Coala, festival ‘queridinho’ pelos fãs de música brasileira, completa 10 anos e fica maior


Evento que ocorre neste final de semana no Memorial da América Latina terá Os Paralamas do Sucesso, Lulu Santos, João Bosco, Adriana Calcanhotto, Arnaldo Antunes, Planet Hemp, Tulipa Ruiz e a despedida de O Terno; saiba como assistir

Por Danilo Casaletti

Em meio à expectativa pelo anúncio do line-up dos grandes festivais que dominam a cena musical brasileira atualmente, há uma certeza: o público do Coala encontrará, ano a ano, uma programação que cabe no seu desejo. Criado há 10 anos pelos empresários e produtores Gabriel Andrade e Guilherme Marconi, o Coala terá mais uma edição neste fim de semana, dias 6, 7 e 8, no Memorial da América Latina, espaço que virou sua casa.

Dedicado à brasilidade, o Coala olha, sobretudo para o midstream, ou seja, para artistas que não estão no chamado mainstream, a cena dominante do mercado, mas que não sejam totalmente desconhecidos do público. As exceções - e neste ano, há uma porção delas - são tratadas como atrações especiais e ‘estreantes’ em festivais da ‘nova geração’, como foi o caso de Caetano Veloso, em 2017, Gal Costa e Maria Bethânia, em 2022, e Simone, em 2023. A aceitação do público fez com que esses artistas passassem a ser chamados para outros festivais.

O Coala comemora 10 anos com uma edição ampliada Foto: Julia Bandeira
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Para esta edição comemorativa de 10 anos, Andrade, Marconi e o curador Marcus Preto programaram nomes como Os Paralamas do Sucesso, Planet Hemp, Lulu Santos e João Bosco, além da despedida da banda O Terno. A novidade fica por conta de mais uma expansão no formato do Coala. O festival, que começou com apenas um dia e um palco e se fixou com três dias e dois palcos ao ar livre, agora terá apresentações dentro do Auditório Simón Bolívar. Serão shows mais específicos, como o pianista Arthur Verocai, 79 anos, acompanhado por orquestra (veja programação completa mais abaixo).

O Coala também evoluiu em sua transmissão ao vivo. Inaugurará a parceria com a plataforma Disney + - nos anos anteriores, foi transmitido pelo canal do festival no YouTube.

“Este ano será a versão mais desenvolvida do festival”, afirma Andrade ao Estadão. Além dessas novidades, ele destaca o desenvolvimento de ações que se tornaram características do Coala e que, de certa forma, fez com que ele virasse o ‘queridinho’ dos fãs de música brasileira - que ficam à vontade, sem disputar espaço com roqueiros ou fãs de artistas pop.

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“Todas as coisas que fazem a experiência do Coala ser incrível continuam e estão ainda mais desenvolvidas, como a distribuição de água grátis, uma variedade grande no cardápio de alimentos e bebidas e ativações de marca que enriquecem a experiência do público. Toda a cenografia do festival vai refletir a comemoração dos 10 anos”, enumera.

Gal Costa durante apresentação no Coala Festival em São Paulo, a última de sua vida Foto: Coala Festival

Em um ano em que o cancelamento das megasturnês da Ludmilla e Ivete Sangalo e da edição do Primavera Sound pegaram o público de surpresa e acenderam o debate sobre um possível esgotamento do formato - em 2023, segundo dados do Mapa dos Festivais, ocorreram 70 festivais, e para 2024, estão previstos outros 40″-, Andrade se apega à “autoralidade” do Coala para que o evento siga relevante e viável comercialmente.

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“Além dos festivais, existe o movimento das turnês nacionais e internacionais. Então, o mercado está realmente muito concorrido e as margens estão sendo achatadas devido à alta dos custos, gerada pela alta demanda de artistas e fornecedores. Nesse contexto, são poucos os festivais que vão conseguir sobreviver mesmo”, analisa o empresário.

Segundo Andrade, ter expandido o negócio para além dos três dias do festival, ou seja, ter criado a marca Coala Music - movimento que o Rock in Rio fez desde o início, por exemplo - foi fundamental. Um dos passos mais importantes foi ter levado o Coala para Portugal, nos dias 31 de maio e 1º de junho deste ano, em Cascais.

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“Estamos testando uma nova versão no Brasil, expandimos a atuação da empresa como um todo para outras frentes de negócio, como gerenciamento de carreira de artistas, selo/gravadora, produção de turnês, merchandising e consultoria e conteúdo para marcas. Durante a pandemia, fomos obrigados a diversificar o negócio”, explica. Tudo isso sem descuidar do line-up.

Despedida de O Terno e encontros no palco

A banda O Terno vai se depedir do público brasileiro no Coala Foto: Werther Santana/Estadão)
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A banda paulistana de indie rock O Terno - formada pelos músicos Tim Bernardes, Guilherme D’Almeida e Gabriel Basile - tem uma ligação forte com o Coala: tocou na primeira edição, ainda em início de carreira. Tim também esteve ao lado de Gal na última apresentação da vida da cantora, no Coala, em setembro de 2022.

O show deste ano, na sexta-feira, marcará a despedida - eles dizem ser apenas um hiato - da banda. “Quando tocamos no Coala, há 10 anos, tanto a banda quanto o festival estava apostando, tentando ganhar um espaço na cena brasileira. O festival era pequeno, a banda também era pequena. Fechar a primeira noite, com o Coala grande como agora é, e com O Terno tendo conquistado público, será marcante”, diz Bernardes.

Se em 2014 eles, mesmo com um repertório autoral, apostaram em versões de clássicos como O Trem Azul, do repertório do Clube da Esquina, e no afro-samba Canto de Ossanha, de Baden Powell e Vinicius de Moraes, para essa despedida O Terno se dedicará às canções autorais que lançou em quatro álbuns. “Vai ser uma seleção de greatest hits de O Terno”, antecipa Bernardes.

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A cantora Tulipa Ruiz convida Criolo para sua apresentação no Coala Foto: Silvana Garzaro

A cantora Tulipa Ruiz que se apresentará no Coala tendo como convidado o rapper Criolo, no sábado, também destaca o espaço que o festival abre para a música brasileira e autoral.

“Festivais são lugares de encontros e os que priorizam a música brasileira autoral e, sobretudo, aqueles que reconhecem e valorizam o protagonismo da mulher na música, devem ser celebrados. O Coala abre muitos caminhos nesse sentido e, inclusive, pauta e inspira muitos outros festivais”, diz.

Tulipa adianta que ela e Criolo vão “celebrar a música brasileira” no palco. “Nossos encontros musicais são sempre produtivos, vide nossas colaborações em músicas como Víbora e Cartão de Visita, diz.

Confira a programação das principais atrações

Sexta-feira, 6/9

  • Silvia Machete - 14h30
  • Boca Livre - 15h50
  • Lenine e Suzano revivendo Olho de Peixe - 17h25
  • 14 Bis com Flávio Venturini e Beto Guedes (Auditório Simón Bolívar) - 18h30 *sem transmissão no Disney+
  • Adriana Calcanhotto e Arnaldo Antunes - 19h
  • O Terno - 20h

Sábado, 7/9

  • Tulipa Ruiz com participação de Criolo - 14h15
  • João Bosco - 15h35
  • Sandra Sá, Hyldon e Tássia Reis - 17h05
  • Arthur Verocai e orquestra (Auditório Simón Bolívar) - 17H45 *sem transmissão no Disney+
  • Os Paralamas do Sucesso - 18h40
  • Lulu Santos - 20h

Domingo, 8/9

  • Mariana Aydar e Mestrinho - 12h50
  • Joyce Alane - 14h05
  • Xande canta Caetano - 15h30
  • 5 a Seco - 17h
  • Orkestra Rumpilezz com Luedji Luna (Auditório Simón Bolívar) - 17h45 * sem transmissão no Disney+
  • Timbalada e Afrocidade - 18h40
  • Planet Hemp - 20h

Ainda há ingressos

Coala Festival

Quando: 6, 7 e 8/9, 12h/22h

Onde: Memorial da América Latina. Av. Mário de Andrade, 664, Barra Funda.

Quanto: R$ 170/R$ 460.

Em meio à expectativa pelo anúncio do line-up dos grandes festivais que dominam a cena musical brasileira atualmente, há uma certeza: o público do Coala encontrará, ano a ano, uma programação que cabe no seu desejo. Criado há 10 anos pelos empresários e produtores Gabriel Andrade e Guilherme Marconi, o Coala terá mais uma edição neste fim de semana, dias 6, 7 e 8, no Memorial da América Latina, espaço que virou sua casa.

Dedicado à brasilidade, o Coala olha, sobretudo para o midstream, ou seja, para artistas que não estão no chamado mainstream, a cena dominante do mercado, mas que não sejam totalmente desconhecidos do público. As exceções - e neste ano, há uma porção delas - são tratadas como atrações especiais e ‘estreantes’ em festivais da ‘nova geração’, como foi o caso de Caetano Veloso, em 2017, Gal Costa e Maria Bethânia, em 2022, e Simone, em 2023. A aceitação do público fez com que esses artistas passassem a ser chamados para outros festivais.

O Coala comemora 10 anos com uma edição ampliada Foto: Julia Bandeira

Para esta edição comemorativa de 10 anos, Andrade, Marconi e o curador Marcus Preto programaram nomes como Os Paralamas do Sucesso, Planet Hemp, Lulu Santos e João Bosco, além da despedida da banda O Terno. A novidade fica por conta de mais uma expansão no formato do Coala. O festival, que começou com apenas um dia e um palco e se fixou com três dias e dois palcos ao ar livre, agora terá apresentações dentro do Auditório Simón Bolívar. Serão shows mais específicos, como o pianista Arthur Verocai, 79 anos, acompanhado por orquestra (veja programação completa mais abaixo).

O Coala também evoluiu em sua transmissão ao vivo. Inaugurará a parceria com a plataforma Disney + - nos anos anteriores, foi transmitido pelo canal do festival no YouTube.

“Este ano será a versão mais desenvolvida do festival”, afirma Andrade ao Estadão. Além dessas novidades, ele destaca o desenvolvimento de ações que se tornaram características do Coala e que, de certa forma, fez com que ele virasse o ‘queridinho’ dos fãs de música brasileira - que ficam à vontade, sem disputar espaço com roqueiros ou fãs de artistas pop.

“Todas as coisas que fazem a experiência do Coala ser incrível continuam e estão ainda mais desenvolvidas, como a distribuição de água grátis, uma variedade grande no cardápio de alimentos e bebidas e ativações de marca que enriquecem a experiência do público. Toda a cenografia do festival vai refletir a comemoração dos 10 anos”, enumera.

Gal Costa durante apresentação no Coala Festival em São Paulo, a última de sua vida Foto: Coala Festival

Em um ano em que o cancelamento das megasturnês da Ludmilla e Ivete Sangalo e da edição do Primavera Sound pegaram o público de surpresa e acenderam o debate sobre um possível esgotamento do formato - em 2023, segundo dados do Mapa dos Festivais, ocorreram 70 festivais, e para 2024, estão previstos outros 40″-, Andrade se apega à “autoralidade” do Coala para que o evento siga relevante e viável comercialmente.

“Além dos festivais, existe o movimento das turnês nacionais e internacionais. Então, o mercado está realmente muito concorrido e as margens estão sendo achatadas devido à alta dos custos, gerada pela alta demanda de artistas e fornecedores. Nesse contexto, são poucos os festivais que vão conseguir sobreviver mesmo”, analisa o empresário.

Segundo Andrade, ter expandido o negócio para além dos três dias do festival, ou seja, ter criado a marca Coala Music - movimento que o Rock in Rio fez desde o início, por exemplo - foi fundamental. Um dos passos mais importantes foi ter levado o Coala para Portugal, nos dias 31 de maio e 1º de junho deste ano, em Cascais.

“Estamos testando uma nova versão no Brasil, expandimos a atuação da empresa como um todo para outras frentes de negócio, como gerenciamento de carreira de artistas, selo/gravadora, produção de turnês, merchandising e consultoria e conteúdo para marcas. Durante a pandemia, fomos obrigados a diversificar o negócio”, explica. Tudo isso sem descuidar do line-up.

Despedida de O Terno e encontros no palco

A banda O Terno vai se depedir do público brasileiro no Coala Foto: Werther Santana/Estadão)

A banda paulistana de indie rock O Terno - formada pelos músicos Tim Bernardes, Guilherme D’Almeida e Gabriel Basile - tem uma ligação forte com o Coala: tocou na primeira edição, ainda em início de carreira. Tim também esteve ao lado de Gal na última apresentação da vida da cantora, no Coala, em setembro de 2022.

O show deste ano, na sexta-feira, marcará a despedida - eles dizem ser apenas um hiato - da banda. “Quando tocamos no Coala, há 10 anos, tanto a banda quanto o festival estava apostando, tentando ganhar um espaço na cena brasileira. O festival era pequeno, a banda também era pequena. Fechar a primeira noite, com o Coala grande como agora é, e com O Terno tendo conquistado público, será marcante”, diz Bernardes.

Se em 2014 eles, mesmo com um repertório autoral, apostaram em versões de clássicos como O Trem Azul, do repertório do Clube da Esquina, e no afro-samba Canto de Ossanha, de Baden Powell e Vinicius de Moraes, para essa despedida O Terno se dedicará às canções autorais que lançou em quatro álbuns. “Vai ser uma seleção de greatest hits de O Terno”, antecipa Bernardes.

A cantora Tulipa Ruiz convida Criolo para sua apresentação no Coala Foto: Silvana Garzaro

A cantora Tulipa Ruiz que se apresentará no Coala tendo como convidado o rapper Criolo, no sábado, também destaca o espaço que o festival abre para a música brasileira e autoral.

“Festivais são lugares de encontros e os que priorizam a música brasileira autoral e, sobretudo, aqueles que reconhecem e valorizam o protagonismo da mulher na música, devem ser celebrados. O Coala abre muitos caminhos nesse sentido e, inclusive, pauta e inspira muitos outros festivais”, diz.

Tulipa adianta que ela e Criolo vão “celebrar a música brasileira” no palco. “Nossos encontros musicais são sempre produtivos, vide nossas colaborações em músicas como Víbora e Cartão de Visita, diz.

Confira a programação das principais atrações

Sexta-feira, 6/9

  • Silvia Machete - 14h30
  • Boca Livre - 15h50
  • Lenine e Suzano revivendo Olho de Peixe - 17h25
  • 14 Bis com Flávio Venturini e Beto Guedes (Auditório Simón Bolívar) - 18h30 *sem transmissão no Disney+
  • Adriana Calcanhotto e Arnaldo Antunes - 19h
  • O Terno - 20h

Sábado, 7/9

  • Tulipa Ruiz com participação de Criolo - 14h15
  • João Bosco - 15h35
  • Sandra Sá, Hyldon e Tássia Reis - 17h05
  • Arthur Verocai e orquestra (Auditório Simón Bolívar) - 17H45 *sem transmissão no Disney+
  • Os Paralamas do Sucesso - 18h40
  • Lulu Santos - 20h

Domingo, 8/9

  • Mariana Aydar e Mestrinho - 12h50
  • Joyce Alane - 14h05
  • Xande canta Caetano - 15h30
  • 5 a Seco - 17h
  • Orkestra Rumpilezz com Luedji Luna (Auditório Simón Bolívar) - 17h45 * sem transmissão no Disney+
  • Timbalada e Afrocidade - 18h40
  • Planet Hemp - 20h

Ainda há ingressos

Coala Festival

Quando: 6, 7 e 8/9, 12h/22h

Onde: Memorial da América Latina. Av. Mário de Andrade, 664, Barra Funda.

Quanto: R$ 170/R$ 460.

Em meio à expectativa pelo anúncio do line-up dos grandes festivais que dominam a cena musical brasileira atualmente, há uma certeza: o público do Coala encontrará, ano a ano, uma programação que cabe no seu desejo. Criado há 10 anos pelos empresários e produtores Gabriel Andrade e Guilherme Marconi, o Coala terá mais uma edição neste fim de semana, dias 6, 7 e 8, no Memorial da América Latina, espaço que virou sua casa.

Dedicado à brasilidade, o Coala olha, sobretudo para o midstream, ou seja, para artistas que não estão no chamado mainstream, a cena dominante do mercado, mas que não sejam totalmente desconhecidos do público. As exceções - e neste ano, há uma porção delas - são tratadas como atrações especiais e ‘estreantes’ em festivais da ‘nova geração’, como foi o caso de Caetano Veloso, em 2017, Gal Costa e Maria Bethânia, em 2022, e Simone, em 2023. A aceitação do público fez com que esses artistas passassem a ser chamados para outros festivais.

O Coala comemora 10 anos com uma edição ampliada Foto: Julia Bandeira

Para esta edição comemorativa de 10 anos, Andrade, Marconi e o curador Marcus Preto programaram nomes como Os Paralamas do Sucesso, Planet Hemp, Lulu Santos e João Bosco, além da despedida da banda O Terno. A novidade fica por conta de mais uma expansão no formato do Coala. O festival, que começou com apenas um dia e um palco e se fixou com três dias e dois palcos ao ar livre, agora terá apresentações dentro do Auditório Simón Bolívar. Serão shows mais específicos, como o pianista Arthur Verocai, 79 anos, acompanhado por orquestra (veja programação completa mais abaixo).

O Coala também evoluiu em sua transmissão ao vivo. Inaugurará a parceria com a plataforma Disney + - nos anos anteriores, foi transmitido pelo canal do festival no YouTube.

“Este ano será a versão mais desenvolvida do festival”, afirma Andrade ao Estadão. Além dessas novidades, ele destaca o desenvolvimento de ações que se tornaram características do Coala e que, de certa forma, fez com que ele virasse o ‘queridinho’ dos fãs de música brasileira - que ficam à vontade, sem disputar espaço com roqueiros ou fãs de artistas pop.

“Todas as coisas que fazem a experiência do Coala ser incrível continuam e estão ainda mais desenvolvidas, como a distribuição de água grátis, uma variedade grande no cardápio de alimentos e bebidas e ativações de marca que enriquecem a experiência do público. Toda a cenografia do festival vai refletir a comemoração dos 10 anos”, enumera.

Gal Costa durante apresentação no Coala Festival em São Paulo, a última de sua vida Foto: Coala Festival

Em um ano em que o cancelamento das megasturnês da Ludmilla e Ivete Sangalo e da edição do Primavera Sound pegaram o público de surpresa e acenderam o debate sobre um possível esgotamento do formato - em 2023, segundo dados do Mapa dos Festivais, ocorreram 70 festivais, e para 2024, estão previstos outros 40″-, Andrade se apega à “autoralidade” do Coala para que o evento siga relevante e viável comercialmente.

“Além dos festivais, existe o movimento das turnês nacionais e internacionais. Então, o mercado está realmente muito concorrido e as margens estão sendo achatadas devido à alta dos custos, gerada pela alta demanda de artistas e fornecedores. Nesse contexto, são poucos os festivais que vão conseguir sobreviver mesmo”, analisa o empresário.

Segundo Andrade, ter expandido o negócio para além dos três dias do festival, ou seja, ter criado a marca Coala Music - movimento que o Rock in Rio fez desde o início, por exemplo - foi fundamental. Um dos passos mais importantes foi ter levado o Coala para Portugal, nos dias 31 de maio e 1º de junho deste ano, em Cascais.

“Estamos testando uma nova versão no Brasil, expandimos a atuação da empresa como um todo para outras frentes de negócio, como gerenciamento de carreira de artistas, selo/gravadora, produção de turnês, merchandising e consultoria e conteúdo para marcas. Durante a pandemia, fomos obrigados a diversificar o negócio”, explica. Tudo isso sem descuidar do line-up.

Despedida de O Terno e encontros no palco

A banda O Terno vai se depedir do público brasileiro no Coala Foto: Werther Santana/Estadão)

A banda paulistana de indie rock O Terno - formada pelos músicos Tim Bernardes, Guilherme D’Almeida e Gabriel Basile - tem uma ligação forte com o Coala: tocou na primeira edição, ainda em início de carreira. Tim também esteve ao lado de Gal na última apresentação da vida da cantora, no Coala, em setembro de 2022.

O show deste ano, na sexta-feira, marcará a despedida - eles dizem ser apenas um hiato - da banda. “Quando tocamos no Coala, há 10 anos, tanto a banda quanto o festival estava apostando, tentando ganhar um espaço na cena brasileira. O festival era pequeno, a banda também era pequena. Fechar a primeira noite, com o Coala grande como agora é, e com O Terno tendo conquistado público, será marcante”, diz Bernardes.

Se em 2014 eles, mesmo com um repertório autoral, apostaram em versões de clássicos como O Trem Azul, do repertório do Clube da Esquina, e no afro-samba Canto de Ossanha, de Baden Powell e Vinicius de Moraes, para essa despedida O Terno se dedicará às canções autorais que lançou em quatro álbuns. “Vai ser uma seleção de greatest hits de O Terno”, antecipa Bernardes.

A cantora Tulipa Ruiz convida Criolo para sua apresentação no Coala Foto: Silvana Garzaro

A cantora Tulipa Ruiz que se apresentará no Coala tendo como convidado o rapper Criolo, no sábado, também destaca o espaço que o festival abre para a música brasileira e autoral.

“Festivais são lugares de encontros e os que priorizam a música brasileira autoral e, sobretudo, aqueles que reconhecem e valorizam o protagonismo da mulher na música, devem ser celebrados. O Coala abre muitos caminhos nesse sentido e, inclusive, pauta e inspira muitos outros festivais”, diz.

Tulipa adianta que ela e Criolo vão “celebrar a música brasileira” no palco. “Nossos encontros musicais são sempre produtivos, vide nossas colaborações em músicas como Víbora e Cartão de Visita, diz.

Confira a programação das principais atrações

Sexta-feira, 6/9

  • Silvia Machete - 14h30
  • Boca Livre - 15h50
  • Lenine e Suzano revivendo Olho de Peixe - 17h25
  • 14 Bis com Flávio Venturini e Beto Guedes (Auditório Simón Bolívar) - 18h30 *sem transmissão no Disney+
  • Adriana Calcanhotto e Arnaldo Antunes - 19h
  • O Terno - 20h

Sábado, 7/9

  • Tulipa Ruiz com participação de Criolo - 14h15
  • João Bosco - 15h35
  • Sandra Sá, Hyldon e Tássia Reis - 17h05
  • Arthur Verocai e orquestra (Auditório Simón Bolívar) - 17H45 *sem transmissão no Disney+
  • Os Paralamas do Sucesso - 18h40
  • Lulu Santos - 20h

Domingo, 8/9

  • Mariana Aydar e Mestrinho - 12h50
  • Joyce Alane - 14h05
  • Xande canta Caetano - 15h30
  • 5 a Seco - 17h
  • Orkestra Rumpilezz com Luedji Luna (Auditório Simón Bolívar) - 17h45 * sem transmissão no Disney+
  • Timbalada e Afrocidade - 18h40
  • Planet Hemp - 20h

Ainda há ingressos

Coala Festival

Quando: 6, 7 e 8/9, 12h/22h

Onde: Memorial da América Latina. Av. Mário de Andrade, 664, Barra Funda.

Quanto: R$ 170/R$ 460.

Em meio à expectativa pelo anúncio do line-up dos grandes festivais que dominam a cena musical brasileira atualmente, há uma certeza: o público do Coala encontrará, ano a ano, uma programação que cabe no seu desejo. Criado há 10 anos pelos empresários e produtores Gabriel Andrade e Guilherme Marconi, o Coala terá mais uma edição neste fim de semana, dias 6, 7 e 8, no Memorial da América Latina, espaço que virou sua casa.

Dedicado à brasilidade, o Coala olha, sobretudo para o midstream, ou seja, para artistas que não estão no chamado mainstream, a cena dominante do mercado, mas que não sejam totalmente desconhecidos do público. As exceções - e neste ano, há uma porção delas - são tratadas como atrações especiais e ‘estreantes’ em festivais da ‘nova geração’, como foi o caso de Caetano Veloso, em 2017, Gal Costa e Maria Bethânia, em 2022, e Simone, em 2023. A aceitação do público fez com que esses artistas passassem a ser chamados para outros festivais.

O Coala comemora 10 anos com uma edição ampliada Foto: Julia Bandeira

Para esta edição comemorativa de 10 anos, Andrade, Marconi e o curador Marcus Preto programaram nomes como Os Paralamas do Sucesso, Planet Hemp, Lulu Santos e João Bosco, além da despedida da banda O Terno. A novidade fica por conta de mais uma expansão no formato do Coala. O festival, que começou com apenas um dia e um palco e se fixou com três dias e dois palcos ao ar livre, agora terá apresentações dentro do Auditório Simón Bolívar. Serão shows mais específicos, como o pianista Arthur Verocai, 79 anos, acompanhado por orquestra (veja programação completa mais abaixo).

O Coala também evoluiu em sua transmissão ao vivo. Inaugurará a parceria com a plataforma Disney + - nos anos anteriores, foi transmitido pelo canal do festival no YouTube.

“Este ano será a versão mais desenvolvida do festival”, afirma Andrade ao Estadão. Além dessas novidades, ele destaca o desenvolvimento de ações que se tornaram características do Coala e que, de certa forma, fez com que ele virasse o ‘queridinho’ dos fãs de música brasileira - que ficam à vontade, sem disputar espaço com roqueiros ou fãs de artistas pop.

“Todas as coisas que fazem a experiência do Coala ser incrível continuam e estão ainda mais desenvolvidas, como a distribuição de água grátis, uma variedade grande no cardápio de alimentos e bebidas e ativações de marca que enriquecem a experiência do público. Toda a cenografia do festival vai refletir a comemoração dos 10 anos”, enumera.

Gal Costa durante apresentação no Coala Festival em São Paulo, a última de sua vida Foto: Coala Festival

Em um ano em que o cancelamento das megasturnês da Ludmilla e Ivete Sangalo e da edição do Primavera Sound pegaram o público de surpresa e acenderam o debate sobre um possível esgotamento do formato - em 2023, segundo dados do Mapa dos Festivais, ocorreram 70 festivais, e para 2024, estão previstos outros 40″-, Andrade se apega à “autoralidade” do Coala para que o evento siga relevante e viável comercialmente.

“Além dos festivais, existe o movimento das turnês nacionais e internacionais. Então, o mercado está realmente muito concorrido e as margens estão sendo achatadas devido à alta dos custos, gerada pela alta demanda de artistas e fornecedores. Nesse contexto, são poucos os festivais que vão conseguir sobreviver mesmo”, analisa o empresário.

Segundo Andrade, ter expandido o negócio para além dos três dias do festival, ou seja, ter criado a marca Coala Music - movimento que o Rock in Rio fez desde o início, por exemplo - foi fundamental. Um dos passos mais importantes foi ter levado o Coala para Portugal, nos dias 31 de maio e 1º de junho deste ano, em Cascais.

“Estamos testando uma nova versão no Brasil, expandimos a atuação da empresa como um todo para outras frentes de negócio, como gerenciamento de carreira de artistas, selo/gravadora, produção de turnês, merchandising e consultoria e conteúdo para marcas. Durante a pandemia, fomos obrigados a diversificar o negócio”, explica. Tudo isso sem descuidar do line-up.

Despedida de O Terno e encontros no palco

A banda O Terno vai se depedir do público brasileiro no Coala Foto: Werther Santana/Estadão)

A banda paulistana de indie rock O Terno - formada pelos músicos Tim Bernardes, Guilherme D’Almeida e Gabriel Basile - tem uma ligação forte com o Coala: tocou na primeira edição, ainda em início de carreira. Tim também esteve ao lado de Gal na última apresentação da vida da cantora, no Coala, em setembro de 2022.

O show deste ano, na sexta-feira, marcará a despedida - eles dizem ser apenas um hiato - da banda. “Quando tocamos no Coala, há 10 anos, tanto a banda quanto o festival estava apostando, tentando ganhar um espaço na cena brasileira. O festival era pequeno, a banda também era pequena. Fechar a primeira noite, com o Coala grande como agora é, e com O Terno tendo conquistado público, será marcante”, diz Bernardes.

Se em 2014 eles, mesmo com um repertório autoral, apostaram em versões de clássicos como O Trem Azul, do repertório do Clube da Esquina, e no afro-samba Canto de Ossanha, de Baden Powell e Vinicius de Moraes, para essa despedida O Terno se dedicará às canções autorais que lançou em quatro álbuns. “Vai ser uma seleção de greatest hits de O Terno”, antecipa Bernardes.

A cantora Tulipa Ruiz convida Criolo para sua apresentação no Coala Foto: Silvana Garzaro

A cantora Tulipa Ruiz que se apresentará no Coala tendo como convidado o rapper Criolo, no sábado, também destaca o espaço que o festival abre para a música brasileira e autoral.

“Festivais são lugares de encontros e os que priorizam a música brasileira autoral e, sobretudo, aqueles que reconhecem e valorizam o protagonismo da mulher na música, devem ser celebrados. O Coala abre muitos caminhos nesse sentido e, inclusive, pauta e inspira muitos outros festivais”, diz.

Tulipa adianta que ela e Criolo vão “celebrar a música brasileira” no palco. “Nossos encontros musicais são sempre produtivos, vide nossas colaborações em músicas como Víbora e Cartão de Visita, diz.

Confira a programação das principais atrações

Sexta-feira, 6/9

  • Silvia Machete - 14h30
  • Boca Livre - 15h50
  • Lenine e Suzano revivendo Olho de Peixe - 17h25
  • 14 Bis com Flávio Venturini e Beto Guedes (Auditório Simón Bolívar) - 18h30 *sem transmissão no Disney+
  • Adriana Calcanhotto e Arnaldo Antunes - 19h
  • O Terno - 20h

Sábado, 7/9

  • Tulipa Ruiz com participação de Criolo - 14h15
  • João Bosco - 15h35
  • Sandra Sá, Hyldon e Tássia Reis - 17h05
  • Arthur Verocai e orquestra (Auditório Simón Bolívar) - 17H45 *sem transmissão no Disney+
  • Os Paralamas do Sucesso - 18h40
  • Lulu Santos - 20h

Domingo, 8/9

  • Mariana Aydar e Mestrinho - 12h50
  • Joyce Alane - 14h05
  • Xande canta Caetano - 15h30
  • 5 a Seco - 17h
  • Orkestra Rumpilezz com Luedji Luna (Auditório Simón Bolívar) - 17h45 * sem transmissão no Disney+
  • Timbalada e Afrocidade - 18h40
  • Planet Hemp - 20h

Ainda há ingressos

Coala Festival

Quando: 6, 7 e 8/9, 12h/22h

Onde: Memorial da América Latina. Av. Mário de Andrade, 664, Barra Funda.

Quanto: R$ 170/R$ 460.

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