Em rara entrevista, Geraldo Vandré diz que Tropicália foi movimento ‘alienígena’ dentro da música


O cantor e compositor de ‘Pra não dizer que não falei de flores’ e ‘Disparada’ participou do Canal Livre, na Band

Por Danilo Casaletti
Atualização:

Recluso desde a década de 1970, o cantor e compositor paraibano Geraldo Vandré, 87 anos, participou do programa Canal Livre, da Band, na noite deste domingo, 23 de julho. Vandré foi entrevistado por jornalistas que participaram da atração, entre eles Fernando Mitre e Sérgio Gabriel.

De boné e óculos escuros, Vandré foi econômico e até mesmo evasivo em muitas das respostas que deu durante o programa. Representante nos anos 1960 da chamada tradicional música brasileira, Vandré, ao ser questionado, disse o que pensava sobre o Tropicália, movimento deflagrado por Caetano Veloso, Gilberto Gil e Os Mutantes no Festival da Música Popular Brasileira de 1967.

“Não gostava não. Eu acho que foi um movimento alienígena, por conta das guitarras das guitarras elétricas, não por causa do som, mas por causa da imagem da guitarra elétrica. Ela foi projetada como um instrumento fundamental na música no Brasil e não era”, disse, sem citar nenhum dos antigos companheiros de profissão.

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O cantor e compositor Geraldo Vandré durante entrevista para o programa 'Canal Livre', da Band Foto: Reprodução/ Band Tv

Sobre a atual música feita no Brasil, Vandré foi mais radical ainda. “Eu vejo massificação. Fenômeno degradante. Eu acho que faz parte do comércio, das razões empresariais. Rebaixa a qualidade”, disse, apontando isso como motivo de não fazer mais música.

Autor, ao lado de Théo de Barros, da canção Disparada, uma das vencedoras do II Festival da Música Popular Brasileira de 1966, na voz de Jair Rodrigues, Vandré é autor também de Pra não dizer que não falei de flores (Caminhando), que ficou conhecida como uma das mais emblemáticas canções de protestos durante a ditadura militar, rótulo que o autor refutou na entrevista que deu neste domingo.

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“Uma música é muito mais que do um protesto”, diz, lembrando que o termo foi importado da música americana.

Vandré também não respondeu claramente os motivos que o levaram a se afastar da vida artística em 1973, quando retornou ao Brasil após cinco anos no exílio no Chile e na Europa por conta das pressões políticas que vinha sofrendo do governo militar. “Não teve um motivo específico. Foi acontecendo”, disse.

Disse ainda que não foi torturado durante a ditadura e que foram criados muitos mitos em torno de seu nome.

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Nos últimos 50 anos, Vandré, que vive entre Rio de Janeiro e São Paulo, fez raras aparições e deu poucas entrevistas, não contribuindo nem mesmo para sua biografia, Geraldo Vandré - Uma Canção Interrompida, escrita por Vitor Nuzzi.

Recluso desde a década de 1970, o cantor e compositor paraibano Geraldo Vandré, 87 anos, participou do programa Canal Livre, da Band, na noite deste domingo, 23 de julho. Vandré foi entrevistado por jornalistas que participaram da atração, entre eles Fernando Mitre e Sérgio Gabriel.

De boné e óculos escuros, Vandré foi econômico e até mesmo evasivo em muitas das respostas que deu durante o programa. Representante nos anos 1960 da chamada tradicional música brasileira, Vandré, ao ser questionado, disse o que pensava sobre o Tropicália, movimento deflagrado por Caetano Veloso, Gilberto Gil e Os Mutantes no Festival da Música Popular Brasileira de 1967.

“Não gostava não. Eu acho que foi um movimento alienígena, por conta das guitarras das guitarras elétricas, não por causa do som, mas por causa da imagem da guitarra elétrica. Ela foi projetada como um instrumento fundamental na música no Brasil e não era”, disse, sem citar nenhum dos antigos companheiros de profissão.

O cantor e compositor Geraldo Vandré durante entrevista para o programa 'Canal Livre', da Band Foto: Reprodução/ Band Tv

Sobre a atual música feita no Brasil, Vandré foi mais radical ainda. “Eu vejo massificação. Fenômeno degradante. Eu acho que faz parte do comércio, das razões empresariais. Rebaixa a qualidade”, disse, apontando isso como motivo de não fazer mais música.

Autor, ao lado de Théo de Barros, da canção Disparada, uma das vencedoras do II Festival da Música Popular Brasileira de 1966, na voz de Jair Rodrigues, Vandré é autor também de Pra não dizer que não falei de flores (Caminhando), que ficou conhecida como uma das mais emblemáticas canções de protestos durante a ditadura militar, rótulo que o autor refutou na entrevista que deu neste domingo.

“Uma música é muito mais que do um protesto”, diz, lembrando que o termo foi importado da música americana.

Vandré também não respondeu claramente os motivos que o levaram a se afastar da vida artística em 1973, quando retornou ao Brasil após cinco anos no exílio no Chile e na Europa por conta das pressões políticas que vinha sofrendo do governo militar. “Não teve um motivo específico. Foi acontecendo”, disse.

Disse ainda que não foi torturado durante a ditadura e que foram criados muitos mitos em torno de seu nome.

Nos últimos 50 anos, Vandré, que vive entre Rio de Janeiro e São Paulo, fez raras aparições e deu poucas entrevistas, não contribuindo nem mesmo para sua biografia, Geraldo Vandré - Uma Canção Interrompida, escrita por Vitor Nuzzi.

Recluso desde a década de 1970, o cantor e compositor paraibano Geraldo Vandré, 87 anos, participou do programa Canal Livre, da Band, na noite deste domingo, 23 de julho. Vandré foi entrevistado por jornalistas que participaram da atração, entre eles Fernando Mitre e Sérgio Gabriel.

De boné e óculos escuros, Vandré foi econômico e até mesmo evasivo em muitas das respostas que deu durante o programa. Representante nos anos 1960 da chamada tradicional música brasileira, Vandré, ao ser questionado, disse o que pensava sobre o Tropicália, movimento deflagrado por Caetano Veloso, Gilberto Gil e Os Mutantes no Festival da Música Popular Brasileira de 1967.

“Não gostava não. Eu acho que foi um movimento alienígena, por conta das guitarras das guitarras elétricas, não por causa do som, mas por causa da imagem da guitarra elétrica. Ela foi projetada como um instrumento fundamental na música no Brasil e não era”, disse, sem citar nenhum dos antigos companheiros de profissão.

O cantor e compositor Geraldo Vandré durante entrevista para o programa 'Canal Livre', da Band Foto: Reprodução/ Band Tv

Sobre a atual música feita no Brasil, Vandré foi mais radical ainda. “Eu vejo massificação. Fenômeno degradante. Eu acho que faz parte do comércio, das razões empresariais. Rebaixa a qualidade”, disse, apontando isso como motivo de não fazer mais música.

Autor, ao lado de Théo de Barros, da canção Disparada, uma das vencedoras do II Festival da Música Popular Brasileira de 1966, na voz de Jair Rodrigues, Vandré é autor também de Pra não dizer que não falei de flores (Caminhando), que ficou conhecida como uma das mais emblemáticas canções de protestos durante a ditadura militar, rótulo que o autor refutou na entrevista que deu neste domingo.

“Uma música é muito mais que do um protesto”, diz, lembrando que o termo foi importado da música americana.

Vandré também não respondeu claramente os motivos que o levaram a se afastar da vida artística em 1973, quando retornou ao Brasil após cinco anos no exílio no Chile e na Europa por conta das pressões políticas que vinha sofrendo do governo militar. “Não teve um motivo específico. Foi acontecendo”, disse.

Disse ainda que não foi torturado durante a ditadura e que foram criados muitos mitos em torno de seu nome.

Nos últimos 50 anos, Vandré, que vive entre Rio de Janeiro e São Paulo, fez raras aparições e deu poucas entrevistas, não contribuindo nem mesmo para sua biografia, Geraldo Vandré - Uma Canção Interrompida, escrita por Vitor Nuzzi.

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