O empresário francês Bernard Arnault é a pessoa mais rica do mundo em 2024, segundo a revista Forbes, que divulgou na terça-feira, 2, sua tradicional lista das maiores fortunas.
Arnault é dono de um império da moda: ele está no comando do conglomerado de artigos de luxo LVMH (Moët Hennessy Louis Vuitton), que reúne 75 marcas de moda e cosméticos, entre elas Louis Vuitton, Dior, Givenchy, Tiffany & Co. e Sephora. À frente de líderes do ramo da tecnologia como Elon Musk, Jeff Beezos e Mark Zuckerberg, o patrimônio estimado de Arnault e sua família é de US$ 233 bilhões (cerca de R$ 1 trilhão).
É o segundo ano consecutivo de Arnault, de 75 anos, no topo da lista. Ele nasceu em uma família de pequenos industriais e formou-se engenheiro pela Escola Politécnica de Paris, ascendendo no ramo. Arnault deu os primeiros passos em direção ao seu império de luxo em 1984, quando adquiriu a grife Christian Dior com US$ 15 milhões emprestados dos negócios de seu pai.
Nas décadas que se seguiram, Arnault investiu em uma série de aquisições valiosas ao redor do mundo, crescendo sua marca em capital e prestígio. Em 2021, a LVMH adquiriu a joalheria americana Tiffany & Co por US$ 15,8 bilhões, considerada a maior aquisição de marcas de luxo já feita, de acordo com a Forbes.
Além de englobar marcas líderes dos ramos da moda, perfumaria e cosméticos, a longa lista da LVHM inclui outros negócios no mercado de bens de luxo: joias e relógios (Bulgari, TAG Heuer, Zenith), bebidas (Dom Pérignon, Moët & Chandon, Hennessy), varejo (Sephora, Le Bon Marché), e nos setores hoteleiro (as redes Bulgari Hotel and Resorts e Belmond) e de mídia (os jornais Le Parisien e Les Echos, e a Radio Classique). A holding de Arnault, Agache, também apoia a Aglaé Ventures, empresa de capital de risco que tem investimentos em marcas como Netflix e ByteDance (dona do TikTok).
Bernard Arnault é casado com a pianista Hélène Mercier desde 1991, seu segundo matrimônio. Ele tem cinco filhos, que trabalham com ele em cargos de liderança nas principais marcas do conglomerado.
Por suas estratégias empresariais arrojadas, Arnault conquistou o apelido de “Exterminador do Futuro”. O francês tem fama de fazer cortes pesados, mas eficazes, em processos de reestruturação de marcas mergulhadas em crises financeiras. Ele já foi acusado de tráfico de influência e assédio moral, além de ter sido investigado por lavagem de dinheiro - o que ele negou.
“Me vejo como um embaixador da herança francesa e da cultura francesa. O que criamos é emblemático. Está ligado a Versalhes, a Maria Antonieta” – é dessa forma que Arnault enxerga seus negócios, em suas próprias palavras.