O Museu Nacional do Rio de Janeiro, destruído após um incêndio em setembro de 2018, tem previsão de reabertura para 2026. No último mês de novembro, foi aprovada a captação de recursos, via Lei Rouanet, no valor de R$ 90.000.274,90 para a 2.ª etapa de restauração do prédio principal do local.
“Ainda não há nenhuma empresa que se comprometeu em fazer um aporte devido ao fato de que o projeto somente foi aprovado agora. Mas estamos ansiosos para ter novidades em breve. A empresa que estiver interessada, entre em contato conosco, que será muito bem recebida. Sempre friso que o projeto Museu Nacional é um projeto vencedor e vai acontecer”, disse ao Estadão o diretor da instituição, Alexander Kellner.
“Evidentemente, depois da tragédia que nós vivemos e sofremos, que ultrapassou as fronteiras do nosso País, todas as medidas de segurança, sobretudo com relação a incêndios, estão sendo tomadas. Será o museu modelo que pode servir de inspiração para outros”, continua.
A reforma do Museu Nacional
O projeto de R$ 90 milhões é referente à 2.ª fase de obras de restauração do Paço de São Cristóvão, especialmente para a restauração das coberturas e fachadas dos blocos 2, 3 e 4, além de outras ações no entorno e áreas internas.
Confira abaixo alguns dos objetivos propostos:
- Executar obras nas fachadas e cobertura
- Coleta de águas pluviais
- Consolidação estrutural da laje e cobertura
- Remoção de árvores
- Consolidação dos muros
- Desinfestação de pragas
- Iluminação
- Restauro da escadaria
- Restauro do piso
- Acabamentos
- Restauro de pintura
- Estrutura metálica de escadas e elevadores
- Alvenaria
- Revestimento de piso, paredes e tetos
- Infraestrutura de instalação de hidráulica, ar-condicionado, elétrica, especiais e de incêndio
- Promover visitas formativas para especialistas interessados e para operários envolvidos com a obra de restauração do Palácio
Segundo o projeto, o Museu Nacional também terá que “realizar, gratuitamente, atividades paralelas aos projetos, tais como ensaios abertos, estágios, cursos, treinamentos, palestras, exposições, mostras e oficinas”. A íntegra do projeto de captação pode ser acessada aqui.
Investimento total chega a R$ 440 milhões
No último mês de março, o ministro da Educação, Camilo Santana, havia comentado sobre a situação do Museu Nacional, destacando que 61% do valor previsto para as reformas totais já haviam sido captados. “A ideia é entregar no primeiro semestre de 2026. O investimento total é de R$ 440 milhões, falta captar R$ 180 milhões”, disse, na ocasião.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, publicada neste sábado, 9, o diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, afirmou que a ideia é reabrir o local com cerca de 50% a 60% de sua área total disponível para o público, e que uma pequena área pode ser reaberta já em 2024, com visitação à sala do meteorito e à escadaria monumental.
“O Museu já fez tudo o que tinha que fazer e estamos aguardando os recursos. Pedimos audiência com a Alerj, que nos prometeu, em 2019, R$ 20 milhões, que ainda não entraram”, afirmou, em referência a projeto de lei aprovado em agosto de 2020 destinando R$ 20 milhões do Fundo Especial do Parlamento Fluminense à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mantenedora do Museu Nacional.
Mais informações sobre a Lei Rouanet podem ser acessadas no site da Lei de Incentivo à Cultura.