Análise: Novo disco do CPM 22 tem batidas intensas para os corações ‘hardcorianos’


'Suor e Sacrifício' já está disponível

Por João Paulo Carvalho

Quando o grupo paulista CPM 22 estourou nas paradas de sucesso, em meados dos anos 2000, muita gente não acreditava no quão longe a banda poderia ir. Críticos de plantão chegaram a alfinetar o então quinteto, que ainda contava com Wally na guitarra e Portoga no baixo. Produzidos por Rick Bonadio, o CPM 22 criou asas. Conquistou um Grammy Latino de melhor álbum de rock, em 2008, por Cidade Cinza e chegou até mesmo a faturar um disco de ouro. 

O CPM abriu as portas para a explosão do hardcore melódico nas rádios, nos jornais e na televisão. Era a grande mídia finalmente dando espaço para os gritos e riffs estridentes que falavam sobre corações despedaçados. A banda liderou, talvez, o último grande momento do rock nacional. Depois de 20 anos de carreira, um acústico e uma viagem – para alguns, desastrosa – pelo ska em Depois de Um Longo Inverno, o CPM lança Suor e Sacrifício

Banda CPM 22, em São Paulo (Luciano,Japinha e Badauí) Foto: NILTON FUKUDA/ESTADÃO
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Produzido por Japinha (bateria), Luciano (guitarra), Badauí (vocal), Fernando (baixo) e Phill (outra guitarra), o CPM 22 acertou a mão. Mais maduros, os cinco rapazes foram capazes de fazer um som consolidado, externando até a última instância a essência de sua sonoridade. Músicas como Conta Comigo, Linha de Frente, Como no Passado, Honrar Teu Nome, Em Busca de Uma Pista, Revolução e Combustível trouxeram de volta o DNA da banda. 

Fato é que desde Cidade Cinza o grupo não produzia e gravava um disco com duas guitarras. Isso, no fim das contas, fez toda a diferença. A mão pesada de Phill deu um toque a mais nas composições, deixando-as ainda mais intensas.

Em tempos sombrios, nos quais qualidade musical é sinônimo de instrumentos inusitados e “arranjos fofos”, o CPM 22 não se importou com tal premissa e fez o que se esperava há tempos da banda: um som rápido, sujo, que vai direto ao ponto. A parceria com o Face to Face na música Never Going to be the Same só comprova tal argumento.

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Outro elemento importante para o novo trabalho do CPM foi a volta do baixista Fernando Takara. Ele, que já havia assumido o posto entre os anos de 2005 e 2011, deu mais consistência ao som do conjunto. O entrosamento com as batidas intensas de Japinha também foram determinantes para a consolidar o álbum.

Preconceitos à parte, o CPM 22 foi capaz de fazer um bom trabalho, mesmo com o rock tão em baixa. O som de Badauí e companhia é específico, destinado a um público bastante peculiar e que tem nas veias o hardcore melódico, o punk-rock e o verdadeiro espírito jovial. Este, portanto, é o maior risco para o CPM, que fica à mercê de críticas levianas de quem não consegue contextualizar a cena. Aos que não estiverem dispostos a entender tal conceito, que procurem as bandas moderninhas, inspiradas em conceitos mais exóticos.

Quando o grupo paulista CPM 22 estourou nas paradas de sucesso, em meados dos anos 2000, muita gente não acreditava no quão longe a banda poderia ir. Críticos de plantão chegaram a alfinetar o então quinteto, que ainda contava com Wally na guitarra e Portoga no baixo. Produzidos por Rick Bonadio, o CPM 22 criou asas. Conquistou um Grammy Latino de melhor álbum de rock, em 2008, por Cidade Cinza e chegou até mesmo a faturar um disco de ouro. 

O CPM abriu as portas para a explosão do hardcore melódico nas rádios, nos jornais e na televisão. Era a grande mídia finalmente dando espaço para os gritos e riffs estridentes que falavam sobre corações despedaçados. A banda liderou, talvez, o último grande momento do rock nacional. Depois de 20 anos de carreira, um acústico e uma viagem – para alguns, desastrosa – pelo ska em Depois de Um Longo Inverno, o CPM lança Suor e Sacrifício

Banda CPM 22, em São Paulo (Luciano,Japinha e Badauí) Foto: NILTON FUKUDA/ESTADÃO

Produzido por Japinha (bateria), Luciano (guitarra), Badauí (vocal), Fernando (baixo) e Phill (outra guitarra), o CPM 22 acertou a mão. Mais maduros, os cinco rapazes foram capazes de fazer um som consolidado, externando até a última instância a essência de sua sonoridade. Músicas como Conta Comigo, Linha de Frente, Como no Passado, Honrar Teu Nome, Em Busca de Uma Pista, Revolução e Combustível trouxeram de volta o DNA da banda. 

Fato é que desde Cidade Cinza o grupo não produzia e gravava um disco com duas guitarras. Isso, no fim das contas, fez toda a diferença. A mão pesada de Phill deu um toque a mais nas composições, deixando-as ainda mais intensas.

Em tempos sombrios, nos quais qualidade musical é sinônimo de instrumentos inusitados e “arranjos fofos”, o CPM 22 não se importou com tal premissa e fez o que se esperava há tempos da banda: um som rápido, sujo, que vai direto ao ponto. A parceria com o Face to Face na música Never Going to be the Same só comprova tal argumento.

Outro elemento importante para o novo trabalho do CPM foi a volta do baixista Fernando Takara. Ele, que já havia assumido o posto entre os anos de 2005 e 2011, deu mais consistência ao som do conjunto. O entrosamento com as batidas intensas de Japinha também foram determinantes para a consolidar o álbum.

Preconceitos à parte, o CPM 22 foi capaz de fazer um bom trabalho, mesmo com o rock tão em baixa. O som de Badauí e companhia é específico, destinado a um público bastante peculiar e que tem nas veias o hardcore melódico, o punk-rock e o verdadeiro espírito jovial. Este, portanto, é o maior risco para o CPM, que fica à mercê de críticas levianas de quem não consegue contextualizar a cena. Aos que não estiverem dispostos a entender tal conceito, que procurem as bandas moderninhas, inspiradas em conceitos mais exóticos.

Quando o grupo paulista CPM 22 estourou nas paradas de sucesso, em meados dos anos 2000, muita gente não acreditava no quão longe a banda poderia ir. Críticos de plantão chegaram a alfinetar o então quinteto, que ainda contava com Wally na guitarra e Portoga no baixo. Produzidos por Rick Bonadio, o CPM 22 criou asas. Conquistou um Grammy Latino de melhor álbum de rock, em 2008, por Cidade Cinza e chegou até mesmo a faturar um disco de ouro. 

O CPM abriu as portas para a explosão do hardcore melódico nas rádios, nos jornais e na televisão. Era a grande mídia finalmente dando espaço para os gritos e riffs estridentes que falavam sobre corações despedaçados. A banda liderou, talvez, o último grande momento do rock nacional. Depois de 20 anos de carreira, um acústico e uma viagem – para alguns, desastrosa – pelo ska em Depois de Um Longo Inverno, o CPM lança Suor e Sacrifício

Banda CPM 22, em São Paulo (Luciano,Japinha e Badauí) Foto: NILTON FUKUDA/ESTADÃO

Produzido por Japinha (bateria), Luciano (guitarra), Badauí (vocal), Fernando (baixo) e Phill (outra guitarra), o CPM 22 acertou a mão. Mais maduros, os cinco rapazes foram capazes de fazer um som consolidado, externando até a última instância a essência de sua sonoridade. Músicas como Conta Comigo, Linha de Frente, Como no Passado, Honrar Teu Nome, Em Busca de Uma Pista, Revolução e Combustível trouxeram de volta o DNA da banda. 

Fato é que desde Cidade Cinza o grupo não produzia e gravava um disco com duas guitarras. Isso, no fim das contas, fez toda a diferença. A mão pesada de Phill deu um toque a mais nas composições, deixando-as ainda mais intensas.

Em tempos sombrios, nos quais qualidade musical é sinônimo de instrumentos inusitados e “arranjos fofos”, o CPM 22 não se importou com tal premissa e fez o que se esperava há tempos da banda: um som rápido, sujo, que vai direto ao ponto. A parceria com o Face to Face na música Never Going to be the Same só comprova tal argumento.

Outro elemento importante para o novo trabalho do CPM foi a volta do baixista Fernando Takara. Ele, que já havia assumido o posto entre os anos de 2005 e 2011, deu mais consistência ao som do conjunto. O entrosamento com as batidas intensas de Japinha também foram determinantes para a consolidar o álbum.

Preconceitos à parte, o CPM 22 foi capaz de fazer um bom trabalho, mesmo com o rock tão em baixa. O som de Badauí e companhia é específico, destinado a um público bastante peculiar e que tem nas veias o hardcore melódico, o punk-rock e o verdadeiro espírito jovial. Este, portanto, é o maior risco para o CPM, que fica à mercê de críticas levianas de quem não consegue contextualizar a cena. Aos que não estiverem dispostos a entender tal conceito, que procurem as bandas moderninhas, inspiradas em conceitos mais exóticos.

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