Chico Buarque envia provas à Justiça de que, sim, ele fez ‘Roda Viva’


Advogado do cantor entra com nova ação colocando manuscritos que comprovem algo que, diz, em 300 ações defendendo outros artistas, jamais viu nada parecido

Por Julio Maria

O advogado do cantor e compositor Chico Buarque, João Tancredo, vai entrar com uma nova ação contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL). Depois de acionar judicialmente o filho de Jair Bolsonaro por uso indevido da canção Roda Viva em um post na internet e de ter como resposta da juíza Monica Ribeiro Teixeira um pedido de provas de que Roda Viva se trata mesmo de uma canção feita por Chico, João Tancredo, que representa o artista, decidiu usar uma estratégia para agilizar o processo. “Prefiro encerrar essa ação e abrir outra com tutela antecipada de urgência, em que um novo magistrado terá que analisar essa tutela imediatamente”, explicou ao Estadão. Ele pretende ingressar com a nova peça na próxima segunda-feira colocando todas as provas de que, sim, Chico Buarque é o autor de Roda Viva.

Com Gil, no Rio de Janeiro Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

Insistir em um recurso relacionado à primeira ação poderia atrasar o processo em até um ano, segundo Tancredo. “O fato de Eduardo Bolsonaro estar no Catar deixaria tudo mais demorado”, ele diz. A nova ação será analisada por outro juiz, o que pode trazer também um outro entendimento sobre a questão mais polêmica levantada na decisão da juíza Mônica Ribeiro: a necessidade de comprovação de autoria de Chico Buarque sobre Roda Viva. “Eu tenho 300 ações nesse meio artístico e nunca vi nada parecido”, diz João Tancredo, que trabalha com artistas como Gil, Caetano, Djavan e os herdeiros de Mário Lago. Ainda assim, diz que irá anexar na nova ação todas as provas, incluindo manuscritos originais, de que Roda Viva foi feita por Chico em 1967 e apresentada ao público no III Festival da Música Popular Brasileira.

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Outro fato chama atenção no entendimento da magistrada. Ainda que não pertencesse a Chico Buarque, a música traz a voz de Chico, o que já valeria como um pedido de retirada do post feito por Eduardo Bolsonaro por configurar desrespeito e falta de licença do direito de intérprete. Mas a música, de fato, é de Chico. “Por ser de notoriedade pública, não precisava de comprovação. Eu tentei explicar isso à juíza e dei a ela uma chance de repensar o que estava fazendo, mas ela não quis.” Ele se refere a um embargo de declaração, uma espécie de pedido de esclarecimento feito pelo advogado quando percebe alguma falha ou contradição em uma decisão judicial. Chico, segundo João Tancredo, recebeu a notícia de que deveria comprovar sua autoria com incredulidade. “Mas o que aconteceu, Tancredo? Não entendi nada”, perguntou.

Enquanto João Tancredo segue na Justiça contra Eduardo Bolsonaro, pedindo uma indenização de R$ 48 mil e a publicação da sentença condenatória na mesma rede social usada para divulgar o post usando a música Roda Viva, Chico Buarque segue com sua nova turnê. Ao passar por Brasília nas noites de terça e quarta, 29 e 30, ouviu pessoas pedindo para ele cantar Roda Viva, algo que não faz há um tempo. As únicas alterações que fez no repertório recente foram a inclusão de Mil Perdões, para homenagear sua intérprete, Gal Costa, que tem sua imagem exibida em um telão, e de Bastidores. Os últimos shows do ano serão dias 8, 9 e 10 de dezembro, em Recife. Em 2023, ele retoma a estrada com uma temporada de quatro semanas no Rio, a partir de 5 de janeiro, e chega a São Paulo para outras quatro semanas a partir de 2 de março, na Tokio Marine Hall.

O advogado do cantor e compositor Chico Buarque, João Tancredo, vai entrar com uma nova ação contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL). Depois de acionar judicialmente o filho de Jair Bolsonaro por uso indevido da canção Roda Viva em um post na internet e de ter como resposta da juíza Monica Ribeiro Teixeira um pedido de provas de que Roda Viva se trata mesmo de uma canção feita por Chico, João Tancredo, que representa o artista, decidiu usar uma estratégia para agilizar o processo. “Prefiro encerrar essa ação e abrir outra com tutela antecipada de urgência, em que um novo magistrado terá que analisar essa tutela imediatamente”, explicou ao Estadão. Ele pretende ingressar com a nova peça na próxima segunda-feira colocando todas as provas de que, sim, Chico Buarque é o autor de Roda Viva.

Com Gil, no Rio de Janeiro Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

Insistir em um recurso relacionado à primeira ação poderia atrasar o processo em até um ano, segundo Tancredo. “O fato de Eduardo Bolsonaro estar no Catar deixaria tudo mais demorado”, ele diz. A nova ação será analisada por outro juiz, o que pode trazer também um outro entendimento sobre a questão mais polêmica levantada na decisão da juíza Mônica Ribeiro: a necessidade de comprovação de autoria de Chico Buarque sobre Roda Viva. “Eu tenho 300 ações nesse meio artístico e nunca vi nada parecido”, diz João Tancredo, que trabalha com artistas como Gil, Caetano, Djavan e os herdeiros de Mário Lago. Ainda assim, diz que irá anexar na nova ação todas as provas, incluindo manuscritos originais, de que Roda Viva foi feita por Chico em 1967 e apresentada ao público no III Festival da Música Popular Brasileira.

Outro fato chama atenção no entendimento da magistrada. Ainda que não pertencesse a Chico Buarque, a música traz a voz de Chico, o que já valeria como um pedido de retirada do post feito por Eduardo Bolsonaro por configurar desrespeito e falta de licença do direito de intérprete. Mas a música, de fato, é de Chico. “Por ser de notoriedade pública, não precisava de comprovação. Eu tentei explicar isso à juíza e dei a ela uma chance de repensar o que estava fazendo, mas ela não quis.” Ele se refere a um embargo de declaração, uma espécie de pedido de esclarecimento feito pelo advogado quando percebe alguma falha ou contradição em uma decisão judicial. Chico, segundo João Tancredo, recebeu a notícia de que deveria comprovar sua autoria com incredulidade. “Mas o que aconteceu, Tancredo? Não entendi nada”, perguntou.

Enquanto João Tancredo segue na Justiça contra Eduardo Bolsonaro, pedindo uma indenização de R$ 48 mil e a publicação da sentença condenatória na mesma rede social usada para divulgar o post usando a música Roda Viva, Chico Buarque segue com sua nova turnê. Ao passar por Brasília nas noites de terça e quarta, 29 e 30, ouviu pessoas pedindo para ele cantar Roda Viva, algo que não faz há um tempo. As únicas alterações que fez no repertório recente foram a inclusão de Mil Perdões, para homenagear sua intérprete, Gal Costa, que tem sua imagem exibida em um telão, e de Bastidores. Os últimos shows do ano serão dias 8, 9 e 10 de dezembro, em Recife. Em 2023, ele retoma a estrada com uma temporada de quatro semanas no Rio, a partir de 5 de janeiro, e chega a São Paulo para outras quatro semanas a partir de 2 de março, na Tokio Marine Hall.

O advogado do cantor e compositor Chico Buarque, João Tancredo, vai entrar com uma nova ação contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL). Depois de acionar judicialmente o filho de Jair Bolsonaro por uso indevido da canção Roda Viva em um post na internet e de ter como resposta da juíza Monica Ribeiro Teixeira um pedido de provas de que Roda Viva se trata mesmo de uma canção feita por Chico, João Tancredo, que representa o artista, decidiu usar uma estratégia para agilizar o processo. “Prefiro encerrar essa ação e abrir outra com tutela antecipada de urgência, em que um novo magistrado terá que analisar essa tutela imediatamente”, explicou ao Estadão. Ele pretende ingressar com a nova peça na próxima segunda-feira colocando todas as provas de que, sim, Chico Buarque é o autor de Roda Viva.

Com Gil, no Rio de Janeiro Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

Insistir em um recurso relacionado à primeira ação poderia atrasar o processo em até um ano, segundo Tancredo. “O fato de Eduardo Bolsonaro estar no Catar deixaria tudo mais demorado”, ele diz. A nova ação será analisada por outro juiz, o que pode trazer também um outro entendimento sobre a questão mais polêmica levantada na decisão da juíza Mônica Ribeiro: a necessidade de comprovação de autoria de Chico Buarque sobre Roda Viva. “Eu tenho 300 ações nesse meio artístico e nunca vi nada parecido”, diz João Tancredo, que trabalha com artistas como Gil, Caetano, Djavan e os herdeiros de Mário Lago. Ainda assim, diz que irá anexar na nova ação todas as provas, incluindo manuscritos originais, de que Roda Viva foi feita por Chico em 1967 e apresentada ao público no III Festival da Música Popular Brasileira.

Outro fato chama atenção no entendimento da magistrada. Ainda que não pertencesse a Chico Buarque, a música traz a voz de Chico, o que já valeria como um pedido de retirada do post feito por Eduardo Bolsonaro por configurar desrespeito e falta de licença do direito de intérprete. Mas a música, de fato, é de Chico. “Por ser de notoriedade pública, não precisava de comprovação. Eu tentei explicar isso à juíza e dei a ela uma chance de repensar o que estava fazendo, mas ela não quis.” Ele se refere a um embargo de declaração, uma espécie de pedido de esclarecimento feito pelo advogado quando percebe alguma falha ou contradição em uma decisão judicial. Chico, segundo João Tancredo, recebeu a notícia de que deveria comprovar sua autoria com incredulidade. “Mas o que aconteceu, Tancredo? Não entendi nada”, perguntou.

Enquanto João Tancredo segue na Justiça contra Eduardo Bolsonaro, pedindo uma indenização de R$ 48 mil e a publicação da sentença condenatória na mesma rede social usada para divulgar o post usando a música Roda Viva, Chico Buarque segue com sua nova turnê. Ao passar por Brasília nas noites de terça e quarta, 29 e 30, ouviu pessoas pedindo para ele cantar Roda Viva, algo que não faz há um tempo. As únicas alterações que fez no repertório recente foram a inclusão de Mil Perdões, para homenagear sua intérprete, Gal Costa, que tem sua imagem exibida em um telão, e de Bastidores. Os últimos shows do ano serão dias 8, 9 e 10 de dezembro, em Recife. Em 2023, ele retoma a estrada com uma temporada de quatro semanas no Rio, a partir de 5 de janeiro, e chega a São Paulo para outras quatro semanas a partir de 2 de março, na Tokio Marine Hall.

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