Coluna quinzenal da jornalista Maria Fernanda Rodrigues com dicas de leitura

Opinião|Os livros que quero ler em 2023


Entre a lista de novidades e a pilha de livros para ler, sigo com a esperança de um ano mais lento

Por Maria Fernanda Rodrigues

Esta podia ser uma coluna com os melhores livros que li em 2022, e eles foram muitos. Mas isso me faz lembrar de tudo o que eu quis ler e não consegui. Por falta de tempo, pela conjuntura, porque outro furou a fila.

Por exemplo, eu queria ter lido todos os livros da Natalia Ginzburg da estante porque ela foi uma das melhores descobertas do ano. Consegui dois: As Pequenas Virtudes e Caro Michele.

Queria ter lido Deus, O Que Quer de Nós?, o novo romance de Ignácio de Loyola Brandão. E Só Prosa, do poeta Armando Freitas Filho. E também Humanos Exemplares, de Juliana Leite. Sonhos no Terceiro Reich, de Charlotte Beradt, estava na minha lista desde antes de ele ficar pronto, mas o Sergio Augusto, meu colega de caderno, foi mais rápido em escrever sobre ele e o livro foi parar na pilha de leituras pendentes, com Elizabeth Finch. Eu sempre leio tudo do Julian Barnes quando sai, mas vou levar esse para 2023 – e tantos outros.

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Um livro por semana. Sem contar os infantis. Às vezes mais, ou menos. E seguimos.

Editoras começam a divulgar seus lançamentos de 2023 Foto: EliFrancis/Pixabay

Vendo a lista de lançamentos para o ano que se aproxima, anoto, aqui e ali, o que eu gostaria de ler. E eis a primeira lista de desejos para o ano.

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Cara Paz, de Lisa Ginzburg. Neta da Natalia. Filha do Carlo – italiano que, anos atrás, ouvi falar sobre micro-história numa enorme tenda de circo na Jornada de Passo Fundo. A história, sobre duas irmãs, sobre o amadurecimento de uma delas e a sensação de paz que isso traz, parece bonita. Sai pela Nós.

De ficção brasileira, Vento de Queimada, romance de André de Leones que se passa no centro-oeste, em 1983, e é protagonizado por uma historiadora que se torna matadora profissional e se envolve com políticos e policiais. Sai pela Record. E Dor Fantasma, de Rafael Gallo, vencedor do Prêmio Saramago e no prelo da Globo – sobre um pianista perfeccionista e sua relação com o filho e com ele próprio após um acidente.

Ainda entre os brasileiros, Quando me Descobri Negra, de Bianca Santana, que ganhará reedição pela Fósforo.

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À L’est Des Rêves, de Nastassja Martin. O segundo da antropóloga francesa no catálogo da 34 e no Brasil. Autora de Escute as Feras, ela se aprofunda, no novo livro, na questão do sonho – que, para ela, pode ser tão perigoso quanto o urso que a atacou, tema do primeiro.

E, misturando boa literatura e autobiografia, Ioga, de Emmanuel Carrère, que sairá pela Alfaguara. É sobre ioga e meditação, sobre depressão e terrorismo, e sobre um homem que luta para viver em harmonia com o mundo e consigo.

Isso, só para começar. A coluna sai de férias em janeiro. Feliz 2023 e boas leituras!

Esta podia ser uma coluna com os melhores livros que li em 2022, e eles foram muitos. Mas isso me faz lembrar de tudo o que eu quis ler e não consegui. Por falta de tempo, pela conjuntura, porque outro furou a fila.

Por exemplo, eu queria ter lido todos os livros da Natalia Ginzburg da estante porque ela foi uma das melhores descobertas do ano. Consegui dois: As Pequenas Virtudes e Caro Michele.

Queria ter lido Deus, O Que Quer de Nós?, o novo romance de Ignácio de Loyola Brandão. E Só Prosa, do poeta Armando Freitas Filho. E também Humanos Exemplares, de Juliana Leite. Sonhos no Terceiro Reich, de Charlotte Beradt, estava na minha lista desde antes de ele ficar pronto, mas o Sergio Augusto, meu colega de caderno, foi mais rápido em escrever sobre ele e o livro foi parar na pilha de leituras pendentes, com Elizabeth Finch. Eu sempre leio tudo do Julian Barnes quando sai, mas vou levar esse para 2023 – e tantos outros.

Um livro por semana. Sem contar os infantis. Às vezes mais, ou menos. E seguimos.

Editoras começam a divulgar seus lançamentos de 2023 Foto: EliFrancis/Pixabay

Vendo a lista de lançamentos para o ano que se aproxima, anoto, aqui e ali, o que eu gostaria de ler. E eis a primeira lista de desejos para o ano.

Cara Paz, de Lisa Ginzburg. Neta da Natalia. Filha do Carlo – italiano que, anos atrás, ouvi falar sobre micro-história numa enorme tenda de circo na Jornada de Passo Fundo. A história, sobre duas irmãs, sobre o amadurecimento de uma delas e a sensação de paz que isso traz, parece bonita. Sai pela Nós.

De ficção brasileira, Vento de Queimada, romance de André de Leones que se passa no centro-oeste, em 1983, e é protagonizado por uma historiadora que se torna matadora profissional e se envolve com políticos e policiais. Sai pela Record. E Dor Fantasma, de Rafael Gallo, vencedor do Prêmio Saramago e no prelo da Globo – sobre um pianista perfeccionista e sua relação com o filho e com ele próprio após um acidente.

Ainda entre os brasileiros, Quando me Descobri Negra, de Bianca Santana, que ganhará reedição pela Fósforo.

À L’est Des Rêves, de Nastassja Martin. O segundo da antropóloga francesa no catálogo da 34 e no Brasil. Autora de Escute as Feras, ela se aprofunda, no novo livro, na questão do sonho – que, para ela, pode ser tão perigoso quanto o urso que a atacou, tema do primeiro.

E, misturando boa literatura e autobiografia, Ioga, de Emmanuel Carrère, que sairá pela Alfaguara. É sobre ioga e meditação, sobre depressão e terrorismo, e sobre um homem que luta para viver em harmonia com o mundo e consigo.

Isso, só para começar. A coluna sai de férias em janeiro. Feliz 2023 e boas leituras!

Esta podia ser uma coluna com os melhores livros que li em 2022, e eles foram muitos. Mas isso me faz lembrar de tudo o que eu quis ler e não consegui. Por falta de tempo, pela conjuntura, porque outro furou a fila.

Por exemplo, eu queria ter lido todos os livros da Natalia Ginzburg da estante porque ela foi uma das melhores descobertas do ano. Consegui dois: As Pequenas Virtudes e Caro Michele.

Queria ter lido Deus, O Que Quer de Nós?, o novo romance de Ignácio de Loyola Brandão. E Só Prosa, do poeta Armando Freitas Filho. E também Humanos Exemplares, de Juliana Leite. Sonhos no Terceiro Reich, de Charlotte Beradt, estava na minha lista desde antes de ele ficar pronto, mas o Sergio Augusto, meu colega de caderno, foi mais rápido em escrever sobre ele e o livro foi parar na pilha de leituras pendentes, com Elizabeth Finch. Eu sempre leio tudo do Julian Barnes quando sai, mas vou levar esse para 2023 – e tantos outros.

Um livro por semana. Sem contar os infantis. Às vezes mais, ou menos. E seguimos.

Editoras começam a divulgar seus lançamentos de 2023 Foto: EliFrancis/Pixabay

Vendo a lista de lançamentos para o ano que se aproxima, anoto, aqui e ali, o que eu gostaria de ler. E eis a primeira lista de desejos para o ano.

Cara Paz, de Lisa Ginzburg. Neta da Natalia. Filha do Carlo – italiano que, anos atrás, ouvi falar sobre micro-história numa enorme tenda de circo na Jornada de Passo Fundo. A história, sobre duas irmãs, sobre o amadurecimento de uma delas e a sensação de paz que isso traz, parece bonita. Sai pela Nós.

De ficção brasileira, Vento de Queimada, romance de André de Leones que se passa no centro-oeste, em 1983, e é protagonizado por uma historiadora que se torna matadora profissional e se envolve com políticos e policiais. Sai pela Record. E Dor Fantasma, de Rafael Gallo, vencedor do Prêmio Saramago e no prelo da Globo – sobre um pianista perfeccionista e sua relação com o filho e com ele próprio após um acidente.

Ainda entre os brasileiros, Quando me Descobri Negra, de Bianca Santana, que ganhará reedição pela Fósforo.

À L’est Des Rêves, de Nastassja Martin. O segundo da antropóloga francesa no catálogo da 34 e no Brasil. Autora de Escute as Feras, ela se aprofunda, no novo livro, na questão do sonho – que, para ela, pode ser tão perigoso quanto o urso que a atacou, tema do primeiro.

E, misturando boa literatura e autobiografia, Ioga, de Emmanuel Carrère, que sairá pela Alfaguara. É sobre ioga e meditação, sobre depressão e terrorismo, e sobre um homem que luta para viver em harmonia com o mundo e consigo.

Isso, só para começar. A coluna sai de férias em janeiro. Feliz 2023 e boas leituras!

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Editora de Cultura e jornalista especializada em literatura e mercado editorial

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