Eu fiz um TCC sobre Bruno Mars. Veja o que posso te adiantar sobre os shows no The Town


Artista será headliner de duas noites no megafestival de São Paulo; pesquisa feita em 2019 pode apontar como serão os shows

Por Dora Guerra

Músicas compostas já pensando nos shows. Banda robusta, sem truques eletrônicos nos instrumentos ou na voz. Ainda assim, sobra fôlego para coreografia em boa parte da apresentação, com cara de ‘boyband’ das antigas. Um filhotinho de Elvis com Prince, cheio de outras referências.

O resumo acima dá um gosto de Bruno Mars, um dos maiores nomes masculinos do pop e R&B da última década. É o tipo de artista que já ficou diversas vezes no topo das paradas, já venceu 15 Grammys e teve seu próprio intervalo do Super Bowl.

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Bruno Mars será headliner de dois dias no festival The Town Foto: REUTERS / REUTERS

O cantor, que desembarca no Brasil nos próximos dias para se apresentar no megafestival The Town, ganhou duas datas para chamar de suas: 3 e 10 de setembro, quando será headliner do Skyline, palco principal. Ambos os dias esgotaram rapidamente.

Se as vendas expressivas podem sugerir uma coisa é que o trabalho de Bruno sempre vale uma atenção especial. Percebi isso já há algum tempo – mais especificamente, quando escolhi o artista como objeto de estudo do meu trabalho de conclusão de curso de Comunicação Social.

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O TCC, que ganhou o título Guess who’s back again: a intertextualidade musical no álbum 24k Magic, de Bruno Mars, era um estudo das referências visuais, sonoras e estilísticas no terceiro disco do artista. Ele não esconde suas inspirações – deixa pistas de seus ídolos em tudo que faz. Meu trabalho foi só seguir os rastros, entendendo que o repertório de Bruno é um grande tributo à música afro-americana.

Bruno Mars venceu o Grammy de Álbum do Ano pelo disco '24k Magic', último trabalho solo Foto: LUCAS JACKSON / REUTERS

Esse foi o objetivo; o efeito colateral foi uma admiração pelo artista, que, por sua vez, tem muito carinho pela música negra e a trata com respeito. No caminho da pesquisa, aprendi muito sobre quem é Bruno Mars, seus talentos e o que ele sabe fazer de melhor: um bom show.

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Meu TCC foi entregue em 2019. Desde então, Mars não lançou nenhum outro disco solo. Sua apresentação no The Town também não faz parte de uma turnê mundial, já que o artista tem feito só shows esporádicos nos EUA e algumas apresentações na Ásia. Por isso, pode ser que minha pesquisa siga relevante e até atualizada, considerando o pouco que o repertório de Mars mudou desde então.

Não tenho certeza de como serão os shows dos próximos finais de semana. Mas com o que já aprendi, dá pra imaginar o que não vai faltar:

Vocais impressionantes – e nada de playback

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O artista leva os palcos muito a sério: ele é do tipo que compõe já pensando nos shows. Suas músicas (em especial as mais recentes) são feitas para serem perfeitamente reprodutíveis ao vivo, sem muitos recursos eletrônicos e com uma banda robusta. Tradicionalmente, o show de Bruno Mars conta com piano/teclado, guitarra, baixo, bateria, saxofone, trompete e trombone.

Durante a apresentação, Bruno raramente fica sozinho nos holofotes: costuma estar acompanhado pelos Hooligans, artistas que fazem coro, o acompanham nas danças e tocam vários instrumentos. Tudo ao vivo, com muita entrega.

A melhor parte é que Bruno canta, sim, todos aqueles trechos agudos ou difíceis de entoar. Vocalmente e musicalmente, o show é um espetáculo à parte – mesmo para quem não é fã do cantor.

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Até os instrumentistas dançam

Bruno Mars e os Hooligans soltam vários passos de dança sincronizados no palco, formando uma espécie de boyband das antigas. Boa parte da apresentação é coreografada, até quando os artistas estão tocando instrumentos.

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Sabe os grupos americanos de R&B dos anos 80 e 90, como New Edition ou Boyz II Men? Esse é o clima.

E claro, Bruno é conhecido por saber dançar – tanto que fãs brincam que ele é “o filho do Michael Jackson com a Billie Jean”. Então, se você sempre quis ver um artista fazendo moonwalk enquanto canta e não pôde ver o próprio MJ, Bruno Mars é o cara.

Clima de festa, sem ‘bad vibe’

Para quem conheceu Bruno Mars na época de suas baladas românticas, como Grenade e Talking to the Moon, o show que ele apresenta hoje é bem diferente. Ao longo de seus últimos trabalhos, Mars aumentou o BPM e incorporou muito mais músicas dançantes ao seu repertório: Uptown Funk, Finesse, Locked Out of Heaven, Treasure... a lista é longa.

O propósito do show não é te emocionar, mas te empolgar. As faixas românticas e mais lentas podem aparecer ao longo da setlist, mas logo em seguida, ele deve aumentar o ritmo novamente. Para Bruno, é como se tudo fosse uma grande festa – e ele, enquanto anfitrião, tem que garantir que os convidados irão se divertir.

“Você diz que quer curtição? Aqui estou, baby”, canta ele em That’s What I Like.

Uma viagem no tempo

A trajetória profissional de Mars mostra quem são suas referências: o cantor começou a vida artística sendo um mini cover de Elvis, aos 4 anos de idade, e já fez tributos ao Prince e ao Michael Jackson. Ele sempre cita ídolos no R&B, pop e funk dos anos 70, 80 e 90, com referências nítidas a movimentos musicais como o new jack swing.

Por isso, o compilado de seu repertório forma um show que parece uma viagem no tempo. É um prato cheio para quem já dançou muito Earth, Wind & Fire, Jackson 5 ou James Brown. Ou, claro, para quem é fã de Bruno Mars.

Músicas compostas já pensando nos shows. Banda robusta, sem truques eletrônicos nos instrumentos ou na voz. Ainda assim, sobra fôlego para coreografia em boa parte da apresentação, com cara de ‘boyband’ das antigas. Um filhotinho de Elvis com Prince, cheio de outras referências.

O resumo acima dá um gosto de Bruno Mars, um dos maiores nomes masculinos do pop e R&B da última década. É o tipo de artista que já ficou diversas vezes no topo das paradas, já venceu 15 Grammys e teve seu próprio intervalo do Super Bowl.

Bruno Mars será headliner de dois dias no festival The Town Foto: REUTERS / REUTERS

O cantor, que desembarca no Brasil nos próximos dias para se apresentar no megafestival The Town, ganhou duas datas para chamar de suas: 3 e 10 de setembro, quando será headliner do Skyline, palco principal. Ambos os dias esgotaram rapidamente.

Se as vendas expressivas podem sugerir uma coisa é que o trabalho de Bruno sempre vale uma atenção especial. Percebi isso já há algum tempo – mais especificamente, quando escolhi o artista como objeto de estudo do meu trabalho de conclusão de curso de Comunicação Social.

O TCC, que ganhou o título Guess who’s back again: a intertextualidade musical no álbum 24k Magic, de Bruno Mars, era um estudo das referências visuais, sonoras e estilísticas no terceiro disco do artista. Ele não esconde suas inspirações – deixa pistas de seus ídolos em tudo que faz. Meu trabalho foi só seguir os rastros, entendendo que o repertório de Bruno é um grande tributo à música afro-americana.

Bruno Mars venceu o Grammy de Álbum do Ano pelo disco '24k Magic', último trabalho solo Foto: LUCAS JACKSON / REUTERS

Esse foi o objetivo; o efeito colateral foi uma admiração pelo artista, que, por sua vez, tem muito carinho pela música negra e a trata com respeito. No caminho da pesquisa, aprendi muito sobre quem é Bruno Mars, seus talentos e o que ele sabe fazer de melhor: um bom show.

Meu TCC foi entregue em 2019. Desde então, Mars não lançou nenhum outro disco solo. Sua apresentação no The Town também não faz parte de uma turnê mundial, já que o artista tem feito só shows esporádicos nos EUA e algumas apresentações na Ásia. Por isso, pode ser que minha pesquisa siga relevante e até atualizada, considerando o pouco que o repertório de Mars mudou desde então.

Não tenho certeza de como serão os shows dos próximos finais de semana. Mas com o que já aprendi, dá pra imaginar o que não vai faltar:

Vocais impressionantes – e nada de playback

O artista leva os palcos muito a sério: ele é do tipo que compõe já pensando nos shows. Suas músicas (em especial as mais recentes) são feitas para serem perfeitamente reprodutíveis ao vivo, sem muitos recursos eletrônicos e com uma banda robusta. Tradicionalmente, o show de Bruno Mars conta com piano/teclado, guitarra, baixo, bateria, saxofone, trompete e trombone.

Durante a apresentação, Bruno raramente fica sozinho nos holofotes: costuma estar acompanhado pelos Hooligans, artistas que fazem coro, o acompanham nas danças e tocam vários instrumentos. Tudo ao vivo, com muita entrega.

A melhor parte é que Bruno canta, sim, todos aqueles trechos agudos ou difíceis de entoar. Vocalmente e musicalmente, o show é um espetáculo à parte – mesmo para quem não é fã do cantor.

Até os instrumentistas dançam

Bruno Mars e os Hooligans soltam vários passos de dança sincronizados no palco, formando uma espécie de boyband das antigas. Boa parte da apresentação é coreografada, até quando os artistas estão tocando instrumentos.

Sabe os grupos americanos de R&B dos anos 80 e 90, como New Edition ou Boyz II Men? Esse é o clima.

E claro, Bruno é conhecido por saber dançar – tanto que fãs brincam que ele é “o filho do Michael Jackson com a Billie Jean”. Então, se você sempre quis ver um artista fazendo moonwalk enquanto canta e não pôde ver o próprio MJ, Bruno Mars é o cara.

Clima de festa, sem ‘bad vibe’

Para quem conheceu Bruno Mars na época de suas baladas românticas, como Grenade e Talking to the Moon, o show que ele apresenta hoje é bem diferente. Ao longo de seus últimos trabalhos, Mars aumentou o BPM e incorporou muito mais músicas dançantes ao seu repertório: Uptown Funk, Finesse, Locked Out of Heaven, Treasure... a lista é longa.

O propósito do show não é te emocionar, mas te empolgar. As faixas românticas e mais lentas podem aparecer ao longo da setlist, mas logo em seguida, ele deve aumentar o ritmo novamente. Para Bruno, é como se tudo fosse uma grande festa – e ele, enquanto anfitrião, tem que garantir que os convidados irão se divertir.

“Você diz que quer curtição? Aqui estou, baby”, canta ele em That’s What I Like.

Uma viagem no tempo

A trajetória profissional de Mars mostra quem são suas referências: o cantor começou a vida artística sendo um mini cover de Elvis, aos 4 anos de idade, e já fez tributos ao Prince e ao Michael Jackson. Ele sempre cita ídolos no R&B, pop e funk dos anos 70, 80 e 90, com referências nítidas a movimentos musicais como o new jack swing.

Por isso, o compilado de seu repertório forma um show que parece uma viagem no tempo. É um prato cheio para quem já dançou muito Earth, Wind & Fire, Jackson 5 ou James Brown. Ou, claro, para quem é fã de Bruno Mars.

Músicas compostas já pensando nos shows. Banda robusta, sem truques eletrônicos nos instrumentos ou na voz. Ainda assim, sobra fôlego para coreografia em boa parte da apresentação, com cara de ‘boyband’ das antigas. Um filhotinho de Elvis com Prince, cheio de outras referências.

O resumo acima dá um gosto de Bruno Mars, um dos maiores nomes masculinos do pop e R&B da última década. É o tipo de artista que já ficou diversas vezes no topo das paradas, já venceu 15 Grammys e teve seu próprio intervalo do Super Bowl.

Bruno Mars será headliner de dois dias no festival The Town Foto: REUTERS / REUTERS

O cantor, que desembarca no Brasil nos próximos dias para se apresentar no megafestival The Town, ganhou duas datas para chamar de suas: 3 e 10 de setembro, quando será headliner do Skyline, palco principal. Ambos os dias esgotaram rapidamente.

Se as vendas expressivas podem sugerir uma coisa é que o trabalho de Bruno sempre vale uma atenção especial. Percebi isso já há algum tempo – mais especificamente, quando escolhi o artista como objeto de estudo do meu trabalho de conclusão de curso de Comunicação Social.

O TCC, que ganhou o título Guess who’s back again: a intertextualidade musical no álbum 24k Magic, de Bruno Mars, era um estudo das referências visuais, sonoras e estilísticas no terceiro disco do artista. Ele não esconde suas inspirações – deixa pistas de seus ídolos em tudo que faz. Meu trabalho foi só seguir os rastros, entendendo que o repertório de Bruno é um grande tributo à música afro-americana.

Bruno Mars venceu o Grammy de Álbum do Ano pelo disco '24k Magic', último trabalho solo Foto: LUCAS JACKSON / REUTERS

Esse foi o objetivo; o efeito colateral foi uma admiração pelo artista, que, por sua vez, tem muito carinho pela música negra e a trata com respeito. No caminho da pesquisa, aprendi muito sobre quem é Bruno Mars, seus talentos e o que ele sabe fazer de melhor: um bom show.

Meu TCC foi entregue em 2019. Desde então, Mars não lançou nenhum outro disco solo. Sua apresentação no The Town também não faz parte de uma turnê mundial, já que o artista tem feito só shows esporádicos nos EUA e algumas apresentações na Ásia. Por isso, pode ser que minha pesquisa siga relevante e até atualizada, considerando o pouco que o repertório de Mars mudou desde então.

Não tenho certeza de como serão os shows dos próximos finais de semana. Mas com o que já aprendi, dá pra imaginar o que não vai faltar:

Vocais impressionantes – e nada de playback

O artista leva os palcos muito a sério: ele é do tipo que compõe já pensando nos shows. Suas músicas (em especial as mais recentes) são feitas para serem perfeitamente reprodutíveis ao vivo, sem muitos recursos eletrônicos e com uma banda robusta. Tradicionalmente, o show de Bruno Mars conta com piano/teclado, guitarra, baixo, bateria, saxofone, trompete e trombone.

Durante a apresentação, Bruno raramente fica sozinho nos holofotes: costuma estar acompanhado pelos Hooligans, artistas que fazem coro, o acompanham nas danças e tocam vários instrumentos. Tudo ao vivo, com muita entrega.

A melhor parte é que Bruno canta, sim, todos aqueles trechos agudos ou difíceis de entoar. Vocalmente e musicalmente, o show é um espetáculo à parte – mesmo para quem não é fã do cantor.

Até os instrumentistas dançam

Bruno Mars e os Hooligans soltam vários passos de dança sincronizados no palco, formando uma espécie de boyband das antigas. Boa parte da apresentação é coreografada, até quando os artistas estão tocando instrumentos.

Sabe os grupos americanos de R&B dos anos 80 e 90, como New Edition ou Boyz II Men? Esse é o clima.

E claro, Bruno é conhecido por saber dançar – tanto que fãs brincam que ele é “o filho do Michael Jackson com a Billie Jean”. Então, se você sempre quis ver um artista fazendo moonwalk enquanto canta e não pôde ver o próprio MJ, Bruno Mars é o cara.

Clima de festa, sem ‘bad vibe’

Para quem conheceu Bruno Mars na época de suas baladas românticas, como Grenade e Talking to the Moon, o show que ele apresenta hoje é bem diferente. Ao longo de seus últimos trabalhos, Mars aumentou o BPM e incorporou muito mais músicas dançantes ao seu repertório: Uptown Funk, Finesse, Locked Out of Heaven, Treasure... a lista é longa.

O propósito do show não é te emocionar, mas te empolgar. As faixas românticas e mais lentas podem aparecer ao longo da setlist, mas logo em seguida, ele deve aumentar o ritmo novamente. Para Bruno, é como se tudo fosse uma grande festa – e ele, enquanto anfitrião, tem que garantir que os convidados irão se divertir.

“Você diz que quer curtição? Aqui estou, baby”, canta ele em That’s What I Like.

Uma viagem no tempo

A trajetória profissional de Mars mostra quem são suas referências: o cantor começou a vida artística sendo um mini cover de Elvis, aos 4 anos de idade, e já fez tributos ao Prince e ao Michael Jackson. Ele sempre cita ídolos no R&B, pop e funk dos anos 70, 80 e 90, com referências nítidas a movimentos musicais como o new jack swing.

Por isso, o compilado de seu repertório forma um show que parece uma viagem no tempo. É um prato cheio para quem já dançou muito Earth, Wind & Fire, Jackson 5 ou James Brown. Ou, claro, para quem é fã de Bruno Mars.

Músicas compostas já pensando nos shows. Banda robusta, sem truques eletrônicos nos instrumentos ou na voz. Ainda assim, sobra fôlego para coreografia em boa parte da apresentação, com cara de ‘boyband’ das antigas. Um filhotinho de Elvis com Prince, cheio de outras referências.

O resumo acima dá um gosto de Bruno Mars, um dos maiores nomes masculinos do pop e R&B da última década. É o tipo de artista que já ficou diversas vezes no topo das paradas, já venceu 15 Grammys e teve seu próprio intervalo do Super Bowl.

Bruno Mars será headliner de dois dias no festival The Town Foto: REUTERS / REUTERS

O cantor, que desembarca no Brasil nos próximos dias para se apresentar no megafestival The Town, ganhou duas datas para chamar de suas: 3 e 10 de setembro, quando será headliner do Skyline, palco principal. Ambos os dias esgotaram rapidamente.

Se as vendas expressivas podem sugerir uma coisa é que o trabalho de Bruno sempre vale uma atenção especial. Percebi isso já há algum tempo – mais especificamente, quando escolhi o artista como objeto de estudo do meu trabalho de conclusão de curso de Comunicação Social.

O TCC, que ganhou o título Guess who’s back again: a intertextualidade musical no álbum 24k Magic, de Bruno Mars, era um estudo das referências visuais, sonoras e estilísticas no terceiro disco do artista. Ele não esconde suas inspirações – deixa pistas de seus ídolos em tudo que faz. Meu trabalho foi só seguir os rastros, entendendo que o repertório de Bruno é um grande tributo à música afro-americana.

Bruno Mars venceu o Grammy de Álbum do Ano pelo disco '24k Magic', último trabalho solo Foto: LUCAS JACKSON / REUTERS

Esse foi o objetivo; o efeito colateral foi uma admiração pelo artista, que, por sua vez, tem muito carinho pela música negra e a trata com respeito. No caminho da pesquisa, aprendi muito sobre quem é Bruno Mars, seus talentos e o que ele sabe fazer de melhor: um bom show.

Meu TCC foi entregue em 2019. Desde então, Mars não lançou nenhum outro disco solo. Sua apresentação no The Town também não faz parte de uma turnê mundial, já que o artista tem feito só shows esporádicos nos EUA e algumas apresentações na Ásia. Por isso, pode ser que minha pesquisa siga relevante e até atualizada, considerando o pouco que o repertório de Mars mudou desde então.

Não tenho certeza de como serão os shows dos próximos finais de semana. Mas com o que já aprendi, dá pra imaginar o que não vai faltar:

Vocais impressionantes – e nada de playback

O artista leva os palcos muito a sério: ele é do tipo que compõe já pensando nos shows. Suas músicas (em especial as mais recentes) são feitas para serem perfeitamente reprodutíveis ao vivo, sem muitos recursos eletrônicos e com uma banda robusta. Tradicionalmente, o show de Bruno Mars conta com piano/teclado, guitarra, baixo, bateria, saxofone, trompete e trombone.

Durante a apresentação, Bruno raramente fica sozinho nos holofotes: costuma estar acompanhado pelos Hooligans, artistas que fazem coro, o acompanham nas danças e tocam vários instrumentos. Tudo ao vivo, com muita entrega.

A melhor parte é que Bruno canta, sim, todos aqueles trechos agudos ou difíceis de entoar. Vocalmente e musicalmente, o show é um espetáculo à parte – mesmo para quem não é fã do cantor.

Até os instrumentistas dançam

Bruno Mars e os Hooligans soltam vários passos de dança sincronizados no palco, formando uma espécie de boyband das antigas. Boa parte da apresentação é coreografada, até quando os artistas estão tocando instrumentos.

Sabe os grupos americanos de R&B dos anos 80 e 90, como New Edition ou Boyz II Men? Esse é o clima.

E claro, Bruno é conhecido por saber dançar – tanto que fãs brincam que ele é “o filho do Michael Jackson com a Billie Jean”. Então, se você sempre quis ver um artista fazendo moonwalk enquanto canta e não pôde ver o próprio MJ, Bruno Mars é o cara.

Clima de festa, sem ‘bad vibe’

Para quem conheceu Bruno Mars na época de suas baladas românticas, como Grenade e Talking to the Moon, o show que ele apresenta hoje é bem diferente. Ao longo de seus últimos trabalhos, Mars aumentou o BPM e incorporou muito mais músicas dançantes ao seu repertório: Uptown Funk, Finesse, Locked Out of Heaven, Treasure... a lista é longa.

O propósito do show não é te emocionar, mas te empolgar. As faixas românticas e mais lentas podem aparecer ao longo da setlist, mas logo em seguida, ele deve aumentar o ritmo novamente. Para Bruno, é como se tudo fosse uma grande festa – e ele, enquanto anfitrião, tem que garantir que os convidados irão se divertir.

“Você diz que quer curtição? Aqui estou, baby”, canta ele em That’s What I Like.

Uma viagem no tempo

A trajetória profissional de Mars mostra quem são suas referências: o cantor começou a vida artística sendo um mini cover de Elvis, aos 4 anos de idade, e já fez tributos ao Prince e ao Michael Jackson. Ele sempre cita ídolos no R&B, pop e funk dos anos 70, 80 e 90, com referências nítidas a movimentos musicais como o new jack swing.

Por isso, o compilado de seu repertório forma um show que parece uma viagem no tempo. É um prato cheio para quem já dançou muito Earth, Wind & Fire, Jackson 5 ou James Brown. Ou, claro, para quem é fã de Bruno Mars.

Músicas compostas já pensando nos shows. Banda robusta, sem truques eletrônicos nos instrumentos ou na voz. Ainda assim, sobra fôlego para coreografia em boa parte da apresentação, com cara de ‘boyband’ das antigas. Um filhotinho de Elvis com Prince, cheio de outras referências.

O resumo acima dá um gosto de Bruno Mars, um dos maiores nomes masculinos do pop e R&B da última década. É o tipo de artista que já ficou diversas vezes no topo das paradas, já venceu 15 Grammys e teve seu próprio intervalo do Super Bowl.

Bruno Mars será headliner de dois dias no festival The Town Foto: REUTERS / REUTERS

O cantor, que desembarca no Brasil nos próximos dias para se apresentar no megafestival The Town, ganhou duas datas para chamar de suas: 3 e 10 de setembro, quando será headliner do Skyline, palco principal. Ambos os dias esgotaram rapidamente.

Se as vendas expressivas podem sugerir uma coisa é que o trabalho de Bruno sempre vale uma atenção especial. Percebi isso já há algum tempo – mais especificamente, quando escolhi o artista como objeto de estudo do meu trabalho de conclusão de curso de Comunicação Social.

O TCC, que ganhou o título Guess who’s back again: a intertextualidade musical no álbum 24k Magic, de Bruno Mars, era um estudo das referências visuais, sonoras e estilísticas no terceiro disco do artista. Ele não esconde suas inspirações – deixa pistas de seus ídolos em tudo que faz. Meu trabalho foi só seguir os rastros, entendendo que o repertório de Bruno é um grande tributo à música afro-americana.

Bruno Mars venceu o Grammy de Álbum do Ano pelo disco '24k Magic', último trabalho solo Foto: LUCAS JACKSON / REUTERS

Esse foi o objetivo; o efeito colateral foi uma admiração pelo artista, que, por sua vez, tem muito carinho pela música negra e a trata com respeito. No caminho da pesquisa, aprendi muito sobre quem é Bruno Mars, seus talentos e o que ele sabe fazer de melhor: um bom show.

Meu TCC foi entregue em 2019. Desde então, Mars não lançou nenhum outro disco solo. Sua apresentação no The Town também não faz parte de uma turnê mundial, já que o artista tem feito só shows esporádicos nos EUA e algumas apresentações na Ásia. Por isso, pode ser que minha pesquisa siga relevante e até atualizada, considerando o pouco que o repertório de Mars mudou desde então.

Não tenho certeza de como serão os shows dos próximos finais de semana. Mas com o que já aprendi, dá pra imaginar o que não vai faltar:

Vocais impressionantes – e nada de playback

O artista leva os palcos muito a sério: ele é do tipo que compõe já pensando nos shows. Suas músicas (em especial as mais recentes) são feitas para serem perfeitamente reprodutíveis ao vivo, sem muitos recursos eletrônicos e com uma banda robusta. Tradicionalmente, o show de Bruno Mars conta com piano/teclado, guitarra, baixo, bateria, saxofone, trompete e trombone.

Durante a apresentação, Bruno raramente fica sozinho nos holofotes: costuma estar acompanhado pelos Hooligans, artistas que fazem coro, o acompanham nas danças e tocam vários instrumentos. Tudo ao vivo, com muita entrega.

A melhor parte é que Bruno canta, sim, todos aqueles trechos agudos ou difíceis de entoar. Vocalmente e musicalmente, o show é um espetáculo à parte – mesmo para quem não é fã do cantor.

Até os instrumentistas dançam

Bruno Mars e os Hooligans soltam vários passos de dança sincronizados no palco, formando uma espécie de boyband das antigas. Boa parte da apresentação é coreografada, até quando os artistas estão tocando instrumentos.

Sabe os grupos americanos de R&B dos anos 80 e 90, como New Edition ou Boyz II Men? Esse é o clima.

E claro, Bruno é conhecido por saber dançar – tanto que fãs brincam que ele é “o filho do Michael Jackson com a Billie Jean”. Então, se você sempre quis ver um artista fazendo moonwalk enquanto canta e não pôde ver o próprio MJ, Bruno Mars é o cara.

Clima de festa, sem ‘bad vibe’

Para quem conheceu Bruno Mars na época de suas baladas românticas, como Grenade e Talking to the Moon, o show que ele apresenta hoje é bem diferente. Ao longo de seus últimos trabalhos, Mars aumentou o BPM e incorporou muito mais músicas dançantes ao seu repertório: Uptown Funk, Finesse, Locked Out of Heaven, Treasure... a lista é longa.

O propósito do show não é te emocionar, mas te empolgar. As faixas românticas e mais lentas podem aparecer ao longo da setlist, mas logo em seguida, ele deve aumentar o ritmo novamente. Para Bruno, é como se tudo fosse uma grande festa – e ele, enquanto anfitrião, tem que garantir que os convidados irão se divertir.

“Você diz que quer curtição? Aqui estou, baby”, canta ele em That’s What I Like.

Uma viagem no tempo

A trajetória profissional de Mars mostra quem são suas referências: o cantor começou a vida artística sendo um mini cover de Elvis, aos 4 anos de idade, e já fez tributos ao Prince e ao Michael Jackson. Ele sempre cita ídolos no R&B, pop e funk dos anos 70, 80 e 90, com referências nítidas a movimentos musicais como o new jack swing.

Por isso, o compilado de seu repertório forma um show que parece uma viagem no tempo. É um prato cheio para quem já dançou muito Earth, Wind & Fire, Jackson 5 ou James Brown. Ou, claro, para quem é fã de Bruno Mars.

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