Dorival Caymmi tem fase obscura iluminada por cinco canções


Pesquisador Renato Vieira lança EP 'Os Anos Continental', com gravações que o compositor baiano fez depois de ser dispensado pela gravadora Odeon

Por Julio Maria
Atualização:

Dorival Caymmi em seus 26 anos não deu certo na gravadora Odeon mesmo depois do estouro de O Que É Que a Baiana Tem?. Com contrato assinado para lançar seis discos em 78 rotações por minuto com a companhia, foi dispensado assim que o primeiro deles frustrou as expectativas de venda dos executivos. Mesmo a gravação de Promessa de Pescador não fez Dorival atingir as marcas que esperavam. Decidido a não assinar mais contrato com ninguém, enquanto ganhava o pão como músico de rádio, ganhou abrigo para voltar a gravar no selo Columbia, que tinha Braguinha como diretor artístico no Brasil. Confiando na palavra do amigo, foi ali que o compositor se restabeleceu com sua produção fonográfica e fez três 78 rotações que a história tornaria raridades.

Dorival no Rio, em foto de 2005 Foto: CARLOS MAGNO/ESTADÃO

Agora, pelas mãos do pesquisador e jornalista Renato Vieira, essa fase de Dorival é redescoberta. A pedido da gravadora Warner, detentora do catálogo da Continental, que por sua vez ficou com os artistas da originária Columbia, Renato produziu um EP com canções retiradas dessas produções que será lançado no dia em que o compositor faria 107 anos, em 30 de abril. São elas, e observe os acompanhamentos: O Mar, com a orquestra de Radamés Gnattali; Balaio Grande e Essa Nega Fulo, com o grupo de Benedito Lacerda; e A Jangada Voltou Só e É Doce Morrer no Mar, com voz e violão, e isso era um formato perto do revolucionário  à época. “Ninguém gravava com voz e violão nesses tempos em que todos usavam arranjos com orquestra”, diz Renato.

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Capa do EP 'Os Anos Continental' Foto: Continental

Sobre O Mar, há uma curiosidade. A original, como explica o pesquisador, foi dividida em duas para caber no disco de 78 rotações. “Acabou saindo como O Mar 1 no lado A e O Mar 2 no B". Então, agora, ela aparece tal como foi gravada em 1940, sem cortes. Ainda como algumas das faixas menos conhecidas, Balaio Grande é uma parceria do artista com Osvaldo Santiago e Essa Nega Fulô tem a música de Santiago feita sobre o poema de Jorge de Lima. “É uma das poucas canções que Dorival gravou sem ser sua. É o Dorival intérprete”.

Dorival Caymmi em seus 26 anos não deu certo na gravadora Odeon mesmo depois do estouro de O Que É Que a Baiana Tem?. Com contrato assinado para lançar seis discos em 78 rotações por minuto com a companhia, foi dispensado assim que o primeiro deles frustrou as expectativas de venda dos executivos. Mesmo a gravação de Promessa de Pescador não fez Dorival atingir as marcas que esperavam. Decidido a não assinar mais contrato com ninguém, enquanto ganhava o pão como músico de rádio, ganhou abrigo para voltar a gravar no selo Columbia, que tinha Braguinha como diretor artístico no Brasil. Confiando na palavra do amigo, foi ali que o compositor se restabeleceu com sua produção fonográfica e fez três 78 rotações que a história tornaria raridades.

Dorival no Rio, em foto de 2005 Foto: CARLOS MAGNO/ESTADÃO

Agora, pelas mãos do pesquisador e jornalista Renato Vieira, essa fase de Dorival é redescoberta. A pedido da gravadora Warner, detentora do catálogo da Continental, que por sua vez ficou com os artistas da originária Columbia, Renato produziu um EP com canções retiradas dessas produções que será lançado no dia em que o compositor faria 107 anos, em 30 de abril. São elas, e observe os acompanhamentos: O Mar, com a orquestra de Radamés Gnattali; Balaio Grande e Essa Nega Fulo, com o grupo de Benedito Lacerda; e A Jangada Voltou Só e É Doce Morrer no Mar, com voz e violão, e isso era um formato perto do revolucionário  à época. “Ninguém gravava com voz e violão nesses tempos em que todos usavam arranjos com orquestra”, diz Renato.

Capa do EP 'Os Anos Continental' Foto: Continental

Sobre O Mar, há uma curiosidade. A original, como explica o pesquisador, foi dividida em duas para caber no disco de 78 rotações. “Acabou saindo como O Mar 1 no lado A e O Mar 2 no B". Então, agora, ela aparece tal como foi gravada em 1940, sem cortes. Ainda como algumas das faixas menos conhecidas, Balaio Grande é uma parceria do artista com Osvaldo Santiago e Essa Nega Fulô tem a música de Santiago feita sobre o poema de Jorge de Lima. “É uma das poucas canções que Dorival gravou sem ser sua. É o Dorival intérprete”.

Dorival Caymmi em seus 26 anos não deu certo na gravadora Odeon mesmo depois do estouro de O Que É Que a Baiana Tem?. Com contrato assinado para lançar seis discos em 78 rotações por minuto com a companhia, foi dispensado assim que o primeiro deles frustrou as expectativas de venda dos executivos. Mesmo a gravação de Promessa de Pescador não fez Dorival atingir as marcas que esperavam. Decidido a não assinar mais contrato com ninguém, enquanto ganhava o pão como músico de rádio, ganhou abrigo para voltar a gravar no selo Columbia, que tinha Braguinha como diretor artístico no Brasil. Confiando na palavra do amigo, foi ali que o compositor se restabeleceu com sua produção fonográfica e fez três 78 rotações que a história tornaria raridades.

Dorival no Rio, em foto de 2005 Foto: CARLOS MAGNO/ESTADÃO

Agora, pelas mãos do pesquisador e jornalista Renato Vieira, essa fase de Dorival é redescoberta. A pedido da gravadora Warner, detentora do catálogo da Continental, que por sua vez ficou com os artistas da originária Columbia, Renato produziu um EP com canções retiradas dessas produções que será lançado no dia em que o compositor faria 107 anos, em 30 de abril. São elas, e observe os acompanhamentos: O Mar, com a orquestra de Radamés Gnattali; Balaio Grande e Essa Nega Fulo, com o grupo de Benedito Lacerda; e A Jangada Voltou Só e É Doce Morrer no Mar, com voz e violão, e isso era um formato perto do revolucionário  à época. “Ninguém gravava com voz e violão nesses tempos em que todos usavam arranjos com orquestra”, diz Renato.

Capa do EP 'Os Anos Continental' Foto: Continental

Sobre O Mar, há uma curiosidade. A original, como explica o pesquisador, foi dividida em duas para caber no disco de 78 rotações. “Acabou saindo como O Mar 1 no lado A e O Mar 2 no B". Então, agora, ela aparece tal como foi gravada em 1940, sem cortes. Ainda como algumas das faixas menos conhecidas, Balaio Grande é uma parceria do artista com Osvaldo Santiago e Essa Nega Fulô tem a música de Santiago feita sobre o poema de Jorge de Lima. “É uma das poucas canções que Dorival gravou sem ser sua. É o Dorival intérprete”.

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