'Colorado' traz Neil Young em toda sua glória esfarrapada


Para selar o reencontro com sua antiga banda, Crazy Horse, cantor lança disco que faz protesto raivoso contra a mudança climática

Por Scott Bauer/ AP
Atualização:
Neil Young, no auge dos seus 73 anos, volta aos palcos com a Crazy Horse, em show marcado por discurso político raivoso a favor do clima. Foto: Alice Chiche/ AFP

Neil Young está de volta com sua antiga banda, Crazy Horse, em toda a sua glória esfarrapada. E como presente ao público, ele brinda este retorno, após um hiato de sete anos, com um novo álbum. Intitulado Colorado, o disco traz um uivo bonito, divagante e caótico contra as mudanças climáticas, a divisão e o ódio impregnados na atual sociedade.

Isso faz com que o disco seja, sem dúvida alguma, um dos melhores de Young em anos, pois traz em si uma essência que parece ser remanescente do triunfo de 1989, Ragged Glory, também lançado com o Crazy Horse. Aliás, deve-se lembrar que este é o primeiro álbum da parceria Neil Young + Crazy Horse desde 2012, quando lançaram o inédito Psychedelic Pill.

continua após a publicidade

Young, um homem velho que aos 73 anos não mostra sinais de querer parar, agita os novos shows com um misto de raiva e ternura, como apenas ele é capaz. Enquanto isso, atrás de si está uma verdadeira reencarnação da Crazy Horse, que faz o público lembrar de como ela era antigamente, em seus tempos de glória. 

No palco, banda e cantor demonstram ter uma perfeita afinação. Não à toa, os membros da banda já passaram ao menos cinquenta anos gravando dentro e fora de estúdios com Young. Agora, na formação mais recente do grupo, Nils Lofgren, guitarrista de longa data de Bruce Springsteen, substitui o lendário Frank 'Poncho' Sampedro, já aposentado aos 70 anos.

Entretanto alheia às substituições - e assim como Young -, a Crazy Horse também parece desafiar a passagem do tempo com a energia que trazem para o novo álbum. Essa mesma paixão pode ser vista no Mountaintop, documentário que registrou uma sessão de gravação do disco, em um estúdio localizado nas Montanhas Rochosas do Colorado, onde tanto músico quanto banda respiram por meio de oxigênio enquanto trabalham nas novas músicas (veja mais no trailer abaixo).

continua após a publicidade

Em se tratando do novo álbum, Think of Me, uma canção docemente melódica de três minutos, e que serve como faixa de abertura de Colorado, poderia facilmente se encaixar no Harvest Moon, disco de Young de 1992.

Mas o ritmo não se mantém assim por muito tempo. Em uma curva acentuada à esquerda, Young faz uma jam simbólica de 13 minutos. Intitulada She Showed Me Love, a canção faz ecos a aventuras anteriores do Crazy Horse, como Down by The River, de 1969.

continua após a publicidade
A capa de 'Colorado', álbum que facilmente remete ao clássico 'Ragged Glory', famoso disco de Neil Young com a Crazy Horse, de 1989 Foto: Reprise/ AP

E assim como fez na maior parte da década passada, Young concentra boa parte de sua raiva em questões ligadas à atual mudança climática, o que pode ser visto nas letras críticas que citam "os velhos brancos que estão tentando matar a Mãe Natureza".

Ainda sobre o clima, Rainbow of Colors é um grande destaque, pois mostra o cantor oferecendo alguma esperança em meio ao desespero. "Há um arco-íris de cores / nos velhos EUA'', canta. "Ninguém vai branquear essas cores'', completa. 

continua após a publicidade

De fato, Neil Young nunca está de brincadeira. E é isso que ele prova magnificamente a todos, mais uma vez, com o lançamento de Colorado.

Neil Young, no auge dos seus 73 anos, volta aos palcos com a Crazy Horse, em show marcado por discurso político raivoso a favor do clima. Foto: Alice Chiche/ AFP

Neil Young está de volta com sua antiga banda, Crazy Horse, em toda a sua glória esfarrapada. E como presente ao público, ele brinda este retorno, após um hiato de sete anos, com um novo álbum. Intitulado Colorado, o disco traz um uivo bonito, divagante e caótico contra as mudanças climáticas, a divisão e o ódio impregnados na atual sociedade.

Isso faz com que o disco seja, sem dúvida alguma, um dos melhores de Young em anos, pois traz em si uma essência que parece ser remanescente do triunfo de 1989, Ragged Glory, também lançado com o Crazy Horse. Aliás, deve-se lembrar que este é o primeiro álbum da parceria Neil Young + Crazy Horse desde 2012, quando lançaram o inédito Psychedelic Pill.

Young, um homem velho que aos 73 anos não mostra sinais de querer parar, agita os novos shows com um misto de raiva e ternura, como apenas ele é capaz. Enquanto isso, atrás de si está uma verdadeira reencarnação da Crazy Horse, que faz o público lembrar de como ela era antigamente, em seus tempos de glória. 

No palco, banda e cantor demonstram ter uma perfeita afinação. Não à toa, os membros da banda já passaram ao menos cinquenta anos gravando dentro e fora de estúdios com Young. Agora, na formação mais recente do grupo, Nils Lofgren, guitarrista de longa data de Bruce Springsteen, substitui o lendário Frank 'Poncho' Sampedro, já aposentado aos 70 anos.

Entretanto alheia às substituições - e assim como Young -, a Crazy Horse também parece desafiar a passagem do tempo com a energia que trazem para o novo álbum. Essa mesma paixão pode ser vista no Mountaintop, documentário que registrou uma sessão de gravação do disco, em um estúdio localizado nas Montanhas Rochosas do Colorado, onde tanto músico quanto banda respiram por meio de oxigênio enquanto trabalham nas novas músicas (veja mais no trailer abaixo).

Em se tratando do novo álbum, Think of Me, uma canção docemente melódica de três minutos, e que serve como faixa de abertura de Colorado, poderia facilmente se encaixar no Harvest Moon, disco de Young de 1992.

Mas o ritmo não se mantém assim por muito tempo. Em uma curva acentuada à esquerda, Young faz uma jam simbólica de 13 minutos. Intitulada She Showed Me Love, a canção faz ecos a aventuras anteriores do Crazy Horse, como Down by The River, de 1969.

A capa de 'Colorado', álbum que facilmente remete ao clássico 'Ragged Glory', famoso disco de Neil Young com a Crazy Horse, de 1989 Foto: Reprise/ AP

E assim como fez na maior parte da década passada, Young concentra boa parte de sua raiva em questões ligadas à atual mudança climática, o que pode ser visto nas letras críticas que citam "os velhos brancos que estão tentando matar a Mãe Natureza".

Ainda sobre o clima, Rainbow of Colors é um grande destaque, pois mostra o cantor oferecendo alguma esperança em meio ao desespero. "Há um arco-íris de cores / nos velhos EUA'', canta. "Ninguém vai branquear essas cores'', completa. 

De fato, Neil Young nunca está de brincadeira. E é isso que ele prova magnificamente a todos, mais uma vez, com o lançamento de Colorado.

Neil Young, no auge dos seus 73 anos, volta aos palcos com a Crazy Horse, em show marcado por discurso político raivoso a favor do clima. Foto: Alice Chiche/ AFP

Neil Young está de volta com sua antiga banda, Crazy Horse, em toda a sua glória esfarrapada. E como presente ao público, ele brinda este retorno, após um hiato de sete anos, com um novo álbum. Intitulado Colorado, o disco traz um uivo bonito, divagante e caótico contra as mudanças climáticas, a divisão e o ódio impregnados na atual sociedade.

Isso faz com que o disco seja, sem dúvida alguma, um dos melhores de Young em anos, pois traz em si uma essência que parece ser remanescente do triunfo de 1989, Ragged Glory, também lançado com o Crazy Horse. Aliás, deve-se lembrar que este é o primeiro álbum da parceria Neil Young + Crazy Horse desde 2012, quando lançaram o inédito Psychedelic Pill.

Young, um homem velho que aos 73 anos não mostra sinais de querer parar, agita os novos shows com um misto de raiva e ternura, como apenas ele é capaz. Enquanto isso, atrás de si está uma verdadeira reencarnação da Crazy Horse, que faz o público lembrar de como ela era antigamente, em seus tempos de glória. 

No palco, banda e cantor demonstram ter uma perfeita afinação. Não à toa, os membros da banda já passaram ao menos cinquenta anos gravando dentro e fora de estúdios com Young. Agora, na formação mais recente do grupo, Nils Lofgren, guitarrista de longa data de Bruce Springsteen, substitui o lendário Frank 'Poncho' Sampedro, já aposentado aos 70 anos.

Entretanto alheia às substituições - e assim como Young -, a Crazy Horse também parece desafiar a passagem do tempo com a energia que trazem para o novo álbum. Essa mesma paixão pode ser vista no Mountaintop, documentário que registrou uma sessão de gravação do disco, em um estúdio localizado nas Montanhas Rochosas do Colorado, onde tanto músico quanto banda respiram por meio de oxigênio enquanto trabalham nas novas músicas (veja mais no trailer abaixo).

Em se tratando do novo álbum, Think of Me, uma canção docemente melódica de três minutos, e que serve como faixa de abertura de Colorado, poderia facilmente se encaixar no Harvest Moon, disco de Young de 1992.

Mas o ritmo não se mantém assim por muito tempo. Em uma curva acentuada à esquerda, Young faz uma jam simbólica de 13 minutos. Intitulada She Showed Me Love, a canção faz ecos a aventuras anteriores do Crazy Horse, como Down by The River, de 1969.

A capa de 'Colorado', álbum que facilmente remete ao clássico 'Ragged Glory', famoso disco de Neil Young com a Crazy Horse, de 1989 Foto: Reprise/ AP

E assim como fez na maior parte da década passada, Young concentra boa parte de sua raiva em questões ligadas à atual mudança climática, o que pode ser visto nas letras críticas que citam "os velhos brancos que estão tentando matar a Mãe Natureza".

Ainda sobre o clima, Rainbow of Colors é um grande destaque, pois mostra o cantor oferecendo alguma esperança em meio ao desespero. "Há um arco-íris de cores / nos velhos EUA'', canta. "Ninguém vai branquear essas cores'', completa. 

De fato, Neil Young nunca está de brincadeira. E é isso que ele prova magnificamente a todos, mais uma vez, com o lançamento de Colorado.

Neil Young, no auge dos seus 73 anos, volta aos palcos com a Crazy Horse, em show marcado por discurso político raivoso a favor do clima. Foto: Alice Chiche/ AFP

Neil Young está de volta com sua antiga banda, Crazy Horse, em toda a sua glória esfarrapada. E como presente ao público, ele brinda este retorno, após um hiato de sete anos, com um novo álbum. Intitulado Colorado, o disco traz um uivo bonito, divagante e caótico contra as mudanças climáticas, a divisão e o ódio impregnados na atual sociedade.

Isso faz com que o disco seja, sem dúvida alguma, um dos melhores de Young em anos, pois traz em si uma essência que parece ser remanescente do triunfo de 1989, Ragged Glory, também lançado com o Crazy Horse. Aliás, deve-se lembrar que este é o primeiro álbum da parceria Neil Young + Crazy Horse desde 2012, quando lançaram o inédito Psychedelic Pill.

Young, um homem velho que aos 73 anos não mostra sinais de querer parar, agita os novos shows com um misto de raiva e ternura, como apenas ele é capaz. Enquanto isso, atrás de si está uma verdadeira reencarnação da Crazy Horse, que faz o público lembrar de como ela era antigamente, em seus tempos de glória. 

No palco, banda e cantor demonstram ter uma perfeita afinação. Não à toa, os membros da banda já passaram ao menos cinquenta anos gravando dentro e fora de estúdios com Young. Agora, na formação mais recente do grupo, Nils Lofgren, guitarrista de longa data de Bruce Springsteen, substitui o lendário Frank 'Poncho' Sampedro, já aposentado aos 70 anos.

Entretanto alheia às substituições - e assim como Young -, a Crazy Horse também parece desafiar a passagem do tempo com a energia que trazem para o novo álbum. Essa mesma paixão pode ser vista no Mountaintop, documentário que registrou uma sessão de gravação do disco, em um estúdio localizado nas Montanhas Rochosas do Colorado, onde tanto músico quanto banda respiram por meio de oxigênio enquanto trabalham nas novas músicas (veja mais no trailer abaixo).

Em se tratando do novo álbum, Think of Me, uma canção docemente melódica de três minutos, e que serve como faixa de abertura de Colorado, poderia facilmente se encaixar no Harvest Moon, disco de Young de 1992.

Mas o ritmo não se mantém assim por muito tempo. Em uma curva acentuada à esquerda, Young faz uma jam simbólica de 13 minutos. Intitulada She Showed Me Love, a canção faz ecos a aventuras anteriores do Crazy Horse, como Down by The River, de 1969.

A capa de 'Colorado', álbum que facilmente remete ao clássico 'Ragged Glory', famoso disco de Neil Young com a Crazy Horse, de 1989 Foto: Reprise/ AP

E assim como fez na maior parte da década passada, Young concentra boa parte de sua raiva em questões ligadas à atual mudança climática, o que pode ser visto nas letras críticas que citam "os velhos brancos que estão tentando matar a Mãe Natureza".

Ainda sobre o clima, Rainbow of Colors é um grande destaque, pois mostra o cantor oferecendo alguma esperança em meio ao desespero. "Há um arco-íris de cores / nos velhos EUA'', canta. "Ninguém vai branquear essas cores'', completa. 

De fato, Neil Young nunca está de brincadeira. E é isso que ele prova magnificamente a todos, mais uma vez, com o lançamento de Colorado.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.