A Nova Era da moda


As brigas internas pela liberdade aconteciam com mais força a cada seis meses, quando se via na posição, auto imposta, de comunicar o belo através dos desfiles de moda internacionais

Por Alice Ferraz

A verdade é que ela vivia uma relação exaustiva com seu objeto de trabalho nos últimos anos e talvez agora tenha finalmente se dado conta. A superficialidade, o foco no belo, na estética, na harmonia da perfeição era o que a tinha atraído e, ao mesmo tempo, o que a cansava e repelia. A vida se encarregou com o passar dos anos de colocá-la frente a frente com o imperfeito, o feio, o estranho e, através desse contato, ela conheceu também o amor e o pertencimento.

As brigas internas pela liberdade aconteciam com mais força a cada seis meses, quando se via na posição, auto imposta, de comunicar o belo através dos desfiles de moda internacionais. Sua deferência em relação ao que era moda tinha se transformado em um vínculo crítico.

Ilustração para a coluna de Alice Ferraz Foto: Juliana Azevedo
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A busca pela harmonia e beleza, que guiava seu olhar nas apresentações, se mostrava em desalinho com a verdade da vida na maturidade. A moda, símbolo do vestir, do momento em que vivemos, começou a se mostrar para ela desconectada da natureza humana, atormentada e imperfeita. 

E assim chegou para realizar seu trabalho, em mais uma temporada de desfiles em Paris, com o mundo em pandemia e o horror de uma guerra escancarando a maldade humana. De desfile em desfile, de imagem em imagem, chegou a pensar que a separação seria o próximo passo. A emoção da busca pelo belo como agente transformador tinha dado lugar ao desconforto da mentira que era forjar a imagem perfeita.

E foi nesse lugar de desamparo que permaneceu em estado de aceitação até encontrar um caminho possível. Descobriu, ali mesmo, na beleza da cidade luz, na moda, um espaço cheio de humanidade, longe da busca pela perfeição e do julgamento feroz ao diferente que causa espanto. A moda em 2022 começou a descortinar uma nova identidade, uma profunda liberdade de criação agora ancorada na assimetria e diferenças presentes em rostos, corpos e roupas. 

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Estilistas capazes de enxergar essa nova Era são líderes de um movimento humanizador da moda – e, quem sabe, além. A história conta que depois de crises, pandemias e guerras vem o desejo pelo luxo e pela extravagância. Pode até ser. Mas que essa próxima onda vem embalada na imperfeição humana não resta dúvida. E só isso já faz parte de um processo evolucionário. 

A verdade é que ela vivia uma relação exaustiva com seu objeto de trabalho nos últimos anos e talvez agora tenha finalmente se dado conta. A superficialidade, o foco no belo, na estética, na harmonia da perfeição era o que a tinha atraído e, ao mesmo tempo, o que a cansava e repelia. A vida se encarregou com o passar dos anos de colocá-la frente a frente com o imperfeito, o feio, o estranho e, através desse contato, ela conheceu também o amor e o pertencimento.

As brigas internas pela liberdade aconteciam com mais força a cada seis meses, quando se via na posição, auto imposta, de comunicar o belo através dos desfiles de moda internacionais. Sua deferência em relação ao que era moda tinha se transformado em um vínculo crítico.

Ilustração para a coluna de Alice Ferraz Foto: Juliana Azevedo

A busca pela harmonia e beleza, que guiava seu olhar nas apresentações, se mostrava em desalinho com a verdade da vida na maturidade. A moda, símbolo do vestir, do momento em que vivemos, começou a se mostrar para ela desconectada da natureza humana, atormentada e imperfeita. 

E assim chegou para realizar seu trabalho, em mais uma temporada de desfiles em Paris, com o mundo em pandemia e o horror de uma guerra escancarando a maldade humana. De desfile em desfile, de imagem em imagem, chegou a pensar que a separação seria o próximo passo. A emoção da busca pelo belo como agente transformador tinha dado lugar ao desconforto da mentira que era forjar a imagem perfeita.

E foi nesse lugar de desamparo que permaneceu em estado de aceitação até encontrar um caminho possível. Descobriu, ali mesmo, na beleza da cidade luz, na moda, um espaço cheio de humanidade, longe da busca pela perfeição e do julgamento feroz ao diferente que causa espanto. A moda em 2022 começou a descortinar uma nova identidade, uma profunda liberdade de criação agora ancorada na assimetria e diferenças presentes em rostos, corpos e roupas. 

Estilistas capazes de enxergar essa nova Era são líderes de um movimento humanizador da moda – e, quem sabe, além. A história conta que depois de crises, pandemias e guerras vem o desejo pelo luxo e pela extravagância. Pode até ser. Mas que essa próxima onda vem embalada na imperfeição humana não resta dúvida. E só isso já faz parte de um processo evolucionário. 

A verdade é que ela vivia uma relação exaustiva com seu objeto de trabalho nos últimos anos e talvez agora tenha finalmente se dado conta. A superficialidade, o foco no belo, na estética, na harmonia da perfeição era o que a tinha atraído e, ao mesmo tempo, o que a cansava e repelia. A vida se encarregou com o passar dos anos de colocá-la frente a frente com o imperfeito, o feio, o estranho e, através desse contato, ela conheceu também o amor e o pertencimento.

As brigas internas pela liberdade aconteciam com mais força a cada seis meses, quando se via na posição, auto imposta, de comunicar o belo através dos desfiles de moda internacionais. Sua deferência em relação ao que era moda tinha se transformado em um vínculo crítico.

Ilustração para a coluna de Alice Ferraz Foto: Juliana Azevedo

A busca pela harmonia e beleza, que guiava seu olhar nas apresentações, se mostrava em desalinho com a verdade da vida na maturidade. A moda, símbolo do vestir, do momento em que vivemos, começou a se mostrar para ela desconectada da natureza humana, atormentada e imperfeita. 

E assim chegou para realizar seu trabalho, em mais uma temporada de desfiles em Paris, com o mundo em pandemia e o horror de uma guerra escancarando a maldade humana. De desfile em desfile, de imagem em imagem, chegou a pensar que a separação seria o próximo passo. A emoção da busca pelo belo como agente transformador tinha dado lugar ao desconforto da mentira que era forjar a imagem perfeita.

E foi nesse lugar de desamparo que permaneceu em estado de aceitação até encontrar um caminho possível. Descobriu, ali mesmo, na beleza da cidade luz, na moda, um espaço cheio de humanidade, longe da busca pela perfeição e do julgamento feroz ao diferente que causa espanto. A moda em 2022 começou a descortinar uma nova identidade, uma profunda liberdade de criação agora ancorada na assimetria e diferenças presentes em rostos, corpos e roupas. 

Estilistas capazes de enxergar essa nova Era são líderes de um movimento humanizador da moda – e, quem sabe, além. A história conta que depois de crises, pandemias e guerras vem o desejo pelo luxo e pela extravagância. Pode até ser. Mas que essa próxima onda vem embalada na imperfeição humana não resta dúvida. E só isso já faz parte de um processo evolucionário. 

A verdade é que ela vivia uma relação exaustiva com seu objeto de trabalho nos últimos anos e talvez agora tenha finalmente se dado conta. A superficialidade, o foco no belo, na estética, na harmonia da perfeição era o que a tinha atraído e, ao mesmo tempo, o que a cansava e repelia. A vida se encarregou com o passar dos anos de colocá-la frente a frente com o imperfeito, o feio, o estranho e, através desse contato, ela conheceu também o amor e o pertencimento.

As brigas internas pela liberdade aconteciam com mais força a cada seis meses, quando se via na posição, auto imposta, de comunicar o belo através dos desfiles de moda internacionais. Sua deferência em relação ao que era moda tinha se transformado em um vínculo crítico.

Ilustração para a coluna de Alice Ferraz Foto: Juliana Azevedo

A busca pela harmonia e beleza, que guiava seu olhar nas apresentações, se mostrava em desalinho com a verdade da vida na maturidade. A moda, símbolo do vestir, do momento em que vivemos, começou a se mostrar para ela desconectada da natureza humana, atormentada e imperfeita. 

E assim chegou para realizar seu trabalho, em mais uma temporada de desfiles em Paris, com o mundo em pandemia e o horror de uma guerra escancarando a maldade humana. De desfile em desfile, de imagem em imagem, chegou a pensar que a separação seria o próximo passo. A emoção da busca pelo belo como agente transformador tinha dado lugar ao desconforto da mentira que era forjar a imagem perfeita.

E foi nesse lugar de desamparo que permaneceu em estado de aceitação até encontrar um caminho possível. Descobriu, ali mesmo, na beleza da cidade luz, na moda, um espaço cheio de humanidade, longe da busca pela perfeição e do julgamento feroz ao diferente que causa espanto. A moda em 2022 começou a descortinar uma nova identidade, uma profunda liberdade de criação agora ancorada na assimetria e diferenças presentes em rostos, corpos e roupas. 

Estilistas capazes de enxergar essa nova Era são líderes de um movimento humanizador da moda – e, quem sabe, além. A história conta que depois de crises, pandemias e guerras vem o desejo pelo luxo e pela extravagância. Pode até ser. Mas que essa próxima onda vem embalada na imperfeição humana não resta dúvida. E só isso já faz parte de um processo evolucionário. 

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