Meninas Superpoderosas


JD Samson, militante lésbica e líder do Le Tigre, traz ao festival Popload Gig seu novo projeto

Por Jotabê Medeiros

 

JD Samson, ao centro. "Nunca pretendi me tornar líder de nada, tento só ser feliz. Para isso, tive de enfrentar certas barreiras"

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      "Foi dureza sair do armário em Ohio, sendo eu uma lésbica de 15 anos de idade", conta a norte-americana Jocelyn Samson. Aos 17 anos, sentindo-se sufocada, ela teve de deixar o subúrbio natal, Pepper Pike, em Cleveland, e rumar para Nova York, onde se engajou em estudos de arte e em bicos como iluminadora em espetáculos de arte de vanguarda.

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Foi fazendo projeção de imagens no show do grupo Le Tigre, referência do electropunk, que ela foi convidada a integrar a banda. Desde então, mudou o nome para JD Samson e tornou-se uma espécie de líder natural das lésbicas modernas do Brooklyn e adjacências, um modelo de inquietação artística e comportamental. Ao lado da também colega do Le Tigre, Johanna Fateman, ela toca dia 10 no Comitê, em São Paulo, como atração principal do festival Popload Gig, mostrando seu novíssimo projeto musical MEN.

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A militância gay de JD Samson é enérgica e firme, e ela trata disso o tempo todo, seja em sua atuação como artista visual ou como estrela da cena musical, empunhando o orgulho sexual nas letras das músicas que canta, como Viz, do Le Tigre. "Não é algo que eu queria fazer deliberadamente. Não estou tentando ser uma líder, mas apenas ser feliz em minha carreira e minha vida. O problema é que, para isso, tive de enfrentar certas barreiras", disse a DJ e cantora ao Estado, por telefone, falando de sua casa no Brooklyn.

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JD tem também outra faceta musical, o Hirsute, e é dali que vêm os outros integrantes do MEN, Michael O"Neill (também integrante do Princess e Ladybug Transistor) e Ginger Brooks Takahashi (também membro do LTTR e The Ballet). Essa é a banda no palco. Johanna Fateman e Emily Roysdon completam o time como "artistas contribuintes" eventuais.

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"A música sempre foi importante para mim. Quando criança, eu ia sentada no banco de trás do carro dos meus pais pensando em canções, imaginando remixes, reinventando o que ouvia no rádio. Não aprendi instrumentos até os 15 anos, e ouvia muita música pop. Depois, tomei conhecimento da punk music e fui criando a música que faço hoje", contou.

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Fã de coisas aparentemente díspares, como Joan Armatrading ("ela é incrível, é um ídolo para mim"), Hot Chip e LCD Soundsystem, ela conta que, ao menos com esses dois últimos nomes, a influência é mútua. "Como eu conheço todos eles, o que acaba acontecendo é que um inspira o outro. Acho isso realmente importante, o diálogo entre pessoas que fazem a música", afirmou.

A cantora conta que já esteve em São Paulo há três anos, como DJ, e tocou numa festa dentro de uma velha igreja. Não lembra o nome. Ela é cofundadora do grupo de performance artística Dykes Can Dance. Em 2003, ela lançou o JD"s Lesbian Calendar, uma colaboração com o fotógrafo Cass Bird, que teve uma continuidade em 2006 com o documentário JD"s Lesbian Utopia, no qual ela registrava suas viagens através dos Estados Unidos.

Muitas das canções do Le Tigre eram carregadas de um acentuado cinismo, ou ironia, como na letra de What"s Yr Take on Cassavetes, uma espécie de piada musical a respeito dos filmes do diretor de cinema John Cassavetes. JD Samson gritava: "Misógino!", e suas colegas Kathleen Hanna e Johanna Fateman devolviam: "Gênio!", e todas juntas cantavam o refrão: "What"s your take on Cassavetes? What"s your take on Cassavetes?" ("Qual é a tua opinião sobre Cassavetes?").

A artista comentou essa ênfase debochada nas letras. "A ironia está presente em quase toda a arte. É uma forma de chamar a atenção, como numa caricatura", considera. "Quando você está falando para um público gay, você quer que eles te entendam, e a ironia é uma sofisticada forma de linguagem muito compreendida entre gays. Faz rir, faz pensar, faz concordar ou discordar, mas não fica em cima do muro."

Segundo a cantora de voz de androide, quando atua como DJ o importante não é impor um set ao público, mas sentir o que o público quer. "Tudo depende de onde estou. Posso tocar hip-hop, dance, punk rock. Outro dia me dei muito bem tocando dance music no México. É muito importante pesquisar e estar preparada para oferecer aquilo que o público quer. Quero que as pessoas se divirtam. Agora, você tem de saber sentir a plateia", considera. Em um dos sets recentes, ela alternou Ting Tings, Daft Punk, Lykke Li, CSS e Gwen Stefani.

JD Sampson disse que ainda não viu grande mudança comportamental nos Estados Unidos na era Obama. "Não aquela mudança que eu esperava", mas não se diz frustrada com isso. "Há uma tentativa, pelo menos." Também contou que outro dia voltou ao seu subúrbio em Cleveland para tocar com sua banda. Sempre quis saber como seria após ter se tornado um ícone gay. "Não foi caloroso. Mas minha família foi me ver. Para mim, foi uma grande experiência estar no palco tocando e lá embaixo meus avós me assistindo."

 

JD Samson, ao centro. "Nunca pretendi me tornar líder de nada, tento só ser feliz. Para isso, tive de enfrentar certas barreiras"

 

      "Foi dureza sair do armário em Ohio, sendo eu uma lésbica de 15 anos de idade", conta a norte-americana Jocelyn Samson. Aos 17 anos, sentindo-se sufocada, ela teve de deixar o subúrbio natal, Pepper Pike, em Cleveland, e rumar para Nova York, onde se engajou em estudos de arte e em bicos como iluminadora em espetáculos de arte de vanguarda.

Foi fazendo projeção de imagens no show do grupo Le Tigre, referência do electropunk, que ela foi convidada a integrar a banda. Desde então, mudou o nome para JD Samson e tornou-se uma espécie de líder natural das lésbicas modernas do Brooklyn e adjacências, um modelo de inquietação artística e comportamental. Ao lado da também colega do Le Tigre, Johanna Fateman, ela toca dia 10 no Comitê, em São Paulo, como atração principal do festival Popload Gig, mostrando seu novíssimo projeto musical MEN.

A militância gay de JD Samson é enérgica e firme, e ela trata disso o tempo todo, seja em sua atuação como artista visual ou como estrela da cena musical, empunhando o orgulho sexual nas letras das músicas que canta, como Viz, do Le Tigre. "Não é algo que eu queria fazer deliberadamente. Não estou tentando ser uma líder, mas apenas ser feliz em minha carreira e minha vida. O problema é que, para isso, tive de enfrentar certas barreiras", disse a DJ e cantora ao Estado, por telefone, falando de sua casa no Brooklyn.

JD tem também outra faceta musical, o Hirsute, e é dali que vêm os outros integrantes do MEN, Michael O"Neill (também integrante do Princess e Ladybug Transistor) e Ginger Brooks Takahashi (também membro do LTTR e The Ballet). Essa é a banda no palco. Johanna Fateman e Emily Roysdon completam o time como "artistas contribuintes" eventuais.

"A música sempre foi importante para mim. Quando criança, eu ia sentada no banco de trás do carro dos meus pais pensando em canções, imaginando remixes, reinventando o que ouvia no rádio. Não aprendi instrumentos até os 15 anos, e ouvia muita música pop. Depois, tomei conhecimento da punk music e fui criando a música que faço hoje", contou.

Fã de coisas aparentemente díspares, como Joan Armatrading ("ela é incrível, é um ídolo para mim"), Hot Chip e LCD Soundsystem, ela conta que, ao menos com esses dois últimos nomes, a influência é mútua. "Como eu conheço todos eles, o que acaba acontecendo é que um inspira o outro. Acho isso realmente importante, o diálogo entre pessoas que fazem a música", afirmou.

A cantora conta que já esteve em São Paulo há três anos, como DJ, e tocou numa festa dentro de uma velha igreja. Não lembra o nome. Ela é cofundadora do grupo de performance artística Dykes Can Dance. Em 2003, ela lançou o JD"s Lesbian Calendar, uma colaboração com o fotógrafo Cass Bird, que teve uma continuidade em 2006 com o documentário JD"s Lesbian Utopia, no qual ela registrava suas viagens através dos Estados Unidos.

Muitas das canções do Le Tigre eram carregadas de um acentuado cinismo, ou ironia, como na letra de What"s Yr Take on Cassavetes, uma espécie de piada musical a respeito dos filmes do diretor de cinema John Cassavetes. JD Samson gritava: "Misógino!", e suas colegas Kathleen Hanna e Johanna Fateman devolviam: "Gênio!", e todas juntas cantavam o refrão: "What"s your take on Cassavetes? What"s your take on Cassavetes?" ("Qual é a tua opinião sobre Cassavetes?").

A artista comentou essa ênfase debochada nas letras. "A ironia está presente em quase toda a arte. É uma forma de chamar a atenção, como numa caricatura", considera. "Quando você está falando para um público gay, você quer que eles te entendam, e a ironia é uma sofisticada forma de linguagem muito compreendida entre gays. Faz rir, faz pensar, faz concordar ou discordar, mas não fica em cima do muro."

Segundo a cantora de voz de androide, quando atua como DJ o importante não é impor um set ao público, mas sentir o que o público quer. "Tudo depende de onde estou. Posso tocar hip-hop, dance, punk rock. Outro dia me dei muito bem tocando dance music no México. É muito importante pesquisar e estar preparada para oferecer aquilo que o público quer. Quero que as pessoas se divirtam. Agora, você tem de saber sentir a plateia", considera. Em um dos sets recentes, ela alternou Ting Tings, Daft Punk, Lykke Li, CSS e Gwen Stefani.

JD Sampson disse que ainda não viu grande mudança comportamental nos Estados Unidos na era Obama. "Não aquela mudança que eu esperava", mas não se diz frustrada com isso. "Há uma tentativa, pelo menos." Também contou que outro dia voltou ao seu subúrbio em Cleveland para tocar com sua banda. Sempre quis saber como seria após ter se tornado um ícone gay. "Não foi caloroso. Mas minha família foi me ver. Para mim, foi uma grande experiência estar no palco tocando e lá embaixo meus avós me assistindo."

 

JD Samson, ao centro. "Nunca pretendi me tornar líder de nada, tento só ser feliz. Para isso, tive de enfrentar certas barreiras"

 

      "Foi dureza sair do armário em Ohio, sendo eu uma lésbica de 15 anos de idade", conta a norte-americana Jocelyn Samson. Aos 17 anos, sentindo-se sufocada, ela teve de deixar o subúrbio natal, Pepper Pike, em Cleveland, e rumar para Nova York, onde se engajou em estudos de arte e em bicos como iluminadora em espetáculos de arte de vanguarda.

Foi fazendo projeção de imagens no show do grupo Le Tigre, referência do electropunk, que ela foi convidada a integrar a banda. Desde então, mudou o nome para JD Samson e tornou-se uma espécie de líder natural das lésbicas modernas do Brooklyn e adjacências, um modelo de inquietação artística e comportamental. Ao lado da também colega do Le Tigre, Johanna Fateman, ela toca dia 10 no Comitê, em São Paulo, como atração principal do festival Popload Gig, mostrando seu novíssimo projeto musical MEN.

A militância gay de JD Samson é enérgica e firme, e ela trata disso o tempo todo, seja em sua atuação como artista visual ou como estrela da cena musical, empunhando o orgulho sexual nas letras das músicas que canta, como Viz, do Le Tigre. "Não é algo que eu queria fazer deliberadamente. Não estou tentando ser uma líder, mas apenas ser feliz em minha carreira e minha vida. O problema é que, para isso, tive de enfrentar certas barreiras", disse a DJ e cantora ao Estado, por telefone, falando de sua casa no Brooklyn.

JD tem também outra faceta musical, o Hirsute, e é dali que vêm os outros integrantes do MEN, Michael O"Neill (também integrante do Princess e Ladybug Transistor) e Ginger Brooks Takahashi (também membro do LTTR e The Ballet). Essa é a banda no palco. Johanna Fateman e Emily Roysdon completam o time como "artistas contribuintes" eventuais.

"A música sempre foi importante para mim. Quando criança, eu ia sentada no banco de trás do carro dos meus pais pensando em canções, imaginando remixes, reinventando o que ouvia no rádio. Não aprendi instrumentos até os 15 anos, e ouvia muita música pop. Depois, tomei conhecimento da punk music e fui criando a música que faço hoje", contou.

Fã de coisas aparentemente díspares, como Joan Armatrading ("ela é incrível, é um ídolo para mim"), Hot Chip e LCD Soundsystem, ela conta que, ao menos com esses dois últimos nomes, a influência é mútua. "Como eu conheço todos eles, o que acaba acontecendo é que um inspira o outro. Acho isso realmente importante, o diálogo entre pessoas que fazem a música", afirmou.

A cantora conta que já esteve em São Paulo há três anos, como DJ, e tocou numa festa dentro de uma velha igreja. Não lembra o nome. Ela é cofundadora do grupo de performance artística Dykes Can Dance. Em 2003, ela lançou o JD"s Lesbian Calendar, uma colaboração com o fotógrafo Cass Bird, que teve uma continuidade em 2006 com o documentário JD"s Lesbian Utopia, no qual ela registrava suas viagens através dos Estados Unidos.

Muitas das canções do Le Tigre eram carregadas de um acentuado cinismo, ou ironia, como na letra de What"s Yr Take on Cassavetes, uma espécie de piada musical a respeito dos filmes do diretor de cinema John Cassavetes. JD Samson gritava: "Misógino!", e suas colegas Kathleen Hanna e Johanna Fateman devolviam: "Gênio!", e todas juntas cantavam o refrão: "What"s your take on Cassavetes? What"s your take on Cassavetes?" ("Qual é a tua opinião sobre Cassavetes?").

A artista comentou essa ênfase debochada nas letras. "A ironia está presente em quase toda a arte. É uma forma de chamar a atenção, como numa caricatura", considera. "Quando você está falando para um público gay, você quer que eles te entendam, e a ironia é uma sofisticada forma de linguagem muito compreendida entre gays. Faz rir, faz pensar, faz concordar ou discordar, mas não fica em cima do muro."

Segundo a cantora de voz de androide, quando atua como DJ o importante não é impor um set ao público, mas sentir o que o público quer. "Tudo depende de onde estou. Posso tocar hip-hop, dance, punk rock. Outro dia me dei muito bem tocando dance music no México. É muito importante pesquisar e estar preparada para oferecer aquilo que o público quer. Quero que as pessoas se divirtam. Agora, você tem de saber sentir a plateia", considera. Em um dos sets recentes, ela alternou Ting Tings, Daft Punk, Lykke Li, CSS e Gwen Stefani.

JD Sampson disse que ainda não viu grande mudança comportamental nos Estados Unidos na era Obama. "Não aquela mudança que eu esperava", mas não se diz frustrada com isso. "Há uma tentativa, pelo menos." Também contou que outro dia voltou ao seu subúrbio em Cleveland para tocar com sua banda. Sempre quis saber como seria após ter se tornado um ícone gay. "Não foi caloroso. Mas minha família foi me ver. Para mim, foi uma grande experiência estar no palco tocando e lá embaixo meus avós me assistindo."

 

JD Samson, ao centro. "Nunca pretendi me tornar líder de nada, tento só ser feliz. Para isso, tive de enfrentar certas barreiras"

 

      "Foi dureza sair do armário em Ohio, sendo eu uma lésbica de 15 anos de idade", conta a norte-americana Jocelyn Samson. Aos 17 anos, sentindo-se sufocada, ela teve de deixar o subúrbio natal, Pepper Pike, em Cleveland, e rumar para Nova York, onde se engajou em estudos de arte e em bicos como iluminadora em espetáculos de arte de vanguarda.

Foi fazendo projeção de imagens no show do grupo Le Tigre, referência do electropunk, que ela foi convidada a integrar a banda. Desde então, mudou o nome para JD Samson e tornou-se uma espécie de líder natural das lésbicas modernas do Brooklyn e adjacências, um modelo de inquietação artística e comportamental. Ao lado da também colega do Le Tigre, Johanna Fateman, ela toca dia 10 no Comitê, em São Paulo, como atração principal do festival Popload Gig, mostrando seu novíssimo projeto musical MEN.

A militância gay de JD Samson é enérgica e firme, e ela trata disso o tempo todo, seja em sua atuação como artista visual ou como estrela da cena musical, empunhando o orgulho sexual nas letras das músicas que canta, como Viz, do Le Tigre. "Não é algo que eu queria fazer deliberadamente. Não estou tentando ser uma líder, mas apenas ser feliz em minha carreira e minha vida. O problema é que, para isso, tive de enfrentar certas barreiras", disse a DJ e cantora ao Estado, por telefone, falando de sua casa no Brooklyn.

JD tem também outra faceta musical, o Hirsute, e é dali que vêm os outros integrantes do MEN, Michael O"Neill (também integrante do Princess e Ladybug Transistor) e Ginger Brooks Takahashi (também membro do LTTR e The Ballet). Essa é a banda no palco. Johanna Fateman e Emily Roysdon completam o time como "artistas contribuintes" eventuais.

"A música sempre foi importante para mim. Quando criança, eu ia sentada no banco de trás do carro dos meus pais pensando em canções, imaginando remixes, reinventando o que ouvia no rádio. Não aprendi instrumentos até os 15 anos, e ouvia muita música pop. Depois, tomei conhecimento da punk music e fui criando a música que faço hoje", contou.

Fã de coisas aparentemente díspares, como Joan Armatrading ("ela é incrível, é um ídolo para mim"), Hot Chip e LCD Soundsystem, ela conta que, ao menos com esses dois últimos nomes, a influência é mútua. "Como eu conheço todos eles, o que acaba acontecendo é que um inspira o outro. Acho isso realmente importante, o diálogo entre pessoas que fazem a música", afirmou.

A cantora conta que já esteve em São Paulo há três anos, como DJ, e tocou numa festa dentro de uma velha igreja. Não lembra o nome. Ela é cofundadora do grupo de performance artística Dykes Can Dance. Em 2003, ela lançou o JD"s Lesbian Calendar, uma colaboração com o fotógrafo Cass Bird, que teve uma continuidade em 2006 com o documentário JD"s Lesbian Utopia, no qual ela registrava suas viagens através dos Estados Unidos.

Muitas das canções do Le Tigre eram carregadas de um acentuado cinismo, ou ironia, como na letra de What"s Yr Take on Cassavetes, uma espécie de piada musical a respeito dos filmes do diretor de cinema John Cassavetes. JD Samson gritava: "Misógino!", e suas colegas Kathleen Hanna e Johanna Fateman devolviam: "Gênio!", e todas juntas cantavam o refrão: "What"s your take on Cassavetes? What"s your take on Cassavetes?" ("Qual é a tua opinião sobre Cassavetes?").

A artista comentou essa ênfase debochada nas letras. "A ironia está presente em quase toda a arte. É uma forma de chamar a atenção, como numa caricatura", considera. "Quando você está falando para um público gay, você quer que eles te entendam, e a ironia é uma sofisticada forma de linguagem muito compreendida entre gays. Faz rir, faz pensar, faz concordar ou discordar, mas não fica em cima do muro."

Segundo a cantora de voz de androide, quando atua como DJ o importante não é impor um set ao público, mas sentir o que o público quer. "Tudo depende de onde estou. Posso tocar hip-hop, dance, punk rock. Outro dia me dei muito bem tocando dance music no México. É muito importante pesquisar e estar preparada para oferecer aquilo que o público quer. Quero que as pessoas se divirtam. Agora, você tem de saber sentir a plateia", considera. Em um dos sets recentes, ela alternou Ting Tings, Daft Punk, Lykke Li, CSS e Gwen Stefani.

JD Sampson disse que ainda não viu grande mudança comportamental nos Estados Unidos na era Obama. "Não aquela mudança que eu esperava", mas não se diz frustrada com isso. "Há uma tentativa, pelo menos." Também contou que outro dia voltou ao seu subúrbio em Cleveland para tocar com sua banda. Sempre quis saber como seria após ter se tornado um ícone gay. "Não foi caloroso. Mas minha família foi me ver. Para mim, foi uma grande experiência estar no palco tocando e lá embaixo meus avós me assistindo."

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