Pequenas neuroses contemporâneas

Opinião|Atenção: entrevista de Marcola não é news, é fiction


Por Marcelo Rubens Paiva

 

Fui almoçar com um amigo domingo da turma dos indignados e assustados com o que acontece no país, que me mostrou um zap que recebera.

"Estamos todos do inferno", dizia o texto alarmista.

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Seria uma entrevista que o Marcola, Marcos Camacho, líder do PCC, teria dado ao O Globo.

Que mostrava uma frieza e compreensão de filosofia espantosas.

Citava até Dante.

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Eu na hora disse: É fake-news.

Sem saber com certeza. Apenas intuí nos meus 35 anos de trabalho (e convivo) na imprensa.

Não fazia sentido. Marcola está preso num presídio de segurança máxima. Por que permitiriam que O Globo o entrevistasse e ameaçasse a população? Por que O Globo publicaria aquilo.

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Meu amigo olhou sem graça e deu um Google.

O suposto entrevistado não era Marcola.

Nem era news, mas fiction.

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Trata-se de uma crônica publicada há 11 anos no Estadão e O Globo.

Seu autor? Claro, Arnaldo Jabor, com seu estilo único, espetacular, de palavras precisas, dono de uma cultura ampla.

Crônica publicada dia depois que o PCC paralisou São Paulo, numa onda de pânico coletivo espalhada pelos celulares pré-redes sociais.

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Meu amigo ficou envergonhado. Repassara aquele texto a grupos do zap.

Foi reverberador de uma farsa.

O que o medo faz: o que parece tão óbvio para uns, torna-se pânico para outros.

 

Fui almoçar com um amigo domingo da turma dos indignados e assustados com o que acontece no país, que me mostrou um zap que recebera.

"Estamos todos do inferno", dizia o texto alarmista.

Seria uma entrevista que o Marcola, Marcos Camacho, líder do PCC, teria dado ao O Globo.

Que mostrava uma frieza e compreensão de filosofia espantosas.

Citava até Dante.

Eu na hora disse: É fake-news.

Sem saber com certeza. Apenas intuí nos meus 35 anos de trabalho (e convivo) na imprensa.

Não fazia sentido. Marcola está preso num presídio de segurança máxima. Por que permitiriam que O Globo o entrevistasse e ameaçasse a população? Por que O Globo publicaria aquilo.

Meu amigo olhou sem graça e deu um Google.

O suposto entrevistado não era Marcola.

Nem era news, mas fiction.

Trata-se de uma crônica publicada há 11 anos no Estadão e O Globo.

Seu autor? Claro, Arnaldo Jabor, com seu estilo único, espetacular, de palavras precisas, dono de uma cultura ampla.

Crônica publicada dia depois que o PCC paralisou São Paulo, numa onda de pânico coletivo espalhada pelos celulares pré-redes sociais.

Meu amigo ficou envergonhado. Repassara aquele texto a grupos do zap.

Foi reverberador de uma farsa.

O que o medo faz: o que parece tão óbvio para uns, torna-se pânico para outros.

 

Fui almoçar com um amigo domingo da turma dos indignados e assustados com o que acontece no país, que me mostrou um zap que recebera.

"Estamos todos do inferno", dizia o texto alarmista.

Seria uma entrevista que o Marcola, Marcos Camacho, líder do PCC, teria dado ao O Globo.

Que mostrava uma frieza e compreensão de filosofia espantosas.

Citava até Dante.

Eu na hora disse: É fake-news.

Sem saber com certeza. Apenas intuí nos meus 35 anos de trabalho (e convivo) na imprensa.

Não fazia sentido. Marcola está preso num presídio de segurança máxima. Por que permitiriam que O Globo o entrevistasse e ameaçasse a população? Por que O Globo publicaria aquilo.

Meu amigo olhou sem graça e deu um Google.

O suposto entrevistado não era Marcola.

Nem era news, mas fiction.

Trata-se de uma crônica publicada há 11 anos no Estadão e O Globo.

Seu autor? Claro, Arnaldo Jabor, com seu estilo único, espetacular, de palavras precisas, dono de uma cultura ampla.

Crônica publicada dia depois que o PCC paralisou São Paulo, numa onda de pânico coletivo espalhada pelos celulares pré-redes sociais.

Meu amigo ficou envergonhado. Repassara aquele texto a grupos do zap.

Foi reverberador de uma farsa.

O que o medo faz: o que parece tão óbvio para uns, torna-se pânico para outros.

 

Fui almoçar com um amigo domingo da turma dos indignados e assustados com o que acontece no país, que me mostrou um zap que recebera.

"Estamos todos do inferno", dizia o texto alarmista.

Seria uma entrevista que o Marcola, Marcos Camacho, líder do PCC, teria dado ao O Globo.

Que mostrava uma frieza e compreensão de filosofia espantosas.

Citava até Dante.

Eu na hora disse: É fake-news.

Sem saber com certeza. Apenas intuí nos meus 35 anos de trabalho (e convivo) na imprensa.

Não fazia sentido. Marcola está preso num presídio de segurança máxima. Por que permitiriam que O Globo o entrevistasse e ameaçasse a população? Por que O Globo publicaria aquilo.

Meu amigo olhou sem graça e deu um Google.

O suposto entrevistado não era Marcola.

Nem era news, mas fiction.

Trata-se de uma crônica publicada há 11 anos no Estadão e O Globo.

Seu autor? Claro, Arnaldo Jabor, com seu estilo único, espetacular, de palavras precisas, dono de uma cultura ampla.

Crônica publicada dia depois que o PCC paralisou São Paulo, numa onda de pânico coletivo espalhada pelos celulares pré-redes sociais.

Meu amigo ficou envergonhado. Repassara aquele texto a grupos do zap.

Foi reverberador de uma farsa.

O que o medo faz: o que parece tão óbvio para uns, torna-se pânico para outros.

Opinião por Marcelo Rubens Paiva

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