Diferença de idade? O amor é capaz de desafiar o preconceito


Às mulheres, tenho um pedido: quando disserem perto de vocês frases sexistas e antifeministas, não riam, não finjam que não escutaram. É necessário que nós estejamos à frente dessa luta, juntas.

Por Alice Ferraz

Quando conheci meu marido, há 19 anos, em um dos nossos primeiros eventos como casal, ouvi de um conhecido: “Nossa, Alice, não sabia que você era pedófila”. Na época, eu não estava preparada para a reação que a diferença de idade entre nós dois causaria no ambiente em que vivia. Fiquei arrasada, chorei. Ouvi de toda a turma que era brincadeira, que eu devia levar mais leve.

Na verdade, a nossa diferença de idade nunca foi um problema na nossa relação. Tivemos conflitos como todo casal, mas essa nunca foi uma questão para nós.  Foto: VIKTOR/adobe.stock

Não levei. Era o começo da minha relação e tinha medo de muitas coisas, entre elas que o Fernando desistisse ao ouvir algo tão horrível quanto aquilo ou mesmo de eu desistir do amor que estava sentindo. A diferença de idade entre Fernando e eu é de 12 anos, e antes de namorar com ele – é importante dizer – tive uma relação com um homem 12 anos mais velho que durou uma década, e da qual nunca ouvi nada semelhante, nenhum comentário que julgasse nossa diferença de idade.

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Bem, Fernando e eu seguimos namorando e ouvindo absurdos. Certa vez, até meu filho teve que escutar sobre o assunto de um colega, que disse: “Meu pai falou que sua mãe gosta de menininhos”. Quando Gabriel me contou, eu já estava mais firme e consegui na frente dele dizer com calma que era só preconceito e que as pessoas estavam aprendendo a conviver com algo novo. Sozinha, chorei e sofri muito com medo de prejudicar meu filho.

Na verdade, a nossa diferença de idade nunca foi um problema na nossa relação. Tivemos conflitos como todo casal, mas essa nunca foi uma questão para nós. Essa semana, completei 54 anos. Estava feliz, comprando um presente pra mim mesma, quando reencontrei um casal da minha geração que não via há 20 anos. Começamos, então, aquela conversa cheia de perguntas que preenchessem o vazio de tantos anos sem informações importantes quando ouvi do marido: “Nossa, Alice, não sabia que você era papa anjo”. Quase duas décadas se passaram e, mais uma vez, além do espanto ao ver o preconceito de um homem e sua liberdade de dizer o que bem entende, presenciei a cena de uma mulher se calar ao ouvir uma frase tão sexista. Minha conhecida deu uma risada sem graça, como a esposa do conhecido da primeira vez, como a mãe do amigo do meu filho que permitiu o comentário.

O preconceito no começo da minha relação poderia ter feito eu ou Fernando desistirmos de um amor que nos faz feliz, realizados e unidos há duas décadas. Um amor que ajudou a construir o caráter do meu filho, hoje com 28 anos, e um amor que construiu uma empresa que faz parte da vida de milhares de pessoas. Acontecer esse último encontro na semana do meu aniversário pareceu ser uma dica da vida me empurrando a compartilhar essa história. Depois de tanto tempo, tenho pouco a dizer aos homens que parecem ainda presos a preconceitos ultrapassados. Às mulheres, no entanto, tenho um pedido: quando disserem perto de vocês frases sexistas e antifeministas, não riam. Não finjam que não escutaram. É necessário que nós estejamos à frente dessa luta, juntas.

Quando conheci meu marido, há 19 anos, em um dos nossos primeiros eventos como casal, ouvi de um conhecido: “Nossa, Alice, não sabia que você era pedófila”. Na época, eu não estava preparada para a reação que a diferença de idade entre nós dois causaria no ambiente em que vivia. Fiquei arrasada, chorei. Ouvi de toda a turma que era brincadeira, que eu devia levar mais leve.

Na verdade, a nossa diferença de idade nunca foi um problema na nossa relação. Tivemos conflitos como todo casal, mas essa nunca foi uma questão para nós.  Foto: VIKTOR/adobe.stock

Não levei. Era o começo da minha relação e tinha medo de muitas coisas, entre elas que o Fernando desistisse ao ouvir algo tão horrível quanto aquilo ou mesmo de eu desistir do amor que estava sentindo. A diferença de idade entre Fernando e eu é de 12 anos, e antes de namorar com ele – é importante dizer – tive uma relação com um homem 12 anos mais velho que durou uma década, e da qual nunca ouvi nada semelhante, nenhum comentário que julgasse nossa diferença de idade.

Bem, Fernando e eu seguimos namorando e ouvindo absurdos. Certa vez, até meu filho teve que escutar sobre o assunto de um colega, que disse: “Meu pai falou que sua mãe gosta de menininhos”. Quando Gabriel me contou, eu já estava mais firme e consegui na frente dele dizer com calma que era só preconceito e que as pessoas estavam aprendendo a conviver com algo novo. Sozinha, chorei e sofri muito com medo de prejudicar meu filho.

Na verdade, a nossa diferença de idade nunca foi um problema na nossa relação. Tivemos conflitos como todo casal, mas essa nunca foi uma questão para nós. Essa semana, completei 54 anos. Estava feliz, comprando um presente pra mim mesma, quando reencontrei um casal da minha geração que não via há 20 anos. Começamos, então, aquela conversa cheia de perguntas que preenchessem o vazio de tantos anos sem informações importantes quando ouvi do marido: “Nossa, Alice, não sabia que você era papa anjo”. Quase duas décadas se passaram e, mais uma vez, além do espanto ao ver o preconceito de um homem e sua liberdade de dizer o que bem entende, presenciei a cena de uma mulher se calar ao ouvir uma frase tão sexista. Minha conhecida deu uma risada sem graça, como a esposa do conhecido da primeira vez, como a mãe do amigo do meu filho que permitiu o comentário.

O preconceito no começo da minha relação poderia ter feito eu ou Fernando desistirmos de um amor que nos faz feliz, realizados e unidos há duas décadas. Um amor que ajudou a construir o caráter do meu filho, hoje com 28 anos, e um amor que construiu uma empresa que faz parte da vida de milhares de pessoas. Acontecer esse último encontro na semana do meu aniversário pareceu ser uma dica da vida me empurrando a compartilhar essa história. Depois de tanto tempo, tenho pouco a dizer aos homens que parecem ainda presos a preconceitos ultrapassados. Às mulheres, no entanto, tenho um pedido: quando disserem perto de vocês frases sexistas e antifeministas, não riam. Não finjam que não escutaram. É necessário que nós estejamos à frente dessa luta, juntas.

Quando conheci meu marido, há 19 anos, em um dos nossos primeiros eventos como casal, ouvi de um conhecido: “Nossa, Alice, não sabia que você era pedófila”. Na época, eu não estava preparada para a reação que a diferença de idade entre nós dois causaria no ambiente em que vivia. Fiquei arrasada, chorei. Ouvi de toda a turma que era brincadeira, que eu devia levar mais leve.

Na verdade, a nossa diferença de idade nunca foi um problema na nossa relação. Tivemos conflitos como todo casal, mas essa nunca foi uma questão para nós.  Foto: VIKTOR/adobe.stock

Não levei. Era o começo da minha relação e tinha medo de muitas coisas, entre elas que o Fernando desistisse ao ouvir algo tão horrível quanto aquilo ou mesmo de eu desistir do amor que estava sentindo. A diferença de idade entre Fernando e eu é de 12 anos, e antes de namorar com ele – é importante dizer – tive uma relação com um homem 12 anos mais velho que durou uma década, e da qual nunca ouvi nada semelhante, nenhum comentário que julgasse nossa diferença de idade.

Bem, Fernando e eu seguimos namorando e ouvindo absurdos. Certa vez, até meu filho teve que escutar sobre o assunto de um colega, que disse: “Meu pai falou que sua mãe gosta de menininhos”. Quando Gabriel me contou, eu já estava mais firme e consegui na frente dele dizer com calma que era só preconceito e que as pessoas estavam aprendendo a conviver com algo novo. Sozinha, chorei e sofri muito com medo de prejudicar meu filho.

Na verdade, a nossa diferença de idade nunca foi um problema na nossa relação. Tivemos conflitos como todo casal, mas essa nunca foi uma questão para nós. Essa semana, completei 54 anos. Estava feliz, comprando um presente pra mim mesma, quando reencontrei um casal da minha geração que não via há 20 anos. Começamos, então, aquela conversa cheia de perguntas que preenchessem o vazio de tantos anos sem informações importantes quando ouvi do marido: “Nossa, Alice, não sabia que você era papa anjo”. Quase duas décadas se passaram e, mais uma vez, além do espanto ao ver o preconceito de um homem e sua liberdade de dizer o que bem entende, presenciei a cena de uma mulher se calar ao ouvir uma frase tão sexista. Minha conhecida deu uma risada sem graça, como a esposa do conhecido da primeira vez, como a mãe do amigo do meu filho que permitiu o comentário.

O preconceito no começo da minha relação poderia ter feito eu ou Fernando desistirmos de um amor que nos faz feliz, realizados e unidos há duas décadas. Um amor que ajudou a construir o caráter do meu filho, hoje com 28 anos, e um amor que construiu uma empresa que faz parte da vida de milhares de pessoas. Acontecer esse último encontro na semana do meu aniversário pareceu ser uma dica da vida me empurrando a compartilhar essa história. Depois de tanto tempo, tenho pouco a dizer aos homens que parecem ainda presos a preconceitos ultrapassados. Às mulheres, no entanto, tenho um pedido: quando disserem perto de vocês frases sexistas e antifeministas, não riam. Não finjam que não escutaram. É necessário que nós estejamos à frente dessa luta, juntas.

Quando conheci meu marido, há 19 anos, em um dos nossos primeiros eventos como casal, ouvi de um conhecido: “Nossa, Alice, não sabia que você era pedófila”. Na época, eu não estava preparada para a reação que a diferença de idade entre nós dois causaria no ambiente em que vivia. Fiquei arrasada, chorei. Ouvi de toda a turma que era brincadeira, que eu devia levar mais leve.

Na verdade, a nossa diferença de idade nunca foi um problema na nossa relação. Tivemos conflitos como todo casal, mas essa nunca foi uma questão para nós.  Foto: VIKTOR/adobe.stock

Não levei. Era o começo da minha relação e tinha medo de muitas coisas, entre elas que o Fernando desistisse ao ouvir algo tão horrível quanto aquilo ou mesmo de eu desistir do amor que estava sentindo. A diferença de idade entre Fernando e eu é de 12 anos, e antes de namorar com ele – é importante dizer – tive uma relação com um homem 12 anos mais velho que durou uma década, e da qual nunca ouvi nada semelhante, nenhum comentário que julgasse nossa diferença de idade.

Bem, Fernando e eu seguimos namorando e ouvindo absurdos. Certa vez, até meu filho teve que escutar sobre o assunto de um colega, que disse: “Meu pai falou que sua mãe gosta de menininhos”. Quando Gabriel me contou, eu já estava mais firme e consegui na frente dele dizer com calma que era só preconceito e que as pessoas estavam aprendendo a conviver com algo novo. Sozinha, chorei e sofri muito com medo de prejudicar meu filho.

Na verdade, a nossa diferença de idade nunca foi um problema na nossa relação. Tivemos conflitos como todo casal, mas essa nunca foi uma questão para nós. Essa semana, completei 54 anos. Estava feliz, comprando um presente pra mim mesma, quando reencontrei um casal da minha geração que não via há 20 anos. Começamos, então, aquela conversa cheia de perguntas que preenchessem o vazio de tantos anos sem informações importantes quando ouvi do marido: “Nossa, Alice, não sabia que você era papa anjo”. Quase duas décadas se passaram e, mais uma vez, além do espanto ao ver o preconceito de um homem e sua liberdade de dizer o que bem entende, presenciei a cena de uma mulher se calar ao ouvir uma frase tão sexista. Minha conhecida deu uma risada sem graça, como a esposa do conhecido da primeira vez, como a mãe do amigo do meu filho que permitiu o comentário.

O preconceito no começo da minha relação poderia ter feito eu ou Fernando desistirmos de um amor que nos faz feliz, realizados e unidos há duas décadas. Um amor que ajudou a construir o caráter do meu filho, hoje com 28 anos, e um amor que construiu uma empresa que faz parte da vida de milhares de pessoas. Acontecer esse último encontro na semana do meu aniversário pareceu ser uma dica da vida me empurrando a compartilhar essa história. Depois de tanto tempo, tenho pouco a dizer aos homens que parecem ainda presos a preconceitos ultrapassados. Às mulheres, no entanto, tenho um pedido: quando disserem perto de vocês frases sexistas e antifeministas, não riam. Não finjam que não escutaram. É necessário que nós estejamos à frente dessa luta, juntas.

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