Chanel ressalta seus códigos de marca como celebração de uma nova era


Fundada no início do século 20, principal inspiração da grife de luxo sempre foi sua própria essência e isso se mostra mais potente do que nunca

Por Alice Ferraz

Desde sua fundação em 1909 pela visionária Coco Chanel, passando pelos 36 anos (de 1983 a 2019) com a assinatura do icônico diretor criativo Karl Lagerfeld, a principal fonte de inspiração da marca Chanel sempre foi sua própria essência. Os códigos da marca, como a camélia, os dois Cs, o tailleur e o famoso “little black dress”, entre outros, estão em constante reinterpretação e, aliados à preservação do legado de Chanel, foram a base para que a marca se mantivesse em um lugar de desejo perene para uma clientela fiel.

SAO PAULO CADERNO 2 24-01-2023 COLUNA ALICE FERRAZ FOTO CHANEL  Foto: CHANEL

Preservar, através de narrativas, as histórias das marcas é hoje uma fórmula de marketing reconhecida como crucial quando se trata de garantir credibilidade e relevância. Porém, a capacidade de dissociar o conceito de heritage, herança, da ideia de passado, fazendo com que toda a história e todo o conceito pareçam sempre novos e de olho no futuro, é o que diferencia a Chanel. Na última terça-feira, 25, durante seu desfile de alta-costura para o outono-inverno 2024, a marca ressaltou seus códigos e valores em alto e bom som como celebração pelo começo de uma nova era.

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Nesta temporada, a Chanel rompeu com a tradição de desfilar no Grand Palais, iniciada por Karl Lagerfeld há décadas, para homenagear a sofisticação, o luxo e a história do Palais Garnier, transformando os corredores do teatro em sua passarela. Para a ocasião, o espaço foi tomado por estruturas forradas de veludo vermelho, em uma ambientação do diretor de cinema francês Christophe Honoré.

Com isso, a maison criou uma experiência que envolveu, literalmente, seus convidados com o tema da coleção. Em seu assertivo texto para a imprensa, a grife pontua que, no desfile, “os mundos da alta-costura e da ópera se misturam”, o que ficou claro de diversas maneiras. Uma dessas expressões surge pela teatralidade evidente que envolve e caracteriza a coleção em si. Na Chanel, o trabalho minucioso, detalhado, manual e único, parte integrante da alta-costura, é traduzido em valores de “disciplina da beleza, paciência e excelência”, como a marca define – e, nesta estação, foi potencializado com primor ao trazer volumes diáfanos, babados, camadas, capas, brilho e muito drama. Tudo no melhor estilo grandioso e intenso de uma ópera.

Desfile da coleção Outono-Inverno da Chanel.  Foto: Christophe Ena/AP
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Liberdade

A relação com esse universo é reforçada na coleção pelo uso de elementos estéticos como penas, franjas, cabochões e flores bordadas – e também pelos tecidos. A materialidade da coleção ecoa a opulência dos palcos, com brilhos aveludados e vinílicos que vêm acompanhados pela suavidade do tule e do cetim duchesse; e, completando a história, surgem a estrutura e a força do tafetá. Tudo, no entanto, vem amarrado por um espírito de liberdade e disrupção – predicados associados à própria Gabrielle Chanel – que traz às peças um estilo contemporâneo e fresco. Em vez do imperdoável e restritivo vinil, por exemplo, surge o jersey laqueado, que une brilho e movimento.

A fórmula, que usa “transgressões” para trazer o clássico ao mundo contemporâneo, se repete nas roupas. O look que abre a coleção, por exemplo, combina a dramática capa de ópera preta a uma inesperada hot pants bege, em uma imagem que sintetiza e materializa perfeitamente a intenção. O look final, por sua vez, a tradicional “noiva” que encerra os desfiles de alta-costura, magnifica as inspirações da Chanel com uma profusão de volumes, nas mangas e saia, no corpete forrado por camélias e no grande laço no cabelo. Os dois últimos são códigos Chanel que, aliados ao tweed – que, na estação, vem mais maleável – e à construção característica de um tailleur, reforçam a essência da maison de forma marcante.

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O desfile foi o primeiro após a saída da diretora criativa Virginie Viard, anunciada há poucas semanas. A francesa de 62 anos assumiu o cargo em 2019, após a morte de Karl Lagerfeld, e foi associada a uma continuidade da “era Lagerfeld” por conta de seu histórico: Viard entrou para o time Chanel como estagiária e, durante toda a sua carreira, atuou sob o olhar de Lagerfeld, até assumir a maison.

A marca ainda não anunciou quem vai assumir o posto e teve seu desfile de alta-costura assinado por seu chamado Fashion Creation Studio, que foi certeiro e criou uma coleção que poderá ser lembrada como o encerramento de um importante capítulo e o recomeço de uma nova história para a lendária Chanel.

Desde sua fundação em 1909 pela visionária Coco Chanel, passando pelos 36 anos (de 1983 a 2019) com a assinatura do icônico diretor criativo Karl Lagerfeld, a principal fonte de inspiração da marca Chanel sempre foi sua própria essência. Os códigos da marca, como a camélia, os dois Cs, o tailleur e o famoso “little black dress”, entre outros, estão em constante reinterpretação e, aliados à preservação do legado de Chanel, foram a base para que a marca se mantivesse em um lugar de desejo perene para uma clientela fiel.

SAO PAULO CADERNO 2 24-01-2023 COLUNA ALICE FERRAZ FOTO CHANEL  Foto: CHANEL

Preservar, através de narrativas, as histórias das marcas é hoje uma fórmula de marketing reconhecida como crucial quando se trata de garantir credibilidade e relevância. Porém, a capacidade de dissociar o conceito de heritage, herança, da ideia de passado, fazendo com que toda a história e todo o conceito pareçam sempre novos e de olho no futuro, é o que diferencia a Chanel. Na última terça-feira, 25, durante seu desfile de alta-costura para o outono-inverno 2024, a marca ressaltou seus códigos e valores em alto e bom som como celebração pelo começo de uma nova era.

Nesta temporada, a Chanel rompeu com a tradição de desfilar no Grand Palais, iniciada por Karl Lagerfeld há décadas, para homenagear a sofisticação, o luxo e a história do Palais Garnier, transformando os corredores do teatro em sua passarela. Para a ocasião, o espaço foi tomado por estruturas forradas de veludo vermelho, em uma ambientação do diretor de cinema francês Christophe Honoré.

Com isso, a maison criou uma experiência que envolveu, literalmente, seus convidados com o tema da coleção. Em seu assertivo texto para a imprensa, a grife pontua que, no desfile, “os mundos da alta-costura e da ópera se misturam”, o que ficou claro de diversas maneiras. Uma dessas expressões surge pela teatralidade evidente que envolve e caracteriza a coleção em si. Na Chanel, o trabalho minucioso, detalhado, manual e único, parte integrante da alta-costura, é traduzido em valores de “disciplina da beleza, paciência e excelência”, como a marca define – e, nesta estação, foi potencializado com primor ao trazer volumes diáfanos, babados, camadas, capas, brilho e muito drama. Tudo no melhor estilo grandioso e intenso de uma ópera.

Desfile da coleção Outono-Inverno da Chanel.  Foto: Christophe Ena/AP

Liberdade

A relação com esse universo é reforçada na coleção pelo uso de elementos estéticos como penas, franjas, cabochões e flores bordadas – e também pelos tecidos. A materialidade da coleção ecoa a opulência dos palcos, com brilhos aveludados e vinílicos que vêm acompanhados pela suavidade do tule e do cetim duchesse; e, completando a história, surgem a estrutura e a força do tafetá. Tudo, no entanto, vem amarrado por um espírito de liberdade e disrupção – predicados associados à própria Gabrielle Chanel – que traz às peças um estilo contemporâneo e fresco. Em vez do imperdoável e restritivo vinil, por exemplo, surge o jersey laqueado, que une brilho e movimento.

A fórmula, que usa “transgressões” para trazer o clássico ao mundo contemporâneo, se repete nas roupas. O look que abre a coleção, por exemplo, combina a dramática capa de ópera preta a uma inesperada hot pants bege, em uma imagem que sintetiza e materializa perfeitamente a intenção. O look final, por sua vez, a tradicional “noiva” que encerra os desfiles de alta-costura, magnifica as inspirações da Chanel com uma profusão de volumes, nas mangas e saia, no corpete forrado por camélias e no grande laço no cabelo. Os dois últimos são códigos Chanel que, aliados ao tweed – que, na estação, vem mais maleável – e à construção característica de um tailleur, reforçam a essência da maison de forma marcante.

O desfile foi o primeiro após a saída da diretora criativa Virginie Viard, anunciada há poucas semanas. A francesa de 62 anos assumiu o cargo em 2019, após a morte de Karl Lagerfeld, e foi associada a uma continuidade da “era Lagerfeld” por conta de seu histórico: Viard entrou para o time Chanel como estagiária e, durante toda a sua carreira, atuou sob o olhar de Lagerfeld, até assumir a maison.

A marca ainda não anunciou quem vai assumir o posto e teve seu desfile de alta-costura assinado por seu chamado Fashion Creation Studio, que foi certeiro e criou uma coleção que poderá ser lembrada como o encerramento de um importante capítulo e o recomeço de uma nova história para a lendária Chanel.

Desde sua fundação em 1909 pela visionária Coco Chanel, passando pelos 36 anos (de 1983 a 2019) com a assinatura do icônico diretor criativo Karl Lagerfeld, a principal fonte de inspiração da marca Chanel sempre foi sua própria essência. Os códigos da marca, como a camélia, os dois Cs, o tailleur e o famoso “little black dress”, entre outros, estão em constante reinterpretação e, aliados à preservação do legado de Chanel, foram a base para que a marca se mantivesse em um lugar de desejo perene para uma clientela fiel.

SAO PAULO CADERNO 2 24-01-2023 COLUNA ALICE FERRAZ FOTO CHANEL  Foto: CHANEL

Preservar, através de narrativas, as histórias das marcas é hoje uma fórmula de marketing reconhecida como crucial quando se trata de garantir credibilidade e relevância. Porém, a capacidade de dissociar o conceito de heritage, herança, da ideia de passado, fazendo com que toda a história e todo o conceito pareçam sempre novos e de olho no futuro, é o que diferencia a Chanel. Na última terça-feira, 25, durante seu desfile de alta-costura para o outono-inverno 2024, a marca ressaltou seus códigos e valores em alto e bom som como celebração pelo começo de uma nova era.

Nesta temporada, a Chanel rompeu com a tradição de desfilar no Grand Palais, iniciada por Karl Lagerfeld há décadas, para homenagear a sofisticação, o luxo e a história do Palais Garnier, transformando os corredores do teatro em sua passarela. Para a ocasião, o espaço foi tomado por estruturas forradas de veludo vermelho, em uma ambientação do diretor de cinema francês Christophe Honoré.

Com isso, a maison criou uma experiência que envolveu, literalmente, seus convidados com o tema da coleção. Em seu assertivo texto para a imprensa, a grife pontua que, no desfile, “os mundos da alta-costura e da ópera se misturam”, o que ficou claro de diversas maneiras. Uma dessas expressões surge pela teatralidade evidente que envolve e caracteriza a coleção em si. Na Chanel, o trabalho minucioso, detalhado, manual e único, parte integrante da alta-costura, é traduzido em valores de “disciplina da beleza, paciência e excelência”, como a marca define – e, nesta estação, foi potencializado com primor ao trazer volumes diáfanos, babados, camadas, capas, brilho e muito drama. Tudo no melhor estilo grandioso e intenso de uma ópera.

Desfile da coleção Outono-Inverno da Chanel.  Foto: Christophe Ena/AP

Liberdade

A relação com esse universo é reforçada na coleção pelo uso de elementos estéticos como penas, franjas, cabochões e flores bordadas – e também pelos tecidos. A materialidade da coleção ecoa a opulência dos palcos, com brilhos aveludados e vinílicos que vêm acompanhados pela suavidade do tule e do cetim duchesse; e, completando a história, surgem a estrutura e a força do tafetá. Tudo, no entanto, vem amarrado por um espírito de liberdade e disrupção – predicados associados à própria Gabrielle Chanel – que traz às peças um estilo contemporâneo e fresco. Em vez do imperdoável e restritivo vinil, por exemplo, surge o jersey laqueado, que une brilho e movimento.

A fórmula, que usa “transgressões” para trazer o clássico ao mundo contemporâneo, se repete nas roupas. O look que abre a coleção, por exemplo, combina a dramática capa de ópera preta a uma inesperada hot pants bege, em uma imagem que sintetiza e materializa perfeitamente a intenção. O look final, por sua vez, a tradicional “noiva” que encerra os desfiles de alta-costura, magnifica as inspirações da Chanel com uma profusão de volumes, nas mangas e saia, no corpete forrado por camélias e no grande laço no cabelo. Os dois últimos são códigos Chanel que, aliados ao tweed – que, na estação, vem mais maleável – e à construção característica de um tailleur, reforçam a essência da maison de forma marcante.

O desfile foi o primeiro após a saída da diretora criativa Virginie Viard, anunciada há poucas semanas. A francesa de 62 anos assumiu o cargo em 2019, após a morte de Karl Lagerfeld, e foi associada a uma continuidade da “era Lagerfeld” por conta de seu histórico: Viard entrou para o time Chanel como estagiária e, durante toda a sua carreira, atuou sob o olhar de Lagerfeld, até assumir a maison.

A marca ainda não anunciou quem vai assumir o posto e teve seu desfile de alta-costura assinado por seu chamado Fashion Creation Studio, que foi certeiro e criou uma coleção que poderá ser lembrada como o encerramento de um importante capítulo e o recomeço de uma nova história para a lendária Chanel.

Desde sua fundação em 1909 pela visionária Coco Chanel, passando pelos 36 anos (de 1983 a 2019) com a assinatura do icônico diretor criativo Karl Lagerfeld, a principal fonte de inspiração da marca Chanel sempre foi sua própria essência. Os códigos da marca, como a camélia, os dois Cs, o tailleur e o famoso “little black dress”, entre outros, estão em constante reinterpretação e, aliados à preservação do legado de Chanel, foram a base para que a marca se mantivesse em um lugar de desejo perene para uma clientela fiel.

SAO PAULO CADERNO 2 24-01-2023 COLUNA ALICE FERRAZ FOTO CHANEL  Foto: CHANEL

Preservar, através de narrativas, as histórias das marcas é hoje uma fórmula de marketing reconhecida como crucial quando se trata de garantir credibilidade e relevância. Porém, a capacidade de dissociar o conceito de heritage, herança, da ideia de passado, fazendo com que toda a história e todo o conceito pareçam sempre novos e de olho no futuro, é o que diferencia a Chanel. Na última terça-feira, 25, durante seu desfile de alta-costura para o outono-inverno 2024, a marca ressaltou seus códigos e valores em alto e bom som como celebração pelo começo de uma nova era.

Nesta temporada, a Chanel rompeu com a tradição de desfilar no Grand Palais, iniciada por Karl Lagerfeld há décadas, para homenagear a sofisticação, o luxo e a história do Palais Garnier, transformando os corredores do teatro em sua passarela. Para a ocasião, o espaço foi tomado por estruturas forradas de veludo vermelho, em uma ambientação do diretor de cinema francês Christophe Honoré.

Com isso, a maison criou uma experiência que envolveu, literalmente, seus convidados com o tema da coleção. Em seu assertivo texto para a imprensa, a grife pontua que, no desfile, “os mundos da alta-costura e da ópera se misturam”, o que ficou claro de diversas maneiras. Uma dessas expressões surge pela teatralidade evidente que envolve e caracteriza a coleção em si. Na Chanel, o trabalho minucioso, detalhado, manual e único, parte integrante da alta-costura, é traduzido em valores de “disciplina da beleza, paciência e excelência”, como a marca define – e, nesta estação, foi potencializado com primor ao trazer volumes diáfanos, babados, camadas, capas, brilho e muito drama. Tudo no melhor estilo grandioso e intenso de uma ópera.

Desfile da coleção Outono-Inverno da Chanel.  Foto: Christophe Ena/AP

Liberdade

A relação com esse universo é reforçada na coleção pelo uso de elementos estéticos como penas, franjas, cabochões e flores bordadas – e também pelos tecidos. A materialidade da coleção ecoa a opulência dos palcos, com brilhos aveludados e vinílicos que vêm acompanhados pela suavidade do tule e do cetim duchesse; e, completando a história, surgem a estrutura e a força do tafetá. Tudo, no entanto, vem amarrado por um espírito de liberdade e disrupção – predicados associados à própria Gabrielle Chanel – que traz às peças um estilo contemporâneo e fresco. Em vez do imperdoável e restritivo vinil, por exemplo, surge o jersey laqueado, que une brilho e movimento.

A fórmula, que usa “transgressões” para trazer o clássico ao mundo contemporâneo, se repete nas roupas. O look que abre a coleção, por exemplo, combina a dramática capa de ópera preta a uma inesperada hot pants bege, em uma imagem que sintetiza e materializa perfeitamente a intenção. O look final, por sua vez, a tradicional “noiva” que encerra os desfiles de alta-costura, magnifica as inspirações da Chanel com uma profusão de volumes, nas mangas e saia, no corpete forrado por camélias e no grande laço no cabelo. Os dois últimos são códigos Chanel que, aliados ao tweed – que, na estação, vem mais maleável – e à construção característica de um tailleur, reforçam a essência da maison de forma marcante.

O desfile foi o primeiro após a saída da diretora criativa Virginie Viard, anunciada há poucas semanas. A francesa de 62 anos assumiu o cargo em 2019, após a morte de Karl Lagerfeld, e foi associada a uma continuidade da “era Lagerfeld” por conta de seu histórico: Viard entrou para o time Chanel como estagiária e, durante toda a sua carreira, atuou sob o olhar de Lagerfeld, até assumir a maison.

A marca ainda não anunciou quem vai assumir o posto e teve seu desfile de alta-costura assinado por seu chamado Fashion Creation Studio, que foi certeiro e criou uma coleção que poderá ser lembrada como o encerramento de um importante capítulo e o recomeço de uma nova história para a lendária Chanel.

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