Cole Porter: As 10 melhores músicas do compositor para ouvir na voz de grandes intérpretes


Cole Porter morreu no dia 15 de outubro de 1964. Suas músicas foram gravadas por nomes como Frank Sinatra, Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan, Gal Costa, entre outros; ouça

Por Danilo Casaletti

Embora controverso em sua época, Cole Porter (1891-1964), como o tempo provou, entrou para a lista dos grandes compositores da música americana e, por consequência, mundial. Nascido na cidade de Peru, em Indiana, Porter aprendeu a tocar instrumentos ainda na infância e, na adolescência, já compunha hinos estudantis.

Cole Porter: música complexa e letras refinadas Foto: Acervo/Estadão

Aos 24 anos, fez sua primeira canção para a Broadway, em Nova York, Esmeralda, que entrou no roteiro da revista Hands Up. De família abastada, sem muita expectativa profissional, se mudou para Paris durante a Segunda Guerra Mundial. Ele só voltaria a compor para a Broadway, sua grande casa, em 1928, quando fez o musical Paris. No espetáculo estava o que dali a alguns anos seria um de seus grandes sucessos de carreira, Let’s Do It (Let’s Fall in Love).

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Compositor notável, fez músicas complexas e com letras sofisticadas. Seu estilo boêmio também aparecia em seus versos, que por vezes trouxeram questões sexuais e retrataram personagens da noite, como prostitutas e frequentadores de cabarés - o que o fazia ser visto como menor, motivo de grande sofrimento para ele.

Porter teve a vida retrata do filme De-Lovely - Vida e Amores de Cole Porter (2004), de Irwin Winkler, com Kevin Kline como Cole Porter e Ashley Judd como Linda Lee Thomas. O longa, além da carreira do compositor, também aborda questões pessoais, como sua suposta homossexualidade e seu tumultuado casamento de mais de 30 anos com Linda. O filme está disponível na Prime Video.

Porter morreu aos 73 anos, no dia 15 de outubro de 1964, de falência renal, após diversos problemas de saúde que o levaram para a mesa de cirurgia por mais de 30 vezes e a perda de uma das pernas.

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Abaixo, uma seleção de suas principais canções e seus intérpretes.

Night and Day

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Não é possível começar por outra canção senão Night and Day, talvez a mais popular das composições de Porter. Há inúmeras gravações para ela, mas igualmente não dá para ignorar a melhor de todas: Frank Sinatra acompanhado pela orquestra de Nelson Riddle, em 1957.

I’ve Got You Under My Skin

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Outra canção que é impossível tirar o mérito de Frank Sinatra. Publicada pela primeira vez em 1936, quando fez parte do musical Born to Dance, a composição de Porter virou sucesso com a gravação de Sinatra no álbum Songs for Swingin’ Lovers! , de 1956. Há inúmeras outras versões de nomes como Ella Fitzgerald, Diana Krall, Carly Simon, Rod Stewart e Seal.

Love for Sale

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A canção foi escrita em 1930 para o musical da Broadway The New Yorkers. A personagem é uma prostituta. Amor à venda. Um amor “ligeiramente sujo”, como diz a letra, em livre tradução. Versos que caíram como uma luva para a voz dolente de Billie Holiday, em gravação de 1932. O piano tocado magistralmente, que dá seu recado logo nas primeiras notas, é de Oscar Peterson.

Let’s Do It (Let’s Fall in Love)

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A canção simboliza a reinserção do compositor no mercado americano depois de uma temporada na Europa. Ao contrário de contemporâneos como George Gershwin e Irving Berlin, Porter demorou para fazer sucesso. Let’s Do It, do musical Paris, de 1928, só se tornou popular nos anos 1950. A versão mais perfeita dela é de Ella Fitzgerald, em 1956, em disco que ela dedicou às composições de Porter.

C’est Magnifique

Outro standard da música americana, a canção foi escrita para o musical Can-Can, em 1953. Fora dos palcos, ganhou as paradas ao fazer parte da trilha do filme de mesmo nome, lançado em 1960, com Frank Sinatra e Shirley MacLaine, com direção de Walter Lang. Impossível escolher outra que não a versão de Ella Fitzgerald.

You’ve Got That Thing

Para pegar uma canção que vai além dos amantes de musicais ou entendidos em jazz, esta faz parte do filme Meia-Noite em Paris, de Woody Allen. O cineasta escolheu o cantor e pianista Conal Fowkes para registrar a versão incluída no longa de 2011 - embora a melhor delas seja a de Bobby Short, de 1975.

Do I Love You?

Para não ficar só em Ella - a cantora dedicou dois álbuns a Porter -, este outro clássico também teve interpretação irrepreensível de Lady Gaga no disco Love For Sale, de 2021, lançado ao lado de Tony Bennett, apenas com músicas do compositor. Gaga a canta como as grandes damas do jazz. A composição é de 1939.

I Concentrate On You

Escrita por Porter para o filme Broadway Melody, estrelado por Fred Astaire em 1940, a canção ganhou versão aboleirada com vocais puxados para o blues de Dinah Washington em 1960, incluída em um álbum de mesmo nome.

Begin the Beguine

Composta em 1935 durante um cruzeiro pelo Pacífico, a canção entrou em cena no mesmo ano, no musical Jubilee, produzido no Imperial Theatre em Nova York. Na década de 1980, ganhou uma versão em espanhol de Julio Iglesias, que alcançou grande sucesso. Esta versão bossa nova foi lançada por Gal Costa no álbum Plural, de 1990. Tem participação de Roberto Menescal no violão e de Nico Rezende nos teclados.

Ev’ry Time We Say Goodbye

Embora a grande intérprete de Porter seja Ella, esta versão de Sarah Vaughan, gravada em 1961, começa à cappella e depois ganha apenas a adesão de guitarra como acompanhamento. Um álbum obscuro de Sarah, que traz gravações sensacionais de uma das principais vozes do jazz de todos os tempos.

Embora controverso em sua época, Cole Porter (1891-1964), como o tempo provou, entrou para a lista dos grandes compositores da música americana e, por consequência, mundial. Nascido na cidade de Peru, em Indiana, Porter aprendeu a tocar instrumentos ainda na infância e, na adolescência, já compunha hinos estudantis.

Cole Porter: música complexa e letras refinadas Foto: Acervo/Estadão

Aos 24 anos, fez sua primeira canção para a Broadway, em Nova York, Esmeralda, que entrou no roteiro da revista Hands Up. De família abastada, sem muita expectativa profissional, se mudou para Paris durante a Segunda Guerra Mundial. Ele só voltaria a compor para a Broadway, sua grande casa, em 1928, quando fez o musical Paris. No espetáculo estava o que dali a alguns anos seria um de seus grandes sucessos de carreira, Let’s Do It (Let’s Fall in Love).

Compositor notável, fez músicas complexas e com letras sofisticadas. Seu estilo boêmio também aparecia em seus versos, que por vezes trouxeram questões sexuais e retrataram personagens da noite, como prostitutas e frequentadores de cabarés - o que o fazia ser visto como menor, motivo de grande sofrimento para ele.

Porter teve a vida retrata do filme De-Lovely - Vida e Amores de Cole Porter (2004), de Irwin Winkler, com Kevin Kline como Cole Porter e Ashley Judd como Linda Lee Thomas. O longa, além da carreira do compositor, também aborda questões pessoais, como sua suposta homossexualidade e seu tumultuado casamento de mais de 30 anos com Linda. O filme está disponível na Prime Video.

Porter morreu aos 73 anos, no dia 15 de outubro de 1964, de falência renal, após diversos problemas de saúde que o levaram para a mesa de cirurgia por mais de 30 vezes e a perda de uma das pernas.

Abaixo, uma seleção de suas principais canções e seus intérpretes.

Night and Day

Não é possível começar por outra canção senão Night and Day, talvez a mais popular das composições de Porter. Há inúmeras gravações para ela, mas igualmente não dá para ignorar a melhor de todas: Frank Sinatra acompanhado pela orquestra de Nelson Riddle, em 1957.

I’ve Got You Under My Skin

Outra canção que é impossível tirar o mérito de Frank Sinatra. Publicada pela primeira vez em 1936, quando fez parte do musical Born to Dance, a composição de Porter virou sucesso com a gravação de Sinatra no álbum Songs for Swingin’ Lovers! , de 1956. Há inúmeras outras versões de nomes como Ella Fitzgerald, Diana Krall, Carly Simon, Rod Stewart e Seal.

Love for Sale

A canção foi escrita em 1930 para o musical da Broadway The New Yorkers. A personagem é uma prostituta. Amor à venda. Um amor “ligeiramente sujo”, como diz a letra, em livre tradução. Versos que caíram como uma luva para a voz dolente de Billie Holiday, em gravação de 1932. O piano tocado magistralmente, que dá seu recado logo nas primeiras notas, é de Oscar Peterson.

Let’s Do It (Let’s Fall in Love)

A canção simboliza a reinserção do compositor no mercado americano depois de uma temporada na Europa. Ao contrário de contemporâneos como George Gershwin e Irving Berlin, Porter demorou para fazer sucesso. Let’s Do It, do musical Paris, de 1928, só se tornou popular nos anos 1950. A versão mais perfeita dela é de Ella Fitzgerald, em 1956, em disco que ela dedicou às composições de Porter.

C’est Magnifique

Outro standard da música americana, a canção foi escrita para o musical Can-Can, em 1953. Fora dos palcos, ganhou as paradas ao fazer parte da trilha do filme de mesmo nome, lançado em 1960, com Frank Sinatra e Shirley MacLaine, com direção de Walter Lang. Impossível escolher outra que não a versão de Ella Fitzgerald.

You’ve Got That Thing

Para pegar uma canção que vai além dos amantes de musicais ou entendidos em jazz, esta faz parte do filme Meia-Noite em Paris, de Woody Allen. O cineasta escolheu o cantor e pianista Conal Fowkes para registrar a versão incluída no longa de 2011 - embora a melhor delas seja a de Bobby Short, de 1975.

Do I Love You?

Para não ficar só em Ella - a cantora dedicou dois álbuns a Porter -, este outro clássico também teve interpretação irrepreensível de Lady Gaga no disco Love For Sale, de 2021, lançado ao lado de Tony Bennett, apenas com músicas do compositor. Gaga a canta como as grandes damas do jazz. A composição é de 1939.

I Concentrate On You

Escrita por Porter para o filme Broadway Melody, estrelado por Fred Astaire em 1940, a canção ganhou versão aboleirada com vocais puxados para o blues de Dinah Washington em 1960, incluída em um álbum de mesmo nome.

Begin the Beguine

Composta em 1935 durante um cruzeiro pelo Pacífico, a canção entrou em cena no mesmo ano, no musical Jubilee, produzido no Imperial Theatre em Nova York. Na década de 1980, ganhou uma versão em espanhol de Julio Iglesias, que alcançou grande sucesso. Esta versão bossa nova foi lançada por Gal Costa no álbum Plural, de 1990. Tem participação de Roberto Menescal no violão e de Nico Rezende nos teclados.

Ev’ry Time We Say Goodbye

Embora a grande intérprete de Porter seja Ella, esta versão de Sarah Vaughan, gravada em 1961, começa à cappella e depois ganha apenas a adesão de guitarra como acompanhamento. Um álbum obscuro de Sarah, que traz gravações sensacionais de uma das principais vozes do jazz de todos os tempos.

Embora controverso em sua época, Cole Porter (1891-1964), como o tempo provou, entrou para a lista dos grandes compositores da música americana e, por consequência, mundial. Nascido na cidade de Peru, em Indiana, Porter aprendeu a tocar instrumentos ainda na infância e, na adolescência, já compunha hinos estudantis.

Cole Porter: música complexa e letras refinadas Foto: Acervo/Estadão

Aos 24 anos, fez sua primeira canção para a Broadway, em Nova York, Esmeralda, que entrou no roteiro da revista Hands Up. De família abastada, sem muita expectativa profissional, se mudou para Paris durante a Segunda Guerra Mundial. Ele só voltaria a compor para a Broadway, sua grande casa, em 1928, quando fez o musical Paris. No espetáculo estava o que dali a alguns anos seria um de seus grandes sucessos de carreira, Let’s Do It (Let’s Fall in Love).

Compositor notável, fez músicas complexas e com letras sofisticadas. Seu estilo boêmio também aparecia em seus versos, que por vezes trouxeram questões sexuais e retrataram personagens da noite, como prostitutas e frequentadores de cabarés - o que o fazia ser visto como menor, motivo de grande sofrimento para ele.

Porter teve a vida retrata do filme De-Lovely - Vida e Amores de Cole Porter (2004), de Irwin Winkler, com Kevin Kline como Cole Porter e Ashley Judd como Linda Lee Thomas. O longa, além da carreira do compositor, também aborda questões pessoais, como sua suposta homossexualidade e seu tumultuado casamento de mais de 30 anos com Linda. O filme está disponível na Prime Video.

Porter morreu aos 73 anos, no dia 15 de outubro de 1964, de falência renal, após diversos problemas de saúde que o levaram para a mesa de cirurgia por mais de 30 vezes e a perda de uma das pernas.

Abaixo, uma seleção de suas principais canções e seus intérpretes.

Night and Day

Não é possível começar por outra canção senão Night and Day, talvez a mais popular das composições de Porter. Há inúmeras gravações para ela, mas igualmente não dá para ignorar a melhor de todas: Frank Sinatra acompanhado pela orquestra de Nelson Riddle, em 1957.

I’ve Got You Under My Skin

Outra canção que é impossível tirar o mérito de Frank Sinatra. Publicada pela primeira vez em 1936, quando fez parte do musical Born to Dance, a composição de Porter virou sucesso com a gravação de Sinatra no álbum Songs for Swingin’ Lovers! , de 1956. Há inúmeras outras versões de nomes como Ella Fitzgerald, Diana Krall, Carly Simon, Rod Stewart e Seal.

Love for Sale

A canção foi escrita em 1930 para o musical da Broadway The New Yorkers. A personagem é uma prostituta. Amor à venda. Um amor “ligeiramente sujo”, como diz a letra, em livre tradução. Versos que caíram como uma luva para a voz dolente de Billie Holiday, em gravação de 1932. O piano tocado magistralmente, que dá seu recado logo nas primeiras notas, é de Oscar Peterson.

Let’s Do It (Let’s Fall in Love)

A canção simboliza a reinserção do compositor no mercado americano depois de uma temporada na Europa. Ao contrário de contemporâneos como George Gershwin e Irving Berlin, Porter demorou para fazer sucesso. Let’s Do It, do musical Paris, de 1928, só se tornou popular nos anos 1950. A versão mais perfeita dela é de Ella Fitzgerald, em 1956, em disco que ela dedicou às composições de Porter.

C’est Magnifique

Outro standard da música americana, a canção foi escrita para o musical Can-Can, em 1953. Fora dos palcos, ganhou as paradas ao fazer parte da trilha do filme de mesmo nome, lançado em 1960, com Frank Sinatra e Shirley MacLaine, com direção de Walter Lang. Impossível escolher outra que não a versão de Ella Fitzgerald.

You’ve Got That Thing

Para pegar uma canção que vai além dos amantes de musicais ou entendidos em jazz, esta faz parte do filme Meia-Noite em Paris, de Woody Allen. O cineasta escolheu o cantor e pianista Conal Fowkes para registrar a versão incluída no longa de 2011 - embora a melhor delas seja a de Bobby Short, de 1975.

Do I Love You?

Para não ficar só em Ella - a cantora dedicou dois álbuns a Porter -, este outro clássico também teve interpretação irrepreensível de Lady Gaga no disco Love For Sale, de 2021, lançado ao lado de Tony Bennett, apenas com músicas do compositor. Gaga a canta como as grandes damas do jazz. A composição é de 1939.

I Concentrate On You

Escrita por Porter para o filme Broadway Melody, estrelado por Fred Astaire em 1940, a canção ganhou versão aboleirada com vocais puxados para o blues de Dinah Washington em 1960, incluída em um álbum de mesmo nome.

Begin the Beguine

Composta em 1935 durante um cruzeiro pelo Pacífico, a canção entrou em cena no mesmo ano, no musical Jubilee, produzido no Imperial Theatre em Nova York. Na década de 1980, ganhou uma versão em espanhol de Julio Iglesias, que alcançou grande sucesso. Esta versão bossa nova foi lançada por Gal Costa no álbum Plural, de 1990. Tem participação de Roberto Menescal no violão e de Nico Rezende nos teclados.

Ev’ry Time We Say Goodbye

Embora a grande intérprete de Porter seja Ella, esta versão de Sarah Vaughan, gravada em 1961, começa à cappella e depois ganha apenas a adesão de guitarra como acompanhamento. Um álbum obscuro de Sarah, que traz gravações sensacionais de uma das principais vozes do jazz de todos os tempos.

Embora controverso em sua época, Cole Porter (1891-1964), como o tempo provou, entrou para a lista dos grandes compositores da música americana e, por consequência, mundial. Nascido na cidade de Peru, em Indiana, Porter aprendeu a tocar instrumentos ainda na infância e, na adolescência, já compunha hinos estudantis.

Cole Porter: música complexa e letras refinadas Foto: Acervo/Estadão

Aos 24 anos, fez sua primeira canção para a Broadway, em Nova York, Esmeralda, que entrou no roteiro da revista Hands Up. De família abastada, sem muita expectativa profissional, se mudou para Paris durante a Segunda Guerra Mundial. Ele só voltaria a compor para a Broadway, sua grande casa, em 1928, quando fez o musical Paris. No espetáculo estava o que dali a alguns anos seria um de seus grandes sucessos de carreira, Let’s Do It (Let’s Fall in Love).

Compositor notável, fez músicas complexas e com letras sofisticadas. Seu estilo boêmio também aparecia em seus versos, que por vezes trouxeram questões sexuais e retrataram personagens da noite, como prostitutas e frequentadores de cabarés - o que o fazia ser visto como menor, motivo de grande sofrimento para ele.

Porter teve a vida retrata do filme De-Lovely - Vida e Amores de Cole Porter (2004), de Irwin Winkler, com Kevin Kline como Cole Porter e Ashley Judd como Linda Lee Thomas. O longa, além da carreira do compositor, também aborda questões pessoais, como sua suposta homossexualidade e seu tumultuado casamento de mais de 30 anos com Linda. O filme está disponível na Prime Video.

Porter morreu aos 73 anos, no dia 15 de outubro de 1964, de falência renal, após diversos problemas de saúde que o levaram para a mesa de cirurgia por mais de 30 vezes e a perda de uma das pernas.

Abaixo, uma seleção de suas principais canções e seus intérpretes.

Night and Day

Não é possível começar por outra canção senão Night and Day, talvez a mais popular das composições de Porter. Há inúmeras gravações para ela, mas igualmente não dá para ignorar a melhor de todas: Frank Sinatra acompanhado pela orquestra de Nelson Riddle, em 1957.

I’ve Got You Under My Skin

Outra canção que é impossível tirar o mérito de Frank Sinatra. Publicada pela primeira vez em 1936, quando fez parte do musical Born to Dance, a composição de Porter virou sucesso com a gravação de Sinatra no álbum Songs for Swingin’ Lovers! , de 1956. Há inúmeras outras versões de nomes como Ella Fitzgerald, Diana Krall, Carly Simon, Rod Stewart e Seal.

Love for Sale

A canção foi escrita em 1930 para o musical da Broadway The New Yorkers. A personagem é uma prostituta. Amor à venda. Um amor “ligeiramente sujo”, como diz a letra, em livre tradução. Versos que caíram como uma luva para a voz dolente de Billie Holiday, em gravação de 1932. O piano tocado magistralmente, que dá seu recado logo nas primeiras notas, é de Oscar Peterson.

Let’s Do It (Let’s Fall in Love)

A canção simboliza a reinserção do compositor no mercado americano depois de uma temporada na Europa. Ao contrário de contemporâneos como George Gershwin e Irving Berlin, Porter demorou para fazer sucesso. Let’s Do It, do musical Paris, de 1928, só se tornou popular nos anos 1950. A versão mais perfeita dela é de Ella Fitzgerald, em 1956, em disco que ela dedicou às composições de Porter.

C’est Magnifique

Outro standard da música americana, a canção foi escrita para o musical Can-Can, em 1953. Fora dos palcos, ganhou as paradas ao fazer parte da trilha do filme de mesmo nome, lançado em 1960, com Frank Sinatra e Shirley MacLaine, com direção de Walter Lang. Impossível escolher outra que não a versão de Ella Fitzgerald.

You’ve Got That Thing

Para pegar uma canção que vai além dos amantes de musicais ou entendidos em jazz, esta faz parte do filme Meia-Noite em Paris, de Woody Allen. O cineasta escolheu o cantor e pianista Conal Fowkes para registrar a versão incluída no longa de 2011 - embora a melhor delas seja a de Bobby Short, de 1975.

Do I Love You?

Para não ficar só em Ella - a cantora dedicou dois álbuns a Porter -, este outro clássico também teve interpretação irrepreensível de Lady Gaga no disco Love For Sale, de 2021, lançado ao lado de Tony Bennett, apenas com músicas do compositor. Gaga a canta como as grandes damas do jazz. A composição é de 1939.

I Concentrate On You

Escrita por Porter para o filme Broadway Melody, estrelado por Fred Astaire em 1940, a canção ganhou versão aboleirada com vocais puxados para o blues de Dinah Washington em 1960, incluída em um álbum de mesmo nome.

Begin the Beguine

Composta em 1935 durante um cruzeiro pelo Pacífico, a canção entrou em cena no mesmo ano, no musical Jubilee, produzido no Imperial Theatre em Nova York. Na década de 1980, ganhou uma versão em espanhol de Julio Iglesias, que alcançou grande sucesso. Esta versão bossa nova foi lançada por Gal Costa no álbum Plural, de 1990. Tem participação de Roberto Menescal no violão e de Nico Rezende nos teclados.

Ev’ry Time We Say Goodbye

Embora a grande intérprete de Porter seja Ella, esta versão de Sarah Vaughan, gravada em 1961, começa à cappella e depois ganha apenas a adesão de guitarra como acompanhamento. Um álbum obscuro de Sarah, que traz gravações sensacionais de uma das principais vozes do jazz de todos os tempos.

Embora controverso em sua época, Cole Porter (1891-1964), como o tempo provou, entrou para a lista dos grandes compositores da música americana e, por consequência, mundial. Nascido na cidade de Peru, em Indiana, Porter aprendeu a tocar instrumentos ainda na infância e, na adolescência, já compunha hinos estudantis.

Cole Porter: música complexa e letras refinadas Foto: Acervo/Estadão

Aos 24 anos, fez sua primeira canção para a Broadway, em Nova York, Esmeralda, que entrou no roteiro da revista Hands Up. De família abastada, sem muita expectativa profissional, se mudou para Paris durante a Segunda Guerra Mundial. Ele só voltaria a compor para a Broadway, sua grande casa, em 1928, quando fez o musical Paris. No espetáculo estava o que dali a alguns anos seria um de seus grandes sucessos de carreira, Let’s Do It (Let’s Fall in Love).

Compositor notável, fez músicas complexas e com letras sofisticadas. Seu estilo boêmio também aparecia em seus versos, que por vezes trouxeram questões sexuais e retrataram personagens da noite, como prostitutas e frequentadores de cabarés - o que o fazia ser visto como menor, motivo de grande sofrimento para ele.

Porter teve a vida retrata do filme De-Lovely - Vida e Amores de Cole Porter (2004), de Irwin Winkler, com Kevin Kline como Cole Porter e Ashley Judd como Linda Lee Thomas. O longa, além da carreira do compositor, também aborda questões pessoais, como sua suposta homossexualidade e seu tumultuado casamento de mais de 30 anos com Linda. O filme está disponível na Prime Video.

Porter morreu aos 73 anos, no dia 15 de outubro de 1964, de falência renal, após diversos problemas de saúde que o levaram para a mesa de cirurgia por mais de 30 vezes e a perda de uma das pernas.

Abaixo, uma seleção de suas principais canções e seus intérpretes.

Night and Day

Não é possível começar por outra canção senão Night and Day, talvez a mais popular das composições de Porter. Há inúmeras gravações para ela, mas igualmente não dá para ignorar a melhor de todas: Frank Sinatra acompanhado pela orquestra de Nelson Riddle, em 1957.

I’ve Got You Under My Skin

Outra canção que é impossível tirar o mérito de Frank Sinatra. Publicada pela primeira vez em 1936, quando fez parte do musical Born to Dance, a composição de Porter virou sucesso com a gravação de Sinatra no álbum Songs for Swingin’ Lovers! , de 1956. Há inúmeras outras versões de nomes como Ella Fitzgerald, Diana Krall, Carly Simon, Rod Stewart e Seal.

Love for Sale

A canção foi escrita em 1930 para o musical da Broadway The New Yorkers. A personagem é uma prostituta. Amor à venda. Um amor “ligeiramente sujo”, como diz a letra, em livre tradução. Versos que caíram como uma luva para a voz dolente de Billie Holiday, em gravação de 1932. O piano tocado magistralmente, que dá seu recado logo nas primeiras notas, é de Oscar Peterson.

Let’s Do It (Let’s Fall in Love)

A canção simboliza a reinserção do compositor no mercado americano depois de uma temporada na Europa. Ao contrário de contemporâneos como George Gershwin e Irving Berlin, Porter demorou para fazer sucesso. Let’s Do It, do musical Paris, de 1928, só se tornou popular nos anos 1950. A versão mais perfeita dela é de Ella Fitzgerald, em 1956, em disco que ela dedicou às composições de Porter.

C’est Magnifique

Outro standard da música americana, a canção foi escrita para o musical Can-Can, em 1953. Fora dos palcos, ganhou as paradas ao fazer parte da trilha do filme de mesmo nome, lançado em 1960, com Frank Sinatra e Shirley MacLaine, com direção de Walter Lang. Impossível escolher outra que não a versão de Ella Fitzgerald.

You’ve Got That Thing

Para pegar uma canção que vai além dos amantes de musicais ou entendidos em jazz, esta faz parte do filme Meia-Noite em Paris, de Woody Allen. O cineasta escolheu o cantor e pianista Conal Fowkes para registrar a versão incluída no longa de 2011 - embora a melhor delas seja a de Bobby Short, de 1975.

Do I Love You?

Para não ficar só em Ella - a cantora dedicou dois álbuns a Porter -, este outro clássico também teve interpretação irrepreensível de Lady Gaga no disco Love For Sale, de 2021, lançado ao lado de Tony Bennett, apenas com músicas do compositor. Gaga a canta como as grandes damas do jazz. A composição é de 1939.

I Concentrate On You

Escrita por Porter para o filme Broadway Melody, estrelado por Fred Astaire em 1940, a canção ganhou versão aboleirada com vocais puxados para o blues de Dinah Washington em 1960, incluída em um álbum de mesmo nome.

Begin the Beguine

Composta em 1935 durante um cruzeiro pelo Pacífico, a canção entrou em cena no mesmo ano, no musical Jubilee, produzido no Imperial Theatre em Nova York. Na década de 1980, ganhou uma versão em espanhol de Julio Iglesias, que alcançou grande sucesso. Esta versão bossa nova foi lançada por Gal Costa no álbum Plural, de 1990. Tem participação de Roberto Menescal no violão e de Nico Rezende nos teclados.

Ev’ry Time We Say Goodbye

Embora a grande intérprete de Porter seja Ella, esta versão de Sarah Vaughan, gravada em 1961, começa à cappella e depois ganha apenas a adesão de guitarra como acompanhamento. Um álbum obscuro de Sarah, que traz gravações sensacionais de uma das principais vozes do jazz de todos os tempos.

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