Opinião|Eric Clapton, imortal e incancelável, foge do óbvio com raro show intimista em SP


‘Deus’ da guitarra fez performance irretocável no Vibra São Paulo com participação de músico brasileiro; roqueiro volta a se apresentar na capital neste domingo, 29, no Allianz Parque

Por Gabriel Zorzetto
Atualização:

Eric Clapton voltou a se apresentar na capital paulista após 13 anos neste sábado, 28, com um raro show intimista no Vibra São Paulo, na zona sul. A escolha do local, com capacidade para 7 mil pessoas, destoa dos demais recintos determinados para a turnê brasileira do lendário astro britânico: Ligga Arena, em Curitiba, para 25 mil fãs; Farmasi Arena, no Rio, para 18 mil, e Allianz Parque, onde o ‘Deus’ da guitarra tem recital marcado nesse domingo, 29, diante de um público aproximado de 50 mil atendentes.

Esse contexto proporcionou para um seleto grupo de fãs (5,4 mil, segundo a produção), a chance de ver o ídolo de perto na pequena casa de espetáculos. Maior guitarrista vivo, ele beira os 80 anos esbanjando a excelência técnica que lhe alçou ao estrelato. Econômico, faz jus mais do que nunca ao apelido ‘Slowhand’ (mãos lentas). A magia de seu dedilhar na Fender Stratocaster ainda hipnotiza, encanta e sobrepõe o ligeiro cansaço de sua voz.

Eric Clapton no Vibra Foto: Divulgação
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Clapton subiu ao palco às 21h e abriu os trabalhos com Sunshine of Your Love, clássico de 1967 gravado na época do Cream, power trio que formou com os falecidos Jack Bruce e Ginger Baker. A banda também foi homenageada em Badge e na versão enérgica de Crossroads, cover Robert Johnson. Little Queen of Spades e Kind Hearted Woman Blues, ambas do álbum-tributo Sessions for Robert J. (2004), foram outras referências ao mítico bluesman.

O concerto teve uma sessão acústica, fruto do sucesso de Unplugged (1992), registro ao vivo mais vendido da história. Houve a participação do brasileiro Daniel Santiago nas delicadas Lonely Stranger, Believe In Life e Tears In Heaven esta última, como todos sabem, composta em homenagem a Conor, filho de Clapton, vítima de uma tragédia aos quatro anos quando caiu da janela do 53º andar um apartamento em Nova York.

Old Love e Got To Get Better In a Little While, dois petardos, deram um frescor pop ao espetáculo, que totalizou 1h50. Apesar da presença de Cocaine, com destaque para a banda magistral, outros mega hits ficaram de fora: Layla e Wonderful Tonight, famosamente escritos para Pattie Boyd, figura central no mais célebre triângulo amoroso do rock, que também contemplava o beatle George Harrison.

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As ausências mostraram a força de um repertório ousado que fugiu do óbvio e valorizou outros momentos da carreira do artista.

Avesso ao cancelamento

Recentemente, o roqueiro enfrentou muitas críticas devido a suas opiniões sobre a pandemia da Covid-19 e as medidas de saúde pública, incluindo vacinação e confinamentos. Ele expressou ceticismo em relação às vacinas após sofrer efeitos colaterais de uma dose da AstraZeneca e participou de músicas que abordavam o tema de forma contestadora, o que também gerou controvérsia.

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Por isso, houve clara tentativa da geração ‘canceladora’ de tentar apagar seu imensurável legado – movimento malsucedido. O guitarrista segue atraindo multidões pelo mundo e prepara o lançamento de um novo disco de estúdio, Meanwhile.

Ele finalizou o show com Before You Accuse Me, cover de Bo Diddley, na companhia de Santiago, de volta ao palco, e do talentoso Gary Clark Jr., atração de abertura da turnê.

Defensor da causa palestina, Eric empunhou uma guitarra com as cores da bandeira do Estado asiático e entoou com vigor os versos deste blues que veio em forma de resposta aos ataques sofridos: “Antes de me acusar, dê uma olhada em si mesmo...”

Eric Clapton voltou a se apresentar na capital paulista após 13 anos neste sábado, 28, com um raro show intimista no Vibra São Paulo, na zona sul. A escolha do local, com capacidade para 7 mil pessoas, destoa dos demais recintos determinados para a turnê brasileira do lendário astro britânico: Ligga Arena, em Curitiba, para 25 mil fãs; Farmasi Arena, no Rio, para 18 mil, e Allianz Parque, onde o ‘Deus’ da guitarra tem recital marcado nesse domingo, 29, diante de um público aproximado de 50 mil atendentes.

Esse contexto proporcionou para um seleto grupo de fãs (5,4 mil, segundo a produção), a chance de ver o ídolo de perto na pequena casa de espetáculos. Maior guitarrista vivo, ele beira os 80 anos esbanjando a excelência técnica que lhe alçou ao estrelato. Econômico, faz jus mais do que nunca ao apelido ‘Slowhand’ (mãos lentas). A magia de seu dedilhar na Fender Stratocaster ainda hipnotiza, encanta e sobrepõe o ligeiro cansaço de sua voz.

Eric Clapton no Vibra Foto: Divulgação

Clapton subiu ao palco às 21h e abriu os trabalhos com Sunshine of Your Love, clássico de 1967 gravado na época do Cream, power trio que formou com os falecidos Jack Bruce e Ginger Baker. A banda também foi homenageada em Badge e na versão enérgica de Crossroads, cover Robert Johnson. Little Queen of Spades e Kind Hearted Woman Blues, ambas do álbum-tributo Sessions for Robert J. (2004), foram outras referências ao mítico bluesman.

O concerto teve uma sessão acústica, fruto do sucesso de Unplugged (1992), registro ao vivo mais vendido da história. Houve a participação do brasileiro Daniel Santiago nas delicadas Lonely Stranger, Believe In Life e Tears In Heaven esta última, como todos sabem, composta em homenagem a Conor, filho de Clapton, vítima de uma tragédia aos quatro anos quando caiu da janela do 53º andar um apartamento em Nova York.

Old Love e Got To Get Better In a Little While, dois petardos, deram um frescor pop ao espetáculo, que totalizou 1h50. Apesar da presença de Cocaine, com destaque para a banda magistral, outros mega hits ficaram de fora: Layla e Wonderful Tonight, famosamente escritos para Pattie Boyd, figura central no mais célebre triângulo amoroso do rock, que também contemplava o beatle George Harrison.

As ausências mostraram a força de um repertório ousado que fugiu do óbvio e valorizou outros momentos da carreira do artista.

Avesso ao cancelamento

Recentemente, o roqueiro enfrentou muitas críticas devido a suas opiniões sobre a pandemia da Covid-19 e as medidas de saúde pública, incluindo vacinação e confinamentos. Ele expressou ceticismo em relação às vacinas após sofrer efeitos colaterais de uma dose da AstraZeneca e participou de músicas que abordavam o tema de forma contestadora, o que também gerou controvérsia.

Por isso, houve clara tentativa da geração ‘canceladora’ de tentar apagar seu imensurável legado – movimento malsucedido. O guitarrista segue atraindo multidões pelo mundo e prepara o lançamento de um novo disco de estúdio, Meanwhile.

Ele finalizou o show com Before You Accuse Me, cover de Bo Diddley, na companhia de Santiago, de volta ao palco, e do talentoso Gary Clark Jr., atração de abertura da turnê.

Defensor da causa palestina, Eric empunhou uma guitarra com as cores da bandeira do Estado asiático e entoou com vigor os versos deste blues que veio em forma de resposta aos ataques sofridos: “Antes de me acusar, dê uma olhada em si mesmo...”

Eric Clapton voltou a se apresentar na capital paulista após 13 anos neste sábado, 28, com um raro show intimista no Vibra São Paulo, na zona sul. A escolha do local, com capacidade para 7 mil pessoas, destoa dos demais recintos determinados para a turnê brasileira do lendário astro britânico: Ligga Arena, em Curitiba, para 25 mil fãs; Farmasi Arena, no Rio, para 18 mil, e Allianz Parque, onde o ‘Deus’ da guitarra tem recital marcado nesse domingo, 29, diante de um público aproximado de 50 mil atendentes.

Esse contexto proporcionou para um seleto grupo de fãs (5,4 mil, segundo a produção), a chance de ver o ídolo de perto na pequena casa de espetáculos. Maior guitarrista vivo, ele beira os 80 anos esbanjando a excelência técnica que lhe alçou ao estrelato. Econômico, faz jus mais do que nunca ao apelido ‘Slowhand’ (mãos lentas). A magia de seu dedilhar na Fender Stratocaster ainda hipnotiza, encanta e sobrepõe o ligeiro cansaço de sua voz.

Eric Clapton no Vibra Foto: Divulgação

Clapton subiu ao palco às 21h e abriu os trabalhos com Sunshine of Your Love, clássico de 1967 gravado na época do Cream, power trio que formou com os falecidos Jack Bruce e Ginger Baker. A banda também foi homenageada em Badge e na versão enérgica de Crossroads, cover Robert Johnson. Little Queen of Spades e Kind Hearted Woman Blues, ambas do álbum-tributo Sessions for Robert J. (2004), foram outras referências ao mítico bluesman.

O concerto teve uma sessão acústica, fruto do sucesso de Unplugged (1992), registro ao vivo mais vendido da história. Houve a participação do brasileiro Daniel Santiago nas delicadas Lonely Stranger, Believe In Life e Tears In Heaven esta última, como todos sabem, composta em homenagem a Conor, filho de Clapton, vítima de uma tragédia aos quatro anos quando caiu da janela do 53º andar um apartamento em Nova York.

Old Love e Got To Get Better In a Little While, dois petardos, deram um frescor pop ao espetáculo, que totalizou 1h50. Apesar da presença de Cocaine, com destaque para a banda magistral, outros mega hits ficaram de fora: Layla e Wonderful Tonight, famosamente escritos para Pattie Boyd, figura central no mais célebre triângulo amoroso do rock, que também contemplava o beatle George Harrison.

As ausências mostraram a força de um repertório ousado que fugiu do óbvio e valorizou outros momentos da carreira do artista.

Avesso ao cancelamento

Recentemente, o roqueiro enfrentou muitas críticas devido a suas opiniões sobre a pandemia da Covid-19 e as medidas de saúde pública, incluindo vacinação e confinamentos. Ele expressou ceticismo em relação às vacinas após sofrer efeitos colaterais de uma dose da AstraZeneca e participou de músicas que abordavam o tema de forma contestadora, o que também gerou controvérsia.

Por isso, houve clara tentativa da geração ‘canceladora’ de tentar apagar seu imensurável legado – movimento malsucedido. O guitarrista segue atraindo multidões pelo mundo e prepara o lançamento de um novo disco de estúdio, Meanwhile.

Ele finalizou o show com Before You Accuse Me, cover de Bo Diddley, na companhia de Santiago, de volta ao palco, e do talentoso Gary Clark Jr., atração de abertura da turnê.

Defensor da causa palestina, Eric empunhou uma guitarra com as cores da bandeira do Estado asiático e entoou com vigor os versos deste blues que veio em forma de resposta aos ataques sofridos: “Antes de me acusar, dê uma olhada em si mesmo...”

Eric Clapton voltou a se apresentar na capital paulista após 13 anos neste sábado, 28, com um raro show intimista no Vibra São Paulo, na zona sul. A escolha do local, com capacidade para 7 mil pessoas, destoa dos demais recintos determinados para a turnê brasileira do lendário astro britânico: Ligga Arena, em Curitiba, para 25 mil fãs; Farmasi Arena, no Rio, para 18 mil, e Allianz Parque, onde o ‘Deus’ da guitarra tem recital marcado nesse domingo, 29, diante de um público aproximado de 50 mil atendentes.

Esse contexto proporcionou para um seleto grupo de fãs (5,4 mil, segundo a produção), a chance de ver o ídolo de perto na pequena casa de espetáculos. Maior guitarrista vivo, ele beira os 80 anos esbanjando a excelência técnica que lhe alçou ao estrelato. Econômico, faz jus mais do que nunca ao apelido ‘Slowhand’ (mãos lentas). A magia de seu dedilhar na Fender Stratocaster ainda hipnotiza, encanta e sobrepõe o ligeiro cansaço de sua voz.

Eric Clapton no Vibra Foto: Divulgação

Clapton subiu ao palco às 21h e abriu os trabalhos com Sunshine of Your Love, clássico de 1967 gravado na época do Cream, power trio que formou com os falecidos Jack Bruce e Ginger Baker. A banda também foi homenageada em Badge e na versão enérgica de Crossroads, cover Robert Johnson. Little Queen of Spades e Kind Hearted Woman Blues, ambas do álbum-tributo Sessions for Robert J. (2004), foram outras referências ao mítico bluesman.

O concerto teve uma sessão acústica, fruto do sucesso de Unplugged (1992), registro ao vivo mais vendido da história. Houve a participação do brasileiro Daniel Santiago nas delicadas Lonely Stranger, Believe In Life e Tears In Heaven esta última, como todos sabem, composta em homenagem a Conor, filho de Clapton, vítima de uma tragédia aos quatro anos quando caiu da janela do 53º andar um apartamento em Nova York.

Old Love e Got To Get Better In a Little While, dois petardos, deram um frescor pop ao espetáculo, que totalizou 1h50. Apesar da presença de Cocaine, com destaque para a banda magistral, outros mega hits ficaram de fora: Layla e Wonderful Tonight, famosamente escritos para Pattie Boyd, figura central no mais célebre triângulo amoroso do rock, que também contemplava o beatle George Harrison.

As ausências mostraram a força de um repertório ousado que fugiu do óbvio e valorizou outros momentos da carreira do artista.

Avesso ao cancelamento

Recentemente, o roqueiro enfrentou muitas críticas devido a suas opiniões sobre a pandemia da Covid-19 e as medidas de saúde pública, incluindo vacinação e confinamentos. Ele expressou ceticismo em relação às vacinas após sofrer efeitos colaterais de uma dose da AstraZeneca e participou de músicas que abordavam o tema de forma contestadora, o que também gerou controvérsia.

Por isso, houve clara tentativa da geração ‘canceladora’ de tentar apagar seu imensurável legado – movimento malsucedido. O guitarrista segue atraindo multidões pelo mundo e prepara o lançamento de um novo disco de estúdio, Meanwhile.

Ele finalizou o show com Before You Accuse Me, cover de Bo Diddley, na companhia de Santiago, de volta ao palco, e do talentoso Gary Clark Jr., atração de abertura da turnê.

Defensor da causa palestina, Eric empunhou uma guitarra com as cores da bandeira do Estado asiático e entoou com vigor os versos deste blues que veio em forma de resposta aos ataques sofridos: “Antes de me acusar, dê uma olhada em si mesmo...”

Opinião por Gabriel Zorzetto

Repórter de Cultura do Estadão

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