Crítica: Norah Jones nunca mais venderá tanto, mas já é maior que seu passado


O novo álbum, ‘Day Breaks’, com participações do saxofonista Wayne Shorter e do baixista John Patitucci, afina seu pop rock vestindo-o de jazz

Por Julio Maria

Norah Jones pode ter muitas faces, mas só tem uma voz. Sua música, mesmo em tons maiores, é noturna, nublada, cabendo ao piano de acordes pequenos e martelados quebrar a névoa que circunda a sala. Norah toca o que é. Sua alegria é triste e sua beleza nunca grita, represada por um mistério guardado provavelmente no passado mal resolvido com o pai citarista indiano Ravi Shankar, morto em 2012, com quem nunca estabeleceu relações.

Norah:volta às origens, em termos Foto: DIVULGAÇÃO

Seu novo disco é, só em partes, um retorno às origens. Come Away With Me, de 2002, foi um estrondo pop chamado equivocadamente de jazz. Vendeu 26 milhões de cópias no mundo quando ninguém mais fazia isso – algo que nem ela voltaria a fazer. Depois de tentar seguir na mesma rota com Fells Like Home, de 2004, viu os números caírem até chegar a Little Broken Hearts, sua ruptura mais radical de estilo, de 2012, que não passou de 1,5 milhão de vendas. Outras experiências vieram entre o rock e o country, mas aqui está Norah, caçadora de si, com Day Breaks.

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A produção, agora de Eli Wolf, procura a Norah de 2002. Ela volta a tocar o piano de notas secas e sem sustentação, cantar em sussurrose sugerir que todos a seu lado a sigam sem ajustar o amplificador acima do volume 4. Não é certo dizer que ela volta inteiramente às origens porque Norahdesbravou outros mundos e jamais será a mesma. Não vai voltar a vender os 26 milhões de 15 anos atrás, mas vem com sua melhor personalidade artística, aos 37 anos de idade.

Norah foi aos grandes. Sua bateria tem Brian Blade, de Wayne Shorter e Joshua Redman; seu baixo é de John Patitucci, um dos melhores do mundo; e o saxofone, quando aparece em Peace, é de Wayne Shorter; além do órgão Hammond B3 messiânico de Lonnie Smith. Um time que poderia fazer qualquer sequência de notas virar ouro atropelando a protagonista. Mas a maturidade de produção está justamente no fato de nenhum desses rapazes querer aparecer. Não há arroubos de solos pirotécnicos que saiam da proposta de Norah. O que ela faz nunca é jazz, apesar de ser vendida assim em seu próprio site, mas um pop vestido de jazz. Uma estratégia que faz tudo ganhar respeito, privilégio que os roqueiros não têm. Seu álbum traz nove canções inéditas e três interpretações de suspirar: Fleurette Africaine (African Flower), de Duke Ellington; Don’t Be Denied, de Neil Young; e Peace, de Horace Silver: três homens que podem resumir sua formação entre o piano jazz de grande abrangência (casos de Duke e Silver) e o espírito rock and roll de Young. Norah volta a ser Norah com mais propriedade. Nunca mais venderá tanto, mas já é muito maior.

Norah Jones pode ter muitas faces, mas só tem uma voz. Sua música, mesmo em tons maiores, é noturna, nublada, cabendo ao piano de acordes pequenos e martelados quebrar a névoa que circunda a sala. Norah toca o que é. Sua alegria é triste e sua beleza nunca grita, represada por um mistério guardado provavelmente no passado mal resolvido com o pai citarista indiano Ravi Shankar, morto em 2012, com quem nunca estabeleceu relações.

Norah:volta às origens, em termos Foto: DIVULGAÇÃO

Seu novo disco é, só em partes, um retorno às origens. Come Away With Me, de 2002, foi um estrondo pop chamado equivocadamente de jazz. Vendeu 26 milhões de cópias no mundo quando ninguém mais fazia isso – algo que nem ela voltaria a fazer. Depois de tentar seguir na mesma rota com Fells Like Home, de 2004, viu os números caírem até chegar a Little Broken Hearts, sua ruptura mais radical de estilo, de 2012, que não passou de 1,5 milhão de vendas. Outras experiências vieram entre o rock e o country, mas aqui está Norah, caçadora de si, com Day Breaks.

A produção, agora de Eli Wolf, procura a Norah de 2002. Ela volta a tocar o piano de notas secas e sem sustentação, cantar em sussurrose sugerir que todos a seu lado a sigam sem ajustar o amplificador acima do volume 4. Não é certo dizer que ela volta inteiramente às origens porque Norahdesbravou outros mundos e jamais será a mesma. Não vai voltar a vender os 26 milhões de 15 anos atrás, mas vem com sua melhor personalidade artística, aos 37 anos de idade.

Norah foi aos grandes. Sua bateria tem Brian Blade, de Wayne Shorter e Joshua Redman; seu baixo é de John Patitucci, um dos melhores do mundo; e o saxofone, quando aparece em Peace, é de Wayne Shorter; além do órgão Hammond B3 messiânico de Lonnie Smith. Um time que poderia fazer qualquer sequência de notas virar ouro atropelando a protagonista. Mas a maturidade de produção está justamente no fato de nenhum desses rapazes querer aparecer. Não há arroubos de solos pirotécnicos que saiam da proposta de Norah. O que ela faz nunca é jazz, apesar de ser vendida assim em seu próprio site, mas um pop vestido de jazz. Uma estratégia que faz tudo ganhar respeito, privilégio que os roqueiros não têm. Seu álbum traz nove canções inéditas e três interpretações de suspirar: Fleurette Africaine (African Flower), de Duke Ellington; Don’t Be Denied, de Neil Young; e Peace, de Horace Silver: três homens que podem resumir sua formação entre o piano jazz de grande abrangência (casos de Duke e Silver) e o espírito rock and roll de Young. Norah volta a ser Norah com mais propriedade. Nunca mais venderá tanto, mas já é muito maior.

Norah Jones pode ter muitas faces, mas só tem uma voz. Sua música, mesmo em tons maiores, é noturna, nublada, cabendo ao piano de acordes pequenos e martelados quebrar a névoa que circunda a sala. Norah toca o que é. Sua alegria é triste e sua beleza nunca grita, represada por um mistério guardado provavelmente no passado mal resolvido com o pai citarista indiano Ravi Shankar, morto em 2012, com quem nunca estabeleceu relações.

Norah:volta às origens, em termos Foto: DIVULGAÇÃO

Seu novo disco é, só em partes, um retorno às origens. Come Away With Me, de 2002, foi um estrondo pop chamado equivocadamente de jazz. Vendeu 26 milhões de cópias no mundo quando ninguém mais fazia isso – algo que nem ela voltaria a fazer. Depois de tentar seguir na mesma rota com Fells Like Home, de 2004, viu os números caírem até chegar a Little Broken Hearts, sua ruptura mais radical de estilo, de 2012, que não passou de 1,5 milhão de vendas. Outras experiências vieram entre o rock e o country, mas aqui está Norah, caçadora de si, com Day Breaks.

A produção, agora de Eli Wolf, procura a Norah de 2002. Ela volta a tocar o piano de notas secas e sem sustentação, cantar em sussurrose sugerir que todos a seu lado a sigam sem ajustar o amplificador acima do volume 4. Não é certo dizer que ela volta inteiramente às origens porque Norahdesbravou outros mundos e jamais será a mesma. Não vai voltar a vender os 26 milhões de 15 anos atrás, mas vem com sua melhor personalidade artística, aos 37 anos de idade.

Norah foi aos grandes. Sua bateria tem Brian Blade, de Wayne Shorter e Joshua Redman; seu baixo é de John Patitucci, um dos melhores do mundo; e o saxofone, quando aparece em Peace, é de Wayne Shorter; além do órgão Hammond B3 messiânico de Lonnie Smith. Um time que poderia fazer qualquer sequência de notas virar ouro atropelando a protagonista. Mas a maturidade de produção está justamente no fato de nenhum desses rapazes querer aparecer. Não há arroubos de solos pirotécnicos que saiam da proposta de Norah. O que ela faz nunca é jazz, apesar de ser vendida assim em seu próprio site, mas um pop vestido de jazz. Uma estratégia que faz tudo ganhar respeito, privilégio que os roqueiros não têm. Seu álbum traz nove canções inéditas e três interpretações de suspirar: Fleurette Africaine (African Flower), de Duke Ellington; Don’t Be Denied, de Neil Young; e Peace, de Horace Silver: três homens que podem resumir sua formação entre o piano jazz de grande abrangência (casos de Duke e Silver) e o espírito rock and roll de Young. Norah volta a ser Norah com mais propriedade. Nunca mais venderá tanto, mas já é muito maior.

Norah Jones pode ter muitas faces, mas só tem uma voz. Sua música, mesmo em tons maiores, é noturna, nublada, cabendo ao piano de acordes pequenos e martelados quebrar a névoa que circunda a sala. Norah toca o que é. Sua alegria é triste e sua beleza nunca grita, represada por um mistério guardado provavelmente no passado mal resolvido com o pai citarista indiano Ravi Shankar, morto em 2012, com quem nunca estabeleceu relações.

Norah:volta às origens, em termos Foto: DIVULGAÇÃO

Seu novo disco é, só em partes, um retorno às origens. Come Away With Me, de 2002, foi um estrondo pop chamado equivocadamente de jazz. Vendeu 26 milhões de cópias no mundo quando ninguém mais fazia isso – algo que nem ela voltaria a fazer. Depois de tentar seguir na mesma rota com Fells Like Home, de 2004, viu os números caírem até chegar a Little Broken Hearts, sua ruptura mais radical de estilo, de 2012, que não passou de 1,5 milhão de vendas. Outras experiências vieram entre o rock e o country, mas aqui está Norah, caçadora de si, com Day Breaks.

A produção, agora de Eli Wolf, procura a Norah de 2002. Ela volta a tocar o piano de notas secas e sem sustentação, cantar em sussurrose sugerir que todos a seu lado a sigam sem ajustar o amplificador acima do volume 4. Não é certo dizer que ela volta inteiramente às origens porque Norahdesbravou outros mundos e jamais será a mesma. Não vai voltar a vender os 26 milhões de 15 anos atrás, mas vem com sua melhor personalidade artística, aos 37 anos de idade.

Norah foi aos grandes. Sua bateria tem Brian Blade, de Wayne Shorter e Joshua Redman; seu baixo é de John Patitucci, um dos melhores do mundo; e o saxofone, quando aparece em Peace, é de Wayne Shorter; além do órgão Hammond B3 messiânico de Lonnie Smith. Um time que poderia fazer qualquer sequência de notas virar ouro atropelando a protagonista. Mas a maturidade de produção está justamente no fato de nenhum desses rapazes querer aparecer. Não há arroubos de solos pirotécnicos que saiam da proposta de Norah. O que ela faz nunca é jazz, apesar de ser vendida assim em seu próprio site, mas um pop vestido de jazz. Uma estratégia que faz tudo ganhar respeito, privilégio que os roqueiros não têm. Seu álbum traz nove canções inéditas e três interpretações de suspirar: Fleurette Africaine (African Flower), de Duke Ellington; Don’t Be Denied, de Neil Young; e Peace, de Horace Silver: três homens que podem resumir sua formação entre o piano jazz de grande abrangência (casos de Duke e Silver) e o espírito rock and roll de Young. Norah volta a ser Norah com mais propriedade. Nunca mais venderá tanto, mas já é muito maior.

Norah Jones pode ter muitas faces, mas só tem uma voz. Sua música, mesmo em tons maiores, é noturna, nublada, cabendo ao piano de acordes pequenos e martelados quebrar a névoa que circunda a sala. Norah toca o que é. Sua alegria é triste e sua beleza nunca grita, represada por um mistério guardado provavelmente no passado mal resolvido com o pai citarista indiano Ravi Shankar, morto em 2012, com quem nunca estabeleceu relações.

Norah:volta às origens, em termos Foto: DIVULGAÇÃO

Seu novo disco é, só em partes, um retorno às origens. Come Away With Me, de 2002, foi um estrondo pop chamado equivocadamente de jazz. Vendeu 26 milhões de cópias no mundo quando ninguém mais fazia isso – algo que nem ela voltaria a fazer. Depois de tentar seguir na mesma rota com Fells Like Home, de 2004, viu os números caírem até chegar a Little Broken Hearts, sua ruptura mais radical de estilo, de 2012, que não passou de 1,5 milhão de vendas. Outras experiências vieram entre o rock e o country, mas aqui está Norah, caçadora de si, com Day Breaks.

A produção, agora de Eli Wolf, procura a Norah de 2002. Ela volta a tocar o piano de notas secas e sem sustentação, cantar em sussurrose sugerir que todos a seu lado a sigam sem ajustar o amplificador acima do volume 4. Não é certo dizer que ela volta inteiramente às origens porque Norahdesbravou outros mundos e jamais será a mesma. Não vai voltar a vender os 26 milhões de 15 anos atrás, mas vem com sua melhor personalidade artística, aos 37 anos de idade.

Norah foi aos grandes. Sua bateria tem Brian Blade, de Wayne Shorter e Joshua Redman; seu baixo é de John Patitucci, um dos melhores do mundo; e o saxofone, quando aparece em Peace, é de Wayne Shorter; além do órgão Hammond B3 messiânico de Lonnie Smith. Um time que poderia fazer qualquer sequência de notas virar ouro atropelando a protagonista. Mas a maturidade de produção está justamente no fato de nenhum desses rapazes querer aparecer. Não há arroubos de solos pirotécnicos que saiam da proposta de Norah. O que ela faz nunca é jazz, apesar de ser vendida assim em seu próprio site, mas um pop vestido de jazz. Uma estratégia que faz tudo ganhar respeito, privilégio que os roqueiros não têm. Seu álbum traz nove canções inéditas e três interpretações de suspirar: Fleurette Africaine (African Flower), de Duke Ellington; Don’t Be Denied, de Neil Young; e Peace, de Horace Silver: três homens que podem resumir sua formação entre o piano jazz de grande abrangência (casos de Duke e Silver) e o espírito rock and roll de Young. Norah volta a ser Norah com mais propriedade. Nunca mais venderá tanto, mas já é muito maior.

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