O dia da felicidade


Ao ser convidada para comemorar meu primeiro Purim, senti certo desconforto. Pensei: “Não estou feliz hoje. Como assim sou obrigada a comemorar e ser feliz?”. Mas decidi ir mesmo assim

Por Alice Ferraz

Um dia dedicado a ser feliz. Assim como existem os dias de luto e restrição, o dia de ser feliz existe com data e horário na agenda judaica. Ele se chama Purim e ocorreu na sexta-feira, 26. 

Não sou judia. Fui criada em uma família católica tradicional e minha bisavó Maria Cibella foi atuante como membro da igreja de Santa Terezinha, no bairro de Higienópolis, em São Paulo. Com ela, eu rezava o terço e passei a entender a força da oração e da entrega. Com minha bisavó e sua devoção a essa santa católica, entendi que amor poderia ser suave e gentil. Talvez por Santa Terezinha ter sido uma santa criança, sua força está mais no amor da aceitação e da simplicidade do que no da luta. 

Já sabendo de sua chegada, me preparava para ser feliz naquele dia e a alegria acontecia Foto: Juliana Azevedo
continua após a publicidade

A religião judaica entrou na minha vida pelo meu marido, Fernando, e o encontro dessas visões me fez mais feliz e completa. Vejo mais semelhanças do que diferenças entre o catolicismo e o judaísmo, visões complementares, ângulos novos e bem-vindos. O Purim foi um desses momentos de encontro. Eu o entendi como sendo um dia para ser feliz sem culpa. Mesmo em tempos sombrios, mesmo que pessoalmente, em nosso microcosmo, o dia não tenha sido bom, no Purim temos a obrigação de ser feliz. 

Ao ser convidada para comemorar meu primeiro Purim, senti certo desconforto. Pensei: “Não estou feliz hoje. Como assim sou obrigada a comemorar e ser feliz?”. Mas decidi ir mesmo assim. Fui, olhei, participei com desconfiança. E a cada ano, o Purim, o dia da alegria, fazia mais sentido. Já sabendo de sua chegada, me preparava para ser feliz naquele dia e a alegria acontecia. 

Na semana passada, celebramos o Purim. Além do dia da felicidade, a semana trouxe também a brutalidade na dor da notícia do maior número de mortes desde o início da pandemia no Brasil, o fechamento de cidades, a falta de vacinas. O sofrimento. Como, então, comemorar o Purim? Entregar-me sem culpa a qualquer alegria? Vejo a chegada do Purim deste ano com um ensinamento que muito me remete a Santa Terezinha. 

continua após a publicidade

Não tivemos um Purim de festa e comemoração, mas baseado na alegria do amor simples e gentil. O amor que nos tem unido em compaixão pelo semelhante, pelo planeta. No Purim deste ano, a alegria delicada e pura de se encontrar vivo, de cuidar do próximo com consciência de que nos importamos, de restringir nosso espaço físico para o bem comum, aflorou. Uma alegria comprometida com a base da ideia de que temos o direito e a obrigação de ser feliz enquanto estamos vivos. 

Um dia dedicado a ser feliz. Assim como existem os dias de luto e restrição, o dia de ser feliz existe com data e horário na agenda judaica. Ele se chama Purim e ocorreu na sexta-feira, 26. 

Não sou judia. Fui criada em uma família católica tradicional e minha bisavó Maria Cibella foi atuante como membro da igreja de Santa Terezinha, no bairro de Higienópolis, em São Paulo. Com ela, eu rezava o terço e passei a entender a força da oração e da entrega. Com minha bisavó e sua devoção a essa santa católica, entendi que amor poderia ser suave e gentil. Talvez por Santa Terezinha ter sido uma santa criança, sua força está mais no amor da aceitação e da simplicidade do que no da luta. 

Já sabendo de sua chegada, me preparava para ser feliz naquele dia e a alegria acontecia Foto: Juliana Azevedo

A religião judaica entrou na minha vida pelo meu marido, Fernando, e o encontro dessas visões me fez mais feliz e completa. Vejo mais semelhanças do que diferenças entre o catolicismo e o judaísmo, visões complementares, ângulos novos e bem-vindos. O Purim foi um desses momentos de encontro. Eu o entendi como sendo um dia para ser feliz sem culpa. Mesmo em tempos sombrios, mesmo que pessoalmente, em nosso microcosmo, o dia não tenha sido bom, no Purim temos a obrigação de ser feliz. 

Ao ser convidada para comemorar meu primeiro Purim, senti certo desconforto. Pensei: “Não estou feliz hoje. Como assim sou obrigada a comemorar e ser feliz?”. Mas decidi ir mesmo assim. Fui, olhei, participei com desconfiança. E a cada ano, o Purim, o dia da alegria, fazia mais sentido. Já sabendo de sua chegada, me preparava para ser feliz naquele dia e a alegria acontecia. 

Na semana passada, celebramos o Purim. Além do dia da felicidade, a semana trouxe também a brutalidade na dor da notícia do maior número de mortes desde o início da pandemia no Brasil, o fechamento de cidades, a falta de vacinas. O sofrimento. Como, então, comemorar o Purim? Entregar-me sem culpa a qualquer alegria? Vejo a chegada do Purim deste ano com um ensinamento que muito me remete a Santa Terezinha. 

Não tivemos um Purim de festa e comemoração, mas baseado na alegria do amor simples e gentil. O amor que nos tem unido em compaixão pelo semelhante, pelo planeta. No Purim deste ano, a alegria delicada e pura de se encontrar vivo, de cuidar do próximo com consciência de que nos importamos, de restringir nosso espaço físico para o bem comum, aflorou. Uma alegria comprometida com a base da ideia de que temos o direito e a obrigação de ser feliz enquanto estamos vivos. 

Um dia dedicado a ser feliz. Assim como existem os dias de luto e restrição, o dia de ser feliz existe com data e horário na agenda judaica. Ele se chama Purim e ocorreu na sexta-feira, 26. 

Não sou judia. Fui criada em uma família católica tradicional e minha bisavó Maria Cibella foi atuante como membro da igreja de Santa Terezinha, no bairro de Higienópolis, em São Paulo. Com ela, eu rezava o terço e passei a entender a força da oração e da entrega. Com minha bisavó e sua devoção a essa santa católica, entendi que amor poderia ser suave e gentil. Talvez por Santa Terezinha ter sido uma santa criança, sua força está mais no amor da aceitação e da simplicidade do que no da luta. 

Já sabendo de sua chegada, me preparava para ser feliz naquele dia e a alegria acontecia Foto: Juliana Azevedo

A religião judaica entrou na minha vida pelo meu marido, Fernando, e o encontro dessas visões me fez mais feliz e completa. Vejo mais semelhanças do que diferenças entre o catolicismo e o judaísmo, visões complementares, ângulos novos e bem-vindos. O Purim foi um desses momentos de encontro. Eu o entendi como sendo um dia para ser feliz sem culpa. Mesmo em tempos sombrios, mesmo que pessoalmente, em nosso microcosmo, o dia não tenha sido bom, no Purim temos a obrigação de ser feliz. 

Ao ser convidada para comemorar meu primeiro Purim, senti certo desconforto. Pensei: “Não estou feliz hoje. Como assim sou obrigada a comemorar e ser feliz?”. Mas decidi ir mesmo assim. Fui, olhei, participei com desconfiança. E a cada ano, o Purim, o dia da alegria, fazia mais sentido. Já sabendo de sua chegada, me preparava para ser feliz naquele dia e a alegria acontecia. 

Na semana passada, celebramos o Purim. Além do dia da felicidade, a semana trouxe também a brutalidade na dor da notícia do maior número de mortes desde o início da pandemia no Brasil, o fechamento de cidades, a falta de vacinas. O sofrimento. Como, então, comemorar o Purim? Entregar-me sem culpa a qualquer alegria? Vejo a chegada do Purim deste ano com um ensinamento que muito me remete a Santa Terezinha. 

Não tivemos um Purim de festa e comemoração, mas baseado na alegria do amor simples e gentil. O amor que nos tem unido em compaixão pelo semelhante, pelo planeta. No Purim deste ano, a alegria delicada e pura de se encontrar vivo, de cuidar do próximo com consciência de que nos importamos, de restringir nosso espaço físico para o bem comum, aflorou. Uma alegria comprometida com a base da ideia de que temos o direito e a obrigação de ser feliz enquanto estamos vivos. 

Um dia dedicado a ser feliz. Assim como existem os dias de luto e restrição, o dia de ser feliz existe com data e horário na agenda judaica. Ele se chama Purim e ocorreu na sexta-feira, 26. 

Não sou judia. Fui criada em uma família católica tradicional e minha bisavó Maria Cibella foi atuante como membro da igreja de Santa Terezinha, no bairro de Higienópolis, em São Paulo. Com ela, eu rezava o terço e passei a entender a força da oração e da entrega. Com minha bisavó e sua devoção a essa santa católica, entendi que amor poderia ser suave e gentil. Talvez por Santa Terezinha ter sido uma santa criança, sua força está mais no amor da aceitação e da simplicidade do que no da luta. 

Já sabendo de sua chegada, me preparava para ser feliz naquele dia e a alegria acontecia Foto: Juliana Azevedo

A religião judaica entrou na minha vida pelo meu marido, Fernando, e o encontro dessas visões me fez mais feliz e completa. Vejo mais semelhanças do que diferenças entre o catolicismo e o judaísmo, visões complementares, ângulos novos e bem-vindos. O Purim foi um desses momentos de encontro. Eu o entendi como sendo um dia para ser feliz sem culpa. Mesmo em tempos sombrios, mesmo que pessoalmente, em nosso microcosmo, o dia não tenha sido bom, no Purim temos a obrigação de ser feliz. 

Ao ser convidada para comemorar meu primeiro Purim, senti certo desconforto. Pensei: “Não estou feliz hoje. Como assim sou obrigada a comemorar e ser feliz?”. Mas decidi ir mesmo assim. Fui, olhei, participei com desconfiança. E a cada ano, o Purim, o dia da alegria, fazia mais sentido. Já sabendo de sua chegada, me preparava para ser feliz naquele dia e a alegria acontecia. 

Na semana passada, celebramos o Purim. Além do dia da felicidade, a semana trouxe também a brutalidade na dor da notícia do maior número de mortes desde o início da pandemia no Brasil, o fechamento de cidades, a falta de vacinas. O sofrimento. Como, então, comemorar o Purim? Entregar-me sem culpa a qualquer alegria? Vejo a chegada do Purim deste ano com um ensinamento que muito me remete a Santa Terezinha. 

Não tivemos um Purim de festa e comemoração, mas baseado na alegria do amor simples e gentil. O amor que nos tem unido em compaixão pelo semelhante, pelo planeta. No Purim deste ano, a alegria delicada e pura de se encontrar vivo, de cuidar do próximo com consciência de que nos importamos, de restringir nosso espaço físico para o bem comum, aflorou. Uma alegria comprometida com a base da ideia de que temos o direito e a obrigação de ser feliz enquanto estamos vivos. 

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.