Reinvenção como resposta à pandemia


Plataformas digitais passam a ser usadas ainda mais durante o isolamento social

Por Alice Ferraz

O espírito do tempo contemporâneo exigiu mudanças e adaptações nos mais diversos setores da sociedade. A nova forma de viver, que chegou simultaneamente à crise de saúde mundial, afeta tanto a vida individual de cada cidadão quanto a convivência em sociedade, o que tem impacto diretamente na forma com a qual empresas e instituições organizam seus modelos de negócio. Segundo dados divulgados pelo IBGE, na primeira quinzena de junho, 522,7 mil empresas tiveram que ser fechadas em decorrência da pandemia. Além disso, das 2,7 milhões que estão em atividade e foram entrevistadas, 70% reportaram que a pandemia teve um impacto geral negativo, com os setores de serviços e comércio entre os principais afetados.

Dificuldades como essa desafiam empresas e pessoas a recriarem negócios. Entre os grandes representantes do setor de comércio, os shopping centers estão na linha de frente das empresas que tiveram que se reinventar. Um case que chama atenção é o do shopping paulistano Cidade Jardim, que passou por uma reformulação digital para continuar presente na vida de seus clientes nos mais variados aspectos. Comandado pelo grupo JHSF, o centro de compras colocou em prática uma série de estratégias para combater os efeitos da crise. “Nosso shopping, que foi o primeiro no Brasil a ter seu próprio e-commerce, já estava intensamente digitalizado antes da pandemia. Há quase dois anos, montamos um estúdio em que se produz vídeos, editoriais de moda e outros conteúdos voltados para o ambiente digital, acompanhando nosso público onde quer que ele esteja. Quando o distanciamento social e a quarentena se impuseram em março, não fomos pegos desprevenidos nesse quesito, pelo menos nesse. Mas, ao longo desse período desafiador, procuramos adaptar o nosso conteúdo à sensibilidade do momento, às necessidades das pessoas e ao reforço do espírito de solidariedade”, afirma Bruno Astuto, CCO do grupo.

Um dos destaques do plano foi a reformulação de conteúdo dos canais digitais da empresa. “As lives também foram feitas, mas trouxemos eventos virtuais, shows, aulas online de gastronomia, filosofia, história e moda. Estivemos junto com nosso cliente, presente em sua vida mesmo de portas fechadas”, explica Astuto. O conteúdo culminou com a criação da chamada CJ TV, uma TV virtual com grade de programação definida, apresentadores fixos e lançamentos periódicos de novos episódios dos programas, tendo o Instagram como principal plataforma. A estratégia fez com que o Cidade Jardim crescesse consideravelmente no meio digital. “O crescimento do nosso número de seguidores no Instagram foi 30% maior do que a soma do crescimento de todos os nossos concorrentes na cidade de São Paulo, o que tornou a conta do Cidade Jardim a líder nacional em seu segmento, com um aumento da nossa base de 62%. Isso se refletiu no e-commerce, que triplicou de tamanho em faturamento e número de visitas, sem contar as marcas inéditas nacionais e internacionais que entraram para o nosso portfólio durante a crise.”

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Japão nas redes

No âmbito cultural, a Japan House, que promove a cultura nipônica na capital paulista, tem trabalhado em novas fórmulas que mesclam estratégias digitais com experiências físicas, o chamado phygital. Sob o nome #JHSPOnline, a instituição iniciou em março a divulgação diária de conteúdo sobre o Japão nas redes sociais. “Esse formato se mostrou um grande sucesso, incluímos nele conteúdo sobre diferentes vertentes da cultura japonesa, como arquitetura, artes, literatura, costumes e tradições, conceitos filosóficos e também gastronomia”, diz Natasha Barzaghi Geenen, diretora cultural da Japan House São Paulo. No entanto, a ação mais disruptiva criada pela casa é a Experiência JHSP Online, que usa elementos físicos e digitais para promover uma imersão cultural.

A Japan House tem trabalhado em novas fórmulas que mesclam estratégias digitais com experiências físicas, o chamado phygital, durante a pandemia Foto: Estevam Romera
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A ação parte de um encontro online, no qual os participantes podem optar por adquirir um kit com elementos da gastronomia e cultura japonesa para que participem de forma imersiva da videochamada. A primeira edição ocorreu no dia 9 de julho com vagas limitadas e adesão total. Para a segunda experiência, marcada para acontecer no dia 26 de agosto, o tema será a gastronomia do país com uma aula sobre como preparar um prato da culinária tradicional japonesa com Telma Shiraishi, chef do restaurante Aizomê que também está localizado na Japan House. Ideia que nasceu de um momento de crise com grandes chances de se tornar uma programação fixa para o futuro: “é mais uma forma de aproximar cada pessoa de conceitos culturais tão distintos, por meio do paladar, da estética e do próprio manuseio, ensinamentos muitas vezes desconhecidos”, diz a diretora cultural da Japan House.

O espírito do tempo contemporâneo exigiu mudanças e adaptações nos mais diversos setores da sociedade. A nova forma de viver, que chegou simultaneamente à crise de saúde mundial, afeta tanto a vida individual de cada cidadão quanto a convivência em sociedade, o que tem impacto diretamente na forma com a qual empresas e instituições organizam seus modelos de negócio. Segundo dados divulgados pelo IBGE, na primeira quinzena de junho, 522,7 mil empresas tiveram que ser fechadas em decorrência da pandemia. Além disso, das 2,7 milhões que estão em atividade e foram entrevistadas, 70% reportaram que a pandemia teve um impacto geral negativo, com os setores de serviços e comércio entre os principais afetados.

Dificuldades como essa desafiam empresas e pessoas a recriarem negócios. Entre os grandes representantes do setor de comércio, os shopping centers estão na linha de frente das empresas que tiveram que se reinventar. Um case que chama atenção é o do shopping paulistano Cidade Jardim, que passou por uma reformulação digital para continuar presente na vida de seus clientes nos mais variados aspectos. Comandado pelo grupo JHSF, o centro de compras colocou em prática uma série de estratégias para combater os efeitos da crise. “Nosso shopping, que foi o primeiro no Brasil a ter seu próprio e-commerce, já estava intensamente digitalizado antes da pandemia. Há quase dois anos, montamos um estúdio em que se produz vídeos, editoriais de moda e outros conteúdos voltados para o ambiente digital, acompanhando nosso público onde quer que ele esteja. Quando o distanciamento social e a quarentena se impuseram em março, não fomos pegos desprevenidos nesse quesito, pelo menos nesse. Mas, ao longo desse período desafiador, procuramos adaptar o nosso conteúdo à sensibilidade do momento, às necessidades das pessoas e ao reforço do espírito de solidariedade”, afirma Bruno Astuto, CCO do grupo.

Um dos destaques do plano foi a reformulação de conteúdo dos canais digitais da empresa. “As lives também foram feitas, mas trouxemos eventos virtuais, shows, aulas online de gastronomia, filosofia, história e moda. Estivemos junto com nosso cliente, presente em sua vida mesmo de portas fechadas”, explica Astuto. O conteúdo culminou com a criação da chamada CJ TV, uma TV virtual com grade de programação definida, apresentadores fixos e lançamentos periódicos de novos episódios dos programas, tendo o Instagram como principal plataforma. A estratégia fez com que o Cidade Jardim crescesse consideravelmente no meio digital. “O crescimento do nosso número de seguidores no Instagram foi 30% maior do que a soma do crescimento de todos os nossos concorrentes na cidade de São Paulo, o que tornou a conta do Cidade Jardim a líder nacional em seu segmento, com um aumento da nossa base de 62%. Isso se refletiu no e-commerce, que triplicou de tamanho em faturamento e número de visitas, sem contar as marcas inéditas nacionais e internacionais que entraram para o nosso portfólio durante a crise.”

Japão nas redes

No âmbito cultural, a Japan House, que promove a cultura nipônica na capital paulista, tem trabalhado em novas fórmulas que mesclam estratégias digitais com experiências físicas, o chamado phygital. Sob o nome #JHSPOnline, a instituição iniciou em março a divulgação diária de conteúdo sobre o Japão nas redes sociais. “Esse formato se mostrou um grande sucesso, incluímos nele conteúdo sobre diferentes vertentes da cultura japonesa, como arquitetura, artes, literatura, costumes e tradições, conceitos filosóficos e também gastronomia”, diz Natasha Barzaghi Geenen, diretora cultural da Japan House São Paulo. No entanto, a ação mais disruptiva criada pela casa é a Experiência JHSP Online, que usa elementos físicos e digitais para promover uma imersão cultural.

A Japan House tem trabalhado em novas fórmulas que mesclam estratégias digitais com experiências físicas, o chamado phygital, durante a pandemia Foto: Estevam Romera

A ação parte de um encontro online, no qual os participantes podem optar por adquirir um kit com elementos da gastronomia e cultura japonesa para que participem de forma imersiva da videochamada. A primeira edição ocorreu no dia 9 de julho com vagas limitadas e adesão total. Para a segunda experiência, marcada para acontecer no dia 26 de agosto, o tema será a gastronomia do país com uma aula sobre como preparar um prato da culinária tradicional japonesa com Telma Shiraishi, chef do restaurante Aizomê que também está localizado na Japan House. Ideia que nasceu de um momento de crise com grandes chances de se tornar uma programação fixa para o futuro: “é mais uma forma de aproximar cada pessoa de conceitos culturais tão distintos, por meio do paladar, da estética e do próprio manuseio, ensinamentos muitas vezes desconhecidos”, diz a diretora cultural da Japan House.

O espírito do tempo contemporâneo exigiu mudanças e adaptações nos mais diversos setores da sociedade. A nova forma de viver, que chegou simultaneamente à crise de saúde mundial, afeta tanto a vida individual de cada cidadão quanto a convivência em sociedade, o que tem impacto diretamente na forma com a qual empresas e instituições organizam seus modelos de negócio. Segundo dados divulgados pelo IBGE, na primeira quinzena de junho, 522,7 mil empresas tiveram que ser fechadas em decorrência da pandemia. Além disso, das 2,7 milhões que estão em atividade e foram entrevistadas, 70% reportaram que a pandemia teve um impacto geral negativo, com os setores de serviços e comércio entre os principais afetados.

Dificuldades como essa desafiam empresas e pessoas a recriarem negócios. Entre os grandes representantes do setor de comércio, os shopping centers estão na linha de frente das empresas que tiveram que se reinventar. Um case que chama atenção é o do shopping paulistano Cidade Jardim, que passou por uma reformulação digital para continuar presente na vida de seus clientes nos mais variados aspectos. Comandado pelo grupo JHSF, o centro de compras colocou em prática uma série de estratégias para combater os efeitos da crise. “Nosso shopping, que foi o primeiro no Brasil a ter seu próprio e-commerce, já estava intensamente digitalizado antes da pandemia. Há quase dois anos, montamos um estúdio em que se produz vídeos, editoriais de moda e outros conteúdos voltados para o ambiente digital, acompanhando nosso público onde quer que ele esteja. Quando o distanciamento social e a quarentena se impuseram em março, não fomos pegos desprevenidos nesse quesito, pelo menos nesse. Mas, ao longo desse período desafiador, procuramos adaptar o nosso conteúdo à sensibilidade do momento, às necessidades das pessoas e ao reforço do espírito de solidariedade”, afirma Bruno Astuto, CCO do grupo.

Um dos destaques do plano foi a reformulação de conteúdo dos canais digitais da empresa. “As lives também foram feitas, mas trouxemos eventos virtuais, shows, aulas online de gastronomia, filosofia, história e moda. Estivemos junto com nosso cliente, presente em sua vida mesmo de portas fechadas”, explica Astuto. O conteúdo culminou com a criação da chamada CJ TV, uma TV virtual com grade de programação definida, apresentadores fixos e lançamentos periódicos de novos episódios dos programas, tendo o Instagram como principal plataforma. A estratégia fez com que o Cidade Jardim crescesse consideravelmente no meio digital. “O crescimento do nosso número de seguidores no Instagram foi 30% maior do que a soma do crescimento de todos os nossos concorrentes na cidade de São Paulo, o que tornou a conta do Cidade Jardim a líder nacional em seu segmento, com um aumento da nossa base de 62%. Isso se refletiu no e-commerce, que triplicou de tamanho em faturamento e número de visitas, sem contar as marcas inéditas nacionais e internacionais que entraram para o nosso portfólio durante a crise.”

Japão nas redes

No âmbito cultural, a Japan House, que promove a cultura nipônica na capital paulista, tem trabalhado em novas fórmulas que mesclam estratégias digitais com experiências físicas, o chamado phygital. Sob o nome #JHSPOnline, a instituição iniciou em março a divulgação diária de conteúdo sobre o Japão nas redes sociais. “Esse formato se mostrou um grande sucesso, incluímos nele conteúdo sobre diferentes vertentes da cultura japonesa, como arquitetura, artes, literatura, costumes e tradições, conceitos filosóficos e também gastronomia”, diz Natasha Barzaghi Geenen, diretora cultural da Japan House São Paulo. No entanto, a ação mais disruptiva criada pela casa é a Experiência JHSP Online, que usa elementos físicos e digitais para promover uma imersão cultural.

A Japan House tem trabalhado em novas fórmulas que mesclam estratégias digitais com experiências físicas, o chamado phygital, durante a pandemia Foto: Estevam Romera

A ação parte de um encontro online, no qual os participantes podem optar por adquirir um kit com elementos da gastronomia e cultura japonesa para que participem de forma imersiva da videochamada. A primeira edição ocorreu no dia 9 de julho com vagas limitadas e adesão total. Para a segunda experiência, marcada para acontecer no dia 26 de agosto, o tema será a gastronomia do país com uma aula sobre como preparar um prato da culinária tradicional japonesa com Telma Shiraishi, chef do restaurante Aizomê que também está localizado na Japan House. Ideia que nasceu de um momento de crise com grandes chances de se tornar uma programação fixa para o futuro: “é mais uma forma de aproximar cada pessoa de conceitos culturais tão distintos, por meio do paladar, da estética e do próprio manuseio, ensinamentos muitas vezes desconhecidos”, diz a diretora cultural da Japan House.

O espírito do tempo contemporâneo exigiu mudanças e adaptações nos mais diversos setores da sociedade. A nova forma de viver, que chegou simultaneamente à crise de saúde mundial, afeta tanto a vida individual de cada cidadão quanto a convivência em sociedade, o que tem impacto diretamente na forma com a qual empresas e instituições organizam seus modelos de negócio. Segundo dados divulgados pelo IBGE, na primeira quinzena de junho, 522,7 mil empresas tiveram que ser fechadas em decorrência da pandemia. Além disso, das 2,7 milhões que estão em atividade e foram entrevistadas, 70% reportaram que a pandemia teve um impacto geral negativo, com os setores de serviços e comércio entre os principais afetados.

Dificuldades como essa desafiam empresas e pessoas a recriarem negócios. Entre os grandes representantes do setor de comércio, os shopping centers estão na linha de frente das empresas que tiveram que se reinventar. Um case que chama atenção é o do shopping paulistano Cidade Jardim, que passou por uma reformulação digital para continuar presente na vida de seus clientes nos mais variados aspectos. Comandado pelo grupo JHSF, o centro de compras colocou em prática uma série de estratégias para combater os efeitos da crise. “Nosso shopping, que foi o primeiro no Brasil a ter seu próprio e-commerce, já estava intensamente digitalizado antes da pandemia. Há quase dois anos, montamos um estúdio em que se produz vídeos, editoriais de moda e outros conteúdos voltados para o ambiente digital, acompanhando nosso público onde quer que ele esteja. Quando o distanciamento social e a quarentena se impuseram em março, não fomos pegos desprevenidos nesse quesito, pelo menos nesse. Mas, ao longo desse período desafiador, procuramos adaptar o nosso conteúdo à sensibilidade do momento, às necessidades das pessoas e ao reforço do espírito de solidariedade”, afirma Bruno Astuto, CCO do grupo.

Um dos destaques do plano foi a reformulação de conteúdo dos canais digitais da empresa. “As lives também foram feitas, mas trouxemos eventos virtuais, shows, aulas online de gastronomia, filosofia, história e moda. Estivemos junto com nosso cliente, presente em sua vida mesmo de portas fechadas”, explica Astuto. O conteúdo culminou com a criação da chamada CJ TV, uma TV virtual com grade de programação definida, apresentadores fixos e lançamentos periódicos de novos episódios dos programas, tendo o Instagram como principal plataforma. A estratégia fez com que o Cidade Jardim crescesse consideravelmente no meio digital. “O crescimento do nosso número de seguidores no Instagram foi 30% maior do que a soma do crescimento de todos os nossos concorrentes na cidade de São Paulo, o que tornou a conta do Cidade Jardim a líder nacional em seu segmento, com um aumento da nossa base de 62%. Isso se refletiu no e-commerce, que triplicou de tamanho em faturamento e número de visitas, sem contar as marcas inéditas nacionais e internacionais que entraram para o nosso portfólio durante a crise.”

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No âmbito cultural, a Japan House, que promove a cultura nipônica na capital paulista, tem trabalhado em novas fórmulas que mesclam estratégias digitais com experiências físicas, o chamado phygital. Sob o nome #JHSPOnline, a instituição iniciou em março a divulgação diária de conteúdo sobre o Japão nas redes sociais. “Esse formato se mostrou um grande sucesso, incluímos nele conteúdo sobre diferentes vertentes da cultura japonesa, como arquitetura, artes, literatura, costumes e tradições, conceitos filosóficos e também gastronomia”, diz Natasha Barzaghi Geenen, diretora cultural da Japan House São Paulo. No entanto, a ação mais disruptiva criada pela casa é a Experiência JHSP Online, que usa elementos físicos e digitais para promover uma imersão cultural.

A Japan House tem trabalhado em novas fórmulas que mesclam estratégias digitais com experiências físicas, o chamado phygital, durante a pandemia Foto: Estevam Romera

A ação parte de um encontro online, no qual os participantes podem optar por adquirir um kit com elementos da gastronomia e cultura japonesa para que participem de forma imersiva da videochamada. A primeira edição ocorreu no dia 9 de julho com vagas limitadas e adesão total. Para a segunda experiência, marcada para acontecer no dia 26 de agosto, o tema será a gastronomia do país com uma aula sobre como preparar um prato da culinária tradicional japonesa com Telma Shiraishi, chef do restaurante Aizomê que também está localizado na Japan House. Ideia que nasceu de um momento de crise com grandes chances de se tornar uma programação fixa para o futuro: “é mais uma forma de aproximar cada pessoa de conceitos culturais tão distintos, por meio do paladar, da estética e do próprio manuseio, ensinamentos muitas vezes desconhecidos”, diz a diretora cultural da Japan House.

O espírito do tempo contemporâneo exigiu mudanças e adaptações nos mais diversos setores da sociedade. A nova forma de viver, que chegou simultaneamente à crise de saúde mundial, afeta tanto a vida individual de cada cidadão quanto a convivência em sociedade, o que tem impacto diretamente na forma com a qual empresas e instituições organizam seus modelos de negócio. Segundo dados divulgados pelo IBGE, na primeira quinzena de junho, 522,7 mil empresas tiveram que ser fechadas em decorrência da pandemia. Além disso, das 2,7 milhões que estão em atividade e foram entrevistadas, 70% reportaram que a pandemia teve um impacto geral negativo, com os setores de serviços e comércio entre os principais afetados.

Dificuldades como essa desafiam empresas e pessoas a recriarem negócios. Entre os grandes representantes do setor de comércio, os shopping centers estão na linha de frente das empresas que tiveram que se reinventar. Um case que chama atenção é o do shopping paulistano Cidade Jardim, que passou por uma reformulação digital para continuar presente na vida de seus clientes nos mais variados aspectos. Comandado pelo grupo JHSF, o centro de compras colocou em prática uma série de estratégias para combater os efeitos da crise. “Nosso shopping, que foi o primeiro no Brasil a ter seu próprio e-commerce, já estava intensamente digitalizado antes da pandemia. Há quase dois anos, montamos um estúdio em que se produz vídeos, editoriais de moda e outros conteúdos voltados para o ambiente digital, acompanhando nosso público onde quer que ele esteja. Quando o distanciamento social e a quarentena se impuseram em março, não fomos pegos desprevenidos nesse quesito, pelo menos nesse. Mas, ao longo desse período desafiador, procuramos adaptar o nosso conteúdo à sensibilidade do momento, às necessidades das pessoas e ao reforço do espírito de solidariedade”, afirma Bruno Astuto, CCO do grupo.

Um dos destaques do plano foi a reformulação de conteúdo dos canais digitais da empresa. “As lives também foram feitas, mas trouxemos eventos virtuais, shows, aulas online de gastronomia, filosofia, história e moda. Estivemos junto com nosso cliente, presente em sua vida mesmo de portas fechadas”, explica Astuto. O conteúdo culminou com a criação da chamada CJ TV, uma TV virtual com grade de programação definida, apresentadores fixos e lançamentos periódicos de novos episódios dos programas, tendo o Instagram como principal plataforma. A estratégia fez com que o Cidade Jardim crescesse consideravelmente no meio digital. “O crescimento do nosso número de seguidores no Instagram foi 30% maior do que a soma do crescimento de todos os nossos concorrentes na cidade de São Paulo, o que tornou a conta do Cidade Jardim a líder nacional em seu segmento, com um aumento da nossa base de 62%. Isso se refletiu no e-commerce, que triplicou de tamanho em faturamento e número de visitas, sem contar as marcas inéditas nacionais e internacionais que entraram para o nosso portfólio durante a crise.”

Japão nas redes

No âmbito cultural, a Japan House, que promove a cultura nipônica na capital paulista, tem trabalhado em novas fórmulas que mesclam estratégias digitais com experiências físicas, o chamado phygital. Sob o nome #JHSPOnline, a instituição iniciou em março a divulgação diária de conteúdo sobre o Japão nas redes sociais. “Esse formato se mostrou um grande sucesso, incluímos nele conteúdo sobre diferentes vertentes da cultura japonesa, como arquitetura, artes, literatura, costumes e tradições, conceitos filosóficos e também gastronomia”, diz Natasha Barzaghi Geenen, diretora cultural da Japan House São Paulo. No entanto, a ação mais disruptiva criada pela casa é a Experiência JHSP Online, que usa elementos físicos e digitais para promover uma imersão cultural.

A Japan House tem trabalhado em novas fórmulas que mesclam estratégias digitais com experiências físicas, o chamado phygital, durante a pandemia Foto: Estevam Romera

A ação parte de um encontro online, no qual os participantes podem optar por adquirir um kit com elementos da gastronomia e cultura japonesa para que participem de forma imersiva da videochamada. A primeira edição ocorreu no dia 9 de julho com vagas limitadas e adesão total. Para a segunda experiência, marcada para acontecer no dia 26 de agosto, o tema será a gastronomia do país com uma aula sobre como preparar um prato da culinária tradicional japonesa com Telma Shiraishi, chef do restaurante Aizomê que também está localizado na Japan House. Ideia que nasceu de um momento de crise com grandes chances de se tornar uma programação fixa para o futuro: “é mais uma forma de aproximar cada pessoa de conceitos culturais tão distintos, por meio do paladar, da estética e do próprio manuseio, ensinamentos muitas vezes desconhecidos”, diz a diretora cultural da Japan House.

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