Bruno Mars fecha The Town com show que deveria ser estudado por qualquer artista - e Xororó no telão


Cheio de quebras e exploração de sentidos invertidos, cantor recebe exatamente aquilo que entrega; veja cinco lições que ele deixa

Por Julio Maria
Atualização:

Antes de tudo, o efeito Bruno Mars é devastador para quem canta imediatamente antes dele. Jão ainda terminava seu show quando a debandada do palco The One começou. Muita gente saiu mais cedo para tentar seus centímetros no Skyline. Foi quando o grande funil, aquele que estrangula a passagem de um palco a outro, mais uma vez, se mostrou bem eficiente.

Mars veio na pressão de 24k Magic, não havia como ser diferente. Ele sabe que tem os brasileiros nas mãos. Foi a única atração a ganhar dois dias e caberia a seu show encerrar a temporada de cinco dias do festival paulistano The Town. Ele gritou o mesmo “Estou aqui, São Paulo” e deu pinta de que repetiria o mesmo show de domingo, 10. E veio a mesma Finesse na sequência.

A novidade foi o frio e a garoa gelada que chegaram juntos. Mas Treasure fez as coisas esquentarem, reforçando esse grande bloco de pista dos anos 70 que ele usa para dar o recado logo no início. É interessante entender como monta o show.

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Depois de Treasure, há uma quebra, um momento em que ele sai dos anos 70 e vai para o Caribe, explorando o que tem de reggae em seu repertório. Fica ali por duas ou três músicas e, antes que a repetição canse a audiência, parte para explorar outras sensações, fazendo uma abertura rock and roll para um charm, por exemplo.

Simula de novo o mesmo telefonema do “Oi sumida, quero você gostosa, gatinha gostosa...” e vira o mesmo Alexandre Pires da primeira noite ao cantar o que nem ele sabe que poderia ser um pagode dos anos 90: “Eu quero você gostosa, gatinha gostosa”. Dá um susto, mas faz isso ser uma nova quebra.

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Evidências apareceu de novo, e quem estava na plateia desta vez eram Xororó e família - foi uma gritaria quando os telões mostraram suas imagens.

E então ele leva o show para o último bloco, com Locked Out of Heaven, e quebra de novo a delicadeza que criou com uma explosão de vida. Se mantém ali com Just the Way You Are (quando é mais Michael Jackson do que o próprio Michael Jackson) e as pessoas parecem flutuar.

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Essa relação de Mars com a plateia, mantendo-a conectada por todo o show (o nivel de engajamento de um Maroon 5, por exemplo, não passa de 5%), é algo que poderia ser pensado por qualquer artista. Vendo como ele recebe de volta cada detalhe que entrega à plateia, e que deve ter dado um trabalho danado para refinar (coreografias, solos, cenário, luzes), muita gente grande pediria uma pausa para repensar.

Suas quebras que podem ir de Runaway Baby a When I Was Your Man até voltar às origens mais evidentes e encerrar com Uptown Funk dizem o quanto vale romper esses lugares de conforto que tantos artistas escolhem para passar a vida diante de plateias seguras. Mars tem tudo hoje porque arriscou, e não há lugar mais difícil de se fazer isso do que no pop.

Cinco lições de Bruno Mars para um espetáculo (de qualquer artista)

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1. Não seguir acessando apenas uma ou duas matrizes emocionais da plateia por um show inteiro, como o Maroon 5. Por isso, seu repertório é tão elástico. Ele vai do funk ao reggae, da balada à disco, do rock a qualquer lugar, claro, sem se perder (algo que H.E.R. não conseguiu fazer).

2. Não fazer shows tão longos. O Foo Fighters fez um dos melhores do festival, mas cansou. Bruno sabe a hora de acabar.

3. Colocar o nível de exigência com os músicos nas alturas. Todos que estão em sua banda poderiam fazer shows solo se quisessem. E ele sabe usá-los em seus limites.

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4. Saber cantar. Parece óbvio, mas não é. Sem uso de playbacks ou autotune, sua voz brilha em regiões muito difíceis e chega na nota certa sempre. Sem medo de errar: apenas 5% dos artistas do The Town sabiam cantar. O resto engana.

5. Saber a diferença entre show e espetáculo e saber que ninguém mais sai de casa para ouvir apenas música. O seja, é preciso montar espetáculos.

Antes de tudo, o efeito Bruno Mars é devastador para quem canta imediatamente antes dele. Jão ainda terminava seu show quando a debandada do palco The One começou. Muita gente saiu mais cedo para tentar seus centímetros no Skyline. Foi quando o grande funil, aquele que estrangula a passagem de um palco a outro, mais uma vez, se mostrou bem eficiente.

Mars veio na pressão de 24k Magic, não havia como ser diferente. Ele sabe que tem os brasileiros nas mãos. Foi a única atração a ganhar dois dias e caberia a seu show encerrar a temporada de cinco dias do festival paulistano The Town. Ele gritou o mesmo “Estou aqui, São Paulo” e deu pinta de que repetiria o mesmo show de domingo, 10. E veio a mesma Finesse na sequência.

A novidade foi o frio e a garoa gelada que chegaram juntos. Mas Treasure fez as coisas esquentarem, reforçando esse grande bloco de pista dos anos 70 que ele usa para dar o recado logo no início. É interessante entender como monta o show.

Depois de Treasure, há uma quebra, um momento em que ele sai dos anos 70 e vai para o Caribe, explorando o que tem de reggae em seu repertório. Fica ali por duas ou três músicas e, antes que a repetição canse a audiência, parte para explorar outras sensações, fazendo uma abertura rock and roll para um charm, por exemplo.

Simula de novo o mesmo telefonema do “Oi sumida, quero você gostosa, gatinha gostosa...” e vira o mesmo Alexandre Pires da primeira noite ao cantar o que nem ele sabe que poderia ser um pagode dos anos 90: “Eu quero você gostosa, gatinha gostosa”. Dá um susto, mas faz isso ser uma nova quebra.

Evidências apareceu de novo, e quem estava na plateia desta vez eram Xororó e família - foi uma gritaria quando os telões mostraram suas imagens.

E então ele leva o show para o último bloco, com Locked Out of Heaven, e quebra de novo a delicadeza que criou com uma explosão de vida. Se mantém ali com Just the Way You Are (quando é mais Michael Jackson do que o próprio Michael Jackson) e as pessoas parecem flutuar.

Essa relação de Mars com a plateia, mantendo-a conectada por todo o show (o nivel de engajamento de um Maroon 5, por exemplo, não passa de 5%), é algo que poderia ser pensado por qualquer artista. Vendo como ele recebe de volta cada detalhe que entrega à plateia, e que deve ter dado um trabalho danado para refinar (coreografias, solos, cenário, luzes), muita gente grande pediria uma pausa para repensar.

Suas quebras que podem ir de Runaway Baby a When I Was Your Man até voltar às origens mais evidentes e encerrar com Uptown Funk dizem o quanto vale romper esses lugares de conforto que tantos artistas escolhem para passar a vida diante de plateias seguras. Mars tem tudo hoje porque arriscou, e não há lugar mais difícil de se fazer isso do que no pop.

Cinco lições de Bruno Mars para um espetáculo (de qualquer artista)

1. Não seguir acessando apenas uma ou duas matrizes emocionais da plateia por um show inteiro, como o Maroon 5. Por isso, seu repertório é tão elástico. Ele vai do funk ao reggae, da balada à disco, do rock a qualquer lugar, claro, sem se perder (algo que H.E.R. não conseguiu fazer).

2. Não fazer shows tão longos. O Foo Fighters fez um dos melhores do festival, mas cansou. Bruno sabe a hora de acabar.

3. Colocar o nível de exigência com os músicos nas alturas. Todos que estão em sua banda poderiam fazer shows solo se quisessem. E ele sabe usá-los em seus limites.

4. Saber cantar. Parece óbvio, mas não é. Sem uso de playbacks ou autotune, sua voz brilha em regiões muito difíceis e chega na nota certa sempre. Sem medo de errar: apenas 5% dos artistas do The Town sabiam cantar. O resto engana.

5. Saber a diferença entre show e espetáculo e saber que ninguém mais sai de casa para ouvir apenas música. O seja, é preciso montar espetáculos.

Antes de tudo, o efeito Bruno Mars é devastador para quem canta imediatamente antes dele. Jão ainda terminava seu show quando a debandada do palco The One começou. Muita gente saiu mais cedo para tentar seus centímetros no Skyline. Foi quando o grande funil, aquele que estrangula a passagem de um palco a outro, mais uma vez, se mostrou bem eficiente.

Mars veio na pressão de 24k Magic, não havia como ser diferente. Ele sabe que tem os brasileiros nas mãos. Foi a única atração a ganhar dois dias e caberia a seu show encerrar a temporada de cinco dias do festival paulistano The Town. Ele gritou o mesmo “Estou aqui, São Paulo” e deu pinta de que repetiria o mesmo show de domingo, 10. E veio a mesma Finesse na sequência.

A novidade foi o frio e a garoa gelada que chegaram juntos. Mas Treasure fez as coisas esquentarem, reforçando esse grande bloco de pista dos anos 70 que ele usa para dar o recado logo no início. É interessante entender como monta o show.

Depois de Treasure, há uma quebra, um momento em que ele sai dos anos 70 e vai para o Caribe, explorando o que tem de reggae em seu repertório. Fica ali por duas ou três músicas e, antes que a repetição canse a audiência, parte para explorar outras sensações, fazendo uma abertura rock and roll para um charm, por exemplo.

Simula de novo o mesmo telefonema do “Oi sumida, quero você gostosa, gatinha gostosa...” e vira o mesmo Alexandre Pires da primeira noite ao cantar o que nem ele sabe que poderia ser um pagode dos anos 90: “Eu quero você gostosa, gatinha gostosa”. Dá um susto, mas faz isso ser uma nova quebra.

Evidências apareceu de novo, e quem estava na plateia desta vez eram Xororó e família - foi uma gritaria quando os telões mostraram suas imagens.

E então ele leva o show para o último bloco, com Locked Out of Heaven, e quebra de novo a delicadeza que criou com uma explosão de vida. Se mantém ali com Just the Way You Are (quando é mais Michael Jackson do que o próprio Michael Jackson) e as pessoas parecem flutuar.

Essa relação de Mars com a plateia, mantendo-a conectada por todo o show (o nivel de engajamento de um Maroon 5, por exemplo, não passa de 5%), é algo que poderia ser pensado por qualquer artista. Vendo como ele recebe de volta cada detalhe que entrega à plateia, e que deve ter dado um trabalho danado para refinar (coreografias, solos, cenário, luzes), muita gente grande pediria uma pausa para repensar.

Suas quebras que podem ir de Runaway Baby a When I Was Your Man até voltar às origens mais evidentes e encerrar com Uptown Funk dizem o quanto vale romper esses lugares de conforto que tantos artistas escolhem para passar a vida diante de plateias seguras. Mars tem tudo hoje porque arriscou, e não há lugar mais difícil de se fazer isso do que no pop.

Cinco lições de Bruno Mars para um espetáculo (de qualquer artista)

1. Não seguir acessando apenas uma ou duas matrizes emocionais da plateia por um show inteiro, como o Maroon 5. Por isso, seu repertório é tão elástico. Ele vai do funk ao reggae, da balada à disco, do rock a qualquer lugar, claro, sem se perder (algo que H.E.R. não conseguiu fazer).

2. Não fazer shows tão longos. O Foo Fighters fez um dos melhores do festival, mas cansou. Bruno sabe a hora de acabar.

3. Colocar o nível de exigência com os músicos nas alturas. Todos que estão em sua banda poderiam fazer shows solo se quisessem. E ele sabe usá-los em seus limites.

4. Saber cantar. Parece óbvio, mas não é. Sem uso de playbacks ou autotune, sua voz brilha em regiões muito difíceis e chega na nota certa sempre. Sem medo de errar: apenas 5% dos artistas do The Town sabiam cantar. O resto engana.

5. Saber a diferença entre show e espetáculo e saber que ninguém mais sai de casa para ouvir apenas música. O seja, é preciso montar espetáculos.

Antes de tudo, o efeito Bruno Mars é devastador para quem canta imediatamente antes dele. Jão ainda terminava seu show quando a debandada do palco The One começou. Muita gente saiu mais cedo para tentar seus centímetros no Skyline. Foi quando o grande funil, aquele que estrangula a passagem de um palco a outro, mais uma vez, se mostrou bem eficiente.

Mars veio na pressão de 24k Magic, não havia como ser diferente. Ele sabe que tem os brasileiros nas mãos. Foi a única atração a ganhar dois dias e caberia a seu show encerrar a temporada de cinco dias do festival paulistano The Town. Ele gritou o mesmo “Estou aqui, São Paulo” e deu pinta de que repetiria o mesmo show de domingo, 10. E veio a mesma Finesse na sequência.

A novidade foi o frio e a garoa gelada que chegaram juntos. Mas Treasure fez as coisas esquentarem, reforçando esse grande bloco de pista dos anos 70 que ele usa para dar o recado logo no início. É interessante entender como monta o show.

Depois de Treasure, há uma quebra, um momento em que ele sai dos anos 70 e vai para o Caribe, explorando o que tem de reggae em seu repertório. Fica ali por duas ou três músicas e, antes que a repetição canse a audiência, parte para explorar outras sensações, fazendo uma abertura rock and roll para um charm, por exemplo.

Simula de novo o mesmo telefonema do “Oi sumida, quero você gostosa, gatinha gostosa...” e vira o mesmo Alexandre Pires da primeira noite ao cantar o que nem ele sabe que poderia ser um pagode dos anos 90: “Eu quero você gostosa, gatinha gostosa”. Dá um susto, mas faz isso ser uma nova quebra.

Evidências apareceu de novo, e quem estava na plateia desta vez eram Xororó e família - foi uma gritaria quando os telões mostraram suas imagens.

E então ele leva o show para o último bloco, com Locked Out of Heaven, e quebra de novo a delicadeza que criou com uma explosão de vida. Se mantém ali com Just the Way You Are (quando é mais Michael Jackson do que o próprio Michael Jackson) e as pessoas parecem flutuar.

Essa relação de Mars com a plateia, mantendo-a conectada por todo o show (o nivel de engajamento de um Maroon 5, por exemplo, não passa de 5%), é algo que poderia ser pensado por qualquer artista. Vendo como ele recebe de volta cada detalhe que entrega à plateia, e que deve ter dado um trabalho danado para refinar (coreografias, solos, cenário, luzes), muita gente grande pediria uma pausa para repensar.

Suas quebras que podem ir de Runaway Baby a When I Was Your Man até voltar às origens mais evidentes e encerrar com Uptown Funk dizem o quanto vale romper esses lugares de conforto que tantos artistas escolhem para passar a vida diante de plateias seguras. Mars tem tudo hoje porque arriscou, e não há lugar mais difícil de se fazer isso do que no pop.

Cinco lições de Bruno Mars para um espetáculo (de qualquer artista)

1. Não seguir acessando apenas uma ou duas matrizes emocionais da plateia por um show inteiro, como o Maroon 5. Por isso, seu repertório é tão elástico. Ele vai do funk ao reggae, da balada à disco, do rock a qualquer lugar, claro, sem se perder (algo que H.E.R. não conseguiu fazer).

2. Não fazer shows tão longos. O Foo Fighters fez um dos melhores do festival, mas cansou. Bruno sabe a hora de acabar.

3. Colocar o nível de exigência com os músicos nas alturas. Todos que estão em sua banda poderiam fazer shows solo se quisessem. E ele sabe usá-los em seus limites.

4. Saber cantar. Parece óbvio, mas não é. Sem uso de playbacks ou autotune, sua voz brilha em regiões muito difíceis e chega na nota certa sempre. Sem medo de errar: apenas 5% dos artistas do The Town sabiam cantar. O resto engana.

5. Saber a diferença entre show e espetáculo e saber que ninguém mais sai de casa para ouvir apenas música. O seja, é preciso montar espetáculos.

Antes de tudo, o efeito Bruno Mars é devastador para quem canta imediatamente antes dele. Jão ainda terminava seu show quando a debandada do palco The One começou. Muita gente saiu mais cedo para tentar seus centímetros no Skyline. Foi quando o grande funil, aquele que estrangula a passagem de um palco a outro, mais uma vez, se mostrou bem eficiente.

Mars veio na pressão de 24k Magic, não havia como ser diferente. Ele sabe que tem os brasileiros nas mãos. Foi a única atração a ganhar dois dias e caberia a seu show encerrar a temporada de cinco dias do festival paulistano The Town. Ele gritou o mesmo “Estou aqui, São Paulo” e deu pinta de que repetiria o mesmo show de domingo, 10. E veio a mesma Finesse na sequência.

A novidade foi o frio e a garoa gelada que chegaram juntos. Mas Treasure fez as coisas esquentarem, reforçando esse grande bloco de pista dos anos 70 que ele usa para dar o recado logo no início. É interessante entender como monta o show.

Depois de Treasure, há uma quebra, um momento em que ele sai dos anos 70 e vai para o Caribe, explorando o que tem de reggae em seu repertório. Fica ali por duas ou três músicas e, antes que a repetição canse a audiência, parte para explorar outras sensações, fazendo uma abertura rock and roll para um charm, por exemplo.

Simula de novo o mesmo telefonema do “Oi sumida, quero você gostosa, gatinha gostosa...” e vira o mesmo Alexandre Pires da primeira noite ao cantar o que nem ele sabe que poderia ser um pagode dos anos 90: “Eu quero você gostosa, gatinha gostosa”. Dá um susto, mas faz isso ser uma nova quebra.

Evidências apareceu de novo, e quem estava na plateia desta vez eram Xororó e família - foi uma gritaria quando os telões mostraram suas imagens.

E então ele leva o show para o último bloco, com Locked Out of Heaven, e quebra de novo a delicadeza que criou com uma explosão de vida. Se mantém ali com Just the Way You Are (quando é mais Michael Jackson do que o próprio Michael Jackson) e as pessoas parecem flutuar.

Essa relação de Mars com a plateia, mantendo-a conectada por todo o show (o nivel de engajamento de um Maroon 5, por exemplo, não passa de 5%), é algo que poderia ser pensado por qualquer artista. Vendo como ele recebe de volta cada detalhe que entrega à plateia, e que deve ter dado um trabalho danado para refinar (coreografias, solos, cenário, luzes), muita gente grande pediria uma pausa para repensar.

Suas quebras que podem ir de Runaway Baby a When I Was Your Man até voltar às origens mais evidentes e encerrar com Uptown Funk dizem o quanto vale romper esses lugares de conforto que tantos artistas escolhem para passar a vida diante de plateias seguras. Mars tem tudo hoje porque arriscou, e não há lugar mais difícil de se fazer isso do que no pop.

Cinco lições de Bruno Mars para um espetáculo (de qualquer artista)

1. Não seguir acessando apenas uma ou duas matrizes emocionais da plateia por um show inteiro, como o Maroon 5. Por isso, seu repertório é tão elástico. Ele vai do funk ao reggae, da balada à disco, do rock a qualquer lugar, claro, sem se perder (algo que H.E.R. não conseguiu fazer).

2. Não fazer shows tão longos. O Foo Fighters fez um dos melhores do festival, mas cansou. Bruno sabe a hora de acabar.

3. Colocar o nível de exigência com os músicos nas alturas. Todos que estão em sua banda poderiam fazer shows solo se quisessem. E ele sabe usá-los em seus limites.

4. Saber cantar. Parece óbvio, mas não é. Sem uso de playbacks ou autotune, sua voz brilha em regiões muito difíceis e chega na nota certa sempre. Sem medo de errar: apenas 5% dos artistas do The Town sabiam cantar. O resto engana.

5. Saber a diferença entre show e espetáculo e saber que ninguém mais sai de casa para ouvir apenas música. O seja, é preciso montar espetáculos.

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