Sua música “mudou nossas vidas” - disse o presidente americano, Joe Biden, na sexta-feira (23), em homenagem ao astro britânico Elton John, convidado por ele para dar um show na Casa Branca.
“Não sei o que dizer, que espelunca!”, brincou sir Elton John, sentado ao piano, de terno escuro e óculos de cor laranja.
Tocar aqui é “a cereja do bolo”, disse ele, antes de cantar Your Song, uma balada onipresente em seu repertório.
Sob uma enorme tenda transparente montada no gramado da Casa Branca, havia cerca de 2.000 convidados: ativistas, em particular dos direitos LGBTQ+, profissionais de saúde e professores. Segundo a Casa Branca, entre os presentes estavam a ganhadora do Prêmio Nobel da Paz Malala Yousafzai e a ex-campeã de tênis e ativista Billie Jean King.
Elton fez o público rir, ao contar uma conversa com George W. Bush, cuja esposa, Laura, estava presente. Certa vez, contou ele, o ex-presidente pediu-lhe que o ajudasse a convencer a França a dar mais dinheiro para a luta contra a aids: “Consiga que os franceses deem mais dinheiro!”.
Segundo a Casa Branca, o evento foi para mostrar o poder unificador da música. Mas, como tudo em Washington é sempre político, era difícil não pensar no ex-presidente republicano Donald Trump, um fã de Elton John, enquanto cantava Rocket Man, um de seus inúmeros sucessos.
Rocket Man foi o apelido dado por Trump ao ditador norte-coreano Kim Jong-un. Trump costumava tocar músicas de Elton John em seus comícios, especialmente Tiny Dancer, outro sucesso que o artista apresentou na Casa Branca.
O britânico, que aos 75 anos está em turnê pelos Estados Unidos, agradeceu a Biden pelo convite, mas também elogiou o ex-presidente George W. Bush.
“Eu desejo apenas que os Estados Unidos sejam capazes de superar as divergências partidárias”, afirmou, antes de retomar seu show de 40 minutos, encerrado com I Am Still Standing.
Ao final, Biden condecorou o artista com a Medalha Nacional de Humanidades.
“Nunca fiquei atônito, mas agora estou”, disse o artista, emocionado, ao receber a distinção.