crítico de cinema

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