Museu da Casa Brasileira vai para Casa Modernista de Warchavchik sem prazo de inauguração


Com racha no acervo, 940 peças do MCB devem ficar na reserva técnica enquanto outras 450 ficam no Solar Fábio Prado, na Faria Lima

Por Matheus Lopes Quirino
Atualização:

A Fundação Padre Anchieta (FPA) vai retomar no final de abril o imóvel onde hoje está o Museu da Casa Brasileira (MCB). A instituição funciona no Solar Fábio Prado, na avenida Brigadeiro Faria Lima, desde o começo da década de 1970 e deve ocupar a Casa Modernista projetada pelo arquiteto Gregori Warchavchik, na Vila Mariana, zona sul de São Paulo, mas ainda não há prazo definido pela Secretaria de Cultura do Estado.

Segundo a Secretária Estadual de Cultura, Marília Marton, a reforma deve custar ao menos R$ 25 milhões. Uma obra desta natureza, dada a importância arquitetônica do imóvel e o peso do acervo, não deve ser concluída até o dia 30, prazo máximo para o MCB desocupar o imóvel neoclássico nos Jardins. Enquanto a nova sede não fica pronta, a parte do acervo que pertence ao MCB (940 peças) vai ficar em uma reserva técnica, ou seja, sem exposição ao público. Já as 450 peças que pertencem à Fundação Padre Anchieta ficam no Solar.

Solar Prado deixa de ser a sede do Museu da Casa Brasileira Foto: ACERVO FUNDAÇÃO CRESPI-PRADO
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Hoje, estão na atual sede do MCB cerca de 1.400 peças, sendo 450 oriundas da coleção Crespi Prado, doadas pela viúva do ex-prefeito Fabio Prado à Fundação Padre Anchieta em 1968. Elas pertencem ao Solar. Ou seja, a coleção que hoje pode ser vista com quase 1.400 peças será desmembrada.

Marília Marton afirmou ao Estadão que, nos últimos dias, tem se reunido com interessados da iniciativa privada para patrocinar as obras da nova sede do MCB. Segundo ela, não está descartada a hipótese de expor o acervo ou parte das obras em outras instituições culturais do Governo do Estado, algo que aconteceu com outras instituições que perderam seu espaço físico, como o Museu da Língua Portuguesa após o incêndio de 2015.

A desocupação do imóvel estava prevista, pois não foi renovada a concessão de comodato do Solar que pertence à FPA. A parceria poderia ser renovada até 2026, mas “já estava na hora do MCB ter sua casa própria”, afirmou o diretor da instituição, Giancarlo Latorraca.

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A instituição abriga um dos mais completos catálogos de arquitetura, design e móveis de interior do País, sendo a única dedicada exclusivamente à memorabília brasileira. Em mais de 50 anos, o acervo do MCB, que é gerenciado pela Secretaria de Cultura do Estado, adquiriu móveis de importantes nomes do design brasileiro do século 20, como Sérgio Rodrigues, Paulo Mendes da Rocha e os irmãos Campana.

Renata Crespi Prado com o marido Fábio, ex-prefeito de São Paulo Foto: Acervo Estadão

A frente da instituição há 13 anos, Latorraca afirma “que o museu dobrou seu acervo nos últimos anos com o objetivo de ampliar, com mais equidade, culturas diversas brasileiras por meio dos objetos”. O diretor do MCB quer “reformular o conceito da palavra ‘design’”, que, segundo ele, “É visto como algo muito elitista, algo que, de certa forma, a imagem do Solar contribui, afinal, tudo tem design, não é só o neoclássico”. reitera.

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Segundo nota da FPA, “O Solar Fábio Prado funcionará como Espaço multicultural que irá abraçar todos os tipos de arte, sediando exposições e eventos que promovam a cultura em São Paulo.”. Não foi especificado, no entanto, quem vai dirigir o espaço ou qual será a proposta da nova instituição que o espaço vai sediar. Mantenedora da Rádio e TV Cultura, a FPA pretende agora em maio abrir uma exposição que homenageia aos 100 anos do Rádio no Brasil, informou e nota.

Vencedor do Prêmio APCA por gestão cultural em 2021, o MCB tem adquirido cada vez mais objetos para seu acervo, como cerâmica popular e arte indígena, objetos que têm seu valor acrescido, pois os principais museus do país têm se dedicado a oxigenar seus acervos com a compra de obras de artistas e coletivos indígenas. Esse fenômeno também se mostrou nesta última edição da SP-Arte, com o sucesso de vendas de pinturas do coletivo Mahku, que abriu uma coletiva no Masp, inclusive, e a alta procura por cerâmica. “É importante lembrar o aspecto utilitário do mobiliário, não é apenas o caráter expositivo, mas o prático, que as pessoas usam no cotidiano, o museu de hoje tem que aproximar o público de seu acervo”, afirma Latorraca.

A Fundação Padre Anchieta (FPA) vai retomar no final de abril o imóvel onde hoje está o Museu da Casa Brasileira (MCB). A instituição funciona no Solar Fábio Prado, na avenida Brigadeiro Faria Lima, desde o começo da década de 1970 e deve ocupar a Casa Modernista projetada pelo arquiteto Gregori Warchavchik, na Vila Mariana, zona sul de São Paulo, mas ainda não há prazo definido pela Secretaria de Cultura do Estado.

Segundo a Secretária Estadual de Cultura, Marília Marton, a reforma deve custar ao menos R$ 25 milhões. Uma obra desta natureza, dada a importância arquitetônica do imóvel e o peso do acervo, não deve ser concluída até o dia 30, prazo máximo para o MCB desocupar o imóvel neoclássico nos Jardins. Enquanto a nova sede não fica pronta, a parte do acervo que pertence ao MCB (940 peças) vai ficar em uma reserva técnica, ou seja, sem exposição ao público. Já as 450 peças que pertencem à Fundação Padre Anchieta ficam no Solar.

Solar Prado deixa de ser a sede do Museu da Casa Brasileira Foto: ACERVO FUNDAÇÃO CRESPI-PRADO

Hoje, estão na atual sede do MCB cerca de 1.400 peças, sendo 450 oriundas da coleção Crespi Prado, doadas pela viúva do ex-prefeito Fabio Prado à Fundação Padre Anchieta em 1968. Elas pertencem ao Solar. Ou seja, a coleção que hoje pode ser vista com quase 1.400 peças será desmembrada.

Marília Marton afirmou ao Estadão que, nos últimos dias, tem se reunido com interessados da iniciativa privada para patrocinar as obras da nova sede do MCB. Segundo ela, não está descartada a hipótese de expor o acervo ou parte das obras em outras instituições culturais do Governo do Estado, algo que aconteceu com outras instituições que perderam seu espaço físico, como o Museu da Língua Portuguesa após o incêndio de 2015.

A desocupação do imóvel estava prevista, pois não foi renovada a concessão de comodato do Solar que pertence à FPA. A parceria poderia ser renovada até 2026, mas “já estava na hora do MCB ter sua casa própria”, afirmou o diretor da instituição, Giancarlo Latorraca.

A instituição abriga um dos mais completos catálogos de arquitetura, design e móveis de interior do País, sendo a única dedicada exclusivamente à memorabília brasileira. Em mais de 50 anos, o acervo do MCB, que é gerenciado pela Secretaria de Cultura do Estado, adquiriu móveis de importantes nomes do design brasileiro do século 20, como Sérgio Rodrigues, Paulo Mendes da Rocha e os irmãos Campana.

Renata Crespi Prado com o marido Fábio, ex-prefeito de São Paulo Foto: Acervo Estadão

A frente da instituição há 13 anos, Latorraca afirma “que o museu dobrou seu acervo nos últimos anos com o objetivo de ampliar, com mais equidade, culturas diversas brasileiras por meio dos objetos”. O diretor do MCB quer “reformular o conceito da palavra ‘design’”, que, segundo ele, “É visto como algo muito elitista, algo que, de certa forma, a imagem do Solar contribui, afinal, tudo tem design, não é só o neoclássico”. reitera.

Segundo nota da FPA, “O Solar Fábio Prado funcionará como Espaço multicultural que irá abraçar todos os tipos de arte, sediando exposições e eventos que promovam a cultura em São Paulo.”. Não foi especificado, no entanto, quem vai dirigir o espaço ou qual será a proposta da nova instituição que o espaço vai sediar. Mantenedora da Rádio e TV Cultura, a FPA pretende agora em maio abrir uma exposição que homenageia aos 100 anos do Rádio no Brasil, informou e nota.

Vencedor do Prêmio APCA por gestão cultural em 2021, o MCB tem adquirido cada vez mais objetos para seu acervo, como cerâmica popular e arte indígena, objetos que têm seu valor acrescido, pois os principais museus do país têm se dedicado a oxigenar seus acervos com a compra de obras de artistas e coletivos indígenas. Esse fenômeno também se mostrou nesta última edição da SP-Arte, com o sucesso de vendas de pinturas do coletivo Mahku, que abriu uma coletiva no Masp, inclusive, e a alta procura por cerâmica. “É importante lembrar o aspecto utilitário do mobiliário, não é apenas o caráter expositivo, mas o prático, que as pessoas usam no cotidiano, o museu de hoje tem que aproximar o público de seu acervo”, afirma Latorraca.

A Fundação Padre Anchieta (FPA) vai retomar no final de abril o imóvel onde hoje está o Museu da Casa Brasileira (MCB). A instituição funciona no Solar Fábio Prado, na avenida Brigadeiro Faria Lima, desde o começo da década de 1970 e deve ocupar a Casa Modernista projetada pelo arquiteto Gregori Warchavchik, na Vila Mariana, zona sul de São Paulo, mas ainda não há prazo definido pela Secretaria de Cultura do Estado.

Segundo a Secretária Estadual de Cultura, Marília Marton, a reforma deve custar ao menos R$ 25 milhões. Uma obra desta natureza, dada a importância arquitetônica do imóvel e o peso do acervo, não deve ser concluída até o dia 30, prazo máximo para o MCB desocupar o imóvel neoclássico nos Jardins. Enquanto a nova sede não fica pronta, a parte do acervo que pertence ao MCB (940 peças) vai ficar em uma reserva técnica, ou seja, sem exposição ao público. Já as 450 peças que pertencem à Fundação Padre Anchieta ficam no Solar.

Solar Prado deixa de ser a sede do Museu da Casa Brasileira Foto: ACERVO FUNDAÇÃO CRESPI-PRADO

Hoje, estão na atual sede do MCB cerca de 1.400 peças, sendo 450 oriundas da coleção Crespi Prado, doadas pela viúva do ex-prefeito Fabio Prado à Fundação Padre Anchieta em 1968. Elas pertencem ao Solar. Ou seja, a coleção que hoje pode ser vista com quase 1.400 peças será desmembrada.

Marília Marton afirmou ao Estadão que, nos últimos dias, tem se reunido com interessados da iniciativa privada para patrocinar as obras da nova sede do MCB. Segundo ela, não está descartada a hipótese de expor o acervo ou parte das obras em outras instituições culturais do Governo do Estado, algo que aconteceu com outras instituições que perderam seu espaço físico, como o Museu da Língua Portuguesa após o incêndio de 2015.

A desocupação do imóvel estava prevista, pois não foi renovada a concessão de comodato do Solar que pertence à FPA. A parceria poderia ser renovada até 2026, mas “já estava na hora do MCB ter sua casa própria”, afirmou o diretor da instituição, Giancarlo Latorraca.

A instituição abriga um dos mais completos catálogos de arquitetura, design e móveis de interior do País, sendo a única dedicada exclusivamente à memorabília brasileira. Em mais de 50 anos, o acervo do MCB, que é gerenciado pela Secretaria de Cultura do Estado, adquiriu móveis de importantes nomes do design brasileiro do século 20, como Sérgio Rodrigues, Paulo Mendes da Rocha e os irmãos Campana.

Renata Crespi Prado com o marido Fábio, ex-prefeito de São Paulo Foto: Acervo Estadão

A frente da instituição há 13 anos, Latorraca afirma “que o museu dobrou seu acervo nos últimos anos com o objetivo de ampliar, com mais equidade, culturas diversas brasileiras por meio dos objetos”. O diretor do MCB quer “reformular o conceito da palavra ‘design’”, que, segundo ele, “É visto como algo muito elitista, algo que, de certa forma, a imagem do Solar contribui, afinal, tudo tem design, não é só o neoclássico”. reitera.

Segundo nota da FPA, “O Solar Fábio Prado funcionará como Espaço multicultural que irá abraçar todos os tipos de arte, sediando exposições e eventos que promovam a cultura em São Paulo.”. Não foi especificado, no entanto, quem vai dirigir o espaço ou qual será a proposta da nova instituição que o espaço vai sediar. Mantenedora da Rádio e TV Cultura, a FPA pretende agora em maio abrir uma exposição que homenageia aos 100 anos do Rádio no Brasil, informou e nota.

Vencedor do Prêmio APCA por gestão cultural em 2021, o MCB tem adquirido cada vez mais objetos para seu acervo, como cerâmica popular e arte indígena, objetos que têm seu valor acrescido, pois os principais museus do país têm se dedicado a oxigenar seus acervos com a compra de obras de artistas e coletivos indígenas. Esse fenômeno também se mostrou nesta última edição da SP-Arte, com o sucesso de vendas de pinturas do coletivo Mahku, que abriu uma coletiva no Masp, inclusive, e a alta procura por cerâmica. “É importante lembrar o aspecto utilitário do mobiliário, não é apenas o caráter expositivo, mas o prático, que as pessoas usam no cotidiano, o museu de hoje tem que aproximar o público de seu acervo”, afirma Latorraca.

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