Festival Amazonas de Ópera terá edição digital


Previsto para abril, principal evento do gênero no Brasil vai acontecer em novembro, com estreia de obras

Por Redação

Cinco óperas, parcerias com teatros da Colômbia, contrato fechado para transmissão de espetáculos para a América Latina e a Europa: em meados de março, o Festival Amazonas de Ópera já trabalhava para abrir sua 23ª edição quando a pandemia chegou. Os projetos originais precisaram ser suspensos. Mas o evento será realizado ainda este ano: em novembro, de forma remota, com foco na música contemporânea brasileira.

A programação será composta da estreia de três óperas, encomendadas pelo festival aos compositores Leonardo Martinelli, Eduardo Frigatti e Piero Schlochauer – em alguns dos casos tendo a própria pandemia como mote das narrativas. A parte instrumental será gravada pelos músicos da Amazonas Filarmônica no palco do Teatro Amazonas; já os cantores estarão em suas casas, orientados à distância pelos maestros e diretores de cena. Também haverá concertos e recitais de canto com artistas amazonenses.

Previsto para abril, principal evento do gênero no Brasil vai acontecer em novembro, com estreia de obras Foto: MANAUS/ REUTERS/Bruno Kelly/Files
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A ópera é um dos gêneros mais impactados pelas regras de distanciamento que integram os protocolos de segurança sanitária preparados por instituições musicais de todo o país. Além da orquestra no fosso, onde a possibilidade de separação entre os músicos é menor, grandes espetáculos exigem também a presença de cantores solistas e de corais. O Teatro Municipal de São Paulo, por exemplo, anunciou no início da semana o cancelamento de toda a agenda lírica prevista para 2020.

“Ao longo do ano, começamos a nos perguntar sobre como seria possível fazer ópera, com todo aquele aparato no palco, dentro dessa nova realidade. Foi um trabalho intenso de planejamento, de compreender esse momento. Mais do que o desafio de recomeçar as atividades, a questão fundamental era como fazer isso sem prejudicar a saúde das pessoas”, diz o secretário de Cultura e Economia Criativa do Amazonas Marcos Apolo.

Foi então que começou a ganhar força a ideia de um festival feito de maneira remota, com transmissões pela internet. E, resolvida a forma, foi preciso pensar no conteúdo. “Um ponto que me pareceu importante foi voltar o festival para o mercado brasileiro”, explica o diretor artístico Luiz Fernando Malheiro. “Cantores, diretores, enfim, toda uma cadeia produtiva da ópera sofreu muito com a paralisação das atividades em todo o Brasil. E o mesmo vale para os compositores.”

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Em agosto, a Amazonas Filarmônica e outros corpos artísticos voltaram a se apresentar no Teatro Amazonas, com público reduzido. Os recitais reúnem poucos músicos no palco. “São concertos semanais, como os que fazemos na temporada normalmente, mas com formações pequenas, de até nove artistas no palco. Criamos um rodízio de forma que todos os músicos da orquestra participem e tenho certeza de que essa dedicação à música de câmara terá consequências na própria qualidade da orquestra quando tudo passar e for possível voltar a tocar em formações maiores”, diz Malheiro.

Corredor. Toda a programação do festival será bancada por patrocínios privados. “O governo teve a sensibilidade nesse momento de pandemia de preservar a estrutura da cultura no estado, sem diminuição nas equipes. Mas esse é um momento delicado, de queda na arrecadação, que afeta diversos setores, e por conta disso é muito importante poder contar com o aporte privado para o festival”, explica Apolo.

Manaus tornou-se, nos últimos anos, centro de uma discussão sobre o universo da ópera no Brasil. No ano passado, reuniram-se na cidade, durante o festival, diretores e artistas de teatros de toda a América Latina, além de representantes do Banco Interamericano de Desenvolvimento e do governo federal, para assinatura de um termo de colaboração na criação de um corredor de produção de espetáculos operísticos.

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Para este ano, estava prevista nova rodada de discussões sobre o gênero e a economia criativa. A pandemia adiou os planos de um encontro presencial, mas a necessidade do debate, acredita Apolo, segue ainda mais importante. “A cultura se mostrou necessária durante a pandemia, a arte fez parte da vida cotidiana das pessoas. Ao mesmo tempo, o Festival Amazonas também se tornou símbolo ao longo dos anos de como a cultura aqui no estado gera emprego, renda, movimenta a economia. Por meio do festival temos conversado com outros locais do Brasil e com vários países, e isso atrai interesse para o Amazonas. A ideia de um corredor de produção é, nessa nova realidade, ainda muito importante e vamos seguir trabalhando nesse sentido”, completa.

Cinco óperas, parcerias com teatros da Colômbia, contrato fechado para transmissão de espetáculos para a América Latina e a Europa: em meados de março, o Festival Amazonas de Ópera já trabalhava para abrir sua 23ª edição quando a pandemia chegou. Os projetos originais precisaram ser suspensos. Mas o evento será realizado ainda este ano: em novembro, de forma remota, com foco na música contemporânea brasileira.

A programação será composta da estreia de três óperas, encomendadas pelo festival aos compositores Leonardo Martinelli, Eduardo Frigatti e Piero Schlochauer – em alguns dos casos tendo a própria pandemia como mote das narrativas. A parte instrumental será gravada pelos músicos da Amazonas Filarmônica no palco do Teatro Amazonas; já os cantores estarão em suas casas, orientados à distância pelos maestros e diretores de cena. Também haverá concertos e recitais de canto com artistas amazonenses.

Previsto para abril, principal evento do gênero no Brasil vai acontecer em novembro, com estreia de obras Foto: MANAUS/ REUTERS/Bruno Kelly/Files

A ópera é um dos gêneros mais impactados pelas regras de distanciamento que integram os protocolos de segurança sanitária preparados por instituições musicais de todo o país. Além da orquestra no fosso, onde a possibilidade de separação entre os músicos é menor, grandes espetáculos exigem também a presença de cantores solistas e de corais. O Teatro Municipal de São Paulo, por exemplo, anunciou no início da semana o cancelamento de toda a agenda lírica prevista para 2020.

“Ao longo do ano, começamos a nos perguntar sobre como seria possível fazer ópera, com todo aquele aparato no palco, dentro dessa nova realidade. Foi um trabalho intenso de planejamento, de compreender esse momento. Mais do que o desafio de recomeçar as atividades, a questão fundamental era como fazer isso sem prejudicar a saúde das pessoas”, diz o secretário de Cultura e Economia Criativa do Amazonas Marcos Apolo.

Foi então que começou a ganhar força a ideia de um festival feito de maneira remota, com transmissões pela internet. E, resolvida a forma, foi preciso pensar no conteúdo. “Um ponto que me pareceu importante foi voltar o festival para o mercado brasileiro”, explica o diretor artístico Luiz Fernando Malheiro. “Cantores, diretores, enfim, toda uma cadeia produtiva da ópera sofreu muito com a paralisação das atividades em todo o Brasil. E o mesmo vale para os compositores.”

Em agosto, a Amazonas Filarmônica e outros corpos artísticos voltaram a se apresentar no Teatro Amazonas, com público reduzido. Os recitais reúnem poucos músicos no palco. “São concertos semanais, como os que fazemos na temporada normalmente, mas com formações pequenas, de até nove artistas no palco. Criamos um rodízio de forma que todos os músicos da orquestra participem e tenho certeza de que essa dedicação à música de câmara terá consequências na própria qualidade da orquestra quando tudo passar e for possível voltar a tocar em formações maiores”, diz Malheiro.

Corredor. Toda a programação do festival será bancada por patrocínios privados. “O governo teve a sensibilidade nesse momento de pandemia de preservar a estrutura da cultura no estado, sem diminuição nas equipes. Mas esse é um momento delicado, de queda na arrecadação, que afeta diversos setores, e por conta disso é muito importante poder contar com o aporte privado para o festival”, explica Apolo.

Manaus tornou-se, nos últimos anos, centro de uma discussão sobre o universo da ópera no Brasil. No ano passado, reuniram-se na cidade, durante o festival, diretores e artistas de teatros de toda a América Latina, além de representantes do Banco Interamericano de Desenvolvimento e do governo federal, para assinatura de um termo de colaboração na criação de um corredor de produção de espetáculos operísticos.

Para este ano, estava prevista nova rodada de discussões sobre o gênero e a economia criativa. A pandemia adiou os planos de um encontro presencial, mas a necessidade do debate, acredita Apolo, segue ainda mais importante. “A cultura se mostrou necessária durante a pandemia, a arte fez parte da vida cotidiana das pessoas. Ao mesmo tempo, o Festival Amazonas também se tornou símbolo ao longo dos anos de como a cultura aqui no estado gera emprego, renda, movimenta a economia. Por meio do festival temos conversado com outros locais do Brasil e com vários países, e isso atrai interesse para o Amazonas. A ideia de um corredor de produção é, nessa nova realidade, ainda muito importante e vamos seguir trabalhando nesse sentido”, completa.

Cinco óperas, parcerias com teatros da Colômbia, contrato fechado para transmissão de espetáculos para a América Latina e a Europa: em meados de março, o Festival Amazonas de Ópera já trabalhava para abrir sua 23ª edição quando a pandemia chegou. Os projetos originais precisaram ser suspensos. Mas o evento será realizado ainda este ano: em novembro, de forma remota, com foco na música contemporânea brasileira.

A programação será composta da estreia de três óperas, encomendadas pelo festival aos compositores Leonardo Martinelli, Eduardo Frigatti e Piero Schlochauer – em alguns dos casos tendo a própria pandemia como mote das narrativas. A parte instrumental será gravada pelos músicos da Amazonas Filarmônica no palco do Teatro Amazonas; já os cantores estarão em suas casas, orientados à distância pelos maestros e diretores de cena. Também haverá concertos e recitais de canto com artistas amazonenses.

Previsto para abril, principal evento do gênero no Brasil vai acontecer em novembro, com estreia de obras Foto: MANAUS/ REUTERS/Bruno Kelly/Files

A ópera é um dos gêneros mais impactados pelas regras de distanciamento que integram os protocolos de segurança sanitária preparados por instituições musicais de todo o país. Além da orquestra no fosso, onde a possibilidade de separação entre os músicos é menor, grandes espetáculos exigem também a presença de cantores solistas e de corais. O Teatro Municipal de São Paulo, por exemplo, anunciou no início da semana o cancelamento de toda a agenda lírica prevista para 2020.

“Ao longo do ano, começamos a nos perguntar sobre como seria possível fazer ópera, com todo aquele aparato no palco, dentro dessa nova realidade. Foi um trabalho intenso de planejamento, de compreender esse momento. Mais do que o desafio de recomeçar as atividades, a questão fundamental era como fazer isso sem prejudicar a saúde das pessoas”, diz o secretário de Cultura e Economia Criativa do Amazonas Marcos Apolo.

Foi então que começou a ganhar força a ideia de um festival feito de maneira remota, com transmissões pela internet. E, resolvida a forma, foi preciso pensar no conteúdo. “Um ponto que me pareceu importante foi voltar o festival para o mercado brasileiro”, explica o diretor artístico Luiz Fernando Malheiro. “Cantores, diretores, enfim, toda uma cadeia produtiva da ópera sofreu muito com a paralisação das atividades em todo o Brasil. E o mesmo vale para os compositores.”

Em agosto, a Amazonas Filarmônica e outros corpos artísticos voltaram a se apresentar no Teatro Amazonas, com público reduzido. Os recitais reúnem poucos músicos no palco. “São concertos semanais, como os que fazemos na temporada normalmente, mas com formações pequenas, de até nove artistas no palco. Criamos um rodízio de forma que todos os músicos da orquestra participem e tenho certeza de que essa dedicação à música de câmara terá consequências na própria qualidade da orquestra quando tudo passar e for possível voltar a tocar em formações maiores”, diz Malheiro.

Corredor. Toda a programação do festival será bancada por patrocínios privados. “O governo teve a sensibilidade nesse momento de pandemia de preservar a estrutura da cultura no estado, sem diminuição nas equipes. Mas esse é um momento delicado, de queda na arrecadação, que afeta diversos setores, e por conta disso é muito importante poder contar com o aporte privado para o festival”, explica Apolo.

Manaus tornou-se, nos últimos anos, centro de uma discussão sobre o universo da ópera no Brasil. No ano passado, reuniram-se na cidade, durante o festival, diretores e artistas de teatros de toda a América Latina, além de representantes do Banco Interamericano de Desenvolvimento e do governo federal, para assinatura de um termo de colaboração na criação de um corredor de produção de espetáculos operísticos.

Para este ano, estava prevista nova rodada de discussões sobre o gênero e a economia criativa. A pandemia adiou os planos de um encontro presencial, mas a necessidade do debate, acredita Apolo, segue ainda mais importante. “A cultura se mostrou necessária durante a pandemia, a arte fez parte da vida cotidiana das pessoas. Ao mesmo tempo, o Festival Amazonas também se tornou símbolo ao longo dos anos de como a cultura aqui no estado gera emprego, renda, movimenta a economia. Por meio do festival temos conversado com outros locais do Brasil e com vários países, e isso atrai interesse para o Amazonas. A ideia de um corredor de produção é, nessa nova realidade, ainda muito importante e vamos seguir trabalhando nesse sentido”, completa.

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