Pele de pirarucu, couro vegetal, vime: a exuberância da natureza brasileira inspira Lenny Niemeyer


Há mais de 30 anos símbolo da moda praia nacional, estilista conectou-se ao universo amazônico no Pavilhão da Bienal

Por Alice Ferraz

Na última segunda-feira, 14, a estilista carioca Lenny Niemeyer, um dos principais nomes da moda praia nacional, tomou o terceiro andar do icônico Pavilhão da Bienal, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, com o desfile de sua nova coleção, chamada AV 25.

Na passarela, a conhecida sofisticação arquitetônica que faz parte do DNA da marca surgiu com um olhar criativo voltado para temas como brasilidade e natureza, tendo como ponto focal uma forte pesquisa de materiais. Lenny, que se lançou no mercado no final da década de 1970, produzindo biquínis para grifes como Fiorucci, Richards e Andrea Saletto, fundou sua marca própria em 1991, no Rio de Janeiro, e, desde então, consagrou-se com uma moda que, além de roupas para a água, inclui também uma linha completa de acessórios e propostas para o que a marca chama de “pós-praia”, com uma gama de roupas e sapatos alinhados com a proposta de cada coleção.

Na nova estação, Lenny traz uma importante reflexão sobre a relação da moda com a natureza. “Não estamos separados dela; é dela que viemos e para ela retornaremos. Nessa viagem, entramos na floresta para redescobrir o maior fato de nossa existência: somos feitos dos rios, das plantas, da terra, dos animais, dos insetos…”, escreve, desenhando uma narrativa na qual metais, folhas, sedas, cores e estampas surgem em uma profusão que, apesar de extremamente coesa e fiel ao léxico imagético de Lenny, exalta também a propriedade, a essência e a personalidade de cada material, manipulados com maestria graças a uma rede de fornecedores e experts reunidos pela marca para a temporada.

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“Buscamos materiais que apoiassem a narrativa que criamos, que dessem vida ao conceito. Uma vez definidos, eles mesmos trazem o caminho para a escolha das formas. Nesse desfile, trouxemos a pele de pirarucu, o couro vegetal, a cestaria de vime, além da marchetaria, e transformá-los em produtos foi, sem dúvidas, um grande desafio, exatamente o que me motivou a criar novas formas - sem dúvidas, a parte mais interessante do processo criativo. E claro, sem ‘ferir’ as formas naturais da botânica, da fauna e da flora da Floresta Amazônica. Amei esse novo desafio”, conta a estilista sobre seu processo de trabalho.

Modelos trouxeram elementos como a pele de pirarucu, o couro vegetal e a cestaria de vime na coleção de Lenny Niemeyer Foto: Ze Takahashi

Diálogo com a moda

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Na coleção, cada material ganha seu espaço de destaque, mas surge também em diálogo com a moda de Lenny, propondo novos caminhos. As características das escamas que criam a textura do couro de pirarucu, por exemplo, vêm intercaladas a looks que trazem estampas de python, e ambos têm o marrom como cor de fundo, criando uma aproximação visual que vai do bidimensional ao tridimensional, com fluidez e elegância, perfeitamente à moda de Lenny.

O material extraído do peixe amazônico e a beLEAF - inovação que cria tecido a partir de folhas - foram desenvolvidos de forma sustentável para a coleção, em parceria com a empresa brasileira pioneira no desenvolvimento de biocouros, Nova Kaeru, que atua em conjunto com cooperativas e comunidades pesqueiras indígenas e ribeirinhas da Amazônia.

Além dos couros, surgem também biquínis de metal esculpido, verdadeiras armaduras fashion para o verão, feitos por artesãos do Ruby Yallouz Atelier; peças recobertas por mosaicos geométricos, criados em parceria com a Marchetaria do Acre; e corsets esculturais de vime trançados à mão por profissionais da MP Arte. Tudo em perfeita harmonia com as linhas expressivas de Lenny, uma rica cartela de cores que se acende em tons vibrantes de amarelo, vermelho, verde e azul, e com modelos com movimentos dramáticos e teatrais, como o das saias e capas de seda sustentável da empresa Casulo Feliz.

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“Somos uma marca brasileira, que se inspira muito na potência da nossa natureza, e um dos meus pilares de inspiração é a botânica”, conta a estilista sobre o ponto de partida da coleção. Lenny tornou-se conhecida no mercado por criar uma moda praia que toma como inspiração temas que vão além do litoral brasileiro e das típicas estampas conhecidas no meio. Para esta temporada, a proposta é levar o consumidor por uma “viagem pela floresta” - e, aqui, a flora e a natureza brasileiras são os principais fios condutores. “Refletir sobre nossa relação com ela nos levou diretamente à floresta, sua força e sua importância. Sua exuberância nos inspirou muito, trazendo caminhos para materiais e formas”, completa a designer, que encontrou na criação de uma rede de colaboração e união de expertises o caminho ideal para atingir seu objetivo.

Universo em expansão

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No mercado há mais de 30 anos, Lenny Niemeyer é um nome de referência em seu setor, líder em uma época em que a praia não era ainda sinônimo de moda. “Me sinto feliz em ver a moda praia brasileira tratada agora como moda, pois quando comecei ela sequer era considerada”, explica.

“A grande mudança que vejo no setor é a compreensão de que as marcas não só desenvolvem hoje para a praia, mas também, e no meu caso desde sempre, para o pós-praia, pensando em como essa mulher pode evoluir o seu dia com looks que vão do sol ao drink, com os acessórios certos e produtos mais sofisticados. Cada vez mais as marcas beachwear expandem esse território”, diz a designer.

Na última segunda-feira, 14, a estilista carioca Lenny Niemeyer, um dos principais nomes da moda praia nacional, tomou o terceiro andar do icônico Pavilhão da Bienal, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, com o desfile de sua nova coleção, chamada AV 25.

Na passarela, a conhecida sofisticação arquitetônica que faz parte do DNA da marca surgiu com um olhar criativo voltado para temas como brasilidade e natureza, tendo como ponto focal uma forte pesquisa de materiais. Lenny, que se lançou no mercado no final da década de 1970, produzindo biquínis para grifes como Fiorucci, Richards e Andrea Saletto, fundou sua marca própria em 1991, no Rio de Janeiro, e, desde então, consagrou-se com uma moda que, além de roupas para a água, inclui também uma linha completa de acessórios e propostas para o que a marca chama de “pós-praia”, com uma gama de roupas e sapatos alinhados com a proposta de cada coleção.

Na nova estação, Lenny traz uma importante reflexão sobre a relação da moda com a natureza. “Não estamos separados dela; é dela que viemos e para ela retornaremos. Nessa viagem, entramos na floresta para redescobrir o maior fato de nossa existência: somos feitos dos rios, das plantas, da terra, dos animais, dos insetos…”, escreve, desenhando uma narrativa na qual metais, folhas, sedas, cores e estampas surgem em uma profusão que, apesar de extremamente coesa e fiel ao léxico imagético de Lenny, exalta também a propriedade, a essência e a personalidade de cada material, manipulados com maestria graças a uma rede de fornecedores e experts reunidos pela marca para a temporada.

“Buscamos materiais que apoiassem a narrativa que criamos, que dessem vida ao conceito. Uma vez definidos, eles mesmos trazem o caminho para a escolha das formas. Nesse desfile, trouxemos a pele de pirarucu, o couro vegetal, a cestaria de vime, além da marchetaria, e transformá-los em produtos foi, sem dúvidas, um grande desafio, exatamente o que me motivou a criar novas formas - sem dúvidas, a parte mais interessante do processo criativo. E claro, sem ‘ferir’ as formas naturais da botânica, da fauna e da flora da Floresta Amazônica. Amei esse novo desafio”, conta a estilista sobre seu processo de trabalho.

Modelos trouxeram elementos como a pele de pirarucu, o couro vegetal e a cestaria de vime na coleção de Lenny Niemeyer Foto: Ze Takahashi

Diálogo com a moda

Na coleção, cada material ganha seu espaço de destaque, mas surge também em diálogo com a moda de Lenny, propondo novos caminhos. As características das escamas que criam a textura do couro de pirarucu, por exemplo, vêm intercaladas a looks que trazem estampas de python, e ambos têm o marrom como cor de fundo, criando uma aproximação visual que vai do bidimensional ao tridimensional, com fluidez e elegância, perfeitamente à moda de Lenny.

O material extraído do peixe amazônico e a beLEAF - inovação que cria tecido a partir de folhas - foram desenvolvidos de forma sustentável para a coleção, em parceria com a empresa brasileira pioneira no desenvolvimento de biocouros, Nova Kaeru, que atua em conjunto com cooperativas e comunidades pesqueiras indígenas e ribeirinhas da Amazônia.

Além dos couros, surgem também biquínis de metal esculpido, verdadeiras armaduras fashion para o verão, feitos por artesãos do Ruby Yallouz Atelier; peças recobertas por mosaicos geométricos, criados em parceria com a Marchetaria do Acre; e corsets esculturais de vime trançados à mão por profissionais da MP Arte. Tudo em perfeita harmonia com as linhas expressivas de Lenny, uma rica cartela de cores que se acende em tons vibrantes de amarelo, vermelho, verde e azul, e com modelos com movimentos dramáticos e teatrais, como o das saias e capas de seda sustentável da empresa Casulo Feliz.

“Somos uma marca brasileira, que se inspira muito na potência da nossa natureza, e um dos meus pilares de inspiração é a botânica”, conta a estilista sobre o ponto de partida da coleção. Lenny tornou-se conhecida no mercado por criar uma moda praia que toma como inspiração temas que vão além do litoral brasileiro e das típicas estampas conhecidas no meio. Para esta temporada, a proposta é levar o consumidor por uma “viagem pela floresta” - e, aqui, a flora e a natureza brasileiras são os principais fios condutores. “Refletir sobre nossa relação com ela nos levou diretamente à floresta, sua força e sua importância. Sua exuberância nos inspirou muito, trazendo caminhos para materiais e formas”, completa a designer, que encontrou na criação de uma rede de colaboração e união de expertises o caminho ideal para atingir seu objetivo.

Universo em expansão

No mercado há mais de 30 anos, Lenny Niemeyer é um nome de referência em seu setor, líder em uma época em que a praia não era ainda sinônimo de moda. “Me sinto feliz em ver a moda praia brasileira tratada agora como moda, pois quando comecei ela sequer era considerada”, explica.

“A grande mudança que vejo no setor é a compreensão de que as marcas não só desenvolvem hoje para a praia, mas também, e no meu caso desde sempre, para o pós-praia, pensando em como essa mulher pode evoluir o seu dia com looks que vão do sol ao drink, com os acessórios certos e produtos mais sofisticados. Cada vez mais as marcas beachwear expandem esse território”, diz a designer.

Na última segunda-feira, 14, a estilista carioca Lenny Niemeyer, um dos principais nomes da moda praia nacional, tomou o terceiro andar do icônico Pavilhão da Bienal, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, com o desfile de sua nova coleção, chamada AV 25.

Na passarela, a conhecida sofisticação arquitetônica que faz parte do DNA da marca surgiu com um olhar criativo voltado para temas como brasilidade e natureza, tendo como ponto focal uma forte pesquisa de materiais. Lenny, que se lançou no mercado no final da década de 1970, produzindo biquínis para grifes como Fiorucci, Richards e Andrea Saletto, fundou sua marca própria em 1991, no Rio de Janeiro, e, desde então, consagrou-se com uma moda que, além de roupas para a água, inclui também uma linha completa de acessórios e propostas para o que a marca chama de “pós-praia”, com uma gama de roupas e sapatos alinhados com a proposta de cada coleção.

Na nova estação, Lenny traz uma importante reflexão sobre a relação da moda com a natureza. “Não estamos separados dela; é dela que viemos e para ela retornaremos. Nessa viagem, entramos na floresta para redescobrir o maior fato de nossa existência: somos feitos dos rios, das plantas, da terra, dos animais, dos insetos…”, escreve, desenhando uma narrativa na qual metais, folhas, sedas, cores e estampas surgem em uma profusão que, apesar de extremamente coesa e fiel ao léxico imagético de Lenny, exalta também a propriedade, a essência e a personalidade de cada material, manipulados com maestria graças a uma rede de fornecedores e experts reunidos pela marca para a temporada.

“Buscamos materiais que apoiassem a narrativa que criamos, que dessem vida ao conceito. Uma vez definidos, eles mesmos trazem o caminho para a escolha das formas. Nesse desfile, trouxemos a pele de pirarucu, o couro vegetal, a cestaria de vime, além da marchetaria, e transformá-los em produtos foi, sem dúvidas, um grande desafio, exatamente o que me motivou a criar novas formas - sem dúvidas, a parte mais interessante do processo criativo. E claro, sem ‘ferir’ as formas naturais da botânica, da fauna e da flora da Floresta Amazônica. Amei esse novo desafio”, conta a estilista sobre seu processo de trabalho.

Modelos trouxeram elementos como a pele de pirarucu, o couro vegetal e a cestaria de vime na coleção de Lenny Niemeyer Foto: Ze Takahashi

Diálogo com a moda

Na coleção, cada material ganha seu espaço de destaque, mas surge também em diálogo com a moda de Lenny, propondo novos caminhos. As características das escamas que criam a textura do couro de pirarucu, por exemplo, vêm intercaladas a looks que trazem estampas de python, e ambos têm o marrom como cor de fundo, criando uma aproximação visual que vai do bidimensional ao tridimensional, com fluidez e elegância, perfeitamente à moda de Lenny.

O material extraído do peixe amazônico e a beLEAF - inovação que cria tecido a partir de folhas - foram desenvolvidos de forma sustentável para a coleção, em parceria com a empresa brasileira pioneira no desenvolvimento de biocouros, Nova Kaeru, que atua em conjunto com cooperativas e comunidades pesqueiras indígenas e ribeirinhas da Amazônia.

Além dos couros, surgem também biquínis de metal esculpido, verdadeiras armaduras fashion para o verão, feitos por artesãos do Ruby Yallouz Atelier; peças recobertas por mosaicos geométricos, criados em parceria com a Marchetaria do Acre; e corsets esculturais de vime trançados à mão por profissionais da MP Arte. Tudo em perfeita harmonia com as linhas expressivas de Lenny, uma rica cartela de cores que se acende em tons vibrantes de amarelo, vermelho, verde e azul, e com modelos com movimentos dramáticos e teatrais, como o das saias e capas de seda sustentável da empresa Casulo Feliz.

“Somos uma marca brasileira, que se inspira muito na potência da nossa natureza, e um dos meus pilares de inspiração é a botânica”, conta a estilista sobre o ponto de partida da coleção. Lenny tornou-se conhecida no mercado por criar uma moda praia que toma como inspiração temas que vão além do litoral brasileiro e das típicas estampas conhecidas no meio. Para esta temporada, a proposta é levar o consumidor por uma “viagem pela floresta” - e, aqui, a flora e a natureza brasileiras são os principais fios condutores. “Refletir sobre nossa relação com ela nos levou diretamente à floresta, sua força e sua importância. Sua exuberância nos inspirou muito, trazendo caminhos para materiais e formas”, completa a designer, que encontrou na criação de uma rede de colaboração e união de expertises o caminho ideal para atingir seu objetivo.

Universo em expansão

No mercado há mais de 30 anos, Lenny Niemeyer é um nome de referência em seu setor, líder em uma época em que a praia não era ainda sinônimo de moda. “Me sinto feliz em ver a moda praia brasileira tratada agora como moda, pois quando comecei ela sequer era considerada”, explica.

“A grande mudança que vejo no setor é a compreensão de que as marcas não só desenvolvem hoje para a praia, mas também, e no meu caso desde sempre, para o pós-praia, pensando em como essa mulher pode evoluir o seu dia com looks que vão do sol ao drink, com os acessórios certos e produtos mais sofisticados. Cada vez mais as marcas beachwear expandem esse território”, diz a designer.

Na última segunda-feira, 14, a estilista carioca Lenny Niemeyer, um dos principais nomes da moda praia nacional, tomou o terceiro andar do icônico Pavilhão da Bienal, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, com o desfile de sua nova coleção, chamada AV 25.

Na passarela, a conhecida sofisticação arquitetônica que faz parte do DNA da marca surgiu com um olhar criativo voltado para temas como brasilidade e natureza, tendo como ponto focal uma forte pesquisa de materiais. Lenny, que se lançou no mercado no final da década de 1970, produzindo biquínis para grifes como Fiorucci, Richards e Andrea Saletto, fundou sua marca própria em 1991, no Rio de Janeiro, e, desde então, consagrou-se com uma moda que, além de roupas para a água, inclui também uma linha completa de acessórios e propostas para o que a marca chama de “pós-praia”, com uma gama de roupas e sapatos alinhados com a proposta de cada coleção.

Na nova estação, Lenny traz uma importante reflexão sobre a relação da moda com a natureza. “Não estamos separados dela; é dela que viemos e para ela retornaremos. Nessa viagem, entramos na floresta para redescobrir o maior fato de nossa existência: somos feitos dos rios, das plantas, da terra, dos animais, dos insetos…”, escreve, desenhando uma narrativa na qual metais, folhas, sedas, cores e estampas surgem em uma profusão que, apesar de extremamente coesa e fiel ao léxico imagético de Lenny, exalta também a propriedade, a essência e a personalidade de cada material, manipulados com maestria graças a uma rede de fornecedores e experts reunidos pela marca para a temporada.

“Buscamos materiais que apoiassem a narrativa que criamos, que dessem vida ao conceito. Uma vez definidos, eles mesmos trazem o caminho para a escolha das formas. Nesse desfile, trouxemos a pele de pirarucu, o couro vegetal, a cestaria de vime, além da marchetaria, e transformá-los em produtos foi, sem dúvidas, um grande desafio, exatamente o que me motivou a criar novas formas - sem dúvidas, a parte mais interessante do processo criativo. E claro, sem ‘ferir’ as formas naturais da botânica, da fauna e da flora da Floresta Amazônica. Amei esse novo desafio”, conta a estilista sobre seu processo de trabalho.

Modelos trouxeram elementos como a pele de pirarucu, o couro vegetal e a cestaria de vime na coleção de Lenny Niemeyer Foto: Ze Takahashi

Diálogo com a moda

Na coleção, cada material ganha seu espaço de destaque, mas surge também em diálogo com a moda de Lenny, propondo novos caminhos. As características das escamas que criam a textura do couro de pirarucu, por exemplo, vêm intercaladas a looks que trazem estampas de python, e ambos têm o marrom como cor de fundo, criando uma aproximação visual que vai do bidimensional ao tridimensional, com fluidez e elegância, perfeitamente à moda de Lenny.

O material extraído do peixe amazônico e a beLEAF - inovação que cria tecido a partir de folhas - foram desenvolvidos de forma sustentável para a coleção, em parceria com a empresa brasileira pioneira no desenvolvimento de biocouros, Nova Kaeru, que atua em conjunto com cooperativas e comunidades pesqueiras indígenas e ribeirinhas da Amazônia.

Além dos couros, surgem também biquínis de metal esculpido, verdadeiras armaduras fashion para o verão, feitos por artesãos do Ruby Yallouz Atelier; peças recobertas por mosaicos geométricos, criados em parceria com a Marchetaria do Acre; e corsets esculturais de vime trançados à mão por profissionais da MP Arte. Tudo em perfeita harmonia com as linhas expressivas de Lenny, uma rica cartela de cores que se acende em tons vibrantes de amarelo, vermelho, verde e azul, e com modelos com movimentos dramáticos e teatrais, como o das saias e capas de seda sustentável da empresa Casulo Feliz.

“Somos uma marca brasileira, que se inspira muito na potência da nossa natureza, e um dos meus pilares de inspiração é a botânica”, conta a estilista sobre o ponto de partida da coleção. Lenny tornou-se conhecida no mercado por criar uma moda praia que toma como inspiração temas que vão além do litoral brasileiro e das típicas estampas conhecidas no meio. Para esta temporada, a proposta é levar o consumidor por uma “viagem pela floresta” - e, aqui, a flora e a natureza brasileiras são os principais fios condutores. “Refletir sobre nossa relação com ela nos levou diretamente à floresta, sua força e sua importância. Sua exuberância nos inspirou muito, trazendo caminhos para materiais e formas”, completa a designer, que encontrou na criação de uma rede de colaboração e união de expertises o caminho ideal para atingir seu objetivo.

Universo em expansão

No mercado há mais de 30 anos, Lenny Niemeyer é um nome de referência em seu setor, líder em uma época em que a praia não era ainda sinônimo de moda. “Me sinto feliz em ver a moda praia brasileira tratada agora como moda, pois quando comecei ela sequer era considerada”, explica.

“A grande mudança que vejo no setor é a compreensão de que as marcas não só desenvolvem hoje para a praia, mas também, e no meu caso desde sempre, para o pós-praia, pensando em como essa mulher pode evoluir o seu dia com looks que vão do sol ao drink, com os acessórios certos e produtos mais sofisticados. Cada vez mais as marcas beachwear expandem esse território”, diz a designer.

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