Fizeram a America ser branca de novo.
O sonho acabou.
Sai a família mais cativante que já ocupou a Casa Branca, voltam os loiros ao poder.
Durou oito anos o sonho de uma América racialmente tolerante, que vislumbrava um mundo ideal de saúde para todos e respeito a todas as raças e religiões.
Voltou o que fez do país uma potência: um ultranacionalismo conservador aliado a barreiras sociais e fronteiriças.
Voltou a ignorância geopolítica.
Voltou o protecionismo.
A tensão entre pobres e imigrantes.
O americanos enlouqueceram?
Querem as fábricas exiladas pela globalização de volta.
Não as terão, porque o mercado apita mais.
O capitalismo é maior que os três poderes.
A surpresa foi que 30% de latinos votaram em Trump.
Latinos da Flórida votaram contra latinos da Califórnia.
Exilados cubano traíram seus vizinhos mexicanos.
Dá pra entender, afinal, foi do México que partiu o barco em que estavam Fidel e Guevara, para expulsar a elite cubana do poder.
Mas o que transparece é um sentimento nada solidário: latinos não aceitam mais estrangeiros entre eles.
30% de latinos querem barrar a entrada de muçulmanos e mais latinos.
Muitos não querem pagar pela saúde dos mais pobres.
Mulheres não necessariamente votam numa mulher.
O tabu de nunca haver uma mulher na presidência se mantem mais forte do de nunca haver um negro.
A Suprema Corte, o Senado e a Câmara ficam sob o domínio republicano.
Sai o suingue. Entra a hipocrisia.
Obama Care será a primeira ação a ser detonada.
O ridículo muro, que em parte já existe, vem depois?
Atuarão junto com os russos contra o ISIS?
Maconha para uso recreativo foi aprovada na maioria dos estados em que foi proposta, como na Califórnia, assim como controle maior de armas.
Mas, calma.
A presidência não manda tanto assim numa república federativa.
O novo congresso republicano não é 100% pro-Trump.
O pesadelo é grande.
Não virá uma Terceira Guerra Mundial.
E quer apostar que as indústrias continuarão na China e no México?