Alice Ferraz: A vida ordena o desequilíbrio, a vida atua como geradora de ordem


Eu tinha chegado ao Kur com uma completa sensação de caos e de tarefas não cumpridas, mas a cada nova caminhada era como se as coisas fossem voltando aos seus lugares

Por Alice Ferraz

Na última semana, estive em Porto Alegre para uma palestra e de lá fui a Gramado para dois dias de foco em saúde no Kur, spa médico fundado há 40 anos na cidade. Engraçado uma cidade conhecida por chocolates, fondues e outras delícias abrigar um centro de cura pela alimentação natural, mas foi assim que a vida aconteceu por lá.

Ao final de cada dia, saíamos, eu e Fernando, para uma caminhada pelas redondezas do hotel. As ruas arborizadas, calçadas feitas para andar e pequenas casas muitas vezes simples, mas com floreiras e pequenos jardins bem cuidados, me faziam entrar em um mundo que apelidei na hora de “mundo em ordem”. Eu tinha chegado ao Kur com uma completa sensação de caos e de tarefas não cumpridas, fim de ano lotado, resfriada e cheia de demandas que não paravam de chegar por e-mails, WhatsApp e inbox (sim, quando a pessoa não tem resposta em um canal, hoje há várias formas de pressão até você aparecer), mas a cada nova caminhada era como se as coisas fossem voltando aos seus lugares.

O Kurotel, em Gramado (RS) Foto: Kurotel/ Divulgação
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Tive de trabalhar muito nesse período, mas o fato de fazer refeições em horários determinados, comer algo bom para meu organismo, dormir cedo e passear por 40 minutos em um lugar onde tudo parecia estar sob controle foi me trazendo uma sensação de alívio e bem-estar. Como meus leitores sabem, ando às voltas com os livros e reflexões de Rosa Montero. Em um deles, Rosa fala sobre James Lock, um cientista polêmico e original que propôs que a vida acontece quando se reduz o grau de entropia, desordem, da atmosfera. Ou seja, a vida ordena o desequilíbrio, a vida atua como geradora de ordem. Amei essa ideia e ela me lembrou um outro conceito de Tikun Olam, do judaísmo, que diz que “o universo está literalmente quebrado e precisa de reparo”. A humanidade participaria da criação ajudando a consertar o mundo, colocá-lo em ordem.

Tive sempre a sensação de que fui talhada para a tarefa de arrumar e organizar as confusões do mundo, pelo menos do meu pequeno mundo. Chegar ao escritório, escutar cada problema e dar uma solução, entrar em reuniões e tentar resolver situações trazidas por clientes, chegar em casa e dar um diferente norte aos problemas de casa, e assim por diante, é meu dia a dia. Quando essa função “resolver problemas” está desativada por cansaço, tenho a nítida sensação de que o caos avança a passos largos e vai tomando pedaços da minha vida. Nesse breve retiro, rodeada por essa ordem externa, pude reorganizar a ordem interna e voltar para meu caos particular de final de ano com uma disposição renovada para a tarefa natural de reordenar ou consertar a vida.

Na última semana, estive em Porto Alegre para uma palestra e de lá fui a Gramado para dois dias de foco em saúde no Kur, spa médico fundado há 40 anos na cidade. Engraçado uma cidade conhecida por chocolates, fondues e outras delícias abrigar um centro de cura pela alimentação natural, mas foi assim que a vida aconteceu por lá.

Ao final de cada dia, saíamos, eu e Fernando, para uma caminhada pelas redondezas do hotel. As ruas arborizadas, calçadas feitas para andar e pequenas casas muitas vezes simples, mas com floreiras e pequenos jardins bem cuidados, me faziam entrar em um mundo que apelidei na hora de “mundo em ordem”. Eu tinha chegado ao Kur com uma completa sensação de caos e de tarefas não cumpridas, fim de ano lotado, resfriada e cheia de demandas que não paravam de chegar por e-mails, WhatsApp e inbox (sim, quando a pessoa não tem resposta em um canal, hoje há várias formas de pressão até você aparecer), mas a cada nova caminhada era como se as coisas fossem voltando aos seus lugares.

O Kurotel, em Gramado (RS) Foto: Kurotel/ Divulgação

Tive de trabalhar muito nesse período, mas o fato de fazer refeições em horários determinados, comer algo bom para meu organismo, dormir cedo e passear por 40 minutos em um lugar onde tudo parecia estar sob controle foi me trazendo uma sensação de alívio e bem-estar. Como meus leitores sabem, ando às voltas com os livros e reflexões de Rosa Montero. Em um deles, Rosa fala sobre James Lock, um cientista polêmico e original que propôs que a vida acontece quando se reduz o grau de entropia, desordem, da atmosfera. Ou seja, a vida ordena o desequilíbrio, a vida atua como geradora de ordem. Amei essa ideia e ela me lembrou um outro conceito de Tikun Olam, do judaísmo, que diz que “o universo está literalmente quebrado e precisa de reparo”. A humanidade participaria da criação ajudando a consertar o mundo, colocá-lo em ordem.

Tive sempre a sensação de que fui talhada para a tarefa de arrumar e organizar as confusões do mundo, pelo menos do meu pequeno mundo. Chegar ao escritório, escutar cada problema e dar uma solução, entrar em reuniões e tentar resolver situações trazidas por clientes, chegar em casa e dar um diferente norte aos problemas de casa, e assim por diante, é meu dia a dia. Quando essa função “resolver problemas” está desativada por cansaço, tenho a nítida sensação de que o caos avança a passos largos e vai tomando pedaços da minha vida. Nesse breve retiro, rodeada por essa ordem externa, pude reorganizar a ordem interna e voltar para meu caos particular de final de ano com uma disposição renovada para a tarefa natural de reordenar ou consertar a vida.

Na última semana, estive em Porto Alegre para uma palestra e de lá fui a Gramado para dois dias de foco em saúde no Kur, spa médico fundado há 40 anos na cidade. Engraçado uma cidade conhecida por chocolates, fondues e outras delícias abrigar um centro de cura pela alimentação natural, mas foi assim que a vida aconteceu por lá.

Ao final de cada dia, saíamos, eu e Fernando, para uma caminhada pelas redondezas do hotel. As ruas arborizadas, calçadas feitas para andar e pequenas casas muitas vezes simples, mas com floreiras e pequenos jardins bem cuidados, me faziam entrar em um mundo que apelidei na hora de “mundo em ordem”. Eu tinha chegado ao Kur com uma completa sensação de caos e de tarefas não cumpridas, fim de ano lotado, resfriada e cheia de demandas que não paravam de chegar por e-mails, WhatsApp e inbox (sim, quando a pessoa não tem resposta em um canal, hoje há várias formas de pressão até você aparecer), mas a cada nova caminhada era como se as coisas fossem voltando aos seus lugares.

O Kurotel, em Gramado (RS) Foto: Kurotel/ Divulgação

Tive de trabalhar muito nesse período, mas o fato de fazer refeições em horários determinados, comer algo bom para meu organismo, dormir cedo e passear por 40 minutos em um lugar onde tudo parecia estar sob controle foi me trazendo uma sensação de alívio e bem-estar. Como meus leitores sabem, ando às voltas com os livros e reflexões de Rosa Montero. Em um deles, Rosa fala sobre James Lock, um cientista polêmico e original que propôs que a vida acontece quando se reduz o grau de entropia, desordem, da atmosfera. Ou seja, a vida ordena o desequilíbrio, a vida atua como geradora de ordem. Amei essa ideia e ela me lembrou um outro conceito de Tikun Olam, do judaísmo, que diz que “o universo está literalmente quebrado e precisa de reparo”. A humanidade participaria da criação ajudando a consertar o mundo, colocá-lo em ordem.

Tive sempre a sensação de que fui talhada para a tarefa de arrumar e organizar as confusões do mundo, pelo menos do meu pequeno mundo. Chegar ao escritório, escutar cada problema e dar uma solução, entrar em reuniões e tentar resolver situações trazidas por clientes, chegar em casa e dar um diferente norte aos problemas de casa, e assim por diante, é meu dia a dia. Quando essa função “resolver problemas” está desativada por cansaço, tenho a nítida sensação de que o caos avança a passos largos e vai tomando pedaços da minha vida. Nesse breve retiro, rodeada por essa ordem externa, pude reorganizar a ordem interna e voltar para meu caos particular de final de ano com uma disposição renovada para a tarefa natural de reordenar ou consertar a vida.

Na última semana, estive em Porto Alegre para uma palestra e de lá fui a Gramado para dois dias de foco em saúde no Kur, spa médico fundado há 40 anos na cidade. Engraçado uma cidade conhecida por chocolates, fondues e outras delícias abrigar um centro de cura pela alimentação natural, mas foi assim que a vida aconteceu por lá.

Ao final de cada dia, saíamos, eu e Fernando, para uma caminhada pelas redondezas do hotel. As ruas arborizadas, calçadas feitas para andar e pequenas casas muitas vezes simples, mas com floreiras e pequenos jardins bem cuidados, me faziam entrar em um mundo que apelidei na hora de “mundo em ordem”. Eu tinha chegado ao Kur com uma completa sensação de caos e de tarefas não cumpridas, fim de ano lotado, resfriada e cheia de demandas que não paravam de chegar por e-mails, WhatsApp e inbox (sim, quando a pessoa não tem resposta em um canal, hoje há várias formas de pressão até você aparecer), mas a cada nova caminhada era como se as coisas fossem voltando aos seus lugares.

O Kurotel, em Gramado (RS) Foto: Kurotel/ Divulgação

Tive de trabalhar muito nesse período, mas o fato de fazer refeições em horários determinados, comer algo bom para meu organismo, dormir cedo e passear por 40 minutos em um lugar onde tudo parecia estar sob controle foi me trazendo uma sensação de alívio e bem-estar. Como meus leitores sabem, ando às voltas com os livros e reflexões de Rosa Montero. Em um deles, Rosa fala sobre James Lock, um cientista polêmico e original que propôs que a vida acontece quando se reduz o grau de entropia, desordem, da atmosfera. Ou seja, a vida ordena o desequilíbrio, a vida atua como geradora de ordem. Amei essa ideia e ela me lembrou um outro conceito de Tikun Olam, do judaísmo, que diz que “o universo está literalmente quebrado e precisa de reparo”. A humanidade participaria da criação ajudando a consertar o mundo, colocá-lo em ordem.

Tive sempre a sensação de que fui talhada para a tarefa de arrumar e organizar as confusões do mundo, pelo menos do meu pequeno mundo. Chegar ao escritório, escutar cada problema e dar uma solução, entrar em reuniões e tentar resolver situações trazidas por clientes, chegar em casa e dar um diferente norte aos problemas de casa, e assim por diante, é meu dia a dia. Quando essa função “resolver problemas” está desativada por cansaço, tenho a nítida sensação de que o caos avança a passos largos e vai tomando pedaços da minha vida. Nesse breve retiro, rodeada por essa ordem externa, pude reorganizar a ordem interna e voltar para meu caos particular de final de ano com uma disposição renovada para a tarefa natural de reordenar ou consertar a vida.

Na última semana, estive em Porto Alegre para uma palestra e de lá fui a Gramado para dois dias de foco em saúde no Kur, spa médico fundado há 40 anos na cidade. Engraçado uma cidade conhecida por chocolates, fondues e outras delícias abrigar um centro de cura pela alimentação natural, mas foi assim que a vida aconteceu por lá.

Ao final de cada dia, saíamos, eu e Fernando, para uma caminhada pelas redondezas do hotel. As ruas arborizadas, calçadas feitas para andar e pequenas casas muitas vezes simples, mas com floreiras e pequenos jardins bem cuidados, me faziam entrar em um mundo que apelidei na hora de “mundo em ordem”. Eu tinha chegado ao Kur com uma completa sensação de caos e de tarefas não cumpridas, fim de ano lotado, resfriada e cheia de demandas que não paravam de chegar por e-mails, WhatsApp e inbox (sim, quando a pessoa não tem resposta em um canal, hoje há várias formas de pressão até você aparecer), mas a cada nova caminhada era como se as coisas fossem voltando aos seus lugares.

O Kurotel, em Gramado (RS) Foto: Kurotel/ Divulgação

Tive de trabalhar muito nesse período, mas o fato de fazer refeições em horários determinados, comer algo bom para meu organismo, dormir cedo e passear por 40 minutos em um lugar onde tudo parecia estar sob controle foi me trazendo uma sensação de alívio e bem-estar. Como meus leitores sabem, ando às voltas com os livros e reflexões de Rosa Montero. Em um deles, Rosa fala sobre James Lock, um cientista polêmico e original que propôs que a vida acontece quando se reduz o grau de entropia, desordem, da atmosfera. Ou seja, a vida ordena o desequilíbrio, a vida atua como geradora de ordem. Amei essa ideia e ela me lembrou um outro conceito de Tikun Olam, do judaísmo, que diz que “o universo está literalmente quebrado e precisa de reparo”. A humanidade participaria da criação ajudando a consertar o mundo, colocá-lo em ordem.

Tive sempre a sensação de que fui talhada para a tarefa de arrumar e organizar as confusões do mundo, pelo menos do meu pequeno mundo. Chegar ao escritório, escutar cada problema e dar uma solução, entrar em reuniões e tentar resolver situações trazidas por clientes, chegar em casa e dar um diferente norte aos problemas de casa, e assim por diante, é meu dia a dia. Quando essa função “resolver problemas” está desativada por cansaço, tenho a nítida sensação de que o caos avança a passos largos e vai tomando pedaços da minha vida. Nesse breve retiro, rodeada por essa ordem externa, pude reorganizar a ordem interna e voltar para meu caos particular de final de ano com uma disposição renovada para a tarefa natural de reordenar ou consertar a vida.

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